Essência lupina escrita por Amaury Fabri Zambelli


Capítulo 1
Capítulo 1




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Essência lupina.

Era uma manhã chuvosa numa pequena cidade situada ao longo da America do norte, nada se tinha de anomalia na cidade.

Um rapaz de sua idade de dezoitos anos já acordava naquela manhã escura, seu despertador tinha o acordado de uma maneira rápida que fez cair da cama literalmente.


- Ai minha cabeça... – Falou ele se levantado e desenrolando as cobertas. – Puts tá muito cedo ainda... Maldito fuso horário, esqueci de trocar a hora.

Logo se deitou novamente querendo pegar no sono, porem não conseguia mais, e assim se trocou pondo a roupa escolar que era uma blusa branca com traços nas mangas em azul e vermelho em formas de linhas, um emblema da escola que tinha uma pequena espada com uma fita escrita "Aqui se aprende a viver", uma calça azul escura ou jeans escuro que era permitido usar.

Seu nome era Oliver Dronws Degrim. Toda vez que ele iria pronunciar ele se enrolava todo e quando conseguia falar o povo ria ou achava um sobrenome muito feio, estranho, com isso foi apelidado de Odd e que até gostou do apelido que era as inicias de seu nome completo, porem ele conhecia poucas pessoas, era meio desconfiado.

Oliver foi até a conzinha fazer seu café e para sua pequena irmã, chamada Cristy que tinha apenas treze anos, cabelos loiros longos e lisos. Ela já descia rápido quando ouviu ele acordar do jeito mais barulhento. Ela tinha olhos castanhos escuros quando ele a olhou e ele olhos verdes escuro, e cabelo curto e redondo.


- Bom dia! – Ela gritava para ele.

- Ai. Bom dia para você também, precisa gritar não... – Falou terminando de fazer o café e as torradas ao lado.

- Nossa madrugo cedo hoje né? – Perguntouela pondo os copos.

- O de sempre, cai da cama mais cedo que pretendia...

- Haha, também com aquele despertador de uivo, quem não cairia. – Ria ela.

- É, mas eu gosto dele tá... Então via querer torrada fresca ou torrada?

- FRESCA NÉ BOBÃO...

- Não sou bobão... - Falou ele "Ou será que sou? Pensava enquanto colocava a torrada no prato.

Na mesa tinha manteiga, margarina e geléia, alem do café feito na hora por ele, assim ele logo se sentou junto a sua irmã que passava a geléia na torrada. Oliver comeu a torrada do jeito que estava, e assim logo se levantou depois de engolir o café do nada.

- Vamos, já estamos na hora.

- Já? Nossa nem vi o tempo passar... Espera que já volto. – Ela saiu correndo subindo as escadas.

Oliver sempre olhava para o céu em dias chuvosos, foi nesse mesmo tempo que seus pais desapareceram em um voo que iam para algum lugar, eles não falaram para onde, e quase nunca falavam de parentes ou algo que envolvesse os antepassados.Logo eles nunca mais voltaram e isso já se faz quatro anos, a saudade era bastante, mas tinha que seguir em frente.

A única coisa que Oliver sabia, era que sempre que alguém ia a casa deles fazia referencias e depois o chamavam de algo estranho, uma língua não entendida em nenhum idioma e logo depois disso eles saiam e voltavam apenas de tarde, e bem tarde alias.

Cristy desceu com a roupa típica de escola, uma calça de mesmo tom azulado, e uma camisa branca de mesmos detalhes, ambos eram de mesma e escola e assim saíram. Oliver cursava o terceiro ano do ensino médio, e ela na sétima série fundamental e ambos de manhã, o que facilitava muito.

No meio do caminho, eles já avistaram o ponto de ônibus e que estava sem ninguém, após terem chegado se sentaram para esperar, o que não levaria muito tempo.Conversaram por breves momentos perguntando um para o outro se estavam indo bem na escola e tudo.O ônibus chegou e eles subiram já Oliver pagando as passagens, não estava cheio ainda sobravam cadeiras vagas.

Chegando, a escola era bem natural continha muros altos e rebocados e recentemente pintados de azul escuro, um portão grande verdeado, e um de pedestre mais a frente onde daria à sala da diretora, que bem a frente dela ficava a secretaria e os fundos à biblioteca.

Os dois entraram pelo portão grande e assim cada um foi para um lado, Oliver subiu as escadas logo a frente do portão enquanto Cristy virou a esquerda e entrado na sala que parecia ter uma festa lá dentro, de tanta gritaria que era.

Na sala dele nada acontecia já que eram poucos alunos que passaram de ano, alem de que maioria era reservada, o que dava para ele um momento chato, quase sempre dormia nas aulas de historia já que a professora nunca abria a boca nem para fazer a chamada.

Por quatro horas eles ficaram lá estudando, no ultimo horário Odd tinha cochilado na aula de artes, já que tinha terminado a tarefa dada por ela rápido. O sinal tocou e todos saíram correndo, ou pelo menos as salas de baixo faziam isso enquanto as de cima andavam.

Oliver logo que saia do colégio já ia direto para o trabalho, um serviço que arranjou desde os dezesseis anos, um pequeno escritório contábil perto de casa, trabalhava como Off-boy no local nunca sofreu nada, nem perca de documentos nem assaltos. Assim Cristy voltava para casa sozinha, ele a acompanhava até um momento e depois se separava.


" Minha vida não muda nada desde o sumiço deles..." Pensava Oliver dobrando a esquina.O escritório ficava dentro um prédio grande com cerca de quinze andares, e onde trabalhava ficava no ultimo, a sala tinha o numero "1503" que ficava a esquerda depois do elevador.

- Boa tarde a todos. – Falou ele já entrado como de costume.

- Odd finalmente chegou, venha aqui. – Disse uma voz fina e feminina bem severa ao mesmo tempo, chamando ele.

- Sim? – Se aproximou da mesa.

- Olhe tome esses papeis você tem que fazer... – Ela explicou tudo para ele e pelo visto não voltaria cedo para lá, assim já estaria dispensado depois de tudo feito e confirmado pelo telefone.

Oliver acenou com a cabeça e pegou tudo, colocou os papeis já separados por ele dentro de uma pasta cinza. Logo ele já despediu deles e saiu pela porta.

- Hoje vou andar muito. – Falou sozinho dando uma revisada no que tinha para fazer. – Primeiro vou aos bancos por que fecham cedo, eo resto fica até tarde da noite ai fica fácil. – Concluiu.

O elevador chegou rápido... e estava vazio quando entrou. Odd apertou o botão "T" e já se se encostou ao lado para esperar, foi até rápido por que ninguém entrou.

Já na frente da porta do prédio ele se dirigiu aos bancos como falado. A fila do ultimo banco ido era enorme. Odd fez uma careta de não gostar de ter que ficar em filas longas, mas como não tinha outro jeito ele ficou na espera.

Uma hora se passou e ele foi atendido finalmente. "Não acredito que fico uma hora na fila para ficar dois minutos no caixa... Eitatrabalho paciente..." Pensou já pegando o papel preenchido pelo rapaz do caixa.

A rua estava bem movimentada, varias pessoas andado com pressa e outras matando o tempo, ou até mesmo esperando alguém. Oliver fitou os olhos na procura de alguma coisa do nada, e assim que percebeu o que tava fazendo balançou a cabeça tentado voltar do estado de transe doido dele.


"Eu to ficando louco? Não é só impressão mesmo... Detesto quando isso me acontece." Pensou já virando uma esquina e entrando em uma loja de roupas.

- Gostaria de ver o senhor Walter, por favor. – Pediu com toda educação para a moça.

- Sim claro, só um momento que vou chamá-lo. – Falou a mossa. Ela tinha cabelos morenos e longos, um olhar doce nos olhos e era bem simpática na voz, ela foi até os fundos chamá-lo.

- Ata, deve ser Oliver certo? Bem eles já me ligaram avisando que viria. – Disse ele, um homem já em meia idade quase sem cabelo e usava óculos bem redondos.

- Sério? Bem aqui estão os documentos pedidos, só assinar o protocolo aqui e pronto.– Ele retirou um pequeno caderno e uma caneta azul da marca Bic.

Assim o senhor assinou o caderno, e pegou os papeis Oliver se virou para fora se despedindo de ambos. Agora já fora da loja já podia se ver o por do sol, e ainda restava uma loja a ser visitada.

Depois de alguns minutos ele chegou a ela, uma loja meio estranha o que nunca vira na cidade, nem nome tinha e o que dava a aparência de ser nova, porem era bem sombria por dentro, cheio de objetos estranhos e um ar dentro dela que dava arrepios na espinha.


- Ah... O senhor Wa...Wal... – Enrolava a língua para dizer o nome estranho.

- É Wolger e não é com "a" e sim com "o"... – Um homem de aparências bem alto, olhos azuis e que parecia bem jovem com seu cabelo bagunçado de tom azul escuro que era quase como um preto.

- Bem, desculpe por isso. Você poderia assinar esse termo como feito na assessoria? – Disse tentado não mostrar medo.

- Como desejar. – Seu tom na voz era semi-grossa, dava a sensação de ser algo não humana.

O rapaz pegou os papeis e já posto no balcão que era de granizo, ele assinou bem devagar, pois lia o que estava escrito nos papeis. Oliver ficou olhando ao seu redor, cada espaço da loja era mais sombria que a outra, e a cada momento sentira arrepios na espinha e um odor forte que ele desconhecia, já achava que tinha alergia a pó em excesso.

Uma coisa estranha parecendo uma pedra azul lhe chamou a tensão e se aproximou dela, do anda um reflexo estranho apareceu quando a olhou, em vez de ver seu rosto viu olhos amarelos e um rosto meio peludo, no mesmo instante ele deu um pula para trás se assustando.


- hei garoto, toma cuidado. – Ele falou já terminando de preencher a papelada. – Aqui está.

- Muito obrigado, mas essa aqui fica com você como copia. Até... – Falou já se virando.

O rapaz abriu um sorriso estranho no rosto e voltou para os fundos. Oliver já tinha terminado tudo e foi até rápido, e assim foi correndo para casa.

Cerca de minutos ele chegou e lá estava sua irmã feliz em seu quarto preparando sua mochila para o próximo dia de aula, ela o viu chegar e como costume o abraçou.


- Bem vindo de volta! – Falou ela apertando forte.

- Obrigado Cristy... – Olhou para baixo com certo ar de tristeza.

- O que foi? Algum problema?

- Não nada. Bem vou ir preparar o jantar, tome um banho até lá, certo?

- Está bem... – Ela se virou ia já começava a dissipar as roupas que usava.

Oliver se virou na mesma hora e foi ate a cozinha preparar o jantar, antes ele lavou o rosto querendo tirar a expressão de canseira. Já era tarde e colocou a mão na panela para fazer o jantar.

Meia hora depois estava tudo pronto, sua irmã já estava sentada a sua mesa com um olhar de petisco querendo devorar tudo, ele terminado de lavar a sujeita que fez.


- Oliver isso deve estar uma delicia... – Falava ela sonhando com o sabor. – Faz tempo que não fez lago tão cheiroso assim.

- É... Devo concordar faz tempo mesmo, bem vamos comer, antes que esfrie.

Não demoro para que eles já colocassem a comida em seus pratos, ambos estavam sentados numa mesa para quatro pessoas, uma bem normal sem muito desenhos escandalosos. Assim eles jantaram de forma agradável e calma, não falaram muito já que não aconteceu muita coisa no dia. Após a janta eles dormiram rápido.

"Estava tudo escuro, não se via nada naquele lugar a não ser Oliver com seu pijama, sentia algo em seu corpo... não era normal e uma forte dor de cabeça o fazia gemer de dor, logo depois um par de olhos estranhos amarelados o aparece em sua frente... ele não sabia se corria ou se deixava a dor lhe tirar a vida, e a cada segundo que passava a dor piorava e o par de olhos se aproxima até que..."

Oliver acorda do nada suando frio, seu despertador nem tinha tocado e ainda era noite.

- F-Foi só um sonho... – Falava ele pondo mão no rosto.

Por fim tentou voltar a dormir, mas não teve êxito e com isso ficou olhando para a lua, por sua janela onde ficava perto da cama. A lua estava grande e bem azulada, era lua cheia e aquilo sempre o fazia lembrar de seus paios quando saia em toda lua cheia, ele sempre dês confiava deles, era muito estranho sempre estarem saindo quando tal lua aparecia.

A manhã veio logo. Oliver nem percebeu que o tempo tinha se passado tão rápido e logo fez todo a matina de manhã até a hora da escola, mal sabia ele que teria um dia daqueles.

Na escola ele teve aulas normais, e sempre quando dava à hora do descanso ele tirava um cochilo rápido na sala mesmo quando trabalhava até mais tarde ou fazendo trabalhos e tarefas acumulados.Nenhum de seus colegas era chegado a ele, porem admiravam por cuidar de sua irmã e da casa sozinho depois que seus pais sumiram.

O ultimo sinal tocou e com isso todos da escola foram saindo de suas salas e andando até o portão de saída.

Logo o garoto já tinha encontrado sua irmã te esperando na porta, se cumprimentaram e pegou suas coisas para ajudar a levar, feito como sempre eles se separam depois alguns metros e ele foi para o trabalho.

Chegando lá a porta estava trancada e já estava na hora deles ter voltado do almoço. "Estranho isso, eles nunca se atrasaram, e quando acontecia algo eles me ligavam ou tinha alguém já aqui dentro..." pensou já desconfiado.

A porta era difícil de ser arrombada, era feito de aço, de chapa grossa, assim ele não teve outra maneira a não ser voltar para casa, assim que foi pegar o elevador uma mulher bem arrumada com os cabelos caídos chegou logo Odd sabia quem era e foi com ela para abrir a porta.


- Nossa já estava achando estranho... Nunca se atrasaram assim. – Falou ele.

- ... foi... foi o transito onde estávamos, é complicado mesmo se sabe... – Ela parecia suar com o que falava.

- É sei... é um inferno as vezes, por isso faço tudo a pé, é mais rápido... – Sorriu.

Ela abriu a porta e entraram de fato como costume já estava tudo arrumado para ele ir, e dessa vez tinha pouca coisa para fazer e viu um bilhete já escrito e assinado pela dona explicando tudo e onde deveria ir e no final do bilhete dizendo que estava livre depois das tarefas.

Rapidamente ele saiu já com os papais. O dia passou super rápido ele andava para um local e outra, de uma loja a outra entregando os papais, o que muitas vezes eram impostos.

Vendo que a noite se aproxima ele correu para sua casa, chegando lá foi no mesmo lugar que sempre passava para ver sua irmã, porem ela não estava o que pegou de supressa, algo estava errado ela sempre chega e pulava em cima dele ou gritava seu nome. Ele correu pela casa preocupado, gritava seu nome e nenhuma resposta era obtida.

Já assustado ele saiu da casa dele sem ao menos notificar a policia, que na mesma hora eles falariam para esperar 24 horas... A policia local era mesma coisa que nada, esperar por eles não ajudaria trazer Cristy de volta era o que Oliver pensava já ofegando quando passou pela terceira esquina olhando para todos os lados.

Ele sentiu algo no corpo, como se tivesse pegado um aroma diferente no ar, e na mesma hora viu uma mecha da roupa da escola de sua irmã, grudado numa vareta fincada na parede.


- É dela, posso sentir o perfume... Não estão longe... – Ele falava sozinho enquanto corria na direção onde encontrou o pedaço de roupa.

Mais algumas quadras corrido e ele viu sua irmã sendo segurada de forma bruta no colo do homem armado, ele vestia trapos todo rasgado, uma camisa preta, jaqueta de couro completamente rasgada nas mangas, uma calça jeans e um revolve apontada para a frente, por fim ele estava de costas e sua irmã chorava para ele a lagar e ele gritava com ela para parar de chorar.

- SOLTA MINHA IRMÃ AGORA! – Gritou Oliver sem pensar na situação.

- Hum...? – Olhou o homem friamente para trás. – E vai fazer o que moleque? Me matar hahaha, se der um passou eu abro um buraco nessa pirralha. – Falou apontada a pistola no peito dela.

Oliver rangeu os dentes na hora, e fez o que ele pediu ficou parado olhando ele. Nessa hora o homem da um sorriso maléfico no rosto, ele larga a garota no chão e a caricia em seu rosto e ela. Odd estava pegando em fúria agora nem parecia mais estar consciente.

Ainda com o revolver apontado para ele, ele bate em Cristy o que fez Oliver gritar do nada de um jeito anormal, um grito mais para rugido. O homem olha assustado para ele que parecia um animal agora. Oliver nunca bateu em sua irmã ou usou de violência para educá-la e não aceitaria que alguém a tocasse de tal forma, muito menos que aliciassem em sua frente.

Aos poucos seu corpo e sua roupa foi sendo rasgado indo do lado esquerdo até o direto, fazendo as partes do corpo virar pelos, garras enormes aparecem em suas mãos que eram patas agora, seu rosto to uma forma de lobo e com isso seus olhos eram semi-amarelos misturado ao um fundo de cor prata, pupilas eram finas e uma cauda média aprece já abanando de tal forma furiosa, a cor era escura, um azul escuro quase um preto.

O homem se apavora na hora e sem querer a tirou para ele, porem ele errou, em sua forma agora ele correu tão rápido que um humano veria, simplesmente em frações de segundos estava a frente do homem que se borrava de medo, sua irmã estava chocada com o que via, não sabia mais se chorava, se corre-se, se desmaiava, apenas ficou olhando.

O lobisomem do nada arranca o braço do homem fora e jogou ele e seu membro contra a parece ao fundo do beco no escuro. Ele olha para sua menina e ela repara que não se via pupilas em seus olhos, e logo ele corre para onde jogou o corpo, sangue estava derramado desde onde arrancou o braço e até onde o arremessou deixando rastros no chão.

Mais nada se ouviu, apenas um som de algo sendo mordido. Ela encostou-se à parede perto de um latão grande juntado seus joelhos até o queixo e tentando engolir o choro. Cristy não acreditava que via seu irmão desse modo, não podia acreditar que era ele aquele mostro...

O lobo começa a andar em direção onde ela estava, seus passos eram firmes e calmos, sua boca e garras estavam cobertas de sangue, seu focinho cheirou o ar e onde achou a garota que na hora olhou para cima em seus olhos.

O lobo para na mesma hora e seus olhos aparecem pupilas ele olha para o que seriam suas mãos e parece estar mais supresso que ela.


" Não pode ser... Isso ... ISSO!?" Pensava ele fechando os olhos e reabrindo para ver se era real, e por fim era.

Ele se viu no reflexo da lata e onde foi que pioro a situação, ele deu passos para trás se afastando na mesma hora dela.

- Cristy... Desculpe... – Ele pulou para trás subindo pelas paredes fincando suas garras nela e pulado ruma a outra que ficava a frente e assim fez a te o topo deixando a menina em estado de choque, confusa e sozinha na noite escura.

Oliver ficou a cima do telhado a e foi assim por cerca de um quilometro de distancia de onde estava. Novamente olhou para seu corpo e já sentia lagrimas quente escorrerem pelos seus olhos. Queria saber por que se tornou aquilo, e como, já não mais sentia o porquê de viver, não teria nem coragem para ficar ao lado de sua irmã agora, teria que quebrar a promessa que fez aos pais.

- Por que choras? – Falava uma voz feminina atrás dele.

O lobo nem havia se tocado na voz a sua atrás, estava tão perdido em seu desespero que nem ligou. Ele se levantou do nada com uma garra em seu pescoço.

" Único jeito é me matar, não tenho mais por que viver, não posso viver ao lado de minha irmã desse modo. NÃO DÁ" Pensava engolindo seco a saliva.

- O BABACA. – Gritou ela. – Se acha mesmo que se matando vai adiantar alguma coisa? Acha que vai aliviar a dor e deixar sua querida irmã sozinha nesse mundo, por um ato negligente como esse? Pense melhor.

As palavras o tocaram nessa hora e ele olhou para trás vendo uma mulher vestida de uma jaqueta de couro fechada de cor branca e um moletom preto, os cabelos eram ruivos e longos e pareciam estar lisos, seus olhos eram cinza como tempestade, e sentia um odor agradável vindo dela.

- Quem é você? – Disse.

- Isso não importa agora, apenas sabia que você já nasceu assim... – Foi direto ao ponto.

- Como assim?

- Hora, vamos não me fale que nunca reparou algo estranho em seus pais ham?

- Bem não a não... – Ele regalou os olhos para ela.

- Saiam sempre em lua cheia correto?

- S-sim, mas como você sabe? Como sabe dos meus pais, e como sabe o que eu sou...

- Shiii, muitas perguntas que logo viram as respostas meu jovem, com o tempo ira obter elas, a única coisa que posso falar é que... VOCÊ DEIXOU SUA IRMÃ SOZINHA LÁ O BOBÃO.

- Eu sei disso, mas olhe para mim, como que quer que apareça na frente dela desse jeito sou um lobisomem do nada, ninguém falou que eu era isso, e agora fico sabendo que meu sangue é de um lobo, um monstro, nem sei se devo acreditar.

- Se deve acreditar em mim ou não, isso fica a seu critério, mas olhando para você nesse momento acho que não tem muito o que acreditar. E você... – Ela começou a rodá-lo. – Você é até bonito de perto.. sua tribo não é muito visto nesse mundo...

- Minha o que? Deixa para lá, já estou muito confuso agora...

- Bem de toda forma, vai ficar parado aqui? Sua irmã pode estar correndo risco de vida, aquele homem estava a levando para um lugar até você o matar...

Oliver se assusta Nara lembrando que algo acontecer a sua irmã ele não se perdoaria mesmo estando naquela forma ele não a deixaria ser machucada de forma alguma. Aquela mulher era estranha e era o que ele pensava quando pulou do prédio sem ao menos se despedir.

Ela ficou parada olhando para o lobo que parecia voar quando pulava.

- O vento... Nossa... Ele... Que sentimento estranho... – Disse ela sozinha.

Oliver em poucos minutos já estava onde tinha deixado Cristy, ela não estava mais lá, na mesma hora pensou que ela podia ter voltado para casa, mas seu cheiro ainda estava forte lá, tinha o cheiro dia e de mais alguém... Não do morto e sim de outro. Parecendo um farejador ele seguiu o cheiro se escondendo de todos da cidade, mesmo sendo na madrugada às vezes passava alguém, a iluminação da cidade não era muito, mas daria para ver ele.

A velocidade na qual corria era muito grande, como se o vento o ajudasse e corria como um humano normal, porem era mais rápido e estava sempre inclinado para frente e não parecia perder fôlego. Sempre na sombra o vento batia no rosto dele como sua cauda estava sempre balançando para os lados na medida em que corria.

Minutos se passaram até ele chegar a uma fabricam em más condições, as paredes estavam trincando, janelas quebradas, no pátio havia muito mato, alem de destroços de ferro. Dentro dela as luzes estavam acesas, eram luzes fracas e um jipe parado do lado de fora encostado a porta.

Oliver foi sorrateiramente até o local, tentando não fazer barulho, mas ainda não havia se acostumado com o tamanho e o peso de seu copo agora, dessa forma ele chutava quase tudo na frente dele, por sorte eles não ouviram nada.

Já dentro da fabrica ele andou cuidadosamente para a área central, chegando ao local viu sua irmã com lagrimas nos outros e vários humanos ao redor dela com sorrisos maliciosos no rosto.


- Não sei o que ouve com nossa comparsa, mas de toda forma ele nos avisou que você estava lá... De toda forma...– Falava o homem com os cabelos espalhados, com uma faca a amostra da garota amarrada nas mãos e estendida numa mesa comprida.

- Hey, hey, vamos acabar logo com isso, não agüento mais ficar parado. – Falou o cara atrás dele.

- Paciência meu caro, tudo a sua hora. Mas vamos logo com isso, não é sempre que a chefia nos libera assim...

"O que eles querem com minha irmã? Ela não fe..." Ele pensou na pior coisa possível no momento.

A garota deixava as lagrimas cair quando sentiu alguém a passar a mão em sua barriga, Oliver não estava suportando em ver aquilo, mas também não podia ir para cima do nada, todos estavam armados, assim encostou suas garras perto de um poste de luz.

Ele rosnou na mesma hora assim que teve uma ideia na mente. Os homens param do nada e olharam para trás na procura do ruído e nada viram.

- Mas o que foi isso?

- Deve ser apenas um cão sarnento vagando por ai, como sabem aqui tem anos que esta abandonada.

- V-verdade. – Falava o mais medroso no grupo que já estava encostado na parede tremendo.

- Roy para de tremer cara,desse modo se vai passar vergonha de novo na frente do chefe... – Ele ria vendo o coitado cair graças ao um pedaço de ferro no chão.

O lobo viu que não adiantou e tentou novamente agora uivando para eles, e na mesa hora eles ficaram atentos, olharam para trás e para os lados a procura do som e com as armas nas mãos. Oliver deixou mostrar seus olhos na escuridão e nessa hora apagou as luzes no disjuntor.

- Cristy, não tenha medo. – Falou ele, sua voz estava um pouco grossa, mais do que o normal e ela nada disse no momento.

- O que é isso?! Atirem nele agora. – Falou o que parecia ser o líder.

O lobo via em estado perfeito na noite, era como se tivesse um olhar noturno, via tudo preto e branco nos mais perfeitos traços e tonalidades de cada roupa deles, ele mesmo não acreditava que tinha tal visão.

Nesse momento só via gritos deles e os disparos das armas para todos os lados, cada tiro fazia um brilho latejante no local. Cristy estava assustada de mais e apenas fez o que a voz lhe pediu.

Logo tudo ficou em silencio, nada mais era ouvido a não ser pelo ruído do vento que soprava no lado de fora. Cristy sentiu que suas mãos estavam livres. Um som de torneira abrindo se ouviu-se abrindo e em seguida se fechou, a luz foi acesa e os homens não estavam lánão ser suas armas e umas gotas de sangue nos locais.

Estava assustada, não sabia o que fazer, estava ali sentada na mesa olhando para frente, olhando para olhos amarelos latejantes que o fitavam atentamente, mas não se aproximava e ficava diante da escuridão do fundo.

- O-obrigada... – Ela tentou falar algo, tirar o momento tenso e silencioso, mas sentia medo.

- Cristy eu... – Ele hesitou em falar alguma coisa quando viu sua irmã caminha para ele.

- Oliver? É você? Para de brincadeira... Saia daí. – Disse ela achando mesmo que era seu irmão brincado de fantasia.

- Cristy entenda, não estou brincado, não sou mais... Humano... – Ele engoliu seco quando pronunciou a ultima palavra.

- Com assim? Para mim não importa mais... Você me salvo duas vezes hoje... não terei medo do que seja você agora... Não posso ter medo de meu próprio irmão... a pessoa que prometeu me proteger... – Ela já estava em lagrimas que corriam em seu rosto.

- Cristy... – As palavras o tinha tocado e com isso com passos lentos e calmos ele foi saindo da escuridão.

Cristy ficou pasmada na hora que viu uma forma dele, um lobo sobre duas patas apenas, um lobisomem. Ele olhou para o lado com a cara triste. Sua irmã o olhava com medo nos olhos, mas por alguma razão ela se aproximava dele aos poucos e até momentos depois ela estava segurando uma de suas patas. Ele percebeu o toque e a olhou.

-Cristy? – Ele estava confuso.

- É macio... Não sei, mas gosto de te ver desse modo, é mais bonito... fofo. – Ela encostava a cabeça me sua pata.

Ele se ajoelhou na hora e abraçou a irmã já com lagrimas em seus olhos, não sabia o que fazer mais a não ser isso, um abraço de consolo. Cristy percebeu a ação e o apertava mais, como se dissesse que estava tudo bem. Ficaram abraçados por um curto tempo que mais parecia muito tempo.

- De toda forma agora, vamos voltar para casa... – Disse ele.

- Vamos... mas?

- Não se preocupe comigo, apenas vamos... Depois eu vejo o que fazer...– Falava para tranqüilizá-la.

Os dois já no lado de fora do lugar, Oliver pediu para ela se segurar firme nele quando a pegou no colo, ela segurou firmemente nos pelos, ele saiu em meio as escuridão como fez antes, e na mesma hora o vento soprava para ele de alguma forma.

Minutos se passaram e eles já se encontravam dentro da casa, era muito tarde já quase não passava pessoas na cidade. Cristy ficou sentada na cadeira da sala olhando para seu irmão, e ele olhando para ela, um momento tenso se formava dentro da sala.

- Oliver... Como você vai... Voltar para a vida agora? – Perguntava ela.

- Não sei... – Ele desvia o olhar. – Mas sei que devo ficar aqui... As coisas que fiquei sabendo e quero confirmar... De todo modo não sairei daqui até eu ter certeza de uma coisa... – Ele se levanta e vai ate a janela.

- Certeza de que? Que nossos pais têm algo escondendo de nós? – Ela perguntou.

- Exatamente... – Ele vai até as escadas. – Irei tomar um banho... Preciso relaxar a mente e tirar as senas que fiz... – Ele se enjoavaquando lembrava que fez com os homens.

Por sua altura agora quase não o cabia dentro da casa, por sorte a casa era bem alto mesmo... Por alguma razão isso não era mera coincidência, ele não acreditava nisso nem mesmo que o destino já era traçado desde que nascia, era um fato amais para que desse certeza que seus pais eram...Abriu o chuveiro com dificuldade na hora, ainda não se acostumava com o corpo nem com os membros. A água batia em seu corpo.

No lado de fora da casa, uma pessoa o via tomar banho, o vento soprava seus longos cabelos na hora.

- Se ele não ficar calmo ele não vai conseguir voltar a ter aparência humana... – Falava a moça que encontrar momentos antes.

Oliver estava ficando relaxado agora, a cada momento que água quente batia em sua cabeça ele apagava as cenas que sofria, o banho era a única coisa que o deixava relaxado depois de um dia cheio. Sem perceber ele estava normal novamente.

Ele saiu do banho se enxugando, sua irmã já estava subindo as escadas e quando o viu ela parou com a boquiaberta.

- OLIVER!! – Gritava ela o abraçando do nada.

- O que foi Cristy?

- Olha para você... Está de voltar. – Ela sorria sem parar.

- Como?

Ela o mostrou no espelho, sua aprecia humana estava de volta, sem saber como ele fez isso, teve a sensação de que sabia como voltar a ser aquilo... "O que um banho não faz..." pensava ele rindo.

- Vamos dormir e esquecer tudo isso, está bem? – Falou ele a levando para o quarto.

- Sim. – Ela falou com toda alegria no rosto.

Assim ambos dormiram no mesmo quarto, ela não queria ficar sozinha novamente, não naquele dia e naquela hora.

No lado de fora da casa à mesma mulher estava em cima de um telhado que observou tudo, até um homem chegar atrás dela, seus dentes eram compridos.

- É ele? É o filho deles? – Perguntava o homem com uma voz tranqüila e passiva.

- Sim é ele,aprendeu rápido a como usar o corpo de lobo dele... Não são muitos que se acostumam logo na primeira transformação... Ele é bem jovem ainda, mas tem algo estranho demais nele. – Falava a moça.

- Sério? Nossa mais estranho que você é complicado... – Ele ria.

- Ora nem vem com essa. – Ela se virou para ver o homem.

Ele tinha um cabelo longo e branco, usava roupas de couro da cor azul marinho e era todo botoado, calça de mesma cor e um olhar penetrante para quem ele olhava com aqueles olhos cor de sangue.

- De modo espero que ele fica em paz por um momento... So podemos agora torcer para ele não ser perseguido... Se não a vida dele que ele conhece agora, não será a mesma. – Falou ele abraçando a mulher.

- Fato... Porem acho meio improvável que isso aconteça, de toda forma irei ficar e observá-lo um pouco mais.

- Faça como desejar amor. Só tome cuidado.

Ela nada disse e lhe deu um beijo em seus lábios, ambos ficaram se beijando sobre a imagem de uma lua amarela e um céu com poucas estrelas. Logo o homem foi embora desaparecendo do nada.

Os dias se passaram normais para os dois, Oliver ainda se acostumava com as reações caninas dele que surgiam do nada e quase toda noite ele tentava se acostumar mais e mais com o corpo. Sua irmã o ajudava em certas horas.

Em uma noite ele cabo caindo, quando tentou ficar preso a uma parede de jeito estranho. Eles riam muito na hora, o lobo com seu sorriso monstruoso e ela com sorriso simpático

- Os dois parecem felizes desse jeito... Devo ir agora, já tive meus olhos neles por muito tempo... Que Gaia os proteja. – Ela sorriu para eles e fez uma movimentação com a mãos de um jeito estranho e logo pulou para trás deixando os dois agora rindo.

A noite foi tranqüilo. O vento soprava para longe e com isso parecia levar todo o mal embora, mas algo muito ruim poderia estar ocorrendo em algum lugar na mesma cidade, em um lugar que não era comum para humanos.


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