Acidentes do amor escrita por Arisinha


Capítulo 5
Capítulo 5 - Explorando a ilha


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Eu sei, eu sei... faz quase um ano que não posto nenhum capítulo nesta fic, mas aqui estou eu e a partir de agora vou continuar a escrever ela! Me desculpem os erros de acentuação, meu teclado está com um problema em algumas letras. Espero que gostem! Boa leitura!



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Abri meus olhos, mas a claridade era intensa e foi quase impossível ver alguma coisa. Quando me dei conta que estava viva, lembrei do avião caindo. Foi assustador. Tentei me levantar mas algo não me permitia mover meus braços. Foi então que vi alguém deitado neles.
– Ei! Você está bem? - perguntei, mas em vão. A pessoa estava morta e, o pior de tudo, é que eu conhecia ele. Não era alguém que eu conversava, mas eu o conhecia. Ele era parte do time de basquete do Evans. Empurrei o corpo e retirei meu braço. Eu estava toda machucada e acho que o impacto atingiu a minha cabeça, porque estava dolorida.
Levantei-me e fui procurar por sobreviventes. Na realidade, não sei como sobrevivi, até lembrar que Evans foi quem me salvou, falando para eu me abaixar no avião. Olhei ao meu redor e tudo o que pude ver eram pessoas jogadas ao chão como se fossem brinquedos largados por uma criança após brincar. Senti uma forte dor em meu coração. Não que eu gostasse de muitos deles, mas acredite em mim, não é uma visão agradável ver diversas pessoas sem alguma parte do corpo.
– Anne? - ouvi alguém gritar atrás de mim. Virei-me e vi Evans. Sai correndo em sua direção e o abracei, com lágrimas caindo sobre seus ombros.
– É muito bom ver você, Evans! - disse, aliviada. Ele ri e então eu percebo o que eu acabo de fazer. - Quer dizer, você está vivo, é bom não ser a única sobrevivente.
– Aham, fingirei que é por isso mesmo. - retruca ele, mas apenas deixando eu ganhar ua discussão. - Procure por sobreviventes.
Sai de perto dele e andei de corpo em corpo procurando sinal de vida, até que encontrei alguém conhecido.
– Jesse! - gritei e me joguei perto dele. Ele estava morto e mais lágrimas rolavam até chegarem na ponta de meu queixo. - Você não pode morrer! Eu ainda nem te disse tudo o que precisava saber! Volta, por favor! - deitei minha cabeça em seu peito, não conseguindo me mexer, muito menos pensar.
– Ainda não disse que me ama? - diz uma voz fraca.
– Jesse! - levanto minha cabeça e vejo seus olhos abertos, com um sorriso no rosto. Não sei como alguém pode ficar feliz depois de uma tragédia como essa, mas ele estava radiante como sempre esteve. - Achei que estava morto! - disse, ajudando ele a sentar e, então, o abracei.
– Não poderia morrer antes de você me contar seus segredos. - diz ele, brincando.
– Babaca. - digo, não contendo um sorriso. - Voce consegue levantar?
– Só com a ajuda de uma princesa. - sorri e sinto minhas bochechas queimarem.
– Então é bom chamarmos a Karen. - digo, cortando totalmente o barato dele. - Falando na Karen, onde está ela?
– Quem é Karen?
– Aquela garota que eu odeio.
– De qual das garota que voce odeia voce está falando? - pergunta Jesse, ironico e apenas dou risada. Como ele consegue me fazer dar risada em um momento de tragédia como esse?
Ajudei Jesse a se levantar e olhei ao meu redor. Muitas pessoas chorando e em desespero procurando por sobreviventes. Corpos jogados por todos os lados, como se fossem bonecos. Senti uma forte dor no coração e entrei em desespero pelas pessoas que perderam seus familiares. Não havia apenas alunos do nosso colégio nesse voo. Famílias inteiras em viagens de fim de ano, indo aproveitar alguns dias ensolarados em outro lugar. Férias acabadas por causa de um avião.
Continuei procurando sobreviventes por não sei quantas horas. E no fim reunimos um grupo de 66 pessoas. Muitas delas eram conhecidas, outras acabamos conhecendo. Tínhamos que nos unir para sairmos dessa ilha.
– Então... agora só precisamos relaxar e comer a comida que encontramos no avião. - diz Karen. Sim, ela estava viva, felizmente. Apesar de não gostar dela, também não deseja mal para ela. Admito que talvez esteja feliz pelos arranhões em seu rosto perfeitinho, mas isso não importa.
– Relaxar? Por acaso voce sabe por quanto tempo ficaremos aqui? E se não nos encontrarem? - digo, contrariando suas ideias ridículas.
– E o que voce pretende fazer? Logo vão nos achar. Não se preocupe tanto, nerd. - responde ela.
– Idiota. - digo, saindo de perto do grupo e indo em direção ao aglomerado de árvores e mato.
– Onde voce está indo? - grita Evans, quando eu já estava a uma distancia relativamente grande deles.
– Explorar a ilha! - grito para ele e continuo andando.
Adentro a floresta e não vejo nada além de verde. obvio Anne, é uma floresta! Mas não encotrava nenhuma árvore frutífera e havia algumas plantas diferentes, que eu nunca tinha visto. Havia uma que mais me chamou a atenção. Era parecida com uma flor, mas o que era para ser as pétalas parecias mais folhas pretas, com algumas bolinhas amarelas. Em seu meio havia tipo uma bola, mas parecia ter uma abertura, que no momento estava fechada. Cheguei mais perto para observar melhor e estava indo tocá-la, então algo me surpreende. A bola se abre e dentro dela pude ver algo parecido com... dentes? Pequenos, mas afiados e a flor teria me mordido se alguém não tivesse me puxado.
– Ficou maluca? - grita Evans. - Acha que pode ir colocando a mão em qualquer planta bonitinha que ve pela frente?
– Voce não tem que me proteger, Evans. - digo, ríspida e irritada. Percebo que ele ficou bravo e indignado.
– Tá. Da próxima deixo a flor arrancar seu dedo fora. - diz e continua andando e abrindo um caminho na mata densa.
Exploramos muitas partes da floresta, encontramos diversas plantas esquisitas e recolhemos algumas frutas que encontramos. Quando voltamos para o grupo, o dia ainda estava claro. Karen estava sentada em cima de uma toalha, de biquíni e pintando suas unhas, enquanto o restante do grupo estavam recolhendo os corpos e preparando um funeral para eles.
– Como é que voce tem coragem de ficar pintando as unhas depois de uma tragédia dessas e ainda por cima deixando todos trabalharem sozinhos? - grito, soltando as frutas que trazia amarradas em um pedaço de pano e atraindo os olhares de todos.
– Isso tudo é problema deles. Eles que queriam recolher os cadáveres, não eu. - diz ela, sem dar a mínima e sem ao menos levantar o olhar para mim.
– Voce é ridícula. - digo.
– Oh, Josh! Fale para essa nerd idiota que ela está me importunando. - diz ela, levantando-se e abraçando os braços do Evans. Apenas reviro os olhos e algo que eu nunca imaginaria aconteceu: Evans se separa de Karen.
– Voce está sendo ridícula e insensível, Karen. Imagine se fosse a sua família ali. O que voce acharia? Ficaria apenas sentada, pintando as unhas? Não sabia que voce não tinha sentimentos. - diz Evans, saindo de perto dela logo após e indo ajudar os outros.
Percebo que é a primeira vez que Evans me apoia em algo, o que foi surpreendentemente legal, apesar de não querer admitir isso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! Beijos e até o próximo!



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