The Daughter of Darkness escrita por Meriane Ganter


Capítulo 6
Minha Primeira Missão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437756/chapter/6

Adormeci sem perceber, quando dei por mim, estava em uma especie de calabouço onde haviam vários instrumentos de tortura. Vi um homem chicoteando alguém, eu não conseguia ver direito quem era, pois a imagem estava meio embaçada, quado me assustei com o homem gritando a sua vitima.

– Não adiantara de nada protege-la! DIGA DIGA ONDE ELA ESTA!! - grunhiu o homem.

– Jamais direi onde ela esta, não temo você e muito menos a morte. - disse o flagelado. - A protegerei com a minha vida se for preciso!

"NICO" gritei em minha cabeça assim que imagem ficou nítida. Tentei reconhecer o torturador mas não o tinha visto em lugar algum, era musculoso, cabelos castanho claro e olhos castanho escuro.

Eu queria ajudar Nico de qualquer forma, mas meus braços e pernas estavam pesados, muito pesados, o que não me deixava me mover. O chicote estalou nas costas de Nico que estava vermelha de sangue e toda cortada, não aguentei e chorei, o que é raro, daga-se de passagem, não aguentava ver meu irmão sendo chicoteado a todo instante sem poder se defender. "O que ele estava protegendo? ou melhor, quem ele estava protegendo? valia tanto a pena salvar essa pessoa? " O homem parou e sorriu para Nico.

– Parece-me que temos companhia. - ele se virou em minha direção com um sorriso maléfico.

– Que bom que esta aqui. Assim me poupa de ir atrás de você.

– Helena! Acorde! Acorde Por Favor! - gritava Nico tentando inutilmente se soltar das correntes.

A imagem foi ficando distante e ouvi uma voz feminina familiar estava me chamando insistentemente. Quando abri os olhos, Agatha estava em cima de mim e Gabriel a observava.

– Você estava gritando. - disse assustada. - Gritava por Nico.

Contei à Agatha e Gabriel sobre meu sonho, eles se entreolharam nervosos e Agatha me pegou pelo braço e praticamente me arrastou até a Casa Grande. Quiron estava na varanda em um emocionante jogo de cartas com o sr.D, quando Agatha, Gabriel e eu paramos ofegantes na frente da varanda.

Agatha pediu desculpa por incomodar o jogo deles e disse a Quiron que eu precisava de uma missão. Quiron se voltou ao sr. D como se pedisse permissão e o sr. D balançou a mão o liberando.

Após contar de meu sonho, pedi por uma missão para poder resgatar meu irmão, Quiron pareceu preocupado com meu pedido, sabia de algo sobre mim, e não havia me contado, eu sabia que corria risco de vida desde que fui atacada pela feiticeira, e que seria arriscado cruzar as fronteiras do acampamento.

– Não sei se isto sera possível jovem Helena. - lamentou virando-se de costas para nós.

– Quiron.. - disse dando um passo á frente. - Preciso salvar meu irmão. Sempre fui sozinha, passando de casa em casa, família em família. Agora que descubro que tenho um irmão, darei minha vida pela dele se for preciso e jamais me perdoarei se algo acontecer a Nico! - Agatha e Gabriel se olharam e em seguida Quiron se virou para mim e colocou uma das mãos em meu ombro.

– A missão e sua se assim desejar.

– Eu aceito! - exclamei com determinação.

Uma garota que estava em um quarto no piso superior, desceu as escadas e veio até mim. Já havia visto aquela garota antes no acampamento, achei que fosse apenas mais uma campista.

– Olá Helena, a tempos que quero falar com você. - eu engoli em seco.

– Como sabe meu nome? Nunca nos falamos. - perguntei.

– Vamos deixa-las sozinhas. - Quíron disse a Agatha e Gabriel.

Assim que eles saíram pela porta grande de madeira eu me virei para a garota que sorria docemente à mim, o que me assustou um pouco.

– Então.. Quem é você?

– Rachel Elizabeth Dare, prazer. - disse estendendo a mão.

– Helena Skotadi. - apertei a mão de Rachel um tanto apreensiva.

– Então Helena. - ela fez um gesto para que eu respirasse. Rachel parecia uma pessoa normal, uma adolescente normal. Longos cabelos ruivos, combinado com vivos olhos verdes, estava com uma camiseta velha da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos. – Quer me perguntar algo?

– Apenas não sei se estou fazendo o certo. - balbuciei.

Rachel ia dizer algo quando se levantou bruscamente. De sua boca e de seus olhos saia uma luz verde, em volta de nos duas havia uma fumaça verde, densa, que estava me causando náuseas. Uma voz estridente saia da boca de Rachel.

"Para o Norte deves viajar,

Com o renegado uma luta iras travar,

Da traição vira o arrependimento,

Com um ultimo suspiro,

Perderas um precioso amigo,

A queda do herói imundo,

Vira com a filha do submundo."

A fumaça verde se fora, e eu sai do transe, Rachel me olhava seria, parecia que não tinha mais nada à dizer. Pedi desculpa à ela e me retirei dali. Sai pela porta da frente da Casa Grande onde Agatha e Gabriel me esperavam.

– Então.. como foi? - perguntou Agatha.

– Foi.. estranho. - balbuciei.

– Acho que ate eu entender melhor, vou guarda-la para mim.. tudo bem? - perguntei me virando para Agatha.

– Claro. - afirmou um pouco desapontada.

Quíron havia mencionado que eu podia levar alguém comigo."2 pessoas apenas. Se levar mais podem haver consequências serias." Agatha e Gabriel era certo de que eu levaria, mas precisava de outros dois campistas, pedi para Thaissa me acompanhar também e meio sem jeito pedi a Heitor que viesse junto, mesmo sabendo dos riscos, todos aceitaram. Fui ate o chalé 13 e apanhei uma muda de roupas, quando saia do Heitor estava na porta me esperando, com uma mochila verde e preta e um belo arco azul em suas costas juntamente com um saco de flechas de pontas azuis como o arco.

– Estou curioso. - disse vindo em minha direção. - Porque pediu que eu fosse na missão com você?

– sou horrível com armas.. em compensação você e um excelente arqueiro, se da bem com armas.. - exclamei quase gaguejando e Heitor assentiu e sorriu.

Agatha se despediu de seus irmãos e Gabriel dos dele, já que não tinha de quem me despedir fiquei na frente da casa grande esperando junto com Thaissa e Heitor. Assim que Agatha e Gabriel se juntaram a nos

Partimos cruzando a fronteira do acampamento. Estávamos chegando à uma estação de trem antiga, ainda passava um trem ali mas era de carga, a ideia de Gabriel era "pegar uma caroninha". Assim que o trem estava passando nos cinco pulamos em um vagão que tinha uma porta aberta, em seu interior haviam blocos de feno de cavalo, entramos e nos sentamos, Gabriel ficou sentado de frente a porta para ver quando chegava nossa parada. Heitor e Agatha se sentaram perto da porta e Thaissa e eu estávamos nos fundos do vagão.

– Vi o jeito que olha para Heitor, você gosta dele? - perguntou me cutucando.

– E.. Eu? Eu não gosto dele não.. - respondi gaguejando.

– Admita.. e notório que vocês se gostam. - exclamou. - Eu vi o clima que rolou entre vocês na captura de bandeira outro dia. Vocês quase se beijaram. - afirmou me olhando nos olhos.

De fato, Thaissa estava certa, já foram dois quase beijos e palpitações múltiplas em diversas ocasiões, se isso não significava que eu estava apaixonada, eu só podia estar com alguma doença grave. Heitor se aproximou de nos duas fitou Thaissa que se retirou, em seguida ele se sentou ao meu lado.

– Diga o verdadeiro motivo de ter me chamado para vir na missão com você. - exclamou curioso com minha resposta.

– Já te disse. Chamei porque você é excelente com armas. - antes que Heitor pudesse perguntar mais alguma coisa Agatha nos chamou agitada e disse que estavam vindo para o nosso vagão.

– Como assim estão vindo? Quem esta vindo? - perguntei completamente confusa.

E então corremos todos para a porta de traz do vagão quando vi dois enormes lestrigões, um deles estava se aproximando, quando Heitor tentou detê-lo e foi atingido pela mão do monstro, acabou voando contra a parede do vagão, mas de repente senti algo crescendo dentro de mim, uma raiva descompassada, eu queria que aqueles monstros virassem pó, ou melhor, queria transforma-los em pó e manda-los direto ao tártaro.

A raiva só aumentava, um dos monstros resmungou que iria me levar ao mestre deles, o que me deixou mais enraivecida ainda, senti uma explosão dentro de mim. Um dos monstros, o mais feioso, me agarrou com as mãos e quando olhos em meus olhos tropeçou para traz.

– Ah cara, é ela. - disse se afastando.

Eu fiz o monstro levitar, fui fechando meu punho e o monstro se contorceu todo e o monstro explodiu em uma fumaça nojenta. Olhei para o outro e ele pulou do vagão.

– AH!.. SEUS OLHOS!! - Gritou Agatha ao meu lado.

Obviamente eu não podia ver meus próprios olhos então perguntei o que havia de errado, ela me deu um espelho e então eu vi. Meus olhos estavam com a pupila dilatada e envolta dela havia um anel de fogo que estava ardendo em chamas vermelhas, eu não sabia o porque daquilo mas me sentia poderosa e bem, por enquanto, de repente fiquei tonta e meu nariz começou a sangrar, tudo ficou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Daughter of Darkness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.