Basket Case escrita por schristinef


Capítulo 20
Only Of You


Notas iniciais do capítulo

I wish I could tell you, But the words would come out wrong, Oh if you only knew, The way I've felt for so long, I know that we're worlds apart, But I just don't seem to care, These feelings in my heart, Only with you I want to share, The first time I caught a glimpse of you, Then all my thoughts were only of you...



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Me soltei do Capitão e fui até a sala. O que será que ele quer...

– Então mãe... Eu só quero saber se você irá voltar comigo para Asgard.

– Eu posso escolher? Ficar ou não.

– É claro. Por que não poderia?

Eu rio.

– Bem... Eu não sei, nem tinha pensado nisso.

– Você vai ficar! Nem pense em me deixar! – Meu pai fala.

– Mãe?

– Eu não sei... Você quer que eu vá com você?

– Eu acho... – Thomas começa a dizer.

– Que você já está meio grandinho e não precisa da sua mãe com você! – Meu pai fala. – Já eu, como seu avô e pai dela, preciso dela aqui. Eu podia ter morrido e fiquei anos sem ela. Daí eu acordo e fico dois anos sem saber que...

– Tudo bem Stark. – Thomas diz rindo. – Mas a decisão é dela, e então?

– Eu... Responda minha pergunta Thomas.

– Eu gostaria, mas se você quiser ficar aqui eu venho te visitar. E quero que você vá uma vez por mês para Asgard se você ficar.

– Tá...

– Fica... Por favor. – Diz Steve fazendo uma careta como se estivesse muito carente.

– Isso já é chantagem! – Digo.

– Essa é minha intenção.

Eu rio.

– Eu vou ficar.

Os heróis gritam de alegria. Vou até meu filho e dou um abraço nele.

– Vou avisar o guardião que a senhora irá me visitar de vez em quando e para que ele fique de olho.

– Tudo bem. Eu vou logo lhe ver. Eu te amo meu amor.

– Também te amo mãe. Bem... Eu vou indo.

– Ok.

Dou um beijo em sua testa e lhe desejo boa viagem. Os Avengers vão até ele e se despedem. Quando ele vai Stark vem me dar mais um abraço, fazendo com que eu não consiga respirar.

– Nem acredito numa coisa dessas. E não ache que só por que voltou você vai ficar toda hora com o Picolé.

– Pai! E você não pode mais chamá-lo assim, você também virou um.

Todos riem menos meu pai.

– É, mas eu vou o chamar ele do jeito que eu quiser. E agora, mesmo eu tendo que trabalhar, você terá que passar mais tempo comigo. Pepper e Chase morreram. Chase não teve filhos. E eu não tenho mais vontade de conhecer ninguém.

– Isso por enquanto.

– Exato, mas não vem ao caso.

– Te amo pai, eu estava morrendo de saudades.

Passei o resto do dia lhes contando sobre minha vida em Asgard. Mostrei-lhes alguns feitiços que sei. E depois eles me contaram o que aconteceu antes de caírem e o que fizeram nesses dois anos após serem descongelados.

– E aí? Onde eu vou dormir?

– Comigo. – Dizem meu pai e Rogers juntos.

Eles se encaram e começam a discutir.

– Parem! – Grito.

Eles param e ficam me olhando.

– Eu vou dormir aqui na sala mesmo.

– Nem pensar! – Eles dizem juntos de novo. E novamente começam a discutir.

– Ok! – Grito. – Ok... Eu vou dormir com o meu pai Steve, afinal ele é meu, bem, pai.

– Isso mesmo, sem mim você não estaria viva. – Ele diz e depois encara o Capitão com superioridade.

– Tá pai. Bem menos. Tudo bem Capitão?

– Não me chame assim. E sim está tudo bem, mas com uma condição.

– Qual?

– Um beijo.

Vou até ele e coloco minhas mãos em seu rosto. Ele aperta meu corpo contra o seu e me ergue, para que eu envolva sua cintura com minhas pernas. Eu aproximo meus lábios dos dele, mas antes que eu continue ele fala:

– Eu senti sua falta. Quase acreditei que você tinha morrido. Eu estava começando a ficar louco, não conseguia te tirar da minha cabeça.

– Não vejo isso como uma coisa ruim. E eu também senti sua falta.

Tento beijá-lo mais uma vez e novamente ele não deixa pois fala algo.

– Eu não consegui viver sem você.

– Eu...

– Você tinha que viver sem mim. Me esquecer por algum tempo. Não foi isso que você fez?

– Foi.

– E eu entendo. Não se preocupe. Só mais uma coisa...

– O que?

– Eu te amo minha princesa.

– Também te amo Capitão.

– Não me chame assim.

– Ok Capitão.

Ele me beija e toda dor que uma vez eu senti por imaginar tê-lo perdido desapareceu. Uma felicidade tomou conta do meu coração. Foi tão intenso que não tinha como não perder o fôlego.

Meu pai limpa a garganta.

– Com licença. Filha vai para cama.

– Ok Sr. Stark.

– Não me chame assim.

– Meu Deus que enjoados vocês são.

Dou um selinho no Capitão e boa noite para todos que estão na sala. E eu e meu pai vamos tentar dormir. Ficamos conversando sobre a Pepper e o Chase. Eu contei sobre meu filho. E por incrível que pareça Stark está adorando a idéia de ser vovô. O que me faz rir, já que eu imaginava bem diferente o dia que ele soubesse que era avô.

– Eu só vou ficar bravo com você por estar grávida no dia que você engravidar do Picolé.

– Você sabe que isso pode acontecer.

– Sei, mas eu vou amar a criança e continuar bravo com você. E matar o Picolé.

– É claro que vai.

– Vou dormir. Boa noite filha, que bom que você voltou.

– Boa noite papai. É bom te ver também.

Ele desliga a luz e logo nós dois estamos dormindo.

No outro dia...

Acordo perto do meio dia. E, é óbvio que acordo sozinha no quarto. Eu não trouxe roupas, então vou até meu antigo quarto. A porta está fechada. Bato nela e logo sou recebida por um Capitão sonolento e só de cueca. Eu rio da cena. Ele dá um meio sorriso.

– O que foi?

– Nada. Só é estranho ver você assim e também por que você fica muito fofo com sono.

– Que lindo. – Diz ele me imitando, já que eu fiz uma voz de criancinha no final. – Quer entrar?

– Quero, preciso me trocar.

– Ah... Thomas deixou suas roupas ontem um pouco depois que você foi dormir.

– Ok. Onde estão elas.

– No armário. Eu passei a noite arrumando elas.

– Steve... Você sabe que eu podia fazer isso depois.

– Sei. Mas quis lhe agradar um pouquinho.

– Que fofo. Obrigada Capitão.

– Por que está me chamando assim?

– Eu não sei. Acho que pelo costume que peguei de falar de você assim.

– Para quem você falava de mim?

– Para o meu filho. Quando contava histórias dos heróis daqui.

– Hum. Por favor, não me chame assim. Me incomoda.

– Vou tentar. Então...

– O que?

– Você vai ficar aqui?

– Vou. Por que não ficaria?

– Eu quero me trocar...

– Emma eu já te vi pelada. Que diferença faz?

– Ah. Sei lá, peguei umas manias lá em Asgard.

– Eu não vou sair daqui. Estou até pensando em te atrapalhar.

– Nem pense.

Ele ri.

– Então vou me juntar a você e também me trocar.

– Vocês vão almoçar? – Meu pai grita de algum lugar da casa.

– Como sabe que estamos juntos? – Pergunto.

– O J.A.R.V.I.S. me falou. E então? – Ele grita.

– Sim! Só um minuto Stark. – Responde o Capitão.

Fico olhando ele se trocar e olhando minhas roupas.

– O que foi? – Ele me pergunta.

– Loki normalmente escolhia o que eu vestiria. Eu gostava disso. Agora vejo que era estranho.

– E então? Quer que eu faça isso?

– O que?

– Te beijar... Escolher o vestido né!

– Ah! Claro por que não. E você pode me beijar também. Eu juro que não me importo.

– Não vou te beijar, agora perdi a vontade.

– Ok. E o vestido?

Ele olha alguns, mas é bem rápido na sua decisão. Ele escolhe um vestido branco, colado até a cintura, com uma camada de um tecido até metade das coxas para que cubra e as outras camadas de um tecido transparente.

– Loki os mandou fazer para você?

– Sim.

– São muito bonitos, aposto que ficam perfeitos em você. Ele pelo menos tinha bom gosto.

– É.

Visto o vestido e Rogers me abraça. Coloca uma mão no meu rosto e o inclina para que possa me beijar.

– Achei que você não queria mais fazer isso. – Digo depois do beijo.

– Mudei de ideia.

–Vocês vêm ou não? – Thor grita. – Estamos esperando vocês! E estamos com fome! Ou pelo menos eu estou!

– Estamos indo! – Eu grito.

Nós almoçamos. E não pude deixar de notar como eu amava estar ali. E estas pessoas eram as únicas, além do meu filho e do Loki, que me fazem rir e chorar ao mesmo tempo. Que me matam de saudades e que eu não viveria sem elas. Ou viveria, mas não teria a mesma graça.

– Emma? Acorda briguenta! –Meu pai diz sorrindo.

– Oi.

– Queremos saber se quer assistir um filme. – Diz Banner sorrindo.

– Ah claro.

Alguns meses depois...

Sou acordada por uma discussão no meio do corredor. De inicio não consegui dizer quem eram. Mas depois de um tempinho vi que eram o Capitão e meu pai. Estou dormindo, agora, no meu quarto. Bem, na verdade, eu e Steve. Não saio da cama, fico só ouvindo os dois. Eles estão sempre brigando e eu não aguento mais tentar separá-los nessas constantes discussões.

– Você foi aonde? Espero que não tenha sido onde eu penso que foi. – Meu pai diz, ele está bem nervoso.

– E se eu fui? O que você tem a ver com isso? Não te interessa o que eu faço ou deixo de fazer. – Diz Rogers com raiva.

– Tenho tudo a ver com isso. Nem sonhe em fazer o que está pensando em fazer!

– Esqueça Stark. Aceite que eu vou fazer isso. E não sei se sabe. Vai ser avô de novo.

Merda! Não creio que ele disse isso. Falei para ele não contar agora. Nem me arrumo, vou de pijama mesmo até lá. Chego lá e encontro um Stark completamente paralisado.

– Pai? Pai!

Ele não responde.

– Merda Steve! Mas que bela merda!

– Ele teria que saber uma hora ou outra.

– Não assim. Devido às brigas constantes que vocês têm, ele tem tido várias crises de ansiedade.

– Tá, mas...

– A gente já conversa só me deixa tentar resolver aqui.

Eu simplesmente não sei o que fazer nesses momentos. Mas dessa vez com certeza foi a pior. Meu pai quando tem crises normalmente fica muito agitado, mas agora ele está catatônico. Não tenho a mínima idéia do que fazer. Tento falar com ele, explicar as coisas. Mas como nada deu certo esperei que ele voltasse.

– Por que Emma? – Fala Stark.

– Pai você sabe que eu amo o Steve. Por que tudo isso?

– Por que você agora é minha única filha viva.

– Pai eu vou continuar aqui e a ser sua filha.

– É. Tudo bem.

Ele vai até Steve e quando eu acho que vai melhorar... BUM dá merda! Quando ele chega perto do Steve, meu pai agarra o pescoço dele e eles começam a brigar novamente. Eu grito por um tempo e logo desisto. Quando eles terminam, Steve vem até mim e se aloelha. Agora sim quem vai morrer sou eu.

– Emma... Você aceita se casar comigo? – Ele diz meio sorrindo, meio fazendo uma careta de dor.

Atrás dele meu pai balança a cabeça negativamente e dizendo não apenas movendo os lábios.

– É claro que sim!

Ele levanta e me abraça. Ganho um beijo que nunca mais acaba. Isso até meu pai vir nos separar.

– Estou muito decepcionado Emma. – Ele diz.

– Pai... Não começa. E você nem pense em abrir a boca Rogers!

– É Rogers!

– Cale a boca Stark.

– Olha menina! Eu sou seu pai e você dev...

– Ah pai, por favor, né... Já estou de saco cheio dessas brigas. Estou grávida e agora noiva. Não que isso seja ruim, mas estou sempre estressada. Vocês estão sempre discutindo.

– Emma... – Começa Steve.

– Steve vai para o quarto um pouco, depois conversamos. Quero falar com meu pai!

– Ok.

Ele sai e meu pai se aproxima de mim.

– Pai me diz que você vai tentar parar de brigar com ele. Por favor, eu não aguento mais.

– Claro que não. Só que agora eu vou pegar mais leve.

– Como assim?

– Essa última briga que eu tive com ele era só para ver até onde ele iria. Já que ele bem sabe que EU sou seu pai. E nossa última briga foi, tirando essa, há duas semanas. Eu já sabia que ele ia fazer isso. Mas eu queria testá-lo.

– O que?

– Você me entendeu, só não está acreditando que sou eu que estou realmente dizendo uma coisa dessas.

– Isso é verdade. Me desculpa pai.

– Claro briguenta.

Abraço ele muito forte.

– Te amo Stark.

– Também te amo filha. E agora eu vou ficar em cima é do bebê. Vou ensinar tudo o que eu sei para ele.

– Coitado. Nem nasceu e já vai ser infernizado pelos seus planos.

– Ai, essa doeu briguenta.

Nós rimos e vou até o quarto.

– Steve...

– Eu ouvi tudo. Nem pense em se desculpar.

– Meu pai vai deixar a gente louco.

– Ele nasceu para isso.

Dou um tapinha de brincadeira nele. Ele ri.

– Eu estou mentindo?

– Infelizmente não.

– Eu ouvi! – Meu pai grita.

Nós rimos. E penso novamente em como eu poderia não amar esses desajustados.

Dias depois...

Me casei com Rogers, daqui um tempo o bebê nasce e não poderíamos estar mais felizes. Acho que sempre pertenci a esse grupo de excêntricos incompreendidos. E espero que o bebê também pertença. Eu não poderia ter encontrado uma família melhor. Eles me compreendem e isso é o melhor. As brigas ficam de lado e nossa união aumenta cada dia. Meu filho, Thomas, também se casou e vem me visitar toda hora. Eu não consegui cumprir com o prometido. Mas isso já era de se esperar. Ah... Agora eu vou começar a envelhecer. Isso é uma grande notícia, acho que eu não aguentaria ser assim para sempre e sempre. Não que seja ruim, mas isso me incomoda. Já vivi muita coisa e a ideia de morrer, assim como as pessoas que eu amo que também irão, não me assusta. Saber que ela existe até me conforta. E como todo final feliz, juntamente com algumas palavras de Shakespeare... “ Tudo bem quando termina bem.”


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que leram! Muito obrigada mesmo! E obrigada também a quem comentou, é uma força do caralho que vocês dão pra quem escreve. Sério MUITO obrigada!!!



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