O mistério de Rose Tyler escrita por zombie chan


Capítulo 9
A procura de Isabella




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– Eu a perdi.

– Mas como?! Você disse que ia cuidar dela.

– É que, sabe como é que é né – ele deu um sorriso envergonhado – apareceu uma alienígena, e nossa, ela era tão linda, escamas verdes, lábios rosados...

– E deixe-me adivinhar, você foi lá dar o seu “olá” como sempre e dai você esqueceu completamente de que você tinha que cuidar de Isabella.

– Ela já é grande Doctor, deve ter ido ver alguma coisa que a encantou. Algum doce. Ela vai aparecer.

O Doctor tira seus óculos do rosto e guarda no bolso de seu sobretudo e em um movimento rápido pega Jack pelo colarinho com suas duas mãos.

– Como você foi deixar isso acontecer?! - pergunta ele com sua boca quase espumando de tanto nervoso – Os Daleks estão atrás dela desde quando ela era um bebê! Quase a mataram e tentariam fazer isso de novo quando tivessem a chance!

– Os Daleks? – a expressão de Jack muda para uma expressão mais preocupada.

– Isso mesmo. – Doctor solta seu colarinho e Jack passa a mão no pescoço que quase fora enforcado.

– O que eles querem com ela?

– Era isso que eu estava tentando descobrir. Estava tentando achar a família dela e devolvê-la a eles para que ela pudesse ficar a salvo. Mas você veio e estragou tudo!

– Mas ela não veio de um orfanato de Londres? Ela não é orfã?

– Nós voltamos ao passado dela e descobrimos que ela foi roubada de sua verdadeira familia pelos Daleks, e deu para entender que de alguma forma a culpa foi minha. Eles queriam matá-la, por minha causa.

– E por que por sua causa?!

– Eu não sei! – grita ele – Eu não sei... – sua voz um pouco mais suave parecia vir em meio a choros.

– Pelo amor de Vot. Querem parar de fazer barulho, eu e minha familia estamos tentando dormir – disse um cidadão que parecia uma mistura de anão e cacto verde.

– Desculpe-me Bannakaffallata.

– Banna quem?

– Ah, nada. É que você é da mesma espécie de um amigo meu que se chamava Bannakaffallata.

O morador da pequena casa redonda bate a porta com uma cara furiosa.

– Não se preocupe Doctor, nós vamos encontrá-la. – disse ele colocando ambas as mãos nos ombros do amigo tentando encorajá-lo.

– Isabella – os olhos de Doctor estavam vazios – minha pequena Isabella, perdida nesse mundo desconhecido para ela.

– Allon... – tentou dizer o Capitão Jack a tal palavra para tentar deixar o Doctor mais alegre – Como que era mesmo...?

– Allons-y! – disse o Doctor retornando sua coragem para buscar pela garota.

Enquanto isso:

– O que é isso?! – gritava Isabella que não enxergava nada além da escuridão.

Ela se sentia dentro de uma pequena caixa escura, uma caixa que parecia flutuar.

– Menos de um dia em Sto e já sou sequestrada.

– Não se preocupe querida, você ficará linda! – dizia uma voz feminina do lado de fora.

– Que bom! Fui sequestrada por estilistas – disse ela ironicamente.

A caixa pousa e suas paredes começam a se desfazer e enquanto isso a visão para fora da caixa começava a aparecer aos olhos da menina que começa a se levantar.

– Ela podia ser pelo menos maior por dentro né?

– Ai está nossa estrela! – disse de novo a voz feminina que pertencia a uma alienigena com pele azul clara e olhos grandres.

– Acho que vocês me confundiram com alguém.

– Chan, não confundimos ninguém, você será apenas nossa substituta, tho.

– Desculpe, mas meu nome não é Chan coisa nenhuma, meu nome é Isabella.

Ambas as alienígenas começaram a rir. E a alienígena com pele azul clara se pôs a falar.

– Ela não te chamou de Chan. É o linguajar deles. De Malmooth, do planeta Malcassairo. Eles colocam Chan e tho no em cada frase.

– Chan, isso mesmo, tho.

– Hum – disse Isabella olhando ao redor ainda um pouco confusa – Isso é... só um pouquinho irritante...

– Eu sei, mas é tradição. Se eles não falarem isso em cada frase é como se estivessem insultando você.

– Hum... – ela chacoalhou um pouco a cabeça para retornar a realidade que se encontrava e fugir do pensamento de que lógica teria tudo aquilo – Bom, eu exijo saber onde eu estou e por que. Caso o contrário a... estrela de vocês irá fugir.

– Chan, você foi pega para substituir uma cantora que fará um show hoje a noite, tho.

– Ela está doente, e por isso precisavamos achar uma substituta logo.

– Certo. E por qual motivo vocês acham que essa substituta supostamente deveria ser eu?

– Chan, isso é óbvio, tho.

– Nós vimos você dançar lá fora. Estava incrível. Toda aquela habilidade. Você é perfeita para ser a nossa substituta.

– Chan, agora vamos arrumá-la para o grande show, tho.

– Quer parar com isso – disse Isabella irritada com o “chan” e o “tho” – Desculpe, mas eu nem sei as musicas dessa tal cantora. Não sei cantar direito e a unica coisa que sei fazer é ganhar em um joguinho de dança no fliperama; quero dizer, naquele cassino infantil lá.

– Ah, mas não se preocupe. Você pede uma música, de qualquer planeta, de qualquer lugar que colocaremos o instrumental e você canta. E não se preocupe com a coreografia, trouxemos alienígenas “cópias” eles copiam no exato segundo cada movimento e cada coisa que você for fazer. Eles copiam até mesmo a aparencia.

– E quanto tempo durará esse show?

– Chan, menos de uma hora, tho. Chan, você canta, dança e volta para sua vida normal, tho.

– Ok, vocês podem até me arrumar, mas nem pensem em tocar no meu All Star.

– Chan, você vai ficar linda, tho.

– Meu Vot. Isso é muito irritante.

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– Onde você a viu pela ultima vez – pergunta o Doctor.

– Nós estavamos saindo do cassino, indo para uma doceria comer sorvete. Ai então apareceu aquela linda criatura escamosa... ela até me deu o telefone. Pena que eu não tenho nenhum celular daqui. Você tem?

– É... Não! Você poderia por favor parar de falar besteiras. Fale apenas o essencial. Vamos voltar até aquele cassiono e procurar pelas redondesas. E... nada de dar “oi” para nenhuma criatura que você encontrar por aqui.

– Entendido – diz ele colocando a mão na testa como se fosse um soldado.

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– Então minha querida, já escolheu a musica que você quer que toque.

– Hum... Lady Gaga. Pode colocar qualquer uma que eu conheço todas. – disse ela nervosa com seu primeiro show.

– Lady Gaga? Mas essa cantora vem da Terra. Você é uma terráquea?

Isabella deu uma pausa antes de responder, pensando em que resposta devia dar.

“– Esperem! Antes de vocês tentarem me exterminar, quero que me digam, de onde vocês tiraram essa criança, de onde ela veio? – relembra ela na vez em que Doctor e ela voltaram ao passado e o Doctor tentava conversar com o Dalek.

– Não interessa, ela não é desse mundo. Nós vamos exterminar você. EXTERMINATE!

– Doctor!”

– Isabella?

Seus pensamentos voltam para realidade.

– Sim.

– Você é uma terráquea? Por que se for vocês evoluíram muito. Vocês nunca saíram da Terra para chegar a um planeta tão distante. Então você é? – dizia a alienígena com olhos esperançosos.

Isabella se perde mais um pouco em seus pensamentos relembrando da irmã Dolores e de Dora e de todos os momentos que passou no orfanato antes de entrar nessa loucura de viajar pelo tempo e espaço com o Doctor.

– Sou – responde ela por fim – Eu vim do planeta Terra, mas os outros terráqueos não sabem que eu estou aqui.

– Chan, você veio sozinha, tho? – perguntou a outra alienígena.

– Não – ela abriu um sorriso – eu vim com o Doctor.

O teto se abre e Isabella começa a flutuar passando pelo buraco no teto e chegando ao palco com pelo menos milhões de espectadores esperando por um grande show. O chão firme volta aos pés da garota e ela para de flutuar.

A musica Aplause começa a tocar e Isabella olha atrás, e como o previsto, alienígenas “cópias” estavam atrás dela, prontos para imitar seus movimentos.

– Você consegue – diz ela baixinho para si mesma.

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– Musica legal essa – diz Jack ao lado de Doctor a procura de Isabella no lado de fora do cassino.

– Nem vem se animando – retruca Doctor – você largou ela sozinha e agora vamos arrumar essa besteira que você fez.

– Para onde vamos agora?

– Para a área comercial. Talvez ela estivesse com fome e fora procura por comida. A não ser que ela fora capiturada pelos Daleks.

Eles correm para lá, e como se fosse véspera de Natal as ruas estavam lotadas, pessoas e aliens vinham de todos os lados.

– Se ela realmente estiver aqui vai ser como procurar agulha no meio de arame farpado – disse Doctor.

– Então nesse caso, você vai para a direita e eu para a esquerda.

– Certo!

No palco a música Poker face tocava e ela cantava, e como back vocals os alienígenas também cantavam. E ainda melhor do que no cassino ela dançava. O medo e a timidez da garota já foram embora. Ela sem idéias começa a imitar os passos do filme Percy Jackson o Ladrão de Raios quando essa musica toca no cassino Lótus. E copiando com perfeição os passos ela e os aliens dançam.

– Obrigada por terem vindo nesse show – disse ela após a música ter acabado e logo em seguida o som instrumental de outra música começa a tocar – E vindo direto do planeta Terra, Born This Way de Lady Gaga.

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– Que estranho – diz o Doctor enquanto corre – Eu acho que eu conheço essa música. De onde ela vem? Ela não vem daqui. Até a voz é conhecida.

– Doctor! – grita Jack ao longe – Encontrou?

– Não!

– Onde será que ela foi?

– Tá escutando essa musica?

– Falei que era boa.

– Não é isso. De onde você conhece essa musica?

– Hum. Acho que é Lady Gaga.

– Uma idosa cantando esse tipo de musica? – indaga Doctor coçando a cabeça.

– Não gaga, é Gaga.

– Bom, deixe esses detalhes de lado. De onde você conhece essa musica?

– Da Terra.

– É isso! Como essa musica chegaria até aqui?! Pode ter vindo dela! Vamos procurar a origem da musica.

Eles procuram por cada festa e aparelho de som, mas nada da tal musica que emanava de todos os lugares.

– Acho que já descobri – diz Jack – Dali! – ele aponta para uma propaganda ao alto em 3D de um show ao vivo.

– Hum, cantora bonita – Doctor olha para a propaganda por um segundo e volta seu olhar para Jack – Mas espere! – Ele retorna os olhos à cantora, que usava além da bota All Star vermelha um vestido preto, de alcinhas com pontos de luz em neon coloridos na saia – eu conheço esse All Star.

– É ela! – Jack abre um sorriso.

– Achamos!


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