Mudanças escrita por Thay


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Mais uma recomendação! Obrigado Alexalzidoro. Eu sei vocês tão fula com Tony e ele merece, mas não seria Tony Stark se não desse uma vacilada. Bom vou deixar vocês lerem.
Bjs



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No dia seguinte Tony se acordou no sofá da mansão com uma intensa dor de cabeça e nenhuma lembrança da noite passada ao olhar a hora constatou que nem Pepper e nem Claire estariam em casa, ele então subiu tomou uma rápida ducha e depois se enfiou novamente na oficina o resto da semana se seguiu assim ele bebia, acordava sóbrio, trabalhava e voltava a beber, ele estava em um raro momento de sobriedade em sua oficina quando Rhodes entrou furioso.

– Tony!
– É o meu nome.
– Você não vai atrás delas?
– Atrás de quem?
– Da sua esposa e da sua filha.
– Pra quê? Daqui a pouco as duas tão por ai.
– Cara, eu realmente achei que você tinha mudado, crescido não por idade e sim maturidade, achei que o casamento e a sua filha lhe dariam o complemento que lhe faltava, mas vejo que me enganei. Depois de uma semana você acha mesmo que elas vão voltar?
– Uma semana? Do que você tá falando?
– Não se faça de desentendido...
– Eu não tô me fazendo, eu realmente não sei do que você tá falando.
– Você seria um ótimo ator disso não me resta duvidas.- ele deu as costas e foi embora deixando um Tony completamente confuso.
– Maluco! Você entendeu alguma coisa JARVIS?
– Creio que ele está falando da partida da Sra. Stark e da jovem Stark.- Tony que apertava um parafuso se surpreendeu e acabou se cortando com a chave de fenda.
– Hein?
– A Sra. Stark deixou essa mansão há exatos 8 dias, 9 horas e 23 minutos, depois de mais uma intensa discussão que teve com o senhor.
– Comigo? Eu não lembro.
– É provável que o senhor esteja sofrendo de uma amnésia alcoólica.
– Deixe pra fazer meu diagnóstico depois. O que foi que eu fiz?- JARVIS lançou as imagens em vídeos para a tela do computador de Tony.- Coloque o áudio.- fazendo o que pediu, Tony passou a ver e escutar tudo o que falava e fazia quando o álcool tomava conta de suas ações.- Me mostre elas.- a tela foi dividida em duas, enquanto uma mostrava Claire chorando no colo de Marta a outra mostrava Pepper chorando um pouco na sala e depois ela arrumando as coisas deixando algo no quarto, pegando a menina e indo embora.
– A Sra. Stark ainda voltou duas vezes durante a semana pra pegar alguns pertences.- ele jogou a chave de fenda e subiu passou primeiro no quarto de Claire aparentemente tudo estava normal, mas ao abrir o guarda roupa não achou nenhuma roupa, percebeu que no quarto também faltava alguns brinquedos incluindo Roy o ursinho que Pepper havia lhe dado e que ela adorava, ele saiu de lá e foi diretamente para seu quarto ao olhar no closet a parte de Pepper estava quase vazia tendo apenas algumas caixas, sapatos e algumas peças de roupa, foi ver o que ela tinha deixado em cima do criado mudo e encontrou a aliança, se sentou na beirada da cama e ficou pensando no que fez, trocou de roupa e foi atrás delas, ao chegar no antigo apartamento quase derrubou a porta, mas ninguém a abriu se lembrou da chave reserva que ficava em um dos vasos de plantas que estava ao lado da porta, ele entrou e saiu procurando alguém, mas a julgar pelo silêncio e pela poeira que estava nos móveis elas não estava ali, pegou seu telefone e discou o número de Alex, mas ele não o atendeu, tentou o de Sara e Peter, mas estavam desligados e a única que o atendeu foi Jenna.
– O que é, Tony?
– Você sabe onde tá a Pepper e a minha filha?
– Não e mesmo que eu soubesse não lhe diria.- ela desligou e ele começou a praguejar, ligou então pra Marta, mas ela também não o atendeu sem saber pra quem mais ligar, ligou pra Rhodes.
– Rhodes, onde elas estão?
– Você é muito cara de pau, tu deixou elas sumirem e ainda me liga perguntando onde elas estão, eu não sei, Tony.
– Me diz cara, eu errei... de novo, mas eu quero consertar.
– Acontece que eu não sei, nem o Alex sabe onde elas estão.- ele desligou a chamada, voltou pra casa e foi para oficina.
– JARVIS, quero que você invada todas as câmeras de tráfegos, aeroportos e rodoviárias, e faça um reconhecimento facial procure por elas durante esses dias que estavam fora.
– Senhor, isso pode levar horas.
– Eu quero em minutos.- enquanto esperava pelos resultados andava de um lado para o outro se culpando por ter sido tão estúpido em tê-las deixado ir.
– Varredura terminada, nenhuma delas foi encontrada.
– Não é possível! Você tem que recomeçar... é isso!
– Se eu tivesse de recomeçar, eu ia para Geórgia, lá eu tenho alguns parentes e amigos.- a frase dita por Pepper ressoava em sua mente o mostrando que lá era onde ela provavelmente estaria.
– JARVIS trace um plano de voo para Geórgia mais especificamente para onde eu e ela nos casamos.

– Plano de voo traçado.- Tony entrou na armadura e foi para o local indicado por JARVIS.

...

Depois de tanto suar cavando pequenos buracos Pepper finalmente parou para descansar, foi para o quintal da sua antiga casa e levou consigo uma grande poncheira, ela estava cercada por alguns amigos de muitos anos e parentes que não via a muito tempo.


– Você vai voltar pra cá Virginia?
– Ainda não sei tia Nancy, por enquanto estou apenas curtindo um descanso com a minha filhota.- a menina corria com seus primos por todo o gramado do jardim.- Cuidado para não cair bolinha! Tia, como está o Billy?
– Bem, na medida do possível.
– Deve ser muito duro você perder alguém que você ama tanto.
– É sim, ele tenta não demonstrar a tristeza na frente das meninas, mas a gente sabe que ele tá sofrendo, vamos mudar de assunto que ele tá vindo.
– Quando me disseram que a minha prima preferida estava de volta eu quase não acreditei.
– E no entanto você demorou 3 dias para vim me ver.
– Ganhou essa Ginny.
– Billy, se você começar com esse maldito apelido eu pego aquele bastão de beisebol e quebro na sua cabeça.
– Já lhe disseram que você está muito violenta... Virginia.
– Já, querido primo.
– Crianças não se matem, mas eu preciso ir pra casa. Tchau meu filho.
– Tchau mãe.
– Tchau Virginia.
– Tchau tia.
– Crianças venham dar um abraço na vovó.- as meninas vieram correndo e trouxeram consigo Claire que ainda tentava se acostumar com o pique das primas mais velhas.
– Meninas, vocês já correram demais, que tal nos ajudar a plantar essas sementinhas?- as meninas concordaram e começaram a ajudar, dispensando os instrumentos lhe dados usaram as mãos e foram bem mais rápidas que os mais velhos.- Acho melhor aderirmos ao estilo delas.
– Também acho.- os dois largaram os instrumentos e fizeram como as meninas.
– O que vai nascer aqui?
– Algumas frutas e legumes.
– E ali?
– Flores, dos mais variados tipos, cores e tamanhos.
– Virginia, vou leva-las para casa elas e eu precisamos de um banho.
– Nós também.
– Vai a festa mais tarde?
– Eu nem sabia que ainda tinha.
– É tradição, vai?
– Vou.
– Ótimo, mais tarde passo aqui para irmos juntos, apesar de Dalton ser uma cidade pequena e todos serem conhecidos não é bom ficar andando a noite sozinho.
– Está bem.- ela se despediu das sobrinhas e do primo e ficou deitada no gramado com Claire.- Vamos tomar um banho.- as duas foram tomar banho e ao saírem foram tirar um cochilo para irem a festa mais tarde.

...

Tony chegou por volta das 19:00 horas e mesmo podendo chegar mais cedo preferiu voar devagar, enquanto voava decorava em sua mente um pedido de desculpas não só para Pepper como para Claire, pousou no gramado da casa sem nem saber se elas realmente estariam ali, a casa tinhas as luzes acesas, mas parecia que não tinha ninguém, forçou a porta da garagem colocou a armadura lá dentro e foi para frente da casa tentou abrir a porta, mas ela estava trancada foi para trás da casa tentou abrir a outra, mas ela também estava trancada, voltou para frente e quando estava forçando a porta foi surpreendido por uma ronda da polícia.


– Parado!- ele levantou as mãos e ficou de costas.- Vire-se.- ele continuava do mesmo jeito, mas tinha em seu rosto a luz de uma lanterna.- O que estava fazendo?
– Tentando entrar em casa, mas eu acho que a minha mulher levou a chave.
– Nunca lhe vi aqui e pelo que eu sei raramente alguém vem pra essa casa.
– Então recentemente você viu alguém?
– Vi, uma mulher e uma menina... não queira me enrolar meliante, você está preso!
– Sob que acusação? Eu não tava tentando roubar essa casa se é isso que você tá pensando.- o policial andou até Tony e o encostou na parede para algema-lo.- Olha só cara, essa casa é do meu sogro a mulher e a menina que você viu são minha esposa e filha.
– Calado!
– Eu tenho como provar que estou falando a verdade, eu vou baixar uma mão e vou colocar no bolso de trás, vou até lhe dizer o nome delas, a mulher se chama Virginia Potts Stark e a menina Claire Potts Stark e eu sou Tony Stark.- ele puxou a carteira e mostrou ao policial que não levou muita fé no que viu.- Tem celular com internet? É só colocar qualquer um dos nomes que eu lhe disse que você vai me achar.- ainda mantendo Tony naquela posição, o policial tirou o celular do bolso e começou a pesquisar.
– Virginia do que?
– Virginia Potts Stark, se não achar muita coisa tente Pepper Potts.- o homem nem precisou colocar a segunda sugestão assim que inseriu o nome dela várias fotos surgiram tanto dela com Tony e Claire, quanto dela sozinha.
– É, parece que você está dizendo a verdade.- ele soltou Tony que abaixou os braços de bom grado.- Elas devem estar onde a maioria da cidade tá, na festa lá no galpão é a quatro quadras daqui.
– Valeu policial... Carl.
– De nada, não é sempre que se ajuda o Homem de Ferro, o pessoal não vai nem acreditar.- Tony deu um sorriso torto e seguindo as orientações do policial foi para esse galpão, a música era alta e tipicamente country, fazendo uma rápida varredura Tony encontrou Claire sentada no colo de uma senhora que o lembrava a Beth, fez uma procura por Pepper e a encontrou bebendo alguma coisa com um homem alto, moreno e desconhecido em um momento pararam de beber e ele a puxou para dançar, os dois estavam animados e dançavam com muita afinidade, com raiva ele saiu a passos duros e voltou pra casa abriu a garagem e entrou na armadura estava disposto a ir embora, mas algo em sua cabeça o fez desistir de ir, saiu da armadura e ainda com raiva saiu chutando os gnomos que faziam parte da decoração do jardim, ficou na parte de trás da casa a espera de Pepper que só chegou uma hora depois.
–... Sabe o que é bom? Observar as estrelas deitado, eu sempre olho as estrelas com as minhas filhas.
– A mamãe é uma daquelas estrelas não é papai?
– É meu amor, a mamãe é uma daquelas estrelas. Vamos meus anjos?
– Vamos.
– Deem tchau a tia Vi.
– Tchau tia Vi.
– Tchau, Vick, Helena e Debbie.
– Amanhã a gente pode vim brincar com a Claire?
– Claro que sim. Billy, mande um beijo para tia Nancy.
– Mando sim, boa noite prima.
– Boa noite, primo.- Tony percebeu que ia fazer uma besteira caso tivesse dado asas ao seu ciúme e também viu a chance de falar com Pepper.- Ai que porcaria de chave!
– Deixa que eu te ajudo.- Pepper se assustou deixando a chave cair e balançou bruscamente Claire que acordou por alguns segundos, mas voltou a dormir, ele apanhou a chave e abriu a porta Pepper entrou apressada e subiu com a menina em seu colo e voltou minutos depois.
– O que você tá fazendo aqui?
– Vim pedir desculpas a vocês e vim busca-las para irmos pra casa.
– Nós não vamos embora com você, eu te disse que se você descesse aquela adega nosso casamento acabava ali.
– Meu amor...
– Já sei Tony, já conheço seu discurso de desculpas, mas eu não vou desculpar, eu te desculpei quando você quase me matou e se matou naquela corrida em Mônaco, eu te desculpei quando você me falou todas aquelas coisas relacionadas a mim e ao Danny, eu te desculpei quando você disse que não queria a nossa filha e também quando você me expulsou de casa na frente de todos, e eu vinha te desculpando todos os dias pela sua bebedeira, pela sua obsessão em trabalhar naquelas armaduras, pela sua ausência tanto como pai quanto como marido, mas eu cansei Tony, cansei de sempre passar a mão por cima da sua cabeça.
– Desculpa, Pepper, eu sei que eu erro, sempre erro, mas, mas...
– Mas, mas o que, Tony? Você se isolou em um mundo em que eu não entro, a gente briga por qualquer besteira, eu mal te vejo sóbrio, eu não sei mais o que é dormir ou acordar com você, a gente mal se vê por que quando eu saio você está na oficina, em alguma missão ou projeto e quando chego a mesma coisa, nós viramos dois desconhecidos que divide... quer dizer dividia a mesma cama.
– Nosso casamento não acabou, nós não somos desconhecido, nossos corpos se conhecem, eu sei que seu corpo treme com meu toque, que você se arrepia quando sente a minha barba roçando em sua pele e quando eu sussurro em seu ouvido.- ele a puxou pela cintura e mesmo permitindo não demonstrou nada, ele mordiscou a orelha dela que tinha um desejo profundo de se entregar pra ele, mas sabia que não seria como antes, ele pegou a aliança dela e colocou no bolso de trás de sua bermuda e beijou sua boca, mas ela não retribuiu o beijo.- Você me quer, eu sei.
– E você não está errado, mas eu não vou pra cama com você só pra fingir.
– Fingir?
– Isso mesmo fingir, você finge estar presente e eu finjo gostar, depois cada um de nós cai pra um lado e pronto, acabou, fim da história, ultimamente é assim que nos tratamos e nós dois sabemos que independente da briga que tivéssemos quando nos amávamos nós falávamos a mesma língua, mas isso não está mais acontecendo.- o silêncio reinou de ambas as partes deixando um abismo entre eles.- Bom, se quiser dormir aqui tem um quarto de hospedes lá em cima, acredito que ainda se lembra onde é.- ela subiu sem dar a ele mais nenhuma chance de defesa.

Tony andava pela casa de um lado para o outro, quando subiu ouviu um som abafado e viu Pepper abraçada ao corpo de Claire queria entrar e se juntar a elas, mas preferiu esperar para tentar usar todo o seu poder de persuasão amanhã, foi para o quarto de hospedes e depois de muito rolar conseguiu dormir, quando acordou se surpreendeu pois há muito tempo ele não dorme uma noite inteira sem a ajuda de uma bebida, parou pra prestar atenção e percebeu que caia uma forte tempestade refletiu sobre o que diria e desceu, encontrou Pepper na cozinha completamente molhada e Claire sentada em cima da bancada ajudando a retirar as compras da sacola.


– Vai pegar um resfriado.- Claire olhou para ele meio assustada e os dois estranharam, ele caminhou para dentro da cozinha e a menina se encolhia e tapava os ouvidos a cada passada que ele dava.- O que ela tem?- Pepper deu de ombros e se aproximou ainda mais para tentar entender a explicação dela.
– Ela tá com medo.
– Da chuva?
– Não, de você, ela acha que você é o papai ruim.
– Papai ruim?
– Na cabecinha dela existem dois papai, o bom e o ruim.- Tony olhava pra menininha que o olhava com receio, Pepper a pegou no colo e fez seu caminho pra sair da cozinha, mas foi impedida por ele.
– Onde você vai molhada desse jeito e com ela?
– Vou lá pra cima.
– Suba e deixe ela comigo.- ele estendeu os braços, mas foi rejeitado por Claire que se virou imediatamente.
– Pra que? Pra você chamá-la de grude, irritante e gravador velho? Não, muito obrigado pela sua gentileza, mas ela vai comigo.
– Ela também é minha filha.
– Eu nunca disse que ela não era, mas com você ela não fica.- ela saiu do cerco dele e foi para a sala.- Meu amor, a mamãe precisa trocar de roupa pra não... atchim... pegar um resfriado, vou te deixar com o Roy assistindo na sala.- Pepper ligou a tevê colocou em um desenho e ela se deitou no sofá com o seu polegar na boca e seu ursinho debaixo do braço.
– Frio.
– Vou pegar um cobertor pra você.
– Não precisa.- Tony tirou sua jaqueta e colocou em cima dela a cobrindo por inteiro, ela o olhou cismada e ele se abaixou pra beija-la, Pepper subiu para seu quarto e segundos depois ele chegou lá também.- Você não pode coloca-la contra mim.
– Colocá-la contra você? Eu nunca faria isso por mais que eu estivesse com raiva eu não usaria minha filha...
– Nossa filha.
– Minha filha, como uma arma ela tá cismada com você por que não sabe quem tá ai dentro, não venha colocar a sua culpa em mim.- ela passava de um lado para o outro pegando roupas e se trancando no banheiro.
– Eu amo vocês, sinto falta de vocês.- ela que até então ainda estava no banheiro saiu as gargalhadas de calcinha e sutiã.
– Nos ama e sente nossa falta? Esses 8 dias nos mostraram isso, você nem percebeu que nós tínhamos saído de casa, quem te disse o JARVIS, a Marta ou foi o Rhodes?
– Mas eu achei que vocês estavam em casa, eu não dei por falta de vocês por que...
– Por que agora você só vive bêbado e enfiado naquela oficina.
– Quer saber? Eu cansei, se você acha que eu vou ficar aqui repetindo pedido de desculpas, implorando e me curvando pra você saiba que eu não vou, eu sei que você gosta de se mostrar no comando, mas eu não me curvo pra ninguém muito menos pra você, se quiser acreditar em mim bem se não o problema é seu.
– Viu só? Esse é o Tony que eu tive o desprazer de conhecer e venho convivendo, eu não pedi pra você vim aqui e eu também não tô te forçando a ficar, na realidade eu nem sei por que eu te deixei dormir aqui.
– Eu sei, você me deixou dormir aqui por que ainda me quer, mas fica se fazendo de difícil pra não perder a moral que acha que tem!
– Chega, Anthony! Não quero mais te ver e nem te ouvir, tirando a Claire eu não quero mais nada que tenha a ver com você, eu me demito não quero mais ser CEO da sua empresa, eu quero o divórcio!- ela falou com tanta segurança e determinação que ela mesma estranhou, ele deu um passo pra trás e ela continuou do mesmo jeito.
– Você não pode me deixar, você disse que não faria isso.
– E você disse que nunca ia me magoar e no entanto olha como estamos, eu juro que venho tentando te entender, saber o que se passa com você, mas você se fecha no seu mundo e vive suas dores sozinho e quando alguém tenta lhe ajudar você rejeita e trata mal sem se importar quem é ou se machuca. Eu quero ser capaz de olhar pra você, e não me sentir tão machucada de novo.
– Me diz, o que você quer?
– Quero o meu marido de volta, se por algum acaso ele estiver perdido nessa sua inacessível e obscura mente diga a ele que eu o amo e que sinto sua falta.
– Você sabe que tá falando isso pra mim, não sabe?
– Não, a pessoa que tá escutando isso é um cara que eu desconheço. A Claire sente a falta do pai dela, diga a ele que ela sente falta das cantorias dele para fazê-la dormir, das histórias do Homem de Ferro, dos ensinamentos em física e nas outras matérias exatas que ele dá a ela mesmo sabendo que ela é muito pequena pra entender, dos beijos carinhosos, das cócegas e dos brigadeiros de panela queimados.- ele a olhava em seus lindos olhos azuis marejados e se manteve o silêncio por alguns segundos.
– Você quer acabar nosso casamento justo aqui, no lugar onde casamos?- ela deu um sorriso torto caminhou até ele e lhe deu um selinho que ele tentou transformar em algo mais profundo, mas foi impedido pela desaproximação dela.
– Quando o meu marido voltar eu vou ter o maior prazer em usar essa aliança, mas até lá não tem pra quê eu usa-la.- ela lhe entregou a aliança e saiu do quarto deixando um Tony completamente frustrado, angustiado e confuso, sozinho.


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Notas finais do capítulo

Opiniões?
PS: Não respondi a vocês por que a minha net tá uma porcaria, não sei nem como foi que eu consegui postar, mas no próximo, ou seja, nesse eu respondo



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