Quando Eally acordou no dia seguinte estava sozinha. Não via o dragão vermelho em nenhum lugar, então foi até o lago. Thorn apareceu, ele trazia uma presa para ela, que comeu agradecida.

Já quer voltar? Ele perguntou.

Eu não sei, mas você tem algo em mente Thorn-elda? Ela perguntou com um tom divertido.

Ele rugiu para ela, também se divertindo.

Eu quero você para mim.

Não era você que me acha um filhote? Filhotes não podem acasalar.

Você está longe de ser um filhote, mas mesmo assim, vai ser o meu filhote.

Ele abriu suas asas, mostrando toda a sua grandiosidade, mas Eally sempre o veria como o maior de todos. Ela abriu as delas e saiu voando, e ele a segui, até os dois acharem uma caverna, onde ficaram a maior parte da manhã. Teriam ficado mais, se uma mente não viesse falar com eles. Era Glaedr.

Sinto muito interromper os dois, mas seus Cavaleiros estão prontos para ir embora.

Glaedr lhes contou os ocorridos enquanto os dois dragões voltavam para o castelo. Tudo já estava pronto mesmo. Murtagh selou Thorn conversando com ele sobre o que havia descobrido sobre Galkün. O dragão não rejeitou a missão de ir procurar o elfo. Logo todos estavam prontos para ir embora. Eragon se despediu de todos, os fez prometer que um dia voltariam, os desejou boa sorte, Saphira se despediu de Fírnen, e Eragon conversou com Glaedr que estava em um alfajor em Thorn. Doeu para Eragon ver sua amada partir, sua grande amiga e seu meio irmão, mas ele tinha Saphira, seus outros Cavaleiros e quem sabe logo poderia ter ao seu lado o filho de Galbatorix. Talvez ele conseguisse cuidar dele melhor. Os três dragões pegaram uma corrente de ar favorável. Voaram poucos dias até avistar a cidade anã. Arya se despediu dos dois – e de Glaedr – e subiu o rio rumo á Ellesméra, para o seu reino. Murtagh ainda não havia contado onde era o covil dos Ra’zacs para a Rainha, e tudo o que ela sabia é que ele iria para Ilirea com ela e depois partiria. No fundo, Nasuada esperava que aquela não fosse a última vez que os dois se veriam. Os dois decidiram viajar pelo deserto Hadarac, seria mais fácil, e Murtagh temia não ser bem aceito se fossem pelas montanhas Beor, achava que Orik e os anões quisessem matá-lo. Glaedr não tinha mais raiva do Cavaleiro e do dragão, conversava com eles e também com Nasuada e Eally. As noites no deserto eram frias, mas Thorn protegia os dois Cavaleiros do frio com uma das asas e o dragão branco com a outra. No ritmo que estavam, não tardariam a chegar na capital. Mais dois dias de deserto, então com a ajuda de Glaedr chegaram em Ilirea. Nasuada contou tudo aos seus ajudantes, e não tardou para todos saberem da história de Galväne. Assim como Arya muitos odiaram a elfa, mas não podiam negar que ela foi uma heroína. Por quase uma semana, Nasuada passou tanto tempo quanto conseguia com Murtagh, fazendo várias coisas. Thorn passou basicamente o tempo todo com Eally, mas ele e Murtagh não esperaram mais. Viajariam na madrugada. O Cavaleiro ajeitou tudo o que precisaria para a viagem, então selou Thorn. Ele conversava com Eally. Ele deve ter conseguido convencê-la, pois esfregou seu focinho no dela e ela se afastou, ficou agachada perto de sua Cavaleira, que conversava com Glaedr.

–Ainda vamos nos ver, eu acho que gostaria de conhecer Galkün, e para o garoto seria bom conhecer você e Ilirea. – Murtagh disse.

–Seria uma honra conhecê-lo. Ficaria feliz que o trouxesse para cá. – ela respondeu.

Ele a abraçou ainda meio hesitante.

–E depois de isso tudo? – ela perguntou bem baixinho o abraçando.

–Não faço ideia. Achei que iria embora, me exilaria de novo, mas não vou conseguir. Você mexeu comigo demais.

Ela não sabia bem o que falar depois daquilo. Estava de certo modo feliz. Ele se afastou e subiu no dorso de Thorn. Ele rugiu, Eally rugiu também e ele levantou voo. Quando deixaram Ilirea, foram em direção ao covil dos Ra’zacs. Eragon e Saphira já haviam ido lá, quando tinham apenas dois adultos e os ovos não estavam lá. Galbatorix colocara vários ovos, e depois seus dois filhos e seus dragões lá. Murtagh esperava conseguir, com a ajuda de Glaedr, convencer o garoto a ir até Eragon. Seu medo era que o garoto não quisesse, e aí sim seria uma possível ameaça para Alagaësia.