Black escrita por Aeikin


Capítulo 1
I'm spinning, oh, I'm spinning


Notas iniciais do capítulo

Dedico a fic a Bruna Moscardo! Foi uma bela música Brubru... Eu realmente tive que colocá-la nessa fic! :D
Ah, e a propósito, coloquei apenas uns trechinhos da música pra não ter que ficar tão longa.
É apenas mais um pensamento do Darius com a Riven! ^^
Asure, não fiz uma long fic mas tem pequenas memórias :(
Obrigada por lerem!



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Black

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay

Were laid spread out before me as her body once did

Quero recordar uma lembrança.

Quero compartilhar uma dor.

– Cheguei, mestre. – Eu não me lembro o que eu pensava naquele momento. Não me lembro de ter algo em minha cabeça, apenas ouvi uma delicada voz. “Mestre.” Minha nova aluna? Quando a vi, tive vontade de rir. Parecia um menino a não ser pelo cabelo, e seu problema era justo este. Eram muito longos para um soldado. Não controlei minha risada, sorri ao olhar aquelas pupilas âmbares. É claro que essa minha risada me causou problemas mais tarde. Peguei uma kunai afiada e joguei em direção ao copo dela. Quando ela tocou a parede pude ver os fios platinados que estavam presos numa faixa. A expressão dela foi extremamente engraçada.

– M-Mestre… - Ela passou a mão pelos fios que agora estavam curtos sem piscar. Eu pude ver o desespero nos orbes dourados, e a cada tentativa de piscar de olhos, meu sorriso sádico se abria mais. – M-Meu c-cabelo...

– Iria te atrapalhar. E é só cabelo.

Oh, and all I taught that was everything

Oh, I know she gave me all that she wore

Minha nova aluna me odiava, era ótimo!

Era ótimo nunca ter nada.

– Mestre. Qual é meu nome? – Depois de alguns meses treinando, ela me perguntou isso. Obviamente não poderia responder ‘aluna’. Qual era mesmo o nome dela? O silêncio me entregou.

– MES-TRE DA-RIUS! Viu? Eu sei teu nome, mestre! Treino contigo há mais de quatro meses, e você nem sabe o meu nome! Me chama de “ei”, “aluna”, “você”, “soldado”. Mas e meu nome?

– É... Qual teu nome?

– MESTRE IDIOTA! Nós nos encontramos todos os dias, fico aqui quase cinco horas e você não sabe o meu nome! – Foi a primeira vez que a vi sair do controle. Mas ela me chamou de idiota. Quem essa pirralha achava que era? – Riven, senhor.

– Não sou senhor, criança. Sou teu mestre, o senhor deixe para quem precisa. – Ela se tocou que perdeu o controle o tentou se redimir.

– Quantos anos acha que eu tenho, Darius? – Ela apontou uma kunai para mim! Seus olhos eram ameaçadores, naquele momento eu vi refletido ali um jovem decapitando um capitão demaciano. Eu vi refletido naqueles âmbares a minha própria determinação. Era a primeira vez que me chamava pelo e em um tom ameaçador. Mas chegava a ser o cúmulo! Minha própria aluna me intimando!

– Está me ameaçando, tentativa de soldado?

– Sim.

I can feel their laughter, so why do I sear

Sim! Era tudo o que eu precisava! Depois disso, voei nela, a atacando. Primeiro combate corpo-a-corpo. Um lindo erro. Visto que depois ela me contou sua idade. Vinte anos. Eu tinha onze anos a mais do que ela! Com vinte anos, eu decapitei o capitão demaciano! E com vinte anos, ela estava treinando comigo! Isso foi um erro. Parei de vê-la como uma aluna e comecei a vê-la como uma adversária. Ela chegava e se atirava em mim como se eu fosse o inimigo número um dela. E nunca desistia, poderia quase matá-la nas primeiras lutas, mas ela não desistia. Até que nós passávamos as cinco horas lutando.

O que houve depois foi o meu desejo de ganhar aquela luta sempre travada se transformar em ganhar aquele corpo. Ficamos bem próximos daquele dia em diante, e quando recebi o comunicado que ela não haveria mais de treinar e agora ela participava da minha tropa, houve um aperto imenso no coração. Quando ela chegou, tive vontade de agarrá-la e nunca mais soltar. Não queria que ela se tornasse só mais um soldado. Eu não sei o que me deu, eu não sei o que pensei. Eu não pensei. A carne foi fraca e eu a peguei no colo enquanto nos olhávamos com o mesmo olhar perdido, e fui para o quarto.

And now my bitter hands cradle broken glass

Of what was everything?

– Riven, não dá mais. – Eu sussurrei em seu ouvido e ela não se debatia. Quando cheguei lá, a joguei na cama e quando subi em cima dela, ela tentou delicadamente se afastar. Que merda eu estava fazendo? Iria dormir com a minha aluna! Me coloquei em meu lugar, porém na minha mente ecoava que ela não era mais a minha aluna!

– Achei que eu era a única a se apaixonar aqui. Ainda mais por meu mestre. – Quando ela disse isso, eu a devorei completamente. Aquilo não era só mais desejo, havia virado paixão quando houve a tentativa de separação, e o mais tardar... Eu já a amava.

Aquele olhar perdido que me fez tentar algo novo. Aquele olhar perdido que me fez lembrar de aquela poderia ser a única chance de algo que não havia começado! De algo que talvez nem tivesse um começo! Aquele olhar perdido era sim o medo. O medo de não tê-la mais, de ela morrer como um soldado qualquer. Ela não merecia isso. Ela nunca foi merecedora do ar que Noxus lhe dava. Ela merecia o conforto que tem agora. Enquanto eu estou aqui tendo essas memórias sempre, esperando que ela volte. Porque afinal... Ela nunca disse adeus.

We, we, we, we, we belong together! Together!


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Notas finais do capítulo

Black - Pearl Jam



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