Safe And Sound escrita por Luiza


Capítulo 1
Just close your eyes, the sun is going down


Notas iniciais do capítulo

Oi! Bom, essa história, como vcs já sabem, é sobre Faramir e Éowyn, de o senhor dos anéis, baseada na música: safe and sound, da Taylor Swift. Espero que gostem, levei um tempo fazendo essa fanfic. E se gostarem, deixem reviews. Faça uma pessoa feliz, hahaha. Espero muito, muito que vcs gostem, e se gostarem, estou começando (ainda não comecei) uma fanfic sobre o incrível mundo de Tolkien, vou escrever uma fic sobre o senhor dos anéis. Enfim... Boa leitura!
Não espera... Como aprendi com o velho Gandalf:
P.S: Espero que não se importem, mas gosto de escrever em itálico.



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Gondor estava quase sendo invadida. Os homens de Faramir, Capitão de Gondor, ainda tentavam proteger o grande portão que dava entrada à Minas Tirith. Os cavaleiros de Gondor batalhavam com os Harad, sulistas rudes que serviam a Sauron. Os guerreiros de Gondor não tinham muita esperança de vencer, pois estavam em desvantagem, mas mesmo assim continuavam lutando para proteger os portões de sua cidade. Pelo seu povo lutariam até as suas últimas gotas de sangue. Espadas tilintavam, homens de bom coração e suas famílias jaziam mortos no campo de batalha. O príncipe Imrahil, de Dol Amroth lutava ao lado de Faramir com bravura e coragem. A esperança morria entre os homens de Gondor, estavam em menor número, pois muitos de seus guerreiros haviam caído tentando defender Osgiliath. Uma pequena companhia ainda estava de pé e firme em sua batalha. Mais uma vez estavam rodeados pelos inimigos. De repente um tumulto de vozes rudes surgiu no ar, na escuridão podiam ver chamas vermelhas bruxuleantes no ar. Mais cavaleiros inimigos aproximavam-se. Fileiras e fileiras de orcs com tochas nas mãos. Uma chuva de flechas flamejantes foi disparada pelo inimigo, acertando assim, alguns dos poucos companheiros que sobraram da retaguarda. Tudo parecia perdido, Mordor finalmente invadiria Minas Tirith e homens, mulheres e crianças morreriam, ou seriam feitos prisioneiros do senhor do escuro. Os poucos guerreiros de Gondor que sobraram, partiram em retirada. Mais sulistas rudes com bandeiras vermelhas nas mãos avançavam rapidamente, assim, alcançando os soldados em retirada. Do céu negro, mergulhando para matança, vieram os Nazgûl. Os homens já se dispersavam, fugindo como podiam. Ao longe, na cidadela uma trombeta soou e o portão foi aberto. Lá, muitos outros guerreiros de Gondor esperavam o toque do seu senhor, o regente para avançar em ajuda aos seus companheiros. À frente de todos estavam os cavaleiros de cisne de Dol Amroth.

– Amroth por Faramir! – gritavam eles. - Amroth por Gondor!

Caíram sobre os inimigos com toda a sua fúria. Um dos cavaleiros disparou à frente, veloz como o vento,Scadufax o carregava. O cavaleiro estava com uma mão erguida e dela uma luz branca e muito poderosa emanava. O fogo branco era tão forte que os Nazgûl soltaram um guincho ensurdecedor, pois o seu capitão ainda não estava pronto para enfrentar o cavaleiro branco. Os exércitos de Minas Morgul pegos de surpresa dispersaram e espalharam-se feito loucos, correndo para todos os lados. A companhia agora, com a esperança restaurada, avançou sobre o inimigo com grande disposição. O campo estava coberto de homens e orcs caídos. Mais uma vez a trombeta soou. Denethor não havia permitido que chegassem muito longe, mesmo que outros exércitos inimigos marchavam do leste em direção a Minas Tirith. A cavalaria de Gondor parou. Estavam dando meia volta para voltar ao portão de Minas Tirith, quando uma flecha foi lançada por um cavaleiro de Harad, atingindo o capitão das tropas de Gondor, Faramir, filho de Denethor, regente de Gondor. Quando atingido pela flecha flamejante do inimigo, Faramir caiu e tudo a sua volta ficou escuro.

Por dias e dias Faramir tivera pesadelos horríveis. Fogo!Fogo tomando conta de seu corpo ainda vivo. Sempre tentando acordar, mas acabava apenas ficando tudo escuro outra vez e então mais um pesadelo pior que o anterior. Outro pesadelo: Faramir estava na cidadela, vendo Minas Tirith cair, havia fogo na árvore branca, corpos de pessoas de Gondor caídos mortos no chão. A escuridão havia se espalhado na Terra Média. Sauron ganhara a batalha. Seus amigos jaziam no chão, e aqueles que não estavam mortos haviam sido feitos prisioneiros. Viraram escravos do senhor do escuro. Outra vez Faramir tentou acordar, e mais uma vez tudo ficou escuro.

De repente uma luz branca e forte clareou o lugar. Ele pensara que era outro pesadelo, mas na verdade, Faramir havia acordado. Abriu os olhou devagar, a luz forte incomodava os seus olhos. Faramir não sabia onde estava tudo que via era borrões brancos e escuros. Ele percebera que alguém estava debruçado sobre ele. Aos poucos sua visão foi focalizando e ele percebeu que estava em um lugar conhecido. A casa de cura. Já havia estado ali algumas vezes, quando ferido em batalha, mas quanto tempo estivera ali ele não sabia. Podiam ter sido dias, semanas, meses. Também notara que a pessoa que estava ao seu lado era Aragorn, filho de Arathor e herdeiro de Isildur, sendo assim, herdeiro do trono de Gondor. Faramir sentia o seu peito doer, mas não só por sua ferida, mas uma tristeza que ele não conseguia descrever, não sabia o que era. Fora algo parecido com o que sentira ao descobrir que o seu irmão, Boromir, que fazia parte da comitiva do anel, havia caído em batalha ao tentar salvar os Hobbits. Faramir notara que havia outras pessoas em seu quarto.

— Você está exausto – disse Aragorn, que ainda lhe segurava a mão e que a pouco lutava para salvar Faramir. – Descanse um pouco e coma alguma coisa. Esteja pronto quando eu voltar.

— Farei isso, senhor – disse Faramir. – Pois quem ficaria deitado sem fazer nada quando o rei está de volta?

— Então até logo – disse Aragorn. – Devo ver outros que precisam de mim.

Então junto com Gandalf e Imrahil, deixou o quarto, mas Beregond e seu filho ficaram. Não conseguiam conter a alegria que sentiam ao ver o seu capitão vivo.

– Estou muito feliz que esteja bem, senhor – disse Beregond, ajoelhando-se ao lado da cama de Faramir.

— Eu também, meu bravo Beregond, mas me diga, onde está Denethor, meu pai?

O olhar de Beregond e seu filho ficaram pesarosos. Faramir não entendia o porquê eles estavam com aqueles olhares tristes. Quase achou que algo de muito grave havia acontecido, pois os dois o olhavam com pena.

Então depois de que toda a história da pira de seu pai lhe foi contada, Faramir pediu para que fosse deixado sozinho. Assim Beregond e seu filho logo saíram do quarto.

Devagar Faramir levantou-se da cama onde estava deitado, sentiu uma pontada no lado esquerdo do peito, mas mesmo assim se pôs de pé e caminhou até a sua janela que dava para o leste. Faramir não gostava de estar ali, parado em um quarto na casa de cura enquanto uma batalha que decidiria o futuro da Terra Média que todos conheciam, acontecia ao leste de Gondor. Ele preferia estar morto a ter que servir a Sauron. Gostaria de estar lá, lutando ao lado do seu povo.

— Primeiro me foi tirado o meu irmão – disse Faramir consigo mesmo. -, agora o meu pai. O que farei? A sombra tomará conta de Gondor e tudo estará perdido.

A noite caíra outra vez. O céu estava escuro. A luz das poucas estrelas no céu invadia o seu quarto pela janela aberta. Faramir teve uma noite nada tranquila. Mais pesadelos!

Outro dia chegara.Um dia quente e claro, o sol brilhava forte no céu. Faramir que estava cansado de ficar naquele quarto da casa de cura enquanto os outros estavam agora chegando aos portões de Morannon. Com a permissão do diretor ele saiu de seu quarto. Solitário o senhor Faramir caminhava pelos jardins da casa de cura. Estava inquieto, estar ali o incomodava. Gostaria de estar ao lado de seu povo, mas apesar disso, sentia-se renovado, sentia a vida correr de novo em suas veias, pois o sol que há muito não o aquecia, estava agora brilhando no céu azul. Mas ao olhar por sobre as muralhas, para o Leste, o seu coração pesou no seu peito outra vez.

—Meu senhor – disse a voz do diretor, aproximando-se de Faramir. -, aqui está a Senhora Éowyn de Rohan. Ela cavalgou ao lado do rei e foi seriamente ferida e agora está sob os meus cuidados, mas não está satisfeita, e deseja falar com o regente da cidade.

— Não me entenda mal, senhor – disse Éowyn. – Não é a falta de cuidados que me entristece, mas sim ficar aprisionada, e é assim que me sinto. Na batalha corri na direção da morte, mas não morri, e a batalha continua.

Faramir fez um sinal para que o diretor saísse, e após uma reverência, ele saiu.

Olhando agora para Éowyn, Faramir sentia o seu coração se partir, pois era um homem que facilmente era capaz de sentir pena, e a Senhora, assim como tinha uma enorme beleza, tinha também muita tristeza.

— Gostaria de poder fazer algo – disse Faramir. -, mas sou também prisioneiro dos cuidados do diretor. O que poderia eu fazer pela Senhora?

Ela não respondeu. Éowyn fora criada por homens guerreiros, e olhando para Faramir, sabia que nenhum cavaleiro de Rohan o superaria em batalha, mas também sentia a ternura em seu olhar.

— O que deseja? – perguntou ele novamente. – farei o que estiver ao meu alcance.

— Gostaria que ordenasse ao diretor que me desse permissão para partir. Quero lutar ao lado de meu irmão, e se preciso morrerei em batalha.

— Minha Senhora, também gostaria de estar lutando ao lado de meu povo, mas não há nada que eu possa fazer, até porque ainda não ocupei a minha função como regente.

Mais uma vez Éowyn não o respondeu.

Depois daquele dia, Faramir e Éowyn caminharam juntos todos os dias em que estiveram na casa de cura. Mais um dia se fora, e mais uma vez a escuridão tomou conta do mundo. Não havia estrelas no céu, apenas a escuridão e uma lua pálida e sem luz.

Quando a manhã chegou, Faramir já não se sentia como havia se sentido há alguns dias. Nem o sol o poderia esquentar, pois até mesmo o sol no céu escuro estava frio, a cidade estava silenciosa, o dia estava tomado de sombras. A noite muda a mente das pessoas, mas o dia não estava melhor.

Olhando pela sua janela avistou Éowyn, que estava agora em pé atrás da muralha, olhando para Leste, na esperança de que um dia a guerra chegasse ao final e que todos os povos da Terra Média pudessem outra vez viver em paz, mas essa esperança esvaia-se a cada dia que passava. Ela sentia em seu coração que o mundo que todos conheciam nunca mais seria o mesmo. Uma lágrima solitária escorreu em seu rosto pálido e frio. Junto com sua lágrima ia sua esperança.

Com passos silenciosos Faramir aproximou-se, parando ao seu lado.

— A chuva da primavera se aproxima – ele disse. Mesmo quase sem esperança, Éowyn sorriu minimamente, não podia negar que estava feliz por ele estar ali. Nos últimos dias havia se aproximado muito de Faramir. Na verdade, bem mais do que esperava. Olhou para ele. Era um homem austero, mas também muito gentil.

Faramir sentia uma luz forte em Éowyn, e sentia também que a sombra estava aos poucos matando essa luz. Isso partia o seu coração, pois a Senhora de Rohan era muito bela e graciosa.

Lá em baixo, MinasTirith pegava fogo. Muitos homens corriam de um lado para o outro. Os inimigos invadiram a cidade. Orcs e cavaleiros Harad batalhavam com os homens de Gondor. Aquilo matava Faramir aos poucos. Assistir o seu povo cair e nada poder fazer. Aquela visão entristecia Éowyn, pois ela sabia que logo a guerra chegaria a Rohan. Sem conseguir mais controlar sua tristeza, deixou que as lágrimas jorrassem em seu rosto.

O sol ocultava-se agora no horizonte. Os gritos vindos da cidade os perturbavam e os desesperava.

— Não se atreva a olhar a cidade – disse Faramir aproximando-se mais de Éowyn. – tudo está pegando fogo. A guerra continua. Apenas feche os olhos, o sol está se pondo. - Agora o sol havia ido embora, e a noite era quente e clara. As estrelas voltaram a brilhar no céu.

Tocou o rosto de Éowyn levemente. Ela era fria como uma tarde de inverno.

Éowyn não sabia se era pela noite quente e as estrelas, ou por Faramir estar ali, ao seu lado naquele momento, mas a esperança voltou a encher o seu coração. E ela sabia que quando ele dizia que não a deixaria sozinha falava a verdade.

— Ninguém pode feri-la agora. – ele continuou. Entrelaçou a sua mão na dela. Éowyn colocou a cabeça no ombro de Faramir e automaticamente com a mão livre ele começou a acariciar os seus cabelos dourados como raios de sol. – Acho que a escuridão não durará muito tempo e quando a luz da manhã vier, estaremos salvos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? "Por favor diz que sim, por favor diz que sim"
Muito obrigada por terem lido e espero muitos reviews, hein?! hahaha.



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