E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 31
This ain't what it seems


Notas iniciais do capítulo

Cêis querem briga. Eu dou briga, cêis entra em pânico. DECIDE AI O BIPOLARIDADE HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA
Bom, espero que gostem desse capítulo. Eu sei que vocês vão me matar ao final, MAS



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_ Bom dia pai. – Giane entrou na cozinha de cabeça baixa, o rosto bem marcado de choro. O pai indicou a cadeira ao seu lado, onde ela sentou, deitando a cabeça no ombro do homem.

_ Pela sua carinha, você não dormiu nada. – ele deduziu, vendo-a confirmar – Giane, você tem que parar de ser orgulhosa. E vocês dois de serem cabeças duras.

_ Você sabe que eu odeio depender dos outros. – ela garantiu, fazendo o pai rir.

_ Sei minha filha, mas você não precisa depender do Fabinho. – Silvério lembrou, vendo-a arquear a sobrancelha – Giane, quando você está com uma pessoa, da maneira que você e o Fabinho estão juntos, não existe meu e seu. O apartamento é de vocês, os móveis são de vocês... Se ele ganha mais pela agência dele, que ele coordena, ótimo. Seu salário não é tão alto, mas dá para você comprar roupas se quiser, ir ao mercado fazer as compras, sem precisar pedir o cartão dele. Vocês só precisam se acertar em relação a isso, e não ficar guardando e estourando.

_ Eu tenho medo de dar errado. – ela admitiu – Eu amo o Fabinho demais, e a gente briga tanto... Eu fico achando que isso um dia pode causar o fim de tudo.

_ Giane, vocês dois são bem esquentados, discussões vão ser sempre parte da vida de vocês. – ela riu – Mas são só isso: discussões. Briga é uma coisa bem mais séria do que um desentendimento por um pacote de macarrão.

_ Fiz tempestade em copo d’água né? – ela perguntou, envergonhada. O pai assentiu, dando risada – Eu preciso ir para a escolhinha agora. No final da tarde vou até a agência e converso com ele.

Ela se levantou, indo para o quarto se trocar. Ouviu a campainha e achou que fosse o namorado. Se trocou o mais depressa que pode, saindo do quarto correndo. Mas ao invés disso, encontrou uma senhora gordinha na sala, sentada e rindo com seu pai.

_ Ah, filha... Essa é a Margot, você se lembra dela? Ela ajudou a Salma e o Gilson com os salgadinhos do Cantaí, no começo. – o pai indicou a mulher, que se levantou e estendeu a mão. Giane apertou, forçando a memória.

_ Você é aquela mulher de Ribeirão, que queria adotar o Fabinho ou o Bento. – Margot concordou, sorrindo.

_ Sim. – Margot mordeu o lábio inferior – Hã, sinto muito pela sua mãe. Eu ia vir para o enterro, mas tive uma encomenda grande lá em Ribeirão. E é o meu ganha pão, não havia muito que eu pudesse fazer.

_ Não tem problema. – Giane sorriu, encarando os dois – Hã... Eu atrapalho alguma coisa?

_ Não. A Margot apenas veio jogar conversa fora. – Silvério sorriu – Ela está se mudando para a casa que era da Charlene, e eu estou ajudando.

_ Ah sim. Bom, eu vou indo. Tenho que ir para a escolinha de futebol. – a garota colocou a mochila no ombro – Se o Fabinho aparecer, avisa ele que eu estou lá?

_ Aviso. – Silvério beijou o rosto dela – Cuidado com a aliança. Não vai enroscar no uniforme dos alunos de novo.

_ Pode deixar. – Giane acenou para Margot, saindo da casa. Silvério tornou a sentar, com a mulher ao seu lado.

_ Ela se casou? – perguntou a cozinheira, apontando a porta.

_ Não oficialmente. Foi algo simbólico, no dia que a Samara morreu. – contou o homem, bebericando seu café – Ela e o Fabinho estão juntos há poucos meses, muito cedo para um casamento oficial. Se bem que eles já vivem desse jeito.

_ O Fabinho parecia um bom garoto. Ele e o Bento, na verdade. Eu e meu marido íamos dar a entrada na adoção do Fabinho, quando ficamos sabendo que ele já havia sido adotado. E então voltamos a esperar, e ele morreu.

_ Sinto muito. – garantiu Silvério.

_ Não sinta, talvez tenha sido o melhor. – ela sorriu – Bom... Quer mais um pedaço de bolo?

~*~

_ Cara, você tá com uma cara péssima. – Érico entrou na sala de Fabinho, levando alguns papéis – Giane não te deixou dormir?

_ Nós brigamos, e ela saiu de casa. – o patrão suspirou, fazendo o empregado arregalar os olhos – Pois é...

_ Mas vocês romperam ou o que? – Fabinho deu de ombros.

_ Ela estava nervosa e foi para a casa do pai dela. – o rapaz explicou – Eu sei que isso não é oficial... – ele ergue a mão esquerda, mostrando a aliança – Mas nós levamos bem a sério, e acho que isso vale mais que uma briguinha idiota.

_ A Renata sai de casa a cada duas semanas, normalmente porque eu galinho. – Érico admitiu, dando de ombros – Mas ela sempre volta, de um jeito ou outro.

_ E você acha isso legal? – se horrorizou Fabinho – Cara, eu e a Giane brigamos pela toalha na cama, e eu já to me matando por ela ter ido para a casa do pai dela. E você tá rindo do fato da sua noiva sair do apartamento de vocês, porque você a trai?

_ Qual é Fabinho, você já pegou muitas meninas por aí. Eu e a Renata começamos a namorar bem novos, perdemos a virgindade um com o outro... Simplesmente acho que um homem não deve ter apenas uma mulher na vida. – Érico deu de ombros – Mas eu amo a Renata, não quero abrir mão dela.

_ Abrir mão? – Fabinho estava horrorizado – Érico, mulher não é objeto. Mulher é uma pessoa, e com muitos sentimentos. Nós temos que tomar cuidado para nunca feri-la, mesmo que nos sentimentos.

_ Mas você feriu os da Giane, não foi? – o mais velho rebateu.

_ Sim, e estou arrependido. – garantiu o Campana, suspirando – Olha Érico, tome cuidado, está bem? Porque pode chegar o dia, que será a Renata a abrir mão de você.

_ Onde você vai? – perguntou, vendo Fabinho pegar suas coisas.

_ Resolver as coisas com a minha maloqueira. – avisou o patrão, saindo do escritório – Não me esperem hoje.

~*~

Giane estava guardando as coisas no armário, tentando impedir que as bolas rolassem para fora. Estava tão absorta nos afazeres, que não percebeu que alguém se aproximava, te que apertasse sua cintura.

_ Fabinho. – ela riu, virando-se. Mas qual foi sua surpresa ao encontrar Bento ali – O que você faz aqui?

_ Vim ver minha amiga. – ele explicou, enquanto ela se afastava. Ele começou a segui-la – Giane, por favor... Nós somos melhores amigos desde sempre, não me trate assim.

_ Não, o Bento que eu conheci se foi há muito tempo. – ela garantiu, recolhendo os coletes espalhados pelo gramado – Você é um idiota, que casou com uma vagabunda. O Bento que eu conheci ligava para as coisas simples da vida, gostava de flores, acreditava nos sonhos.

_ Porque você não me lembra quem esse Bento era? – perguntou Bento, a pegando pelo braço. Ele virou-a para si, surpreendendo-a – Giane, você me amava quando éramos pequenos, você mesma disse. Você vê o melhor de mim, o melhor que eu fui. E pode me ajudar a voltar a ser.

_ Bento, já ouvi esse discurso. Mas você deu ele sobre você e a sua esposa. – ela se soltou dele – A propósito, você não devia estar com ela e seu filho? Ou descobriu que ele é do Maurício?

_ Giane, a sua irmã não é mais a pessoa que eu conheci. – ele garantiu – Eu vou dar uma família para o meu filho, vou ficar casado com ela. Mas eu não a amo, não a quero. Eu quero você.

_ Bento, me larga. – ela mandou, enquanto ele a puxava para junto de si – Eu não quero nada com você. Eu amo o Fabinho, você sabe disso.

_ Giane, ele não presta, nunca prestou. Você sabe disso. – Bento começou a segurar o rosto dela, que tentava se desvencilhar – Eu sou o cara certo para você, sempre fui. E você para mim. Você é minha melhor amiga, quer algo melhor do que isso?

_ Sim, que você me largue. – ela tentava se afastar – Eu não sou que nem a Mayara. Eu não vou ter um caso com você, não vou trair o Fabinho, e muito menos te ajudar a triar a sua esposa.

_ Giane, fica quieta. – ele pediu, puxando o rosto dela com força e colando seus lábios. Ela tentava se afastar, mas ele a segurava com força. Quando afinal conseguiu, ouviu o barulho de uma porta de carro batendo. Virou-se depressa, vendo o carro do namorado arrancando.

_ Fabinho. – ela gritou, saindo correndo – Fabinho.

Mas ele não ouvia, os sons externos encobertos pelos soluços que dava diante do volante. Soluços esses que saiam de Giane, enquanto o desespero tomava conta dela.


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Notas finais do capítulo

E ae? Querem me matar? Sim ou claro?
Quanto mais comentarem, mais rápido eu posto, cêis sabem hihi'
Beijos