Revenge! escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Bem, eu disse que em principio era quarta, mas consegui mais cedo, entao espero que gostem :DDDDD
E espero ter correspondido ás vossas expetativas
POV SCORPIUS
Acordei com o sol ainda escondido. Estava escuro no quarto, no entanto eu conseguia ver minimamente bem.
E melhor do que ver, eu sentia Rose nos meus braços, vestida com a minha camisa.
Sorri, com Rose adormecida no meu peito. Eu realmente amava-a.
– Scorpius! – Rose falou com tanta facilidade que eu achei que ela estava acordada. Apenas quando ela suspirou e enroscou-se melhor nos meus braços soube que ainda dormia. – Scorpius – repetiu.
Um sorriso enorme instalou-se na minha cara. A minha ruiva falava enquanto dormia e estava a sonhar comigo.
Ouvi Rose falar a dormir até que os raios de sol entrassem pelo quarto, no entanto nem tudo o que ouvi foi do meu agrado.
POV ROSE
Dizem que o que é bom dura pouco. Que a felicidade acaba! Que o sorriso na cara tem validade! Eu nunca acreditei, até agora…
Acordei com o sol a bater-me na cara. Memórias da noite anterior preencheram-me a cabeça e eu sorri. Abri os olhos e olhei para Scorpius.
Ele estava acordado, com um braço atras da cabeça e a olhar para o teto. No entanto, o sorriso que eu espera ver não apareceu, em vez disso, Scorp estava serio. Eu via raiva disfarçada nos seus olhos e nos seus lábios crispados.
– Bom dia – desejei receosa.
Ele não me respondeu.
– Está tudo bem, Scorp? – Sentei-me na cama e com o movimento dos lençóis pude ver que ele ainda estava de bóxeres.
– Sabias que falas a dormir? – Questionou ainda sem me olhar.
Aquela atitude estava a irritar-me. Quer dizer, eu super contente pela noite que tivemos e ele a achar que o teto é a coisa mais interessante para se olhar.
– Sim, a Sophie já me disse uma vez – informei. – Podes olhar para mim, por favor?
Ele obedeceu, mas eu preferia que ele não o tivesse feito. Scorpius olhou-me com raiva e por alguns segundos eu fiquei com medo depois apenas confusa.
– Quem é o pai da Sophie? – Perguntou com raiva.
Eu congelei.
– O-o q-qu-que? – Gaguejei.
– Quem-é-o-pai-da-Sophie? – Repetiu lentamente, mas com a mesma raiva na voz.
Ele sabia! Mas como é que ele sabia? Ah, claro, Rose, tu falas a dormir! Repreendi-me mentalmente por isso.
De repente, acordei do transe em que me encontrava e levantei-me, ficando de costas para ele. Ele imitou-me.
–Quem é Rose? – Insistiu.
– Não conheces – menti, mesmo sabendo que era desnecessário. Procurei pelas minhas calças e vesti-as.
– NÃO MINTAS – gritou. – QUEM É O PAI DELA?
Má jogada Scorpius. Ninguém grita com Rose Weasley, por mais que tenha razões para tal. Virei-me para ele e vi-o já vestido com as calças.
– TU QUERES MESMO QUE EU CONFIRME ALGO QUE TU JÁ SABES? – Perguntei irritada.
– QUERO!
– ÉS TU, SCORPIUS – informei. – TU ÉS O PAI DA SOPHIE!
Ele ficou a olhar para mim durante alguns segundos, o que mais pareceu uma eternidade.
– E TU NUNCA PENSASTE EM DIZER-ME?
– POR ACASO, PENSEI – informei. – MAS SABES O QUE TU FIZESTE?! TU INSULTASTE-ME E GARANTISTE QUE NÃO QUERIAS SABER!
Scorpius suspirou.
– Então era isso que tu me querias dizer naquela tarde? – Perguntou mais calmo. Acenei. – Tu devias ter insistido Rose. É A MINHA FILHA! – Boa, a raiva estava de volta! Revirei os olhos. – EU TINHA O DIREITO DE SABER!
– E EU TINHA O DEVER DE TE DIZER DEPOIS DE TU ME CHAMARES VADIA POR IR PARA A CAMA CONTIGO? – Perguntei incrédula.
– TU DEVIAS TER-MO DITO, WEASLEY! – Afirmou.
– E TU DEVIAS TER-ME OUVIDO EM VEZ DE ME INSULTARES, MALFOY – argumentei.
– E DEPOIS AINDA TIVESTE A LATA DE DIZERES QUE ME IA ARREPENDER – continuou ele como se eu não tivesse dito nada.
– E EU ESTAVA CERTA – afirmei. – OU NÃO?
–CLA… - Scorpius foi interrompido por batidas fortes na porta.
O que mais ia acontecer agora?
Irritado por ter sido interrompido, Scorpius abriu a porta. Lexi entrou no quarto de rompante, olhou para Scorpius e depois para mim. Quando os nossos olhares se cruzaram eu vi pânico nos dela.
– O que aconteceu? – Perguntei preocupada, esquecendo por completo a raiva que sentia á segundos atrás. – Lexi, fala comigo! – Ela não me respondeu. Alexia olhava para mim em pânico e depois para Scorpius, e de novo para mim. – FALA COMIGO!
– Lexi? – Chamou Scorpius, sem resposta. Parecia que Lexi estava incapaz de falar.
Senti uma dor no peito. E talvez seja instinto maternal ou outra coisa qualquer, mas olhei para as horas. 10 da manha! Por esta hora, Sophie já teria vindo ao meu quarto acordar-me!
– Lexi? – Agarrei-lhe os ombros. – Onde está a Sophie?
Scorpius arregalou os olhos e olhou para o relógio, claramente a seguir o meu raciocínio.
–El-ela – gaguejou Lexi. Depois suspirou. – A Alison apareceu hoje de manha e nós deixamo-la dar o pequeno-almoço a Sophie – informou. – Mas quando voltamos á cozinha, elas tinham desaparecido!
Sem me importar por estar vestida com a camisa de Scorpius, sai do quarto e corri até á cozinha, onde sabia que estaria o meu tio Harry. Aparentemente, Scorpius também não se importou em estar sem camisola, pois seguiu-me junto com Lexi.
Entrei na cozinha e a primeira coisa que vi foi a minha mãe a chorar agarrada a Draco. Todos olharam para mim quando me viram. Eu sabia que eles esperavam uma reação parecida com a de Hermione, no entanto eu apenas via ódio á minha frente!
Odio pela Alison! Odio pela Parker! Odio por saber que elas estavam a tramar alguma e não ter impedido! Odio por me terem afastado da minha filha!
Um odio que eu sabia refletir-se nos meus olhos!
– Ponto da situação? – Dirigi-me para Harry que estava em pé, ao lado de Albus.
Ele olhou para mim surpreso.
– Ela deixou isto – entregou-me um envelope com o meu nome escrito.
Abri o envelope e li.
“ Eu avisei que tínhamos assuntos a tratar Weasley!
Não te preocupes, a tua filha está segura, por enquanto. Espera pelas minhas instruções.”
Três frases eram o suficiente para eu sentir o meu coração apertado. Uma lágrima solitária caiu do meu olho e eu não me importei em limpa-la.
– E então? – Perguntou Luke, preocupado.
Olhei para ele.
– Quando eu a encontrar, vai haver uma campa a mais no cemitério! – Afirmei com raiva. – Não me importa de quem seja! Ela quer vingar-se?! Tudo bem, mas eu também tenho alguns assuntos a resolver com ela – disse. – E vocês podem apostar, só uma de nós vai sair viva!
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E entao???