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Capítulo 2
Proteção - capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Bella's here e-e
Então, nós demoramos porque eu não podia escrever muito, e esse capítulo arrancou muitas risadas de nós, esperamos que faça isso com vocês também (but no), então, esperamos que gostem c:



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POV Olivia:

Meu coração disparou. Ele não deveria ter me seguido, afinal, eu pedi para ficar sozinha. Ah, como eu odeio quando ele faz isso!

– Eu não sou sua propriedade, Brian. – murmurei – Não posso fazer as coisas que você quer, na maior parte das vezes...

Acho que fui um pouco grossa, mas eu não ligo. Por que ele quer ser tão machinho, mostrando que é mais forte, mostrando que pode me dominar? Eu não sou assim, e ele sabe disso, sempre soube. Agora, por que isso?

Ele segurou meu antebraço com força, e eu tentei me desvencilhar dele. Sentia que algo não daria certo se ele continuasse me segurando, mas o que eu podia fazer, não é? Eu vim com ele, não podia ir embora mais cedo, e não podia ficar mais tempo, esperando até que eu pudesse, finalmente, me livrar dele, porque ele já tinha comprado as passagens.

Shut up! – ele sussurrou para mim – Nós estamos aqui juntos, faremos os passeios juntos.

Tentei me desvencilhar, mas ele é mais forte do que eu, e eu não quero arranjar confusão no nosso primeiro dia. Ele continuou me arrastando para o quarto, e eu tremia, com medo do que viria, porque já que eu não fazia sexo com ele havia algum tempo, imaginei que ele talvez quisesse ser recompensado.

Eu não quero mais ficar aqui. Nada mais faz sentido, quero desaparecer.

– Ok. - sussurrei para Brian.

Subimos no elevador em total silêncio.

“Quando chegarmos lá em cima, eu vou pegar meu biquíni azul e sair o mais rápido que puder.”, pensei.

Brian parecia pensativo e eu não pude evitar dizer o que estava na minha cabeça há semanas:

– Por que você insistiu tanto nessa maldita viagem? – o encarei com amargura.

– Eu não queria a gente brigando o tempo todo. Eu não queria que todo mundo pensasse que eu não estava dando conta de você.

A porta do elevador abriu e eu sai. Sai mais rápido do que deveria. Mas antes, me viro por alguns instantes e digo:

– Eles não estariam errados se pensassem assim.

°°

Eu não acho a droga do meu biquíni na mala e Cassidy acaba de entrar no quarto. Minha cabeça está um caos, minhas mãos suam e meu coração está saindo pela boca. Não consigo me concentrar e sentir Brian logo atrás de mim não ajuda nem um pouco.

Estou com vontade de chorar. Vontade de desabar e começar a gritar aqui mesmo, mas não posso. Não com ele aqui. Odeio parecer fraca. Achei. Ele estava escondido com algumas das minhas toalhas de banho. Eu devo tê-lo colocado por engano ali. Sinto o olhar dele sobre mim quando entro no banheiro.

Eu sei que ele está com muita raiva. Eu sei que joguei baixo falando aquilo no elevador, mas a verdade sempre acaba aparecendo não é? Tranco a porta e coloco o biquíni no cabide. Não que eu também não esteja muito triste por estarmos dessa forma, mas sinceramente? Eu sempre fui o tipo de pessoa que espera o pior, nunca foi nenhuma novidade alguém me magoar.

Minha mãe me machucava todas as noites que bebia, meus namorados sempre tinham algo de errado e bom, o único homem que consegui amar na minha vida toda foi embora sem nem dizer adeus. Eu tenho uma longa lista de decepções, acredite. Tiro minha camisa de algodão sem desabotoar e quase fico com minha cabeça presa. Mas eu estou com pressa, preciso sair logo daqui.

Passo a mão pelo fecho do meu sutiã e o tiro, enquanto luto internamente para não chorar. Todo o tempo que perdi me dedicando para que dessa vez tudo ficasse bem, todas as horas desperdiçadas. Eu me sinto tão mal, com tanta raiva. Desabotôo a calça ainda mais rápido e tiro minha calcinha preta de seda.

Coloco o biquíni azul e enrolo a toalha no corpo. Logo depois dobro as peças que deixei espalhadas pelo chão e saio do banheiro. Brian está parado na porta.

– Aonde você pensa que vai? – ele cruza os braços e me mede da cabeça aos pés. Sinto ainda mais vontade de chorar, e também dar um belo tapa na cara dele.

Não faço nenhum dos dois.

– O que parece? – pergunto sem esperar nenhuma resposta, apenas saio de lá o mais rápido que posso.

POV Elliot:

Eu não gosto desse hotel. É um lugar muito sofisticado e eu não consigo me sentir confortável. Mas o Edu adora. Ele “mora” nesse lugar praticamente, todas as suas namoradas são daqui. Já tive que passar longas madrugadas tomando cerveja no bar enquanto ele estava lá em cima, no quarto de alguma garota. A vítima da vez é uma tal de Helena, ele a conheceu noite passada e marcaram de se encontrar agora, na hora do almoço, perto da piscina e não pergunte o porquê, nem eu sei.

Como sempre, vim segurar uma vela. Algumas coisas nunca mudam.

– Elliot, olha ela ali. – Edu aponta na direção das espreguiçadeiras e sorri.

– Vai lá, cara. Eu vou ali pegar uma bebida.

Ele concorda e vai em direção a sua “presa”, como ele diria. Caminho até o bar olhando para o chão rústico que cobre as voltas da piscina. Às vezes eu presto atenção em coisas insignificantes, talvez seja uma sequela do tempos de detetive. Estou tão distraído que nem percebo a mulher vindo em minha direção e acabo derrubando toda a bebida que ela levava nas mãos. Nós dois acabamos ensopados.

– Me desculpe... – e é aí que eu levando o olhar e a vejo.

POV Olivia:

Eu estava agora mesmo imaginando se essa viagem podia ficar pior, pois bem, ela acaba de ficar.

Elliot? – eu não consigo assimilar o que vejo.

Ele nem parece o homem que conheci. Está mais velho, com a barba por fazer e ainda mais calvo, se é que é possível. Suas roupas me dizem que ele não está aqui a turismo, ao contrário de mim. Mas seus olhos não mudaram nem um pouquinho e eu já estou completamente perdida na imensidão deles.

– O que você está fazendo aqui em Londres? – Elliot me encara e minhas pernas tremem. Faz tanto tempo que não sinto isso. - Eu... Turismo. – eu tusso – Estou aqui a passeio. E você?

Ele sorri. A droga do sorriso mais lindo que já existiu.

– Eu moro aqui agora. Bom, não nesse hotel, mas nessa cidade.

Eu queria me sentar em alguma mesa daquele bar e dizer tudo o que anda acontecendo comigo. Eu queria dar-lhe um belo tapa na cara por ter ido embora do jeito que foi. Eu queria beijá-lo e me perder no corpo dele. Eu queria saber por que ele veio pra cá. Eu queria muitas coisas, mas não podia falar.

– Eu preciso ir... Meu marido me espera. – eu não sabia o que dizer, só precisava me afastar ou perderia todo meu autocontrole. Ele se esforçou para não parecer surpreso. Não deu certo.

– Ah, claro! Tudo bem, eu também preciso ir.

Nos olhamos por alguns segundos. Meu coração parece uma montanha russa. Preciso me concentrar em sair logo dali.

– A gente se vê por aí. – ele diz se afastando.

Por aí. – repito a mim mesma.

POV Brian:

Não pude acreditar no que meus olhos viam. Olivia estava flertando com outro homem, quando deveria estar na cama comigo. Quis agarrá-la pelo braço e levá-la a força para nosso quarto. Para que eu pudesse mostrar minha posse sobre ela, queria mostrar-lhe que, sim, ela é minha, e que eu não dou a mínima se ela não me quer na hora, ela vai ter que.

Apressei-me e segurei-a pelo braço. Ela saltou, e, lentamente, se virou.

POV Olivia:

O braço em meu ombro assustou-me completamente. Saltei, virando-me lentamente. E foi quando vi Brian. Ele tinha aquele olhar assassino nos olhos, aquele olhar de raiva e posse. Quis correr dele, quis me refugiar nos braços de Elliot, quis me salvar dele. Eu tinha medo dele, sinceramente. Virei-me para trás, procurando Elliot com os olhos.

Tive medo que ele tivesse ido embora deixando-me a sós com ele, naquele estado avançado de raiva. Por favor, El, esteja aqui... E foi quando eu o vi, rindo e falando com um outro homem, bebericando uma cerveja long-neck, olhando para várias mulheres dali.

Puxei meu braço, desvencilhando-me de Brian - o que foi mais fácil, já que ele se distraíra - e corri em sua direção, abraçando-o com toda a força, mesclando o suor de meu rosto com as minhas lágrimas que escorriam. Ele retribuiu meu abraço, meio receoso, enquanto eu sussurrava agradecimentos em seu ouvido. Brian arranhou-me nas costas, segurando-me pelos braços. Agarrei-me com mais força a Elliot, que pôs-me atrás dele, defendendo-me de Brian.

POV Elliot:

Não pude acreditar quando Olivia me abraçou e chorou em meus ombros. Menos ainda quando Brian apareceu para tirá-la de mim.

– Vamos, Stabler, pelos velhos tempos. - ele sorriu malicioso - Dê-me Olivia!

Eu rosnei, segurando-a pelo antebraço, atrás de mim. Brian ameaçou puxá-la de mim, mas eu a lancei para Edu e dei um passo a frente.

– Não se atreva a chegar perto dela, me ouviu bem? - indaguei, respirando próximo ao ouvido dele - Não quero ouvir uma queixa dela sobre você, seu canalha de bosta.

E, depois, deferi um soco no nariz dele, que começou a sangrar automaticamente.

POV Olivia:

Meus olhos se arregalaram rapidamente. Como podia isso? Elliot ficou de prontidão, e Brian caminhou até a saída, meio contrariado, mas foi. O amigo de Elliot lançou-me um olhar malicioso, e eu tentei me afastar, contudo, ele segurou minha cintura com força.

El... - chamei. Ele se virou para mim, com uma expressão triste no rosto.

Talvez por sentir que eu mentira para ele.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Tentaremos atualizar mais rápido, assim como esperamos atualizar Tessons D'une Ville, não é mesmo, senhorita Carol? u.u Reviews!