A Herdeira dos Riddle escrita por Myla Oliveira


Capítulo 10
Confissões


Notas iniciais do capítulo

Heeey, eu sei que demorei e me mantem se quiser, tá legal?
Mas é que eu estava terminando minha outra fanfic e me dediquei um pouco a ela.
Então, Feliz Ano Novo a todos!!!



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"Quer dizer, todo mundo deseja ser especial para alguém - A garota do outro lado da rua."

Era a primeira vez que eu ia ao povoado de Hogsmeade e eu estava anciosa para isso. Quer dizer sempre ouvi as pessoas falando muito bem desse lugar e sem duvidas deveria ser o maximo! Mas eu nunca quis ir, porque eu nunca queria ir sozinha. Mas agora Mackenzie, Tommy e Alvo iriam comigo.

– Animada? - perguntou Mackenzie sorrindo e eu assenti positivamente com a cabeça Você vai adorar, lá é o maximo. Já bebeu cerveja amanteigada?

– Não... - disse sorrindo fraco, ela me encarou como se eu tivesse acabado de dizer a coisa mais absurda do mundo.

– Você nunca bebeu cerveja amanteigada?! - eu balancei a cabeça negativamente e ela levou as mãos a boca, quanto drama - Em que mundo você vivia?

– No mundo "Fique sozinha Sophia, ninguém te quer por perto"? - perguntei ironicamente e ela revirou os olhos bufando.

– Tudo bem, tudo bem! - disse ela se sentando bufando - Mas, você vai experimentar hoje e eu tenho a certeza mais que absoluta que você vai amar!

– Você quem manda! - disse sorrindo e dando de ombros, ela apenas concordou com a cabeça.

– Vamos logo, vai! - disse ela feito uma criança birrenta.

– Okay, okay vamos! - disse revirando os olhos e empurrando-a para fora do meu Salão Comunal.

Descemos para o Salão Principal rindo e conversando, as pessoas ainda não pareciam aceitar muito bem isso, mas eu não me importava mais, pelo menos nem tanto.

– Bom dia - disse Tommy dando um selinho em Mackenzie e beijando minha bochecha, eu corei assustada e sorri fraco.

– Bom dia - resmunguei.

– Oi - disse Alvo olhando de mim para Tommy.

– Oi - respondi mordendo os labios, eu tinha que parar de agir assim.

Nos sentamos a mesa da casa verde e prata e eu peguei bolinhos de caldeirão e suco de abobora. Mordisquei meus bolinhos sem muita vontade e bebi meu suco todo de uma vez.

– Bom dia a todos - disse nossa diretora e todos ficaram em silencio para ouvir o que ela tinha a falar, afinal ela raramente parava as refeições para falar algo e então deveria ser algo realmente importante - As visitas ao povoado de Hogsmeade foram canceladas! O motivo é que Comensais da Morte foram vistos aterrorizando um povoado trouxa! - ela olhoude relance para mim e a maioria das pessoas me encaravam como se eu fosse a culpada de tudo aquilo, eu abaixei os olhos para minhas mãos. Eu não tinha culpa, não tinha culpa! - Não quero ninguem culpando ninguem, pois não sabemos quem é o responsavel por isso! Um bom dia a todos!

– Eu sabia - disse uma garota na mesa da Sonserina, olhando para mim com um misto de raiva e nojo - Está vendo o que vocês arrumaram? Fizeram amizade com uma cobra venenosa, agora ela anda por aí soltando Comensais da Morte para aterrorizar trouxas!

– Eu não fiz nada - sussurrei e ela revirou os olhos.

– Faça-me o favor! - disse ela me olhando incredula - Quem mais poderia ter feito isso? Quem é a filha do lorde aqui, eu que não sou! Então pare de bancar a santinha e se afaste deles, porque todos ficaram melhor sem você!

Meus olhos arderam de lagrimas e eu afastei o prato de mim me levantando.

– Me deem licença - disse e sai do Salão o mais tranquila que eu consegui e depois corri feito louca para os jardins.

Por que eu tinha que ser a responsavel por tudo isso?

– Está chegando a hora, Sophizinha - disse uma voz divertida atras de mim e eu me levantei assustada. Savannah.

– Eu não quero fazer nada - disse chorando baixinho e ela revirou os olhos - Por favor, Savannah me ajude! Eu nunca tive amigos e agora que eu tenho, por favor, me ajude! Eu não quero ficar sozinha de novo!

– Não seja idiota Sophia! - disse ela segurando meus ombros com brutalidade e eu arregalei os olhos - Você é a herdeira, foi para isso que você foi criada! Para vingar o seu pai!

– Não - disse balançando a cabeça negativamente e deixando mais lagrimas escorrerem - Eu não quero fazer isso, não quero!

– E adivinhe só quem vai ser a primeira pessoa que você tera que matar? - perguntou ela com um sorrisinho de lado completamente ironico, eu a encarei confusa com as sobrancelhas franzidas e ela revirou os olhos - O que acha de Alvo Potter?

– Não! Eu nunca o mataria! - gritei e ela me balançou pelos ombros.

– Você fara!

– Não farei nada contra ele e nenhum Potter! - disse irritada e ela me empurrou no chão.

– Veremos - foi a ultima coisa que ela disse antes de sair dali.

Eu escondi meu rosto entre as mãos e descansei a cabeça nos joelhos.

– Sophia - disse alguem se sentando ao meu lado, eu olhei de rabo de olho e vi Alvo ali.

– Sai daqui, Alvo - pedi e ele balançou a cabeça negativamente.

– Não - disse ele - Eu quero te perguntar umas coisas.

– Quer saber se foi eu que liberei os comensais? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

– Claro que não! - disse ele ofendido - Mas, eu escutei a ultima parte da sua discussão com aquela menina.

– Eu... - disse assustada e mordi os labios, o que eu diria agora?

– Eu quero que você me diga o que está acontecendo - pediu ele e eu desviei o olhar para as minhas mãos - O que eles estão te obrigando a fazer, Sophia? Me diz.

– Eu fui criada a metodos trouxas - disse com os olhos fechados.

– Você o que? - perguntei ele surpreso e eu abri os olhos - Mas, por qual motivo?

– Para vingar meu pai - disse o encarando e ele engoliu um seco - Eu fui criada para vingar ele. E toda aminha vida, eu escutei que deveria matar a todos que estivessem contra essa vingança.

– Eu não sabia - sussurrou ele, sua voz morrendo aos poucos.

– Mas é claro que não sabia! - disse deixando mais lagrimas escorrerem e sorrindo fraco - Ninguém sabia, pelo visto só Savannah, mas eu não sei se mas alguém sabe!

– Você vai vingar? - perguntou ele me encarando e eu o olhei incredula.

– Pensei que me conhecesse pelo menos um pouco.

– Tudo bem, desculpe - disse ele parecendo nervoso e passando as mãos pelo cabelo - Não foi bem isso que eu quis te perguntar.

– Eu não quero ter que fazer isso - disse negando com a cabeça e olhando a frente - Nunca quis, eles sempre me obrigaram a coisas que eu não queria fazer!

– Eu sinto muito - disse ele e eu o encarei - Mas, nós vamos dar um jeito. Você não precisa ter que fazer isso, todos tem escolha.

– Talvez nem todos - sussurrei limpando as lagrimas de meu rosto.

– Isso não é verdade - disse ele e ia passar a mão no meu cabelo, mas sua mão parou no meio da caminho e ele encostou a mão na grama, desviando os olhos dos meus - Tem alguem com quem podemos contar?

– Bom... - disse dando de ombros - Tem o Ben, mas...

– Ben?! - perguntou ele arqueando as sobrancelhas.

– Sim ele me criou, já devo ter falado dele para vocês - disse dando de ombros - Ele nunca apoiou muita a historia de eu ser obrigada a vingar meu pai.

– Ele nos ajudaria? - perguntou ele arquendo as sobrancelhas.

– Talvez - disse o encarando - Mas, tem muitos outros e eles podem querer fazer algum mal a ele e...

– Calma, Soph - disse ele tocando meus ombros e eu me arrepiei, mas ele não tirou a mão dali - Uma coisa de cada vez, tudo bem?

– Tudo bem - confirmei com a cabeça.

– Vem cá - pediu ele baixinho e eu o encarei confusa, ele puxou minha cabeça levemente e a encostou em seu proprio ombro - Agora relaxe.

– O-okay - disse gaguejando e ele sorriu fraco.

Pelo menos eu poderia aproveitar, enquanto podia. Mas eu nunca teria coragem de machucar Alvo, eu sei disso. E talvez fosse melhor eu me afastar dele por esse motivo, mas eu não conseguia. Eu o amava.


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