Basket Case escrita por schristinef


Capítulo 11
When I Come Around


Notas iniciais do capítulo

No time to search the world around, 'Cause you know where I'll be found...



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“Emma on”

O dia se resumiu ao meu pai infernizar mais a vida do Rogers. Tenho pena dele (do Capitão), agora meu pai nunca mais vai deixar ele em paz. O mais engraçado é que o Stark de vez em quando me lança uns olhares de decepção ou como se eu tivesse ficado louca. Isso que nós só nos beijamos, imagina se estivéssemos namorando. Daí sim ia ser completamente hilário. Eu já estou me divertindo com essa situação, se namorarmos eu nunca mais vou parar de rir.

Mas meu pai só está brincando. Às vezes parece que está falando sério, mas ele acaba rindo. Steve o conhece há muito tempo, nem tanto assim, mas sabe que ele é assim.

Já é noite e todos se encontram na Torre. Acabamos de jantar e estamos conversando na sala. Consegui me desvencilhar do meu pai, mas ainda não consegui sentar com o Capitão. Steve me olha toda hora querendo que me sentasse com ele. Mas toda vez que vou fazê-lo meu pai faz uma cena.

Consegui convencer Stark a sentar com Pepper, tenho dó dela, ele não dá mais a devida atenção a ela depois que fui raptada. Conversei com ela hoje, Pepper disse que não me culpa. Isso foi um alívio para mim.

Estou sentada com meu irmão. Ele também está com ciúmes. Meu Deus ô família complicada! Ele agora está me apertando, porque Barton quer que eu me sente com ele. Nós só rimos da situação e não nos prendemos em assunto nenhum. É meia noite e meia, dá para sentir um clima pesado entre nós. Ninguém quer que amanhã chegue.

Todos que iam se deitar me abraçava. Eram abraços apertados e muito demorados. Os melhores que já ganhei em minha vida inteira. Na sala ficamos apenas, eu, meu pai e o Capitão.

– Eu não queria, mas... Vou deixar vocês a sós. Tenho que ver umas coisas ainda. – Ele se dirige a mim, me enche de beijos e dá o abraço mais forte de todos que recebi. Bate na cabeça do Steve. – Vê se não faz nada que se arrependa depois.

Eu rio e Rogers se aproxima de mim.

– Finalmente. Que povo mais ciumento. Você nem é uma pessoa tão especial assim! – Diz com um sorrisinho torto.

– Não é?! Acho que eles me superestimam.

– Não, acho que gostam muito do Stark, por isso essa melação. – E beija minha testa.

– Não tinha pensado nisso ainda, mas pode ser. – Digo, ele me pega no colo e não entendo porque fez isso. – O que? Por que está fazendo...

– Quieta!

Ele me levou até meu quarto. Suas coisas ainda estão aqui. Me coloca na cama. Aquela caixinha que vi uma vez está no travesseiro ao lado.

– Olha meu pai disse para você não fazer nada que se arrependa! – Digo rindo, de tão nervosa que estou.

– Calma não vou tentar nada do que está pensando.

Ele me beija, correspondo apertando mais nossos lábios. Seguro sua cintura e ele rola nossos corpos, me deixando em cima dele. Coloco minhas mãos em seu rosto e ele aperta minha cintura contra seu corpo. Perduramos esse beijo por muito tempo. Quando paramos, pergunto:

– Você pode me dizer uma coisa?

– Claro. – Ele diz entre um beijo.

– O que tem naquela caixinha?

– Ah... – Ele diz se afastando um pouquinho de mim. – Nada muito importante.

– Se não é importante por que não me fala?

Ele respira fundo. Olha para mim e finalmente diz:

– Tem uma corrente, daquelas que você coloca duas fotos dentro.

– Posso ver?

– Sim.

Ele a pega e me entrega. Eu abro e vejo a foto de uma mulher.

– Que linda. Quem era?

– Uma amiga, namorada, não sei dizer.

– Um amor.

– Isso. Se quiser resumir.

– Humm.

Ele me abraça. Eu continuo olhando a foto.

– Já é passado. – Ele diz com calma e uma pontinha de frustração.

– Mas foi uma parte boa desse passado?

– Sim.

– Então por que não lembrar?

– Porque é doloroso.

– Entendo.

Ele me vira e dá um beijinho na minha testa. Eu intensifico o aperto do nosso abraço. Até uma dor angustiante passar pelo meu corpo. Eu o solto e caio da cama, já que estávamos na beirada dela. E começo a me contorcer por causa dela.

Essa cena se alonga até as nove da manhã. Steve tentou de tudo para me acalmar, até ver que nada daria certo.

– Odeio isso! Nunca posso fazer nada a respeito! – Diz ele com raiva e sem querer socando minha perna.

– Ok! Você não precisa se frustrar com isso.

Estamos na sala e estou sentada no colo dele. Meu pai não para de nos encarar.

– Tá velhinho, agora eu quero ficar com a minha filha. Solta ela! – Diz ele me tirando de perto do Capitão.

– Pai você pode ser mais gentil às vezes. Sabia disso?

– Sim, mas eu não estou com vontade. Nunca! – Diz rindo.

– Ok!

São dez da manhã e a figura ilustre apareceu. Aquela dor volta e aperto o braço do meu pai com tanta força que minhas unhas perfuram sua pele.

– Agora, Stark, você já pode me entregar sua filha. – Diz Loki, que está em frente a meu pai.

– E se eu não o fizer? – Pergunta.

– Ela vai continuar assim até definhar e morrer. – Diz ele com simplicidade.

– Ok, você me convenceu. – Fala meu pai como se as palavras fossem amargas em sua boca.

Loki me tira de perto do meu pai e me coloca perto de si. Também me faz abraçá-lo, assim que faço isso a dor passa e não seguro em gemido de alívio que se forma.

– Viu, ela sente minha falta. Espero que sintam falta dela. Acho que não terão mais essa chance.

Tudo fica escuro e quando consigo enxergar algo já estamos naquele quarto maldito.

– Que bom que acordou, achei que não acordaria mais! Você me preocupou, três dias desmaiada. E olha que ainda não lhe fiz nada! Apenas carinho enquanto dormia!

Fico em silencio. O que ele espera que eu diga?

– Já que acordou, por que não me diz, agora, as fraquezas do seu pai?

– Por que eu faria isso? Eu voltei e disse que falaria, mas por que acreditar em mim?

– Pois eu ainda posso matar seu pai! E qualquer outra pessoa que você ama.

– E o que o leva a pensar que eu amo eles?

–E não ama? Me diga, você está aqui sofrendo, mas não me lembro de tê-los visto a procurando. E olha que eu os observo muito. Eles quase nunca saem da torre e quando isso acontece vão para uma base da S.H.I.E.L.D. ou, no caso do meu irmão, vai para Asgard.

– E o que isso tem a ver?

– Ora, tudo não é? Como seu amado lhe disse, você dá o sangue pelos outros mesmo que essas pessoas nunca façam nada por ti. Isso não seria amor?

–Ou simplesmente um desejo enorme por reconhecimento. E no meu caso uma maneira de se matar aos poucos.

– Claro, isso também. Mas não seria mais fácil simplesmente se jogar da janela do seu quarto? Que fica no ultimo andar da torre.

– Eu gosto de complicar um pouco as coisas.

– Eu sei. – Diz com um sorrisinho de escárnio. – Vejo que não vai facilitar para eu obter o que quero.

– Nunca!

– Então aproveite o dia com essa dor que estou lhe presenteando.

Assim que ele fala, ela toma conta do meu corpo. A dor é suportável.

– Não se engane, a cada hora que passar e você não me disser, ela irá aumentar. Espero que usufrua do meu presentinho.

Ele me deixa sozinha e com uma mordaça na boca.

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“Stark on”

Era inevitável a vinda de Loki, já que os outros não conseguiram terminar de olhar todas as casas. Faltaram duas, que são as mais próximas aqui da Torre. Fico me perguntando, se for uma delas a que Loki está, por que tão perto. Provavelmente pois é um lugar menos óbvio. Mesmo ele arriscando um pouco por serem próximas.

– Vocês querem que eu vá junto? – Pergunto.

– Acho melhor não Stark. Ele aparece aqui de hora em hora. – Diz Thor, o mais impressionante é o burro do Loki não notar que ele o vê.

– Mas J.A.R.V.I.S. pode criar hologramas nossos e com as nossas vozes.

– Tá, mas faremos um teste antes. – Diz Natasha. – Caso não pareça muito real você não nos acompanhará.

– Ok madame. J.A.R.V.I.S.?

–Sim Sr. Stark, já estou providenciando.

Ele faz um holograma de cada um de nós. Parecem tão reais que chega a assustar.

– E as vozes? – Pergunta Banner.

–Estão sendo carregadas. – Diz J.A.R.V.I.S.

– Mas não será assim toda hora, não é? – Pergunto a ele.

– Não, não será senhor.

As vozes foram testadas e aprovadas. Daria para confundir qualquer um com isso.

– Bem, o que estamos esperando? Andando! – Falo. Espero que tudo de certo.

Chegamos à primeira casa. Fizemos umas pesquisas, as duas que visitaremos estão abandonadas. E isso já é um ótimo sinal, ou não. Alguns entram, do lado de fora estamos em três. Eu, o Picolé e o Hulk. Eles demoram cerca de uma hora.

– Nada dentro da casa, mas nos fundos da casa tem uma casinha. Nós iremos olhar.

– E por que já não foram? – Pergunto, estou começando a me irritar.

– Achamos melhor avisarmos vocês. E podemos demorar, já que o jardim é muito grande.

– Tudo bem. Só se apressem! – Digo.

Eles levam três horas para olhar tudo. Vamos até a ultima casa, que provavelmente será a certa. Era óbvio que seria a última. Todos nós entramos, eu e o Hulk ficamos com o último andar. O pior é que não ouço nada diferente além do som do vento. A irritação vai aumentando dentro de mim. Até que Barton fala no comunicador, mas ainda não consegui entender o que ele disse. Acho que vou até o andar que ele está.


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Notas finais do capítulo

E então?



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