Storybrooke Goes To Hogwarts escrita por Paula Greene


Capítulo 9
Ajuda Dos Amigos E Dos Inimigos.


Notas iniciais do capítulo

Por favor não me odeiem por esse cap.



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Aurora e Belle estavam sentadas na biblioteca, no lugar mais afastado. Belle tentava estudar, mas nada do que lia parecia fazer sentido naquele momento, sempre tinha que voltar e ler o parágrafo novamente, pois se distraia pensando no beijo que Ruby lhe havia dado e se esquecia o que estava realmente ali para fazer.

Ruby sempre pegava as lições de Belle e Aurora para copiar. Era quase uma rotina, Belle e Aurora faziam os deveres de casa na biblioteca, Ruby e Emma apareciam com desculpas esfarrapadas, Emma pegava a lição e saia com Aurora, Belle e Ruby ficavam conversando na biblioteca. Faziam isso todos os dias. Mas dessa vez ela não apareceu. Desde a noite em frente a sala comunal da Corvinal elas não se falaram mais.

– Você acha que a Ruby esta doente ou algo assim? Ela nunca faz as tarefas por ela mesma e ainda não apareceu para nos importunar. – Aurora comentou casualmente, Belle não tinha lhe falado sobre o beijo, nem mesmo quando a amiga lhe falou sobre o encontro com Mulan. Belle não sabia o que aquilo significava, mas preferia guardar para si até descobrir.

– Provavelmente. Sabe, você podia levar pra ela. – Disse Belle tentando não demonstrar o nervosismo ou a preocupação.

– Por quê? Você é que é amiga dela. Porque você não leva?

– Não tenho certeza de que ela quer me ver.

– Vocês brigaram?

– Hum, não exatamente. – Belle sabia que Ruby a estava evitando o máximo possível, mas por não querer ir falar com ela também estava fazendo a mesma coisa.

– Tenho certeza de que não é nada de mais, afinal, vocês são melhores amigas, certo? – Aurora não tirava os olhos do livro, então talvez não tivesse notado o olhar distante de Belle. – Porque toda vez que você quer conversar é sobre a Ruby. Sei que se entenderão.

– Você deve ter razão. – Começou ela se aproximando mais de Aurora diminuindo o tom de voz. – Eu tenho uma pergunta pra te fazer. Quando foi que você soube que Mulan gostava de você? Quer dizer, foi porque ela te beijou, não foi?

– É claro que não! Que pergunta estranha Belle. – Aurora também diminuiu o tom, mas olhou de forma divertida para Belle. Como se o assunto a encantasse e a machucasse ao mesmo tempo. – O beijo poderia nunca ter acontecido e mesmo assim eu saberia.

– Mas não foi assim que você soube? Se ela não tivesse lhe dado sinais antes. Você saberia quando ela te beijou? Se por acaso ela tivesse te beijado do nada. – Belle falava com os olhos fixos em Aurora.

A garota suspirou e voltou sua atenção para o livro, fazendo Belle se sentir aliviada, isso mostrava que ela não tinha tanto interesse no assunto então não faria perguntas estranhas.

– Beijos são somente beijos. Poderia ter sido somente uma coisa sem importância.

– Mas... É diferente, ela tinha os olhos tristes. Não tem como ter sido só um beijo sem importância. – Belle pensou alto e se assustou quando percebeu que tinha falado. Aurora continuou sua atenção para o livro, talvez não tivesse percebido.

– Não importa, provavelmente não pode dar certo. Porque qualquer passo em falso pode desfazer uma amizade de anos. – Belle não sabia se Aurora estava falando do seu caso ou do dela, de qualquer forma ela estava certa, dependendo da maneira com a qual Belle respondesse aquilo poderia perder sua amizade com Ruby. – Aliás, você não deve mencionar isso quando for levar a tarefa para a Ruby. Melhor resolver as coisas antes que fique realmente ruim.

– Sim. Não se esqueça de que estávamos falando de você. Ok? – Belle engoliu um seco.

– Eu sei. Espero que vocês façam logo as pazes.

Ela não havia dito nada, pensou Belle, só a havia beijado, poderia ter sido algo sem importância. Mas tinha os olhos tão tristes. E se sentisse alguma coisa por Belle? A quanto tempo se sentia assim? Como Belle sendo melhor amiga dela nunca havia reparado nos sinais? Talvez por que não houve sinais, talvez não fosse nada.

Mas se fosse eu provavelmente a havia magoado. Mesmo sendo minha amiga, não ter que vê-la aquele dia foi um alivio. Eu não quero perder minha amizade mais importante. Mas só em pensar em vê-la agora, é a coisa mais assustadora do mundo.

#

O dia estava claro e fresco, o campo de quadribol estava pintado de vermelho e dourado aquela tarde, exceto por dois pontinhos verdes sentados nas arquibancadas distantes de todos os outros. Os testes para o time da Grifinória estavam para começar, o que era um grande evento, pois a taça significava muito para Emma. Mas naquele dia nem a taça, nem os testes conseguiam tirar a imagem da morena sentada nas arquibancadas de sua cabeça. Regina estava sentada ao topo das arquibancadas, logo acima dos Grifinórios que vieram ver o show. Ela e Jefferson pareciam muito desconfortáveis sentados ali, mas ela era Regina, a rainha como Graham a chamava, ela podia fazer o que quisesse. Era o que Emma mais gostava a respeito dela, ela fazia o que queria e sempre parecia majestosa fazendo.

Emma a estava encarando, provavelmente Regina não a estava vendo, mas Emma não conseguia se livrar do desejo de olhá-la a todo o momento. Quando Regina olhou em sua direção e acenou o instinto de Emma foi acenar de volta, mas congelou. Ótimo, porque era muito improvável que Regina pudesse acenar pra ela, ainda mais na frente das pessoas.

Um cara alto de ombros largos e braços fortes parou ao lado de Emma com a mão erguida. Tinha cabelos castanhos lisos bem penteados, uma barba já crescida e seus olhos olhavam diretamente para Regina. A Regina de Emma. Ele tinha um sorriso satisfeito no rosto, usava o uniforme do time, mas Emma nunca o tinha visto antes.

Ele se virou como se tivesse acabo de reparar nela ali e sorriu mais ainda.

– Emma Swan, capitã do time. É um prazer conhecê-la finalmente. Sou Hood, Robin Hood. – Emma olhou feio para ele. – Bem, acabei de ser transferido da Durmstrang, estou no ultimo ano e costumava ser batedor então espero que tenha uma vaga para mim no seu time.

O sorriso dele era irritantemente enorme.

– Como você conhece a Mills? – Perguntou ela serrando os olhos.

– O que? Ah, Regina? Longa história. – Ele disse olhando mais uma vez para a Sonserina e acenando.

– Tenho tempo para longas histórias. Não sei se posso dizer o mesmo de você. – Emma falou fazendo o sorriso do cara desaparecer, sua expressão mudou completamente como uma mascara caindo, ele a olhou severamente e se aproximou estufando o peito mostrando o quanto era maior que ela.

– Me desculpe? Não sei se entendi direito...

Mas antes que as coisas pudessem ficar realmente sérias Ruby chegou sentindo o clima e puxou Emma de perto do cara. Elas se afastaram em silêncio, Emma ainda bufando de uma raiva que ela não sabia de onde tinha vindo. Com certeza não colocaria aquele cara no seu time.

Os testes foram potencialmente bons. Apensar de todo mau humor em que Emma estava conseguiu ficar feliz por Graham que se saiu extremamente bem. Por outro lado seu mau humor piorou quando Hood se saiu igualmente bem. Por ser maior e mais forte ele era um excelente batedor. Mas não podia colocá-lo no time, tinha a impressão de que ele jogaria um balaço em direção a sua cabeça assim que tivesse oportunidade. E esse não era o clima que queria ali.

Regina havia ficado até o final. Jefferson já havia ido embora, Emma o achava um garoto muito estranho. Enquanto os alunos da Grifinória saiam Regina continuou sentada no mesmo lugar, provavelmente tentando evitar ser tocada por um deles. Sua cara de desprezo era visível. Ela mudou de posição e fez cara de desaprovação quando Emma começou a subir as arquibancadas em sua direção. Se fosse o grandão ela certamente não faria essa cara, pensou Emma.

– Funcionou? – Perguntou Emma parando na frente dela.

– Se a sua intenção era me deixar ainda mais deprimida a ponto de cortar os pulsos, sim funcionou. – Emma revirou os olhos se sentando ao lado dela.

– Você não parecia muito deprimida quando o seu amigo estava jogando. Parecia bem entusiasmada, na verdade.

– Robin? Eu não o via a muito tempo.

– Ex-namorado?

– Talvez.

O coração de Emma gelou, sua garganta ficou seca. Ela serrou os olhos em direção a morena que estranhou a reação.

– Você namorou com aquele cara nojento? – Emma perguntou quase gritando.

– Qual é o seu problema Swan?

– Você é meu problema.

Emma se levantou e Regina a seguiu. Ambas com corações acelerados.

– O que eu fiz pra você dessa vez? Porque tudo sempre tem que ser uma guerra? – Regina também ergueu a voz assustando a loira.

– Você faz com que seja assim. Diga ao seu namorado que ele não é bem vindo no meu time. E que seria muito bom se ele pegasse o trem de volta donde veio. – Emma estava um degrau abaixo de Regina falando como se ela estivesse a metros de distancia, tinha vontade de chorar, mas não podia demonstrar fraqueza naquela hora. Se virou e começou a andar, mas a morena a alcançou.

– Emma? – Regina percebeu quão alterada a loira estava e então baixou o tom de voz. – Me diga o que esta acontecendo.

Emma subiu no degrau onde Regina estava ficando cara a cara com ela, engoliu o choro e levantou a cabeça. Não podia mais com aqueles joguinhos, não era assim que eles eram na Grifinória.

– Eu acho que estou gostando de você. – Emma disse num fôlego só.

– Você acha? – Regina perguntou irônica. – Acha que esta gostando de mim?

– Tenho certeza de que estou sentindo alguma coisa.

– Provavelmente é só tesão senhorita Swan. Estou acostumada a ser assediada. – Regina disse tentando ser sarcástica, mas sua voz saiu falhada. Ela não queria, mas estava a um passo de se entregar para a filha dos Charming, responsáveis pela prisão de sua mãe e consequentemente por sua morte.

Ema sorriu ironicamente se afastando alguns metros.

– Claro. Porque eu não sou o Senhor Bonitão, não é? Sou só a Emma. – Ele recuou mais alguns passos quando Regina andou em sua direção com olhar confuso.

– Eu não tenho mais absolutamente nenhum sentimento por Robin.

– É claro que não. Você é Regina Mills, provavelmente não tem sentimentos por mim também. Você não tem sentimentos por ninguém. – Emma falava segurando as lágrimas, seu estomago doía, seu coração doía, sua cabeça doía.

– Você esta sendo injusta... – Regina tentou se aproximar novamente, mas Emma recuou.

– Estou? Com quem? Com você? – Emma riu novamente, aquele som sofrido fazia Regina se odiar. – Eu nunca devia ter lhe contado isso. Ruby estava errada, tinha sim como você me odiar ainda mais.

Regina fechou os olhos e suspirou, não podia continuar com aquilo, mas tinha tanto medo. O que aconteceria se admitisse seus sentimentos por Emma? Tudo mudaria. Tinha medo de que fosse uma mudança ruim, mas como poderia ser? Emma estava ali, a garota de quem ela dormia pensando todas as noites estava dizendo que gostava dela também, o que poderia dar errado? Abriu os olhos e os verdes de Emma estavam vermelhos, seu coração se rasgou. Sabia o que poderia dar errado, ela era Regina Mills, mais cedo ou mais tarde quebraria Emma como fez com Robin e todos que se aproximaram dela. Mas a diferença era que dessa vez ela se importava, dessa vez ela não queria machucar Emma, porque assim que o fizesse seu próprio coração se partiria de uma forma a nunca mais voltar a ser o mesmo.

– Eu não a odeio Emma, já disse isso. Mas talvez não tenha sido muito clara e você é muito burra para ver o que esta na sua cara. – Emma fez uma careta que Regina amava ver, aquilo de certa forma a impulsionou a continuar. – Todas as pessoas de quem eu gosto acabam machucadas de alguma maneira. O jeito que eu consegui de esconder o amor que sinto por você foi te odiando... Mas não acho que isso seja suficiente agora. Eu amo você, mas, por favor, não me ame de volta, eu posso lidar com a minha dor, mas não posso suportar a sua.

Emma deixou que uma lágrima caísse sem que pudesse dizer nenhuma palavra. Ela queria segurar a morena pelo rosto e a beijar, mas tudo o que ela disse havia sido de mais, então ela deu mais um passo pra trás, precisava de um espaço para digerir tudo aquilo, mas não tinha mais espaço. Elas haviam discutido e andando por toda a arquibancada chegando à beirada e Emma desabou lá de cima. A ultima coisa que viu foi Regina gritando seu nome, um feitiço e tudo ficou escuro.

Aresto Momentum!


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Notas finais do capítulo

Por favor preciso de consolo depois desse 3x11 caraleo, não vou dar spoilers mais preciso de colo.