Storybrooke Goes To Hogwarts escrita por Paula Greene


Capítulo 4
Sonho Sombrio.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu gostaria de esclarecer que essa é uma fic de AMOR mais especificamente uma fic sobre a descoberta de um amor, então não esperem cenas de pegação e declarações nos primeiros caps porque precisamos construir a história primeiro né. Outra coisa, eu estou tentando não descaracterizar os personagens então sei la... Porque eu odeio quando fazem isso e tal... Então essa é a Emma e essa é a Regina e não vai haver sexo na floresta, sinto muito.



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A cada passo Dentro da floresta proibida Emma sentia seus ossos tremerem, a escuridão e o frio que a engoliam faziam com que ela começasse a repensar se realmente queria estar ali. Regina caminhava majestosamente a sua frente, como se não temesse nada e o frio fosse o seu lar, por algum motivo Emma se sentia segura por Regina estar ali.

Já fazia mais de meia hora que as duas andavam pela floresta em silencio, nada de anormal havia acontecido, mas Emma precisava quase correr para não perder Regina de vista que parecia fazer de propósito, ta certo que as duas não se gostavam, mas respirar o mesmo ar não a mataria. Depois de um tempo Emma resolveu que faria uma pausa, Regina que esperasse, já estava cansada de levar galhos de arvores na cara, por sorte Regina reparou quando ela parou e não a deixou pra trás. Emma se preparou pra ouvir um comentário sarcástico porque, afinal, era só o que ela conhecia vindo de Regina, mas este não veio a morena a estava ignorando completamente e isso a perturbava muito mais que as provocações.

Um barulho de galho se quebrando fez Emma ficar alerta, ela olhou pra Regina e viu que a morena também tinha escutado, mas ao contrario de Emma ela tinha um meio sorriso no rosto.

– O que foi? – Perguntou Emma se irritando com a situação.

– Está com medo Swan? – Perguntou Regina a encarando com um olhar sarcástico.

– Não, mas acho que devíamos continuar. – Disse Emma tentando parecer firme, mas sua voz falhou e ela teve medo de que Regina percebesse. Esperou pela risada, mas Regina não riu ou a olhou de forma a fazê-la se sentir covarde, ela a olhou de forma a fazê-la se sentir segura.

Regina colocou as duas mãos no casaco e por um segundo Emma achou que ela fosse sacar a varinha, mas em vez disso ela ficou encarando Emma no meio da floresta proibida com uma expressão que esta não entendia. O ar ao redor das duas parecia esfriar a cada segundo mais, assim como a escuridão ficava mais densa. Regina deu um passo em direção a Emma, mas se arrependeu em seguida e parou com os olhos no chão como se ele fosse abrir entre elas.

– Você... – Regina limpou a garganta e ergueu seus olhos pros verdes de Emma que brilhavam sobre a fraca luz que as rodeava. – Você não está mesmo... Quer dizer, com ele, esta? – Emma quebrou a distancia entre as duas com uma expressão confusa no rosto, um milhão de perguntas eram formuladas em sua mente e quanto mais a distancia entre elas ficava menos, menos Emma entendia daquilo.

– O que? – Foi tudo o que Emma conseguiu dizer e fez Regina revirar os olhos e ficar irritada. Adorável.

– Esquece! – Disse se virando e voltando a caminha fazendo Emma mais uma vez ter que correr para alcançá-la.

– Porque você é desse jeito. – Emma quase tinha que gritar pra ser ouvida.

– Desse jeito como Swan? – Perguntou a morena que voltara a assumir a voz fria.

– Difícil de entender. – Emma tentou falar de forma cautelosa, mas parecia só provocar mais raiva na garota.

– Tudo é difícil de entender pra você. – Regina rebateu fazendo Emma parar de andar.

– Está querendo me chamar de burra, Mills? – Emma cruzou os braços de maneira infantil fazendo Regina soltar uma gargalhada que estranhamente não a irritou.

– Não meu bem, burra não, só um pouco lenta. – Regina tinha um tom zombador e esse sim irritou Emma. – Agora vamos! Não estou afim de me perder ainda mais estando em tão desagradável companhia. – Regina recomeçou a andar e dessa vez Emma não fez esforço para acompanhá-la, em circunstâncias normais Emma teria discutido, não permitiria que a outra a ofendesse daquele jeito, mas especialmente aquele dia ela não estava disposta a discutir, talvez estivesse cansada do dia terrível que teve ou talvez só estivesse cansada daquela guerra com Regina que já durava 4 anos, ela não sabia só o que sabia aquele momento era que as palavras de Regina que nunca a haviam afetado antes, por fim começavam a machucá-la.

Elas caminharam em silencio pela floresta até verem um feixe de luz vermelha no céu e começarem a correr naquela direção.

#

Quando chegaram na fonte da luz vermelha se depararam com Bae debruçado em cima de Killian que se contorcia de dor. Hagrid ainda não havia chegado e Regina congelou no lugar. Emma se agachou arrancando a capa do menino e pode ver o que estava causando nele tanta dor, um simples arranhão no antebraço do garoto de onde saiam manchas roxas se espalhando rapidamente pelo corpo.

– O que aconteceu aqui? – Regina gritou com Bae que tinha lágrimas de pavor no rosto, ele gaguejou mas não conseguiu falar. Killian se contorcia e gemia de dor, sua pele estava mais pálida que de costume e seus olhos apertados com força.

– Hagrid! – Todos os pares de olhos se viraram para encarar a imensidão que era Hagrid aparecendo entre as arvores, ele segurou Killian no colo e ao examinar o ferimento nem ao menos precisou perguntar do que se tratava.

– Isso é pior do que eu imaginava. – Murmurou Hagrid mais para si mesmo do que para os outros. – Sonho Sombrio. – Falou ele com a voz alterada, o ar pareceu faltar nos pulmões de Emma e ela percebeu que não foi a única a prender a respiração, mas antes que pudesse perguntar... – Precisamos levá-lo de volta ao castelo, para o professor Longbottom.

#

No dia seguinte Killian não apareceu no salão principal para o café da manha e assim foi durante quase duas semanas, no lugar onde ele deveria estar sentado se via somente Jefferson e Regina cabisbaixos. Emma nunca pensou que Regina sentia, de fato, algum afeto por Killian devido a toda hostilidade entre eles, mas talvez fosse assim que os Sonserinos demonstravam seu amor, sento hostis uns com os outros.

Há alguns metros dali Bae folheava freneticamente um livro grande e velho, Emma observava tudo já imaginando do que se tratava, desde que Killian havia sido ferido pela tal planta Sonho Sombrio, descobrir o que era aquilo havia se tornado a obsessão pessoal de Bae, mas a tal planta não estava em nenhum registro, nem mesmo com a ajuda de Belle, que já havia lido uma considerável quantidade de livros durante a sua vida, eles conseguiram encontrar nada. Bae encontrou os olhos de Emma na multidão e balançou a cabeça negativamente, mas um fracasso. Aquilo não estava certo, porque uma planta sem nenhum registro histórico e aparentemente muito perigosa estava fazendo na floresta proibida, certo que ela era proibida, mas mesmo assim era muito estranho. De repente a comida na frente de Emma não parecia mais tão boa.

– Um galeão por seus pensamentos. – Graham assustou Emma que tinha se distraído olhando alguma coisa na mesa da Sonserina.

– Meus pensamentos valem um pouco mais que isso caçador. – O garoto se espremeu entre Emma e Ruby que devorava um bife enorme e nem se importou, ele fez uma careta e voltou sua atenção a Emma, tinha ganhado esse apelido por ser um belo de um galinha.

– Bom, eu poderia te oferecer os meus beijos em troca, mas eu já fui dispensado uma vez e não sei se duas vezes fariam muito bem a minha auto estima. – Emma sorriu revirando a comida no prato. – Estou pensando em fazer o teste pro time de quadribol, é na semana que vem certo? Soube que as garotas se amarram em atletas. – Emma deu um risinho cético. Ela era capitã do time de quadribol da Grifinória e os teste pra novos jogadores estavam pra começar, mas ela havia se esquecido completamente.

– ah! Certo! É, que dia é hoje?

– Quarta-feira.

– Certo, testes na terça, mas não pense que vai entrar se o seu único objetivo for pegar mulher. – Emma falou em tom preocupado, o time era seu bebe, era o que ela mais gostava de fazer, era o que ela mais fazia certo.

– Relaxa princesa, minhas intenções são as mais nobres, assim como as suas. – Emma levantou a cabeça pra lhe dar um olhar sarcástico, mas ele tinha os olhos fixos em outra coisa. – Eu sei que você não usa o fato de ser capitã do time pra pegar ninguém. – Ela tentou seguir os olhos dele, mas havia três meses a sua frente, era difícil saber o que ele estava olhando. – Até essa tática não funcionaria com a rainha. – Emma ainda tentava encontrar o que ele estava olhando quando ele se levantou.

– Que rainha? Do que esta falando? Graham? – Mas ele já tinha ido. Ruby tinha uma costela de boi em cada mão e molho de churrasco pra todo lado. – Você conhece alguma rainha? – Perguntou Emma confusa, mas Ruby só balançou a cabeça negando.

#

A ultima aula havia finalmente acabado e Emma seguia para o salão comunal da Grifinória com Ruby, os corredores ainda estavam lotados de alunos e Ruby logo avistou Belle se aproximando com Aurora.

– Então, prontas pra hoje a noite? – Perguntou Aurora num tom sonhador. Emma a achava extremamente fofa, só que ela era fofa demais, chegava a ser chata.

– O que tem hoje a noite? – Perguntou Emma distraída.

– Você não falou com ela? – Belle lançou um olhar zangado a Ruby que logo se defendeu.

– É claro que eu falei... – Ruby deu um tapa no braço de Emma que estava mais uma vê no mundo da lua. – Emma?

– Ah! Éh! Claro! – Disse sem prestar muita atenção no que estava fazendo. Regina estava a alguns metros dali, no meio da multidão que já diminuía, procurava por algo em sua mochila e estava sozinha.

– Emma? – Chamou Ruby mais uma vez a trazendo a realidade. – Então, noite das garotas hoje, torre de astronomia, certo?

– Ah! Certo, estarei lá. – Disse já se afastando das meninas e indo em direção a Regina.

– Hey! – Disse Emma parando em frente a morena. Regina parecia empenhada em achar o que quer que estivesse procurando, mas ergueu os olhos quando escutou a voz de Emma. Ela encarou os olhos verdes por alguns segundos com uma expressão confusa, olhou para um lado e depois para o outro para se certificar de que Emma estivesse mesmo falando com ela.

– Hey! – Respondeu um tanto desconfiada.

– Como você esta? – Perguntou Emma e Regina cerrou os olhos como se tentasse descobrir qual era a pegadinha ali. Olhou mais uma vez para os lado e dessa vez olhou pra trás também. – Regina, estou falando com você. – Disse Emma já se irritando com a situação, se tinha uma coisa que Regina sabia bem como fazer era irritar a loira.

– Isso eu percebi, mas porque? – Perguntou olhando Emma nos olhos, os corredores estavam esvaziando e aquela aproximação a incomodava.

– Porque estou tentando ser amigável aqui, ok? – Respondeu Emma sem muita convicção e essa falha foi percebida pela morena que olhou em volta mais uma vez já percebendo o que aquela ação causava a loira. – Ok! Você venceu, eu quero saber se vocês descobriram o que é aquela coisa que feriu o Jones. Confessou Emma arrancando um suspiro da morena, ela se aproximou e Emma pode sentir uma excitação fora do comum quando Regina tocou seu braço e se aproximou sussurrando em seu ouvido.

– Não. – Emma se arrepiou se sentindo esquisita, mas não queria pensar naquilo no momento. Só encarou Regina provavelmente com a maior cara de idiota que já fez na vida.

– Não o que?

– Não vou te contar. – Regina deu um sorriso sínico.

– Você é muito idiota, sabia?

– Não é da sua conta.

– Estávamos todos juntos. – Gritou Emma.

– Isso não te da o direito de ser uma xereta. – Regina voltou sua atenção para a mochila dando o assunto por encerrado.

– Bae esta quase enlouquecendo. – Disse Emma puxando a mão da morena da mochila pra chamar sua atenção. Os olhos de Regina foram das mãos aos olhos de Emma e sua expressão foi de impaciência a raiva com a mesma velocidade. Ela puxou a mão como se o contato a queimasse.

– Então é sobre isso que se trata? Eu não ligo a mínima pro seu namorado Swan, por mim ele que enlouqueça, ele que morra, meu melhor amigo esta em um estado horrível e você realmente acha que eu me importo com o que o seu Baelfire esta passando? Te liga. – Regina praticamente cuspiu as palavras. Emma se arrependeu de ter falado em Bae, estava mais do que provado que a morena não gostava nada dele. Regina havia desistido do que estava procurando e já ia começar a andar quando Emma segurou sua mão pela segunda vez. O corredor já estava praticamente vazio, mas ela não se importava de fato.

– Me desculpe. – Disse Emma olhando os olhos de Regina e quase sentindo eles se acalmarem. – De verdade, sinto muito. Como ele esta?

– Mal. – disse Regina se deixando perder naquele imensidão esmeralda que eram os olhos de Emma. – É pior durante a noite por isso Jefferson e eu nos revezamos pra não deixá-lo sozinho. – Enquanto Regina falava Emma via um lado da morena que nunca havia visto antes, só o que conhecia era a Regina fria, sarcástica e arrogante, aquela garota preocupada e sincera era completamente diferente.

Quando percebeu que ainda segurava a mão dela Emma soltou sentindo um choque, as duas recuperaram a postura e se encararam quando um silencio constrangedor as envolveu.

– Certo, diga a ele que desejo melhoras. – Emma sorriu sinceramente, mas não foi acompanhada, na verdade, Emma não se lembrava de ter visto Regina sorrir pra ela nenhuma vez, tirando os sorrisos falsos e sarcásticos é claro.

– Ok!. – Disse Regina já saindo em direção as masmorras. Emma ainda ficou alguns segundos ali sentindo um vazio que não conseguia explicar.


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Notas finais do capítulo

Queridos, me digam o que acharam da capa? Não achei créditos porque achei a fotos por ai... Gostam mais dessa ou da outra que tava antes? Vou obedecer o gosto de vocês dessa vez, só dessa vez então me digam. Bjos boa noite, ou melhor boa madrugada pq já é 2 da matina kk'