Uma Nova Chance escrita por M Lyn


Capítulo 3
Cap. 2


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Sim, mas um fresquin saindo do forno



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437470/chapter/3

"Quem sou eu? Uma maluca depressiva? Não! Apenas uma depressiva solitária."

Como dito outrora eu realmente recebi alta três dias depois que eu conversei com o Doutor Paul. Descobri que naquela noite em que eu quase tive uma crise de overdose, eu havia injetado drogas em minhas veias. Oh Céus! Me tornei uma maluca!

Apesar de meu juramento que não iria mais fazer isso, Paul me pede para ir a um grupo de apoio, O Grupo Diga Sim A Vida. Era isso ou ele me ameaçou internar-me. Como um bom entendedor sabia que o melhor era ir quatro vezes por semana a uma reunião de uma hora e meia que passar quase o resto de minha vida trancada como uma princesa em apuros aguardando o príncipe, mas no meu caso, meu príncipe já havia se casado.

Fui liberada segunda a tarde, e teria o tal grupo as 18hrs, ou seja, duas horas depois. Eu não estava nem um pouco afim de sair nessa noite. Então faltei, e desde então Paul disse que me vigiará. Ele disse que isso seria melhor. E que seu irmão está nesse grupo e um pode apoiar o outro. Grande Ilusão.

Hoje, quarta-feira, tive que vir. O prédio parece um galpão, empurro o grande portão de ferro, encontrando algo que eu não esperava: Um local limpo, arrumado e apesar de muito simples, aconchegante. Caminho por algum metros encontrando duas portas que pareciam um galpão dentro de um galpão. Cada um com um letreiro em cima, a da esquerda uma placa sinalizando Bebidas e da direita bem em frente, Drogas, a minha. Ao entrar empurrando o portão de ferro, o local contém algumas cadeiras e uma mesa com alguns alimentos. Sou a única a chegar então para garantir que estou no horário, olho meu punho onde há um lindo relógio em prata que marcava que eu estava na hora certa, relógio esse que Alec me deu quando fizemos dois anos de casados, lembrar isso me deixa triste e já que eu não tenho remédios, a salvação é algo doce. Chego perto da mesa com algumas comidas para passar o tempo, vejo sanduíches, sucos, bolos um de laranja e outro de chocolate, eu acho pela coloração.

Estico os meus dedos para pegar um pedaço de um bolo que eu creio que pela coloração seja de laranja. Levo a minha boca mais antes de colocar por completa um pigarro me faz pular e assustar-me, como uma criança pega no flagra. Eu não olho que me pegou eu apenas penso em como conseguiria cavar um buraco para esconder meu rosto vermelho de vergonha.

– Ei! Sou Jacob. - chama e eu o olho: alto, moreno, olhos escuros, musculoso e a aparência é grande, deve ser...

– Irmão do Paul. - digo meu pensamento propositalmente em alto som. Ele confirma. - Drogas?

– Sim. - como bom entendedor, Jacob sabe que eu falo do motivo dele estar ali. - Er... meu irmão me contou... digo... ele me... sabe?

– Contou sobre meu problema e eu. - concluo pois percebo que ele não se sente a vontade. - Renesmee, mas isso você já sabe.

– Sim. Então como está se sentindo?

– Para falar a verdade, como uma viciada maluca. - comento e ele ri, quase do mesmo jeito que o Dr. Paul, mas Jacob tem algo diferente, talvez seja os dentes extremamente certos e brancos.

Antes de podermos dizer algo, as pessoas começam a chegar, vejo um grupo de seis pessoas. Uma ruiva, duas morenas, sendo uma já mais velha e dois homens de pele clara. Até que entra um apressado que parece o mais novo de nós. Provavelmente com a idade que eu me casei, com 18 anos. Sim, muito cedo mas fazer o que? Íamos para a mesma faculdade e cautelosos como são nossos pais acharam melhor nos casar. No inicio foi difícil, apesar de namorarmos desde o ensino médio. Bem, deu certo... até os anos nos desgastarem. Nos formamos advogados mas ele começou a trabalhar de mais enquanto eu parei a profissão e fui ajudar minha tia Alice com uma marca de roupas que ela queria fazer crescer, e cresceu.

– Renesmee? - disse Jacob me encarando, sendo imitado pelos demais. - Quer começar? - Nego mas me dou por vencida.

Sentamos nas cadeiras organizadas em circulo, bem típico de Grupos de Apoio. Tentei pegar coragem atravez do vento, suspirando, mas não funcionou. Começo.

– Olá, meu nome é Renesmee Vol... Er, Renesmee Cullen, saí de um divorcio a oito meses e não superei... - revelo timidamente olhando para o chão. - Com isso eu entrei em depressão e tomava muitos remédios... Até quase tive uma overdose e fui mandada para cá. Ou era isso ou internada em uma clinica de reabilitação - tento uma piada mas ao em vez recebo uns olhares de pena, de compaixão e empatia¹. Isso é horrível!

Para não me deixar tão sem graça, Jacob chama o próximo me lançando um olhar de empatia. Cada um com seu problema. O mais novo, se chama Seth, jovem, bonito e viciado, começou com 15 anos por causa de um momento de "independencia" e virou cativo. A ruiva, Victória, remédios e drogas em geral, também por causa de um mal relacionamento. Uma das morenas é Emily, que se viciou em remédios assim que perdeu o filho ainda grávida. A outra é Sarah, uma senhora linda e carinhosa, ela apenas faz as guloseimas e apoia o filho, Jacob.

Os de pele clara são os irmãos James e Embry, que também foi por causa de "rebeldia". Sendo Embry cinco anos mais velho que James que tem vinte.

Cada um com sua história, mas todas a sua maneira parecidas. Jacob me faz prometer que quando me sentir numa recaída, ligar imediatamente para ele.

Alguns dias se passaram e eu soube que além de mim, Alice e Claire, minha atual psicóloga, sabia que Jacob estava a disposição. Não que eu já tenha ligado para ele algum dia para lhe pedir uma ajuda. E ne pretendo.

Alice me prende no trabalho até tarde todos os dia para que eu não venha ter o que ela chama de "Cair em tentação".

Caminho de volta para o carro depois de um longo dia de trabalho com Alice. Pego as chaves e aperto o botão preto desativando o alarme, quando ouço: "Para!". Rapidamente procuro em cada canto a dona da voz conhecida. E encontro-a vindo na mesma direção que eu com um homem ao seu pescoço fazendo cócegas, Leah, só ela está diferente, está... grávida. Oito anos juntos e Alec sempre inventava desculpas para não termos filhos e agora, ela está grávida.

– Ah, er... Renesmee. Oi. - Diz Leah. Retribuo.

– Oi, e... parabéns pelo... bebê.

– Foi bom te ver Me... Renesmee, mas temos que ir. - Ele sabia. Claro que sabe que quando eu me sinto constrangida e quando quero esconder-me em algum lugar abaixo da terra. E assim se foram.

Meu coração está como vidro estraçalhado. Oito anos! Oito! E nem uma vez ele me disse que queria filhos. Eu preciso! Mas não devo! Eu tenho! Só mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ei gatinhas. Comentários? Aguardando....
Perceberam uma coisa? Renesmee não está "sofrendo" por não estar com Alec, mas por inveja de Leah. hummmmm.... o que acham? Estou certa ou não?