The Daughter of Darkness escrita por Meriane Ganter


Capítulo 13
A Secretaria Quer Nos Matar




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Certamente teríamos que procurar em prédios políticos de Washington, coisa que não seria muito fácil. Agatha teve a ideia de nos passarmos por estudantes de uma escola fazendo um trabalho sobre a atual gestão política do Estados Unidos, ideia boa, mas com um porem, de que escola seriamos? Agatha disse para ficar-mos tranquilos e que os detalhes ela cuidaria.

Passamos quase o dia todo pesquisando por prédios históricos e que hoje são sedes políticas, na biblioteca publica. O tempo todo não deixei de pensar em Heitor e no que ele me dissera, traidor, isso era inaceitável, mas eu não podia dizer aos outros.

Depois de horas decidimos ir ate o prédio da prefeitura, que ficava na avenida principal, à alguns quarteirões dali. Estávamos todos arrumadinhos e bonitinhos, ate parecíamos alunos de verdade. Ao chegar na portaria fomos barrados por um segurança de dois metros de altura.

– Tem hora marcada professora? - disse o segurança à Thaissa.

– Ah.. sim tenho, meus alunos estão fazendo uma pesquisa sobre a atual gestão política dos Estados Unidos e vieram falar com o prefeito. - o segurança assentiu e liberou nossa entrada, Thaissa nos olhou e sorriu, ela se saíra muito bem realmente.

Subimos ate o quarto andar que era no qual o prefeito ficava. A secretaria disse que ele não estava no momento, mas se quiséssemos poderíamos esperar ali.

Assim que a secretaria saiu, nos dividimos para procurar pelo prédio, Thaissa ficaria com o estacionamento, Agatha com o primeiro andar, Gabriel com o segundo, Heitor com o terceiro e eu com o quarto, nos encontraríamos dali uma hora na sala de espera da prefeitura. Entrei em algumas salas e procurei nas paredes e atras de quadros mas não achei nada.

– Pensa Helena, se você fosse uma louca torturadora, onde você esconderia um adolescente sequestrado? - nada me veio à cabeça. Assim que entrei em um deposito de computadores, ouvi passos no corredor, me escondi no melhor lugar possível, no armário velho no fundo da sala, quando a porta se abriu entraram a secretaria e um cara de terno escuro, achei estranho por a secretaria tinha presas e as pernas eram diferentes, uma era peluda e a outra de bronze, que fazia um som metálico quando ela andava, alguém colocou a mão em minha boca para que eu não gritasse e me segurou. Era Heitor, eu me debati e acabei pisando no pé de Heitor e ele soltou um grunhido, fazendo a atenção da secretaria e do cara se voltarem para nossa direção.

– Quem esta ai? - disse a secretaria.

– Não seja idiota Celly, um espião não vai responder "oi eu sou um espião e estou bem aqui.", sua anta! - disse o cara de terno.

Celly tirou de sua coxa embaixo da saia uma pequena faca de bronze e cada um foi para um lado do deposito, era nossa chance de escapar. Quando íamos abrir a porta, uma faca de bronze voou e acertou a trava, impedindo que saíssemos, coloquei a mochila no chão e tirei minha espada que estava presa à minha perna de baixo da calca. Heitor clicou apanhou seu arco e apertou um botão que tinha no meio, o arco se partiu no meio e se transformou em duas pequenas espadas. Celly agora tinha uma aparência horrível, me perguntava como não vi aquilo antes, ela era terrivelmente feia, pele pálida como a de um morto, olhos extremamente vermelhos e penetrantes, garras ao invés de unhas, e presas como as de um vampiro.

– Onde pensam que vão meios-sangues? - disse Celly partindo para o ataque. Heitor foi para um lado e eu para outro, ataquei o monstro e ela se defendia com suas unhas que eram afiadíssimas, eu golpeava rápido, mas ela desviava mais rápido ainda, com um golpe certeiro fez um corte em meu braço, o que me deixou furiosa. Quando avistei Heitor ele lutava com o cara de terno, que eu não consegui ver direito o que era, me concentrei em Celly que gritava e gargalhava enquanto desferia golpes contra mim.

– Você vai morrer meio-sangue, vai morrer HaHaHaHa. - é eu estava ficando bastante irritada com ela. A ataquei com a espada e ela agarrou meu pescoço. - Hoje não queridinha! HaHaHa. - Celly me atirou contra a parede e eu me segurei no extintor para não me arrebentar no chão, a raiva só crescia dentro de mim quando senti uma coisa estranha fluindo por todo meu corpo, era como se eu visse a mostrenga se movendo em câmera lenta, eu bloqueava todos seus ataques com precisão ate que a chutei no estômago e ela caiu de joelhos. - Piedade, por favor! - choramingava a feiosa.

– Hoje não, queridinha! - disse antes de cravar a espada no estômago de Celly.

Procurei Heitor e ele surgiu do meio das prateleiras, praguejando em grego antigo. Ele estava ferido, mas nem se preocupou consigo mesmo e logo reparou no corte em meu braço.

– Helena você esta ferida, vou cuidar disto. - Heitor pegou atadura de sua mochila, moeu umas ervas e passou na ferida, eu gemi de dor mas ele assoprou aliviando a queimação. Enquanto enrolava a atadura cantava alguma canção em grego antigo que parecia de ninar. Me deu um pouco de ambrosia para mastigar.

– Heitor, o que eram aquelas coisas? - Heitor sentou ao meu lado enquanto encaixava as espadas pelo cabo que voltaram a ser seu arco de bronze.

– Kriptos e Celly, um Telquine e uma Empousa, sentiram nosso cheiro, droga, como não os vi antes, como fui estúpido! - Heitor parecia furioso com ele mesmo, ele tirou o casaco e me deu para esconder a atadura no braço. Depois de uma hora todos nos encontramos na sala de espera da sala do prefeito, que agora estava sem secretaria. Heitor e eu contamos o que havia acontecido no deposito e Thaissa se enfureceu. Assim que saímos do prédio Heitor socou uma árvore.

– Droga! - rosnou Heitor. - Como não os vimos?

– Heitor a névoa as vezes pode enganar ate semideuses, e essa névoa parecia forte. - disse Agatha.

– Eles atacaram Heitor e Helena. - disse Thaissa. - Poderíamos ter evitado isso se tivéssemos os percebido eles antes.

– Gente, calma. - disse devolvendo o casaco para Heitor. - O importante e que estamos bem.

– Helena, o que é isso no bolso da sua mochila? - perguntou Gabriel.

Tirei a mochila e vi que havia um envelope cor de sangue no bolso superior. Peguei o envelope e o abri, dentro dele haviam cinco convites para um baile de máscaras em um prédio histórico de Washington, Agatha sabia onde era.

– Co.. como isso veio parar aqui? - perguntei.

– Algum daqueles dois deve ter posto ai. - disse Heitor.

– Devemos ir? - disse Gabriel. - Parece arriscado.

– Não tenho escolha, Herius certamente estará nesse prédio e eu estarei la para acabar com ele!

• • •

– Isso é loucura! - disse Thaissa. - Não devemos ir.

Agatha analisava o envelope e os convites, Gabriel pegou algumas porcas e parafusos dos bolsos e começou a montar algo, em seguida desmontou e montou novamente, acho que era algum tipo de terapia para ele, assim como para Heitor era polir seu arco e suas flechas. Thaissa já se distraia vendo televisão ou escutando musica no volume máximo em seu iPod, Agatha lia um livro com o titulo de "cálculos jamais resolvidos". Quanto a mim, bom.. eu costumava olhar pro céu, esvaziando minha cabeça, desligando os ouvidos, apenas quieta, no meu canto.

– Se vocês não quiserem ir, eu vou entender. - disse me levantando e chamando a atenção de todos.

– E deixar você la sozinha? Nem pensar! - disse Gabriel, Heitor o fuzilou com os olhos como que diz "ei.. essa fala é minha!"

– Esta bem! - gritou Thaissa. - Ja que vamos à um baile de máscaras preciso visitar uma velha amiga.

Andamos, andamos e andamos mais um pouco e chegamos em uma loja toda decorada em tons de lilás e rosa, atras do balcão havia uma garota de aparentemente 14 anos que chamou pela chefe assim que entramos. Dos fundos da loja veio uma mulher que não aparentava ser tão velha, tinha cara de 24, Muito alta, cabelos loiros cacheados que caiam por seus ombros, e por traz dos óculos de armação vermelha haviam olhos que pareciam azuis, depois verdes e depois pink com roxo. Assim que viu Thaissa a mulher correu para abraça-la, pareciam amigas de longa data.

– Scarlett! - disse Thaissa. - A quanto tempo? Uns 3 anos? Você montou mesmo a loja em..

– Eu disse que montaria. - sorriu Scarlett. - O que te traz aqui velha amiga?

– Temos um baile de mascaras muito importante para ir e precisamos de roupas. - Thaissa se virou para nos. - Essa aqui e Scarlett Tombson, filha de Íris.

Ah.. isso explica os olhos, pensei comigo. Depois das devidas apresentações, os garotos foram para um lado e nos meninas para o outro.

– Prontas para os vestidos? - disse Scarlett entusiasmada.

– Não. - respondi secamente e Thaissa riu.


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