The Daughter of Darkness escrita por Meriane Ganter


Capítulo 8
Agatha Rouba um Celular




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A garota fez um gesto com a cabeça e Percy a seguiu, os dois entraram no banheiro e começaram a "conversar", enquanto Annabeth gritava, todos ficavam em silencio se entreolhando. Olhei para Thaissa e ela piscava nervosamente. Eles saíram do banheiro e a garota me fuzilou com os olhos.

– Ola, Sou Annabeth Chase, filha de Atena. - se apresentou à mim, suponho que já conhecesse os demais.- Sabe que é burrice ir atrás do Nico, não sabe? - ela se virou para Agatha. - E você, o que esta fazendo aqui?

– Helena é minha amiga, não iria deixa-la sozinha nessa missão. - disse parecendo enfrentar a garota. Agatha era diferente dos outros filhos de Atena, ela não ficava muito com seus irmãos, era na dela, parecia que eu era sua única amiga.

– Helena, sei que Nico é seu irmão, mas ele esta te protegendo de alguma coisa. Você não deveria ir tentar ajuda-lo, pode ser perigoso. - explicou Annabeth.

– Eu sei de todos os riscos, mas como disse ao Percy, Nico é meu irmão, não vou deixa-lo nas mãos daquele maldito. - exclamei.

– Sinto muito mas não podemos ajuda-los. Percy e eu estamos em uma missão também. - explicou. - Depois da grande guerra temos tido alguns problemas pelo pais. Os monstros estão totalmente fora de controle.

– Como se eles já estivessem estado sob controle alguma vez.. - murmurou Percy e Annabeth lhe deu um cascudo.

– Não se preocupem, alias, já tem gente demais nessa missão. - sorri.

– Temos que ir, vocês podem ficar aqui se quiserem, tem dois quartos. - todos assentiram, afinal, estávamos exaustos. - Ja esta tudo pago, não se preocupem quanto à isso. Que os deuses abençoem você nesta missão, alias, a todos vocês.

– Pela manha continuaremos. - disse Agatha à Annabeth.

Percy pegou sua mochila, Annabeth fez o mesmo e ambos saíram pela porta. Dividimos os quartos da seguinte maneira: as garotas naquele quarto onde estávamos e os garotos no quarto ao lado. Devido ao meu tornozelo quebrado, que agora, já não sabia se estava mais assim, ficaria na cama, Agatha dormiria no colchonete e Thaissa na cama ao lado da minha.

• • •

Eu andava por um corredor quando me deparei com uma cela. Dentro da cela estava Nico, caído no chão, com o corpo todo cortado e ensanguentado. Nico me olhou e eu vi o sofrimento em seus olhos. Atravessei a cela, sentei ao lado dele e passei a mão por seu cabelo.

– O que faz aqui? - disse com a voz falha.

– Nico, irei te ajudar, prometo que irei. - vê-lo daquela maneira, e não poder ajuda-lo era horrível, eu estava possuída pelo ódio, queria esfolar aquele torturador de uma figa. Ouvi a porta do calabouço bater. Nico olhou me advertindo para que eu saísse dali. Eu não queria, tentei soltar os grilhões de suas mãos mas elas atravessavam o mesmo. Os passos pelo corredor ficavam mais e mais próximos. Olhei para Nico e perguntei onde ele estava, ele disse que não sabia ao certo, mas parecia Washington, eu assenti e me escondi atras de uma mesa que havia ali. Duas dracaenaes adentraram a cela e pegaram Nico.

– O messsssstre quer vê-lo novamente. - a mais feiosa delas falou.

Eu via Nico sendo levado à mais uma sessão de tortura, quando de repente, acordei suada na cama do hotel. Como ainda era de madrugada, voltei a dormir, demorei um pouco mas consegui pegar no sono, e desta vez não sonhei com nada.

Na manha seguinte, fui a primeira a acordar, como sempre. As garotas dormiam calmamente, pareciam estar sonhando com algo bem agradável. Meu tornozelo estava ótimo, como seu eu nunca o tivesse quebrado, abri a porta do quarto dos garotos com cuidado e os observei, o quarto tinha duas camas, Gabriel dormia na cama da esquerda e Heitor na da direita.

Fechei a porta cuidadosamente, peguei um pouco do dinheiro que tínhamos e fui comprar algo para comermos. Enquanto eu esperava o pedido, sentei em uma mesa no fundo, quando a porta da lanchonete abriu e por ela passou uma senhora, com um pouco mais de 70 anos, cabelos grisalhos, com um sobretudo roxo e uma bolsa de camurça desbotada. A senhora passou por mim me encarando, com uma cara murcha e horrível, e sentou-se atras de mim. Eu sentia seu olhar penetrando pelas minhas costas, admito, fiquei muito incomodada, resolvi ir ao banheiro. Eu lavava o rosto quando a porta rangeu, me armei para lutar quando Thaissa deu de cara comigo.

– Estava te procurando. - suspirei aliviada.

– Meu deus, que susto Thaissa.

– Imaginei que iria comprar comida, sempre e a primeira a acordar. - puxei algumas folhas do suporte na parede e sequei o rosto.

– Sou tão previsível assim? - Thaissa sorriu.

Assim que saímos pela porta do banheiro, procurei pela senhora feiosa, que já não estava mais na lanchonete. Pegamos os sacos e eu dei algumas notas de dólar para a garçonete. Caminhávamos de volta para o hotel quando tropecei em uma rachadura na calcada, nos duas rimos e nos sentamos em um banco na calcada. Thaissa observava o céu, acho que procurava algum sinal de que seu pai estava a observando ou algo assim, e então pensei comigo, será que meu pai se importava comigo? Acho que sim, porque se não se importasse, por que me reclamaria?

– Helena, você não respondeu a pergunta que fiz no trem. - eu a fitei intrigada.

– Que pergunta? Não me lembro de você ter feito uma.. - Thaissa fez cara de tédio e revirou os olhos. Na verdade eu me lembrava, ela perguntara se eu sentia algo por Heitor, não respondi porque o mesmo nos interrompeu.

– Helena não precisa esconder de mim, posso não ser filha de Afrodite, mas eu tenho um namorado, eu intendo dessas coisas, sei quando uma garota esta apaixonada.

Eu estava realmente encurralada, não tinha tempo para "me apaixonar", tinha que salvar Nico, pra depois pensar no que eu realmente sentia por Heitor. Thaissa estava, ate agora, se mostrando uma pessoa legal, confiável. Ouvi historias sobre sua irmã, me lembro de algo como "Thalia se tornou uma caçadora de Ártemis a quatro anos..", as historias que eu havia ouvido sobre a filha de Zeus eram bastante legais, afinal, ajudar a salvar o mundo e um grande feito.

– Olha Thaissa, não sei o que sinto por Heitor, e não estou tão preocupada com isso. A única coisa que ocupa meus pensamentos agora é o meu irmão, tenho que salvar Nico antes de qualquer coisa, não vou me perdoar se algo acontecer com ele, não vou. - fiz muita força para não chorar, sabe, é meio chato chorar na frente dos outros, pelo menos eu não gosto que me vejam chorando.

Thaissa assentiu e nos levantamos do banco. Assim que entramos no quarto os três esfomeados pularam em cima de nos. Enquanto eles comiam, fiquei olhando o movimento na rua pela janela. Como encontraria Nico? E quando o encontrasse, não poderia sair correndo com ele nas costas, certamente haveria de lutar. Eu sei que parece muita falta de confiança em mim, mas convenhamos, eu fiquei por duas semanas no acampamento meio-sangue, não sou especialista em batalhas, meus instintos de batalha poderiam ate me deixar viva por algum tempo, mas eu não poderia contar com a sorte para resgatar meu irmão. Mas, o que mais me intrigava era o que aquele homem poderia querer comigo, pelo que eu conhecia de mim, não vai nada de tao atraente para um super vilão. Helena Skotadi não é um tipo atraente para os homens, de estatura baixa, pele muito pálida, cabelos e olhos negros e um temperamento instável, é essa sou eu. Fiquei pensando também nas palavras de Percy, "Os deuses provavelmente não vão querer outra guerra.", eu sabia da historia da segunda guerra mundial, que foi uma batalha sanguinária entre filhos de Zeus e Poseidon contra filhos de Hades, mas mesmo assim eu não sabia tanto sobre as historias. Thaissa pediu que eu não me preocupasse, mas estava muito, muito difícil. Senti uma mão em meu ombro, era Gabriel.

– Helena, parece que Agatha descobriu algo. - disse sorrindo. - acho que ja temos uma pista de para onde temos que ir.

Agatha tinha um celular nas mãos, disse que pegou do bolso de um dos garotos que nos atacaram. Agatha era ótima para estrategias e desenrolar alguns enigmas, mas parecia pensar mais que a gente, quando que eu pensaria em pegar um celular e rastrear as ligações, nunca!

– Então é isso, vamos para Nova York! - e todos assentiram.


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