Coração Congelado escrita por Callye Hiver


Capítulo 2
Para fora de Midgart




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Loki estava em uma casa abandonada - na verdade, Thor não sabia que ele estava em Midgard. Então, ele "morava" nessa tal casa abandonada -.

A ideia de sequestrar algum mortal para se divertir ainda estava em sua cabeça.

– Acho que hoje ia ter um evento de... sei lá o que pro Thor... - sorriu. - Vou aproveitar esse tal evento.

O deus se levantou da cama onde estava e saiu da casa - ninguém o viu, obviamente. A rua era sempre deserta. Transformou sua aparência na de alguém qualquer e andou até o centro de New York - onde seria o evento de homenagem para Thor.

Ao chegar lá, obviamente, tinham várias pessoas na praça. Thor estava em um tipo de palco feito para aquele evento. "Mortais" pensou. "Sempre fazendo o máximo pra puxar o saco dos heróis".

Seus olhos azuis deram uma olhada rápida pelo local - e pousaram por alguns segundos em uma garota. Ela tinha cabelos pretos tingidos, e ondulados até a altura do umbigo. A garota tirava algumas fotos.

Loki olhou novamente para o palco e um homem estava falando - sabe-se lá o que. Ele não estava prestando atenção. Só sabia que era alguma coisa por Thor tar salvado algo ou alguém - talvez um gatinho de cima de uma árvore. Esses mortais veneram seu irmão até por respirar na cidade deles.

Então, as pessoas aplaudiram, e Thor tomou o lugar do homem. Ele pôde ver Jane Foster em um canto, sorrindo. "Posso sequestra-la" pensou. "...Não, melhor não. Não quero sequestra-la". Enquanto Thor agradecia e falava mais alguma coisa, Loki percorreu os olhos pelo lugar de novo. "Perfeita."

– Ei, Thor, olhe aqui! - Ele gritou, se aproximando de alguém. Os olhos azuis de seu irmão o encontraram. - Aaah, você não se lembra do seu irmãozinho? - E riu, voltando a sua aparência natural.

– Loki! - O deus dos trovões arregalou os olhos. Não esperava - sequer sabia - que seu irmão estava lá.

– É - sorria. - Bom, eu decidi fazer um jogo com você. - Agarrou a garota ao seu lado, a fotógrafa. - Vou te dar dez dias para achar o planeta em que eu levarei ela.

– Loki, pare! - Ele segurava seu martelo, pronto para atira-lo no irmão, mas relutante.

– Aah, fique calmo, meu querido irmão - disse, em um leve tom zombeteiro. - Não farei nada com ela. Mas... nós precisamos de diversão, não é? - Riu.

– Loki, eu vou te achar.

– Não vale perguntar ao Heimdall! - Gritou. - Se fizer isso eu a matarei! - Era um blefe, obviamente. Mas ninguém precisava saber. - Até logo, meu querido irmão. - E teletransportou-se.

– Droga! - Thor bufou de raiva.

– Calma... - disse Jane, se aproximando. - Nós... nós podemos acha-lo. Além do mais, não tem como ele saber que perguntamos pra Heimdall.

– Não posso arriscar - respondeu. - Não posso arriscar perguntar para Heimdall, Jane. A vida daquela garota está nas minhas mãos.

...

Em algum planeta dos Nove Reinos, Loki e sua prisoneira de cabelos escuros estavam lá.

– Eu... onde estou? - Perguntou a garota, mas não parecia tão assustada quanto alguém ficaria no seu lugar.

– Você - riu o deus. - Você está no meu planeta, Jotunheim. - Deu um suspiro. - Infelizmente, Thor... destruiu meus familiares, os Gigantes de Gelo, a algum tempo. - Fez uma pausa. - Eu acho.

– Gigantes de Gelo... - sussurrou a garota, que até então, não havia sido soltada por Loki.

– Antes que eu me esqueça... - o deus usou sua magia para criar uma algema de gelo, que envolveu os pulsos da garota. - Para garantir que você não faça nada. - E, então, sentou-se no chão congelado.

A outra fez o mesmo.

– Por que você está fazendo isso, Loki?

Seus olhos azuis a encararam.

– Um deus também pode se divertir de vez em quando.

– Você vai me matar de verdade...? - Seus olhos castanhos fitavam os dele.

– Não - riu. - Estava assustando Thor. - Ele a fitou por alguns segundos. - Já não te vi antes? - Indagou. Ela era estranhamente familiar.

– Talvez não. Jornalistas não costumam ser lembradas... - ela deu um pequeno sorriso.

Mas, sem prestar muita atenção ao comentário, lembrou-se. No prédio em que estava poucos dias atrás, em que uma garota havia esbarrado nele... ela era aquela garota. Reconheceu seus olhos castanhos.

– Qual é seu nome? - Perguntou, enfim.

– Seleny... Seleny Grace.


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