Love Behind The Money escrita por PequenaFeh


Capítulo 23
What???


Notas iniciais do capítulo

Gente hoje eu to mau humorada pois eu só consegui ir dormir ontem as 3 da manhã e para piorar meu computador travou e eu perdi esse capítulo que já estava feito bonitinho,bonitinho não,MARAVILHOSO. Mas eu estou aqui e vou re-escrever um capítulo de sei la quantas mil palavras,tudo isso porque eu amo vocês :)



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Sôphie Pov

A música acabou e eu parei de dançar. Fechei meus olhos e relembrei de minha mãe, ela vai adorar me ver dançar lá no teste.

Escutei um barulho mas continuei de olhos fechados respirando profundamente.

Falta uma semana e alguns dias para o teste e tudo tem que estar perfeito.

Respirei profundamente novamente e dessa vez senti o cheiro de um perfume, mas não era o meu.

–Você dança muito bem.-Dei um pulo quando escutei uma voz atrás de mim. Abri os olhos rapidamente e pelo reflexo do espelho vi Guilherme encostado na porta de braços cruzados.

O que aquele garoto fazia aqui?

–Guilherme.-Me virei e o olhei furiosa.-O que esta fazendo aqui?

–Eu vim falar com você.

–Falar? Afinal, como me achou aqui?

–Eu te segui, esse lugar até que é bem legal, o que era tudo isso?-Perguntou olhando em volta.

–Um centro de artes, mas...o que quer falar comigo?

–Eu...-Ele passou a mão pelo cabelo e começou a caminha em minha direção. Meu coração acelerou.-Vim lhe pedir perdão.

–Perdão?-Arqueei uma sobrancelha. Sério mesmo?

–Sim, por tudo que eu te fiz.-Ri. Ele me olhou confuso.

–Ta de brincadeira comigo não é?-Ele negou.

–Não Sô,eu realmente vim pedir seu perdão e dizer que estou muito arrependido.

–Ficou com medinho do meu irmão por isso veio aqui?-Ele suspirou.

–Não Sôphie, eu realmente estou mal pelo o que te fiz, eu sei que foi muito errado eu ter apostado que ficaria com você, aliás você não é um objeto para ser apostado.

–Ainda bem que sabe.-Cruzei meus braços.Eu simplesmente não conseguia encara-lo.

–Mas sabe Sô eu gostei muito daquele dia do parque de diversões,eu nunca me diverti tanto com uma garota como me diverti com você.-Suspirei.

–É claro néh,as garotas com você se "divertia" era apenas na cama não é?-Ele passou a mão pelo cabelo.

–É...-Suas bochechas estavam levemente vermelhas.-Me perdoa Sô?-Bom se Deus perdoa,quem sou eu para não perdoa-lo.

–Ta bom eu te perdoo mas saiba que aquilo o que você fez comigo me dói muito até hoje entendeu? E que pedido de desculpas não cura dor tá?-Ele assentiu,ele se aproximou e eu recuei mas fiquei presa entre o espelho e ele. Ele me abraçou forte mas eu não consegui abraça-lo novamente.

–Sô eu preciso...-Escutamos uma voz vindo da porta.Nos soltamos e Alex estava parado nos encarando confuso.-O que esta acontecendo aqui?

–Nada que te interesse.-Guilherme disse frio e grosso. Credo que mudança de humor.

–Espera ai que a conversa não chegou no chiqueiro.-Uiii. Guilherme encarou furioso Alex e se aproximou dele ficando a centímetros um do outro. Me aproximei deles.

–Quem você pensa que é para falar assim comigo Green?

–Um cara bem melhor que você com certeza

–Tão melhor que só fez coisas erradas na vida não é Green?-Guilherme cruzou os braços. Perai como ele sabia...

–O que eu fiz ou deixei de fazer é problema meu,mas sabe o que é engraçado Mendes?

–O que?-Ele perguntou.

–Até uns anos atrás eu era seu ídolo,até um tempo atrás você queria ser igualzinho a mim.-Como assim?

–Pois é ainda bem que eu cresci e acordei para a vida

–Cresceu só no tamanho pois a cabeça continua sendo a mesma.-Guilherme ia responder quando gritei.

–CHEGAAAAAAAAA.-Eles me encararam.-Nada de brigas aqui,se quiserem brigar vão para longe daqui.Alex por favor vá embora depois eu te ligo e a gente se fala,e você Guilherme vá para aquele canto.

–Mas...-Os dois disseram.

–AGORA.-Gritei e os dois fizeram o que eu tinha mandado(ui eu posso u.u).Guilherme andava para lá e pra cá.

Fui até e o encarei.

–O que foi aquilo ali?-Apontei para a porta.Ele me olhou de relance.

–Uma conversa nada amigável.

–Uma conversa?Aquilo a última coisa que foi foi uma conversa.Agora pode me explicar que história essa de "antigamente eu era seu ídolo".

–Eu não posso Sô.-Já estava perdendo minha paciência.

–Guilherme eu já estou perdendo a minha paciência,me fala logo o que foi aquilo e o porque de você ter tanta raiva do Alex.

–Eu não posso.-Ele disse novamente.

–GUILHERME.-Gritei e ele me olhou meio assustado.-VOCÊ VAI ME FALAR AGORA O PORQUE DE TUDO AQUILO.POR QUE VOCÊ ODEIA TANTO O ALEX?

–PORQUE EU NÃO QUERO QUE ACONTEÇA COM VOCÊ A MESMA COISA QUE ACONTECEU COM MINHA IRMÃ.-Ele gritou num tom mais baixo que o meu.Engoli seco.Será que ele estava falando de Nara?

–Irmã?O que aconteceu?-Ele suspirou.

–Sô além de Nara eu tive outra irmã,Jennyffer,ela teria 21 anos hoje.

–Como assim teria?-Franzi meu cenho.

–Teria pois ela morreu,morreu não,foi assassinada.-Arregalei os olhos.-Alex a matou.-Senti como se uma faca atravessasse meu peito.

–Co-co-mo?-Gaguejei.

–Sôphie a muitos anos atrás eu morei em Nova Iorque,minha família era feliz e tudo era perfeito até o dia que Jenny levou um garoto lá para casa,ele era mais velho que ela.Os dois se tornaram melhores amigos e quando ela completou 15 anos o garoto a pediu em namoro.Eles namoraram até dois anos atrás,quando minha irmã completou 19 anos ela decidiu terminar com ele pois ele era muito possessivo e ciumento.

–O garoto é o Alex?-Ele assentiu.

–Ele não queria terminar,ele não aceitava que minha irmã o estivesse largando e até que ele foi um dia lá em casa,só estava minha mãe e Jenny em casa.Assim que ela abriu a porta para atende-lo ele atirou nela,3 tiros,dois no peito e um no coração.-Arregalei os olhos e levei a mão na boca.Os olhos dele estavam marejados.-Eu passei dois anos a procura dele mas ele tinha sumido do mapa.

–Mas...

–Sôphie eu não o reconheci lá no colégio pois ha dois anos atrás ele era um garoto magricelo,fracote,usava óculos e usava umas roupas bem estranhas.Mas quando eu estava vendo umas fotos antigas no meu notebook eu comparei elas com o as fotos dele agora e sim era ele.-Então será que era disso que ele falava das escolhas erradas que fez? Deve ser provavelmente.

Eu não falei nada,não tinha o que falar,eu mal conseguia raciocinar direito.Minha cabeça começava a doer e meus pensamentos estavam confusos.

–Mas eu não posso falar dele.-Ele andou em direção a janela.

–Por que não?-Foi a única coisa que consegui falar.

–Pois eu matei minha mãe.-E novamente outra facada no meu coração.Então era ele o motorista que dirigia o carro quando houve o acidente.

–No acidente de carro.-Falei e ele me olhou confuso.

–Como sabe?-Eu não poderia falar que entrei em seu quarto e vasculhei suas coisas.

–Nara me contou,ela não falou muita coisa,apenas disse que a mãe de vocês tinha morrido num acidente de carro.

–E ela disse que foi eu que dirigia?-Neguei.Ele passou as mãos pelo cabelo.

–Como aconteceu?-Perguntei.

–Fazia um mês que minha irmã tinha morrido e minha mãe tinha pedido para eu leva-la para a casa da minha tia e assim fiz.Eu falei que iria para uma festa e ela pediu que eu não bebesse para poder ir busca-la mas eu bebi Sô,bebi muito e estava bêbado quando fui busca-la.E para piorar eu não tinha carteira de motorista mas eu sabia dirigir muito bem pois meu pai tinha me ensinado.-Ele respirou profundo tentando conter algumas das lágrimas que desciam pelo seu rosto.-Na hora que estávamos voltando minha visão embaçou e eu perdi o controle do carro,o caminhão que vinha na pista contrária bateu em cheio no lado que minha mãe estava e ela morreu na hora,já eu fiquei em coma por um mês.

–Gui...-Falei com a mão na boca.

–Eu matei minha mãe.-Ele caiu de joelhos no chão e chorou como uma criança de soluçar,eu não estava muito diferente.Acabei de me ajoelhando também,era muita informação para minha cabeça.

Minha cabeça parecia que ia explodir.

–Eu sou um assassino.Eu sou um assassino.-Ele dizia entre os soluços.Andei ainda de joelhos até ele e passei a mão pelo seu cabelo.

–Você não é um assassino Guilherme.-Ele me olhou e dava para ver como estava tenso,chateado e muito mal mesmo.

–Sou sim Sôphie,se eu não tivesse bebido ela poderia estar aqui comigo agora.

–Deus sabe a hora de cada um.-Enxuguei minhas lágrimas.

–Meu pai me odeia.

–Ele não te odeia.

–Claro que sim,ele me odeia tanto que colocou um processo nas minhas costas.-Suspirei e o abracei forte,ele chorou no meu ombro,ele me abraçava tão forte que achei que iria me quebrar ao meio.Mas não liguei,deixei ele me abraçar e chorar o tanto que quisesse.

Depois de um tempo nos acalmamos e nos deitamos no chão,de lado nos encarando.

Comecei a cantar uma música que meu pai cantava para mim quando eu estava mal ou com medo de alguma coisa,é dos Beatles e se chama Let It Be.

When I find myself in times of trouble. Mother Mary comes to me. Speaking words of wisdom:Let it be

Ele me olhou e novamente seus olhos marejaram e continuou a cantar com sua voz rouca mas mesmo assim afinada.Apenas nós dois podíamos ouvir.

And in my hour of darkness. She is standing right in front of me. Speaking words of wisdom:Let it be.

E juntos cantamos o refrão.

–Let it be, let it be. Let it be, let it be. Whisper words of wisdom:Let it be.-Seus olhos foram se fechando e ele acabou dormindo,passei a mão pelo seu rosto e cantei um último trechinho da música até meus olhos pesarem.

[. . .]

Senti algo vibrar em baixo de mim,abri os olhos e vi que tinha dormido mesmo ali no meio da sala.

Olhei para o lado e Guilherme lá não estava mais,apenas um bilhete.

Peguei meu celular e era Zack que me ligava.

–Oi amor.-Falei bocejando.

–Oi anjo,aonde você esta?

–No prédio abandonado.

Ai que alívio,eu te liguei várias vezes mas você não atendeu.

–É que eu acabei pegando no sono aqui no meio da sala.-Minha cabeça doía muito.

–Serio amor que você dormiu ai?

–Aham mas eu já estou voltando para casa,que horas são?

–7:30 da noite,arrume suas coisas e me esperai ai na frente,vou ir te buscar.

–Obrigada amor.-E desliguei.Peguei o bilhete e o li:

"Sôphie me desculpa por tudo,eu sei que você deve estar muito confusa com tudo isso e eu te peço novamente perdão.Eu não queria ter te metido no meio de tudo isso mas você tinha pedido para eu te contar então te falei...eu estou com muita vergonha por isso fui embora antes de você acordar.

eu vou entender se você não quiser mais olhar na minha cara mas mesmo assim obrigada pelo apoio que me deu,não sei nem como te agradecer.

xx Guilherme"

Suspirei e dobrei o papel o guardando no bolso do shorts.

Me levantei e peguei minhas coisas e fui esperar Zack.

Ele não demorou muito.

–Oi amor.-Ele disse me dando um beijo e me abraçando.

–Oi.-Falei sem ânimo.Ele levantou meu rosto com o polegar e fitou meu rosto.

–Você estava chorando amor?

–Não,como eu já te disse estava dormindo.Estava muito cansada.

–Ah...mas eu sei que aconteceu alguma coisa que você não quer me contar.-Suspirei o fitando.

–Por favor me entenda,quando eu puder juro que te contarei tudo.-Ele assentiu e me abraçou.

–Eu estou aqui para qualquer coisa.

–Obrigada anjo.-Recebi um selinho e subi em sua moto.Fomos para casa rapidamente.-Quer entrar?-Perguntei lhe entregando o capacete.

–Não,você vai querer ficar um tempo sozinha pensando.-Assenti.

–Obrigada por tudo,você é o melhor namorado que existe.-Sorri fraco,ele também sorriu e me deu um selinho.

–E você a melhor namorada do mundo,até amanhã amor.

–Até.-Dei um selinho nele e entrei em casa.Felizmente não tinha ninguém.Fui para meu quarto e me despi indo para o banheiro,olhei meu reflexo no espelho e estava acabada.Olhos vermelhos com olheiras,pele pálida e cabelo todo desarrumado.

Entrei em baixo do cuveiro e fiquei uma meia hora lá apenas pensando em tudo o que ocorrera.

Saí do banho e apenas coloquei uma camisa por cima da minha langerie.

Desci as escadas e fui até a cozinha,coloquei um pizza congelada no microondas e tomei remédio para dor de cabeça.

Enquanto a pizza não ficava pronta fiquei assistindo desenho na sala.

O microondas apitou e lá fui eu pegar minha pizza e um copo de refri.

Enquanto comia na sala mesmo escutei um barulho na porta e depois dela se abrindo e logo depois se fechando,me virei e era minha mãe.

–Oi filha.-Ela tinha várias sacolas.

–Oi mãe.-Ela me deu um beijo no topo da cabeça.

–Aconteceu alguma coisa?-Na lata.

–Como sabe?

–Você é minha filha e as mães tem um sexto sentindo aguçado.-Sorri de canto.

–Pois é mãe,aconteceu.-Ela suspirou.

–Deixa eu levar essas coisas lá em cima e a gente já conversa.-Assenti.-Aliás Humberto te mandou isso.-Me estendeu uma sacolinha.

–O que é?-Estranho,ele nunca tinha me dado presente algum.

–Veja.-Abri a sacolinha e ela subiu para seu quarto.Tirei de lá uma caixinha triangular de veludo,abri e tinha um belo colar em forma de libélula.

Sorri pois é meu inseto favorito.

–Gostou?-Ela já estava com outra roupa,uma bem mais confortável.Sorri.

–Amei,mas por que ele me deu isso?

–Bom estávamos fazendo umas compras e ele viu esse colar e achou sua cara.

–Acertou em cheio.-A libélula também é o inseto favorito de minha mãe,tão favorito que quando eu nasci,na minha pena direita tinha uma marquinha como se fosse uma libélula mesmo.

–Eu falei a mesma coisa.-Ela sorriu e se sentou ao meu lado.-Amanhã ele virá aqui em casa para um almoço,poderá agradece-lo.

–Aham.-Ela me olhou,suspirei.Coloquei meu prato na mesinha de centro e fiquei de perna de índio.

–Então filha o que aconteceu?-Suspirei e olhei para minhas mãos.Eu teria que encurtar a história e cortar umas partes.

–Mãe hoje o Guilherme foi lá no estúdio e me pediu perdão.E dava para ver que ele realmente estava arrependido.

–E...

–Eu o perdoei.-Ela sorriu.

–Esta certo filha.

–Mas ai eu acabei descobrindo umas coisas.

–Que tipo de coisas?

–Eu não posso falar agora mas quando eu puder eu te conto,então mãe eu acabei vendo um Guilherme que eu nunca tinha visto antes.

–Como assim?-Perguntou com o cenho franzido.

–Ele me contou de um ocorrido e meio que entrou em desespero e começou a chorar de soluçar,ele falava as coisas como se estivesse se matando por dentro.-Ela engoliu seco.-E mãe aquilo me doeu pois eu não podia fazer nada.-Meus olhos marejaram.

–Filha você o ama não é?-Assenti.

–Amo mãe mas eu também gosto do Zack.

–Gostar é diferente de amar,filha você tem que seguir seu coração,não adianta estar namorando com o Zack se não esta feliz.

–Eu sei mãe é que...-Enxuguei uma lágrima que tinha descido.-O Zack faz de tudo para ser o namorado perfeito e ele é mas...

–Não é ele que você quer.-Assenti.Realmente minha mãe sabia de tudo.

–É,eu gosto muito dele e fico muito feliz pelo nosso namoro mas eu me sinto incompleta,eu quero Guilherme do meu lado,eu quero ele para chamar de meu namorado.Eu o quero.

–E o que te impede de vocês ficarem juntos?-Suspirei.

–Eu tenho medo do Zack se magoar.

–Filha se ele realmente te ama vai entender.-Ela deu um sorriso de canto.-Na verdade essas coisas que você disse que não poderia me contar eu até já sei.

–Sabe?-Ela assentiu.Funguei.-Como?

–Eu sou a advogada dele filha,eu to cuidando do caso dele.-Senti algo preso em minha garganta.

–Caso?É tão grave assim?-Ela assentiu.

–É grave sim mas eu não sou autorizada de falar isso filha e nem sou a melhor pessoa para te contar o que pode ou não acontecer.-Assenti.-E o que você vai fazer agora?

–Bom eu ainda to muito confusa mas eu preciso falar com ele,com Zack,com Alex também.-Passei a mão pelo meu cabelo.

–Faça o que seu coração esta mandando,Guilherme fez o que fez mas ele é um bom menino,eu sei pois já tive algumas conversas bem francas com ele.Filha ele é um garoto de 17 anos com o peso de uma morte nos ombros e a pressão de todos a sua volta em cima dele.

–Eu sei...-Funguei novamente.Ela se levantou e se aproximou de mim me abraçando e ali eu chorei,bem que falam que a melhor coisa que existe e o colo de mãe.

Acabei dormindo ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Uau olha o tanto de revelações no mesmo dia,tadinha da Sô deve estar sofrendo muito...então o que acharam?