Mudanças escrita por Thay


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Nesse até que eu não demorei muito, mas não garanto isso no próximo. Espero que gostem.
Boa leitura!



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POV Arnold On

Cá estou eu em minha cela escura, deitado em um colchonete, com minhas pernas dobradas e fitando o teto, é entediante e frustrante estar aqui, se eu não tivesse sido tão idiota, se eu tivesse batido o pé e dito a ela que não nada disso teria acontecido, mas eu querendo ser um bom marido atendi as súplicas da minha amada, ela queria ver Claire e eu decidi que a menina faria parte da nossa família e em parte isso já era verdade dando em vista de que ela é minha sobrinha a mudança seria na nomenclatura em vez de me chamar de tio me chamaria de pai... E eu estava crente de que estava 3 passos a frente de meu irmão como estive em todos os momentos, mas infelizmente nessa jogada eu dei dois passos pra trás e agora só me resta suspirar com as lembranças de ter tido Pepper ao meu lado, ela me pertence e deixamos uma prova do nosso amor para o mundo inteiro ver.

– Theo, meu pequenino.- é inevitável o sorriso em meu rosto quando me lembro do meu filho. Isso é incrível eu que não pensei em ter filhos agora tenho dois o mais velho foi um erro, uma noite desolado e descontando meu infortúnio na bebedeira e ao lado de Louise me fez cometer um erro não o desprezo sei o que é ser desprezado, mas é claro que entre Michael e Theodore eu prefiro o Theo, mais uma vez o sorriso me vem ao rosto, fecho meus olhos e mais uma vez me pego vivendo a minha felicidade.

Flashback on

Eu já não aguentava mais de saudades da minha amada ruiva desde a confusão que houve no dia em que eu me declarei pra ela que eu não a vejo, graças a intervenção de meu irmão, Tony, um ódio já existente cresceu ainda mais dentro de mim e eu passei a planejar dia e noite como a teria de volta. Foi com muita demora, mas finalmente chegou o dia em que eu teria em meus braços, tudo foi planejado com uma demasiada meticulosidade e eu pude colocar meu plano em prática.

Eu sei que apenas Tony mexe no carro dela e por isso semanas antes do ataque eu forjei uma leve batida de trânsito tudo não passou de um encostão no para-choque e a pessoa contratada para o serviço implorou para Pepper não chamar os agentes de trânsito inventando uma história de que já estava com muitos problemas e se anotassem mais um teria sua carteira suspensa, vendo que não tinha necessidade pra tanto e sendo convencida a levar o carro na oficina para consertar o pequeno estrago, Pepper, o acompanhou e esperou a checagem de seu carro e foi ali que ele foi modificado, eu mesmo construí as bombas de gás e a que veio explodir, sem muita demora o "conserto" foi feito e escondido eu a vi partir sabendo que ela não contaria para Tony pois se tem uma coisa que ela não gosta é de preocupá-lo em vão.

Invadir o sistema de segurança da Stark era complicado, mas passei tempo demais estudando todo o prédio, a segurança era quase perfeita, mas tinha uma falha e foi essa que usei para poder modificar as imagens e posições das câmeras e monitorar tudo e todos que andavam no prédio. A parte final do plano foi a mais simples, conseguir o corpo de uma mendiga que morreu asfixiada por monóxido de carbono e que tinha uma descrição física que batia com Pepper foi fácil e comprar o médico legista que faria a necrópsia foi mais fácil ainda, o universo estava a meu favor e só tive de esperar pela a data emblemática, afinal, aquele aniversário de casamento não simbolizava o de Tony e Pepper, mas sim o meu e dela. Eu apreciei o sofrimento do meu irmão enquanto esperava pacientemente pelo despertar dela, quando ela finalmente acordou meu coração aqueceu e meu sorriso foi de uma orelha a outra.

– Arno?- sua voz estava fraca, mas era uma voz tão doce.- Onde eu estou? Cadê meu marido e minha filha?
– Nada mais nos separa, meu amor. Agora você é só minha.- ela cambaleou ao se levantar e quando tentou correr caiu, pacientemente eu a levantei a coloquei em meus braços e a trouxe de volta pra cama.- Você ainda está fraca, acho que exagerei no gás, descanse depois nós conversamos, querida.- ela parecia estar assustada, mas voltou a cair em seu sono e só acordou horas depois.
– Tony!- ela gritou. Por que gritar por ele? Me decepcionei ao ouvir tal nome, mas não me abalei.
– Tony, não está aqui, amor.
– E onde ele está? Onde está minha filha? Onde eu estou?
– Você está morta.- eu joguei o jornal em cima da cama e Pepper ficou transtornada ao ler a matéria.
– O que você fez, Arno?!- eu pensei bem, ri e me aproximei dela.
– É uma longa história, amor.
– Eu quero ir embora! Quero que você me leve de volta e que desfaça essa mentirada toda!
– Sinto muito, amor, mas isso eu não posso fazer. Não vou deixar você voltar pros braços do meu irmão...
– O quê?! Arno, você não está bem, você tem que se tratar...- me tratar? Acho que o gás realmente a afetou.- Você não tem irmão, é só você e seu pai, Charlie, lembra?
– Ai, ai, lá vamos nós.
– O único lugar que quero ir é pra casa.
– Aqui é sua casa.
– Aqui não é minha casa seu psicopata!
– É sua casa sim e eu não sou um psicopata! Tenho que te contar umas coisinhas.
– Eu não quero saber de nada! Eu só quero ir pra casa, quero ver os meus pais, o meu irmão, a minha filha e o meu marido!
– ELE NÃO É SEU MARIDO!- eu me exaltei quando dei por mim estava em cima dela, pisquei por alguns segundos, respirei fundo, voltei a mim e me afastei dela.- Desculpe, foi o ciúme. Eu detesto quando você endeusa o meu irmão...
– Que irmão?! Seu doente, Tony, é filho único assim como você!
– Amor, você tem que parar de me chamar assim.
– Eu não sou seu amor!- ela começou a chorar e confesso que não soube o que fazer.- Eu quero ir embora, quero a minha família.- ela esperneou e gritou até só sobrar os sussurros.
– Eu não sou quem você pensa, querida. Meu nome é Arnold Stark sou irmão mais novo de Tony.- ela levantou a cabeça que estava apoiada em seus joelhos e me encarou com os seus olhos cheios de lágrimas e descrença.- Ele não te contou sobre isso, né? Você nunca soube que o casal Stark tiveram outro filho e que ele morreu algumas horas depois de nascer?
– Não.
– Pois então esse suposto bebê que morreu sou eu. Graças a um dos muitos casos do meu pai eu vivi sem saber o que era ter uma família, quando eu nasci uma ex-psicótica que foi desprezada por ele e que trabalhava no hospital me trocou com outro bebê e quase todo mundo achou que eu tinha morrido exceto, Obadiah, ele descobriu isso e quando disse ao Howard ele falou que não queria um filho tão cheio de doenças pra cuidar. Quem quer um filho com uma rara condição cardíaca e pulmonar, fora a possibilidade de eu precisar de um exoesqueleto para me mover? Ninguém, não é mesmo?! Pra quê um filho assim se você tem um jovem prodígio tão saudável e que pode dar continuidade a um legado. Howard preferiu me ver nos braços de uma louca ao me aceitar, mas tudo bem aqui se faz aqui se paga, uma prova disso foi ele ter morrido de forma tão trágica naquele acidente de carro.
– Isso tudo é mentira. Você é um mentiroso igual ao Stane. Tony, nunca teve um irmão e se isso tivesse acontecido Howard não ia deixar isso te acontecer...
– Não é mentira e posso provar. Quanto a Howard ele só se importava com a imagem e a que lhe desse mais audiência era perfeita.
– Maria não ia deixar.
– Ela nem soube, morreu achando que eu tinha morrido após nascer... a única morte que eu lamento é a dela. Eu cresci rodeado de médicos, sendo submetido a transplantes e baterias intermináveis de exames. O coração que eu mandei para o Tony era um que foi transplantado, mas que não serviu pra mim.
– Que coração?
– Hum... ele não contou. Foi uma brincadeira eu queria deixar ele ciente de que alguém estava por perto então mandei pra ele esse coração e insinuei que era seu, eu não sei se era teatro ou se ele realmente se importou o fato é que ele ficou louco te procurando... pensando bem acho que era culpa já que ele tinha te humilhado na frente de todos e dito que você estava grávida. Eu brinquei com ele por um tempo até que te conheci e você fez todos os meus planos mudarem. Me apaixonei por você, Virginia.- eu tentei uma aproximação, mas ela se esquivou.
– A prova! Me dê uma prova de que isso é verdade.- eu revirei os olhos. Será que contar essa história não basta? Mas tudo bem se ela quer uma prova eu lhe darei uma prova.
– Venha, eu vou te mostrar.- estendi minha mão e hesitante ela se colocou de pé não pegou em minha mão, mas me acompanhou até meu laboratório. Peguei uma caixa empoeirada que estava na estante e a coloquei em cima de uma mesa, procurei, algodão, álcool, agulha, seringa e quando achei me sentei em uma cadeira, amarrei um garrote no meu braço esquerdo e com o auxílio da mão direita tirei um pouco do meu próprio sangue.- Pode abrir a caixa.
– O que você está fazendo?
– Sempre tão curiosa... vou te mostrar.- coloquei o sangue na maquina e quando ficou o soro joguei o DNA no sistema.- Esse DNA que você está vendo é meu, mas esse daqui...- eu hackeei o terminal da antiga SHIELD e puxei dados de todos que ali trabalhavam incluindo o de Tony.- Esse daqui é o de Tony.- a foto dele estava estampada assim como todas informações como data de nascimento, cor do cabelo e dos olhos e etc. Pedi a análise e esperei o resultado que veio minutos depois.
– Vocês são irmãos.- a mão dela tapava boca e seus olhos correram para a caixa, ela a abriu e tirou alguns recortes de jornais velhos que falavam sobre minha "morte", sobre meus pais, alguns que falavam sobre Tony e depois achou o amontoado de papéis que falavam sobre meu estado de saúde e dos vários transplantes que fiz.
– Convencida?- ela não me respondeu.- O que acha de comermos um pouco? Já está tarde passa das 20:00 da noite e nenhum de nós comeu até agora.
– Arno, você é meu cunhado, é tio da minha filha... me leve pra casa por favor eu imploro.
– Eu lutei por você e agora te tenho aqui e parentesco nenhum vai me fazer mudar isso.- ela caiu em prantos. Sou um cara paciente, mas não gosto de muito lamúria.- Cala a boca!- meu grito foi bastante alto e ecoou pela sala, ela me olhou com medo eu respirei fundo e me acalmei.- Venha, vamos comer.
– Não quero comer, quero ir embora daqui!- eu a levantei bruscamente e a levei pra sala de jantar onde a comida já estava posta e esperando por nós.

Enquanto eu comia e bebia muitas taças de vinho ela fitava o prato, não tocou na comida e também não me disse uma palavra sequer foi um clima ruim para o nosso primeiro jantar depois de casados, mas sei que daqui a pouco serei recompensado. Quando terminei me coloquei de pé e a fiz ficar de pé também e vendo-a tão linda eu não resisti e a beijei, ela lutou, confesso que gostei, eu a agarrei com mais força e a prensei contra uma das paredes, ela murmurava algumas palavras, mas eu não entendia e nem estava querendo entender, rasguei a blusa que ela vestia e sorri com o que vi, ela tentou me chutar como da outra vez, mas fui esperto e a prendi ao meu redor, enquanto uma das minhas mãos prendiam as mãos dela acima da cabeça a outra apertou seus seios... Preciso dessa mulher! Aos tropeços e tentativas de empurrões eu a levei de volta para o nosso quarto, a derrubei na cama e caí por cima dela, muita coisa depois disso é um borrão, mas quando acordei pela manhã eu estava nu e ela estava encolhida sentada na poltrona e sorri comigo mesmo, sim, ela era minha.

A primeira noite continuou sendo um borrão, mas as seguintes, ah, as seguintes eu me lembro de cada detalhe.... E como se não bastasse a felicidade de tê-la e de fazê-la minha semanas depois ela começou a ficar estranha e foi quando me disse que estava grávida, eu não consegui caber em mim de tanta felicidade, eu a abracei e a beijei e tive a certeza de que ela era mulher da minha vida e que finalmente teria minha família.

Flashback Off

A luz da minha cela foi acesa eu arqueei a sobrancelha pois raramente isso acontece, eu virei minha cabeça para esquerda e vi que a barreira de vidro escuro que me impedia de passar estava clareando, ouvi um apitar as grades feitas por lasers cortantes foram desfeitas o vidro estava totalmente claro e foi quando vi meu irmão.

POV Arnold Off

Tony entrou furioso, o pegou pelo pescoço e o colocou contra a parede, ele bufava de raiva, suas mãos apertavam o pescoço dele os olhos dele já estavam começando a ficar vermelho assim como o seu rosto.

– Vai me matar?- perguntou com a voz rouca. Tony apertou ainda mais seu pescoço e aproximou seu rosto do ouvido dele.
– É bom estar do outro lado não é, Arno? Você faz ideia do que fez com ela?- ele bateu a cabeça de Arno contra a parede e em seguida o jogou para o outro lado de sua cela, ele tossiu recuperando o ar enquanto Tony tremia de raiva.
– Eu posso ter uma concussão.
– Concussão é a última coisa na qual você deve se preocupar.- sem querer saber de alguma coisa, Tony o chutou na barriga e Arno urrou com o golpe ele deu uma sequência de chutes que pegava em todo o corpo de seu irmão.- Vamos, Arno, levante! Faça comigo o que você fez com ela!- os golpes o deixaram desnorteado e Tony lhe aplicou uma sequência de socos.- Ela não tinha nada a ver com essa rixa que você tem comigo.
– É verdade, mas aí eu a conheci e mais do que a sua queda eu queria sua mulher e veja só ela é minha.- ele riu e recebeu outro chute.- Você sempre teve aquilo que eu não tinha. Família, saúde, reconhecimento, independência. E eu era o quê? Um nada, um deformado que foi desprezado pelo pai...
– Meu pai chorou a sua morte! Meu pai fez de tudo pra te manter vivo. Eu me lembro de ouvir que você teria problemas pulmonares e cardíacos os médicos sugeriram que minha mãe abortasse pois quando você nascesse não aguentaria muito mais que um mês, mas meus pais não aceitaram isso, ele disse que criaria algo que te ajudasse e ele fez, não era muita coisa comparado com o que se pode fazer agora, mas a sua estimativa de vida subiu de um mês para 6 meses ou talvez 1 ano e isso daria mais tempo para ele criar algo mais sólido, mas aí ele recebeu a notícia de que você tinha morrido e ele doou a máquina para um instituto de pesquisa para doenças iguais a essa que você teve! Você, Arno, é um doente que foi enganado.
– Enganado? Obadiah me ajudou. Por anos eu fui uma pessoa muito doente. Sabe o que é viver por um fio todos os dias, Anthony? Sabe o que é querer ter uma vida normal e não poder? Eu desejei ser você ou pelo menos ter a tua saúde no resto eu me virava, mas Obadiah tinha razão eu tinha que tomar tudo o que era seu por que era meu de direito! Por que eu merecia uma chance também!
– Ele só tava te usando seu babaca! Ele ia te matar depois que conseguisse o que queria assim como ele tentou matar a mim e a Pepper quando nós descobrimos sobre os planos dele, não se sinta especial só por que Obadiah "cuidou" de você por que pra ele você era um mero fantoche.
– Você acha mesmo que eu não sabia o plano dele? Que eu não sabia que ele queria a Stark pra ele? Eu sabia sim e sinceramente eu pretendia entregá-la a ele lógico que por uma determinada quantia... Isso é um jogo meu caro irmão onde Obadiah acreditava que estava 2 passos a minha frente quando na verdade ele estava 5 atrás. Eu herdei tudo o que era dele, eu planejei o que fazer e entrei na sua vida e quando entrei vi que você não merecia nada disso. Me diga, o que você fez pra merecer?! Sobreviver a um sequestro? Eu vivi e sobrevivi a tantas coisas e nem por isso alguém olhou pra mim!
– Você deveria ter me procurado! Ter dito que era meu irmão, ter dito a verdade eu não tenho culpa pelo o que lhe aconteceu assim como minha mulher....
– MINHA! Pepper é minha mulher! É minha família assim como Theo é nosso filho.- Tony fraquejou, o murro que ele ia dar em Arno perdeu a força, ele baixou a mão lentamente atordoado pelo o que ouviu.- Que foi, irmão, se esqueceu? Se esqueceu que eu a amei todos os dias em que ela esteve comigo e que ainda conseguimos ter um filho?
– Seu desgraçado!- Tony recuperou a sua estabilidade e não poupou esforços para socá-lo, um soco atrás do outro sem parar era essa a sequência, o sangue de Arno sujava os punhos inchados de Tony que iria matá-lo, mas foi puxado por Bruce e Coulson.
– Tony, pare, você vai matá-lo!- Bruce o segurou e Coulson foi verificar se Arno ainda estava consciente.
– É o que eu quero! Não me impeça, Banner!- ele tentou ir pra cima de Arno novamente, mas além de Bruce, Coulson também o segurava.
– Tente se aclamar, Stark.
– Me acalmar?! Você não sabe o que ele fez!
– Ele tá nervosinho por que eu tenho um filho com a Pepper...
– Cala a boca!- gritaram os três homens.
– Você não merece ela, Tony, não merece ninguém.- Arno cuspiu o sangue e com a manga da camisa limpou o nariz que mais parecia um chafariz de tanto sangue que jorrava.- Claire, Marta, Rhodes, esses dois aí, Pepper, você não merece nenhum deles... Sabe quantas vezes eu entrei naquela sala e a vi cabisbaixa por sua causa? E mesmo estando com mil e um pensamentos ela sorria e dizia: " Oi, Arno, vamos trabalhar." Faz ideia das vezes em que ela tentava mergulhar no trabalho, mas o pensamento na sua pouca lucidez a impedia? E quando eu perguntava ela me respondia que não era nada demais, mas depois de todos os problemas das empresas resolvidos, de mais um dia de trabalho ter chego ao fim e de ter que ir pra casa ela me dizia o que a deixava tão aflita " Tony, está ficando louco e eu não sei o que fazer pra ter meu marido de volta." E enquanto eu conversava com ela eu me perguntava: " Por que você é tão importante pra ela, já que pra você nem ela e nem ninguém tem tanta importância assim? "
– Você não sabe de nada, Arno!
– Eu não sei?! Você sabia que ela teve pneumonia durante aquele tempo em que ela ficou na Georgia? Quantas vezes você esteve por ela, Tony? Quantas vezes você estendeu a mão pra ela ou deixou ela encostar a cabeça em seu ombro pra chorar? Você já parou pra ouvir? Você é como uma caçamba de lixo e ela um terreno baldio onde você despeja toda a sua sujeira e vai embora quando se sente mais limpo ou vazio e quando você se enche de sujeira de novo você vai lá e despeja tudo outra vez. Me chame de maníaco, psicopata, do que quiser, mas eu a conheço melhor do que você e eu a amo mais do que você diz amar. Você sabe disso, o mundo inteiro agora sabe disso por que eu e ela temos uma ligação que você nunca vai poder apagar.- Tony estava enraivecido e agindo por impulso fez algo arriscado, pegou a arma que estava no coldre de Coulson e descarregou o pente em Arno, o barulho dos tiros deixou todos um pouco atordoados, mas quando o zumbido passou Coulson e Banner foram verificar o pulso de um homem que dava seus últimos suspiros.
– Ele era seu irmão, Tony.- Banner falou ao constatar a falta de pulso de um homem que morreu com um sorriso em seus lábios.
– Meu irmão morreu horas depois que nasceu.- Tony travou a arma a jogou no chão e saiu dali sendo seguido por Bruce.
– Você não acreditou, não é?
– Em quê? Nessa história fantasiosa de que Theo é filho é dele? Não, eu não acreditei, Bruce.- os dois caminharam lentamente e em silêncio, pelo o caminho foi possível ver agentes passando por eles indo para onde eles tinham saído, os dois acabaram chegando na sala vazia de Coulson que em poucos segundos também foi preenchida por ele.
– Se sente melhor agora?- a pergunta feita pelo o novo diretor da SHIELD não foi respondida, Tony tomou um gole de uma bebida que tinha no bar da sala e apenas o encarou.- Você sabe que o que fez não seria possível se nós não tivéssemos neutralizado o extrimes dele, não sabe?
– Ele tinha o extrimes no corpo? Essa é nova.
– Você não precisava ter feito isso.
– Precisava sim. Você acha que eu ia deixar ele vivo depois de tudo o que ele fez? Ele podia ter me procurado, Phil. Ele podia ter me dito toda essa história e ter me provado que era meu irmão e nós dois iríamos tomar conta do que meu pai deixou, ele podia ter feito parte da minha família, podia ter sido o irmão, o cunhado, o tio, o amigo, mas ele não quis, preferiu ficar com esse pensamento doentio onde eu e ele somos inimigos mortais e eu sou o culpado por tudo o que de ruim já lhe aconteceu.
– Ele tem um filho, Tony.
– Vai me dizer que você acreditou que ele é o pai do Theo.
– Não, Tony, ele é pai de um menino chamado Michael esse menino é filho dele com uma mulher chamada Louise.
– Por que tá me dizendo isso?
– Achei que deveria saber.
– O que eu deveria saber era que ele estava vivo... Quer saber não importa mais.- ele deixou a sala pensativo por mais que se negasse a aceitar uma parte de sua mente o mostrava que a possibilidade de Theo ser filho de Arno era maior do que ser filho dele, todas as vezes que esse pensamento tomava forma ele chacoalhava a cabeça e tentava pensar em outra coisa, mas isso estava o corroendo por dentro e todo o voo de volta pra casa foi com ele tendo um embate onde uma parte dele acreditava que Theo era seu filho e a outra de que o menino era filho de Arno.
– Tony, como foi?- a voz de Rhodes dentro da oficina o tirou de seu transe, mas não abafou seus pensamentos, ele tirou a armadura e se aproximou do amigo.
– Eu o matei.- o silêncio foi cruel e Rhodes esperou que ele quebrasse.- Rhodey, sei que você foi um bom amigo em me esperar, mas...
– Quer ficar sozinho.- Tony assentiu.- Tudo bem, mas se precisar é só ligar.- Tony sorriu em agradecimento e Rhodes se foi o deixando sozinho com os seus pensamentos novamente.
– Ela não mentiria pra mim... Mentiria?- ele se perguntou ao se sentar no sofá.- Não, ele é meu filho todos dizem que ele se parece comigo e tem os olhos castanhos, Arno não tem os olhos castanho tem os olhos azuis acinzentados... É! É, isso Theo é meu filho e não tem o que discutir.- com esse pensamento Tony subiu as escadas, não quis saber de banho ou de comida só tirou sua camisa e a calça e se juntou a Pepper, seus braços a rodearam seus lábios lhe plantaram um beijo na nuca e com promessas de que nunca mais a deixaria desprotegida ele adormeceu.

Na manhã seguinte quando ele acordou deu por falta dela em sua cama, assim que lavou o rosto e escovou os dentes ele foi procurá-la e a achou dentro do quarto amamentando o menino seu primeiro reflexo ao ver a cena foi sorrir, mas seus pensamentos sombrios lhe tiraram o sorriso do rosto e ele saiu do quarto antes que Pepper notasse sua presença, desceu as pressas para a oficina e durante todo o dia ele evitou ver ou saber de alguma coisa sobre menino e os dias que se seguiram também foram assim, mesmo não querendo reconhecer Tony se deixou ser mordido pelo o bichinho da desconfiança e contestar a paternidade de Theo era um pensamento cada vez mais presente na cabeça de Tony.


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Notas finais do capítulo

E então gente? Será que tem fundamento isso ou é só piração da cabeça do Tony?