Dont escrita por Tamy Black


Capítulo 8
Feliz aniversário, Bella!




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Quando eu penso que as coisas não poderiam ficar melhores, elas ficam. Eu e Dan estamos na fase boa do “fica”. Eu gosto muito de ter-lo ao meu lado, sempre tão lindo e carinhoso comigo. Alice diz que ele é o que eu preciso, e que não é para eu largá-lo por ninguém, nem pelo irmão dela. 

 

O irmão dela. Bom, eu e Edward continuamos com nossa amizade, ele sempre vem contar as neuras da Anne e eu não gosto nada disso, eu não sou obrigada a escutá-lo, mas toda a vez que eu tento falar algo pra ele sobre isso, a força se esvai no momento em que ele me olha com aqueles olhos maravilhosamente verdes me fitando intensamente. Eu simplesmente esqueço-me de tudo, até do meu nome.

 

Sim, eu continuo o amando, tanto quanto antes do Dan. Mas, eu já estou deixando esse sentimento de lado. Pois o Dan ajuda muito nessas horas. E que dia é hoje? Trinta de outubro. Sim, meu aniversário é hoje. Não quero festas, já basta a de debutante o ano passado, que foi um martírio. Pense o quão constrangida eu fiquei por dançar com todos os seres masculinos da festa? Pois é, ainda estou traumatizada. E agora são dezessete anos, dezessete anos de vida e bem uns cinco amando aquele Cullen.

 

É. Eu tinha aquela paixonite de criança por ele, mas o que eu pensei que fosse paixonite de criança, virou um amor. Platônico, mas amor. Ok, deixa isso de lado antes que eu comece a chorar. Tem o lado bom de fazer aniversário, todos te paparicam e te mimam. Ainda mais na minha família, minha mãe vai fez aquela cara de choro e disse que a bebê dela cresceu e todo aquele blá-blá-blá de sempre; meu pai fez o discurso de quando ele tinha a minha idade e não sei mais o que; Sofia me deu um cartão desenhado por ela, e o bom é que ela está crescendo e os desenhos vão melhorando, não que eu não goste, mas eu tenho todos guardados e dá pra se acompanhar a evolução da coisa.

 

Eu estou indo para a minha escola querida. Hoje eu estou altamente irônica, não sei por que, mas deve ser a minha TPM. Não precisei pegar a minha amiga Alice, pois seu porsche - nada chamativo – amarelo chegara da fábrica, então ela está devidamente motorizada. Estacionei na minha vaga costumeira, peguei minhas coisas e saí do meu bebê, ativei o alarme e segui para a entrada da escola.

 

Como era de se esperar, Dan estava encostado na porta do meu armário. Ele estava bem lindo hoje: calça jeans, camisa branca, casaco vermelho e seus tênis Adidas nos pés. Ele segurava, além dos livros e cadernos, uma caixa vermelha nas mãos. Não acredito nisso...

 

- Bom dia, princesa. – ele disse me dando um selinho assim que me aproximei.

- Ainda não vi nada de bom. – eu estou só um pouco irritada hoje.

- Ah... Qual é, Bells? – ralhara – Hoje é o seu dia. – ele rira do meu bico de irritação.

- Ok. – bufei convencida – Mas, não queria que hoje fosse sexta, queria que fosse sábado.

- Bella, sem birra, por favor. – ele revirara os olhos – Então, Srta. Emburrada, feliz aniversário. – disse sorridente e me entregando a caixa relativamente pequena – e vermelha.

- Não precisava Dan. – disse, realmente, eu não queria presentes.

- Bella, eu adoro você, não me venha com o “não precisava”. – ralhou mais uma vez – Agora, abra.

- Tudo bem, Sr. Chato. – disse lhe mostrando a língua, reação infantil – eu sei.

 

Eu abri a caixa vermelha e nela continha outra caixa, mas de veludo, preta. Olhei para o Dan, altamente confusa e ele somente sorrira me encorajando a abrir. Receosa, abri a caixa de veludo preta, e lá estava um colar de prata com um pingente de borboleta, também de prata.

 

- O-Obrigada Dan, ele é lindo. – disse gaguejando e sorrindo abobalhada, olhando para o colar.

- De nada, Bells. – ele sorriu – Quando o vi, pensei que seria perfeito pra você e que bom que gostou! 

 

Eu simplesmente sorri e ele tirou o colar da caixinha, e o colocara em meu pescoço.  

 

- Ficou perfeito. – dissera satisfeito.

- Mais uma vez, obrigada. – disse ainda surpresa.

- De nada e isso é só o começo do seu dia. – ele dissera misterioso.

- O que você está aprontando, Daniel Gilmore? – disse divertida.

- Espere e verá. – ele dissera no mesmo tom que eu.

 

Nós rimos e fomos para a sala de aula.

 

(...)

 

Acho que nunca recebi tanto “parabéns” em um dia. À hora do intervalo chegara e eu fui andando pro refeitório sozinha, pois Dan tinha ido ao banheiro. Estava quase chegando ao meu destino quando alguém me puxa. Dou um doce para quem adivinhar?

 

- Bells! Parabéns minha linda! – era o meu melhor amigo, que ainda não tinha dado as caras o dia inteiro e nem me dera um “feliz aniversário”, me sufocando com um abraço.

- Obrigada Ed, mas eu estou sufocada. – disse com um fio de voz.

- Oh! Desculpa. – ele me soltara e me olhara sorrindo.

- Ok. – respirei fundo – Obrigada.

- Bom, depois da escola você vai comigo. – ele disse certo.

- Hein? – fiquei confusa – Como assim com você?

- Esqueceu mocinha? – ele me disse se fingindo de chateado – O que fazemos em nossos aniversários desde os oito anos, Bella?

- Oh... – agora eu me lembrei – Desculpe. – disse sorrindo amarelo.

- Hm... Pensei. – ele disse me olhando sério – Depois da aula, no meu carro, deixe as chaves do seu carro com a Alice, ela veio comigo hoje. – ele disse tudo muito rápido e me dando um beijo estalado na bochecha após se pronunciar. 

 

Eu realmente tinha me esquecido desse detalhe. Desde os oito anos, mais precisamente no meu aniversário de oito anos, descobrimos uma clareira linda! Ela ficava a mais ou menos uns minutos adentrando a mata que tinha por detrás da casa do Edward, e uns anos mais tarde, Edward descobrira outra entrada pela floresta perto do nosso condomínio, afinal, Forks era praticamente o matagal puro!

 

E desde então, prometemos ir a essa clareira em nossos aniversários, era um momento só nosso, onde levávamos uma cesta com vários petiscos e passávamos a tarde conversando bobagens ou qualquer coisa do tipo, somente eu e Edward sabíamos dessa clareira, e fazia algum tempo que eu não vou lá. Desde o dia em que eu decidi parar de compor músicas pra ele. Ou seja, alguns dias, mais precisamente no dia em que eu fiquei com o Dan.

 

O dia passara extremamente rápido. Eu estava saindo da escola acompanhada pelo Dan, ele falava alguma coisa, mas eu não estava prestando atenção, pois o meu olhar estava preso a Edward. Ele estava encostado no carro dele, uma pose bem sexy. Foco Bella, foco.

 

- Então Bella, almoça comigo? – Dan perguntou.

- Hã? – o olhei – Oh... Não posso Dan, tenho um compromisso com o Edward.

- Com o Cullen? – é, ele o chamava assim agora.

- É, com o Cullen. – revirei os olhos – Ele é meu amigo e você sabe disso.

- Ok, ok... Entendi. – ele dissera triste.

- Desculpe Dan. – disse lhe dando um selinho – Mas, eu estou com você, não é? – o olhei sorrindo.

- É, não totalmente como eu queria, mas está. – ele disse por fim.

- Nem comento sobre isso Daniel. – disse enfadada – Agora eu vou, até depois.

- Até. – ele disse me dando um abraço e um beijo rápido.

 

Não sei o porquê desses ciúmes. Nós já conversamos sobre isso, ele sabe que eu ainda amava o Edward, mas estava com ele. O próprio Daniel disse que não se importava, que com o tempo me faria amá-lo tanto quanto eu amava o Edward, agora me vinha com isso? Fala sério. 

 

Fui até o carro do Edward e ele me recebera com um abraço, ainda sentia os olhares de Daniel pra mim, mas nem me importei. O olhar de Edward sobre mim me hipnotizava, como eu me odiava por isso... Estar com um, amando outro e esse um sabendo dos meus sentimentos pelo outro. Oh Deus!

 

Entrei no carro e fomos escutando nosso cantor preferido, John Mayer. Eu cantava a música Angel, baixinho e Edward sorria pra mim. Ele gostava quando eu cantava, e eu sabia disso. Edward sempre dizia que eu tinha uma bela voz, eu amava cantar. Na verdade, todos diziam que eu daria uma bela cantora. Mas, não era tão fácil assim.

 

Fomos o caminho inteiro assim. Ao chegar lá, tínhamos que deixar o carro na entrada, pois não tinha como adentrar de carro na clareira, Edward tirou uma cesta de piquenique da mala, com algumas outras coisas, andamos por alguns minutos até chegar à belíssima clareira.

 

Por um milagre divino, não estava chovendo e fazia um pouco de sol, mas bem pouco. Nós arrumamos as coisas debaixo de uma árvore e nos sentamos de frente para o outro.

 

- Antes de comermos, sei que está com fome... – eu sorri – Quero te entregar o seu presente, mas nem adianta pestanejar! – ele me advertiu antes que eu disse algo – Tome, é pra você. – ele dissera me entregando uma sacolinha.

 

Eu peguei a pequena sacola e, tirei de dentro dela uma caixa vermelha quadrada e de veludo vermelha. Mais uma jóia? Olhei para Edward e ele somente sorriu, me encorajando como o Dan fizera mais cedo. Abri a caixinha e nela continha um bracelete prata com dois pingentes em formato de coração – um maior e um menor -, eram lindos e perfeitos, assim como quem me dera o presente. Olhei para o Edward sem palavras, ele retirou o bracelete da caixa e colocara gentilmente em meu pulso esquerdo, sorrindo pra mim ao terminar de colocar.

 

- Ficou lindo em você, Bella. – ele disse.

- Obri-brigada Edward. – gaguejei.

- De nada, Bells. E feliz aniversário mais uma vez. – ele dissera e me dera um beijo estalado na bochecha por fim.

 

Eu não tinha palavras, o bracelete era lindo e perfeito. Ele nunca me dera nada tão bonito assim. Nós comemos os vários quitutes, que com toda a certeza fora tia Esme que fez, conversando animadamente, sem tocar o assunto namorada e namorado, simplesmente conversando. Estava tudo tão bom... Tão perfeito.

 

Acho que eu tinha esquecido o quão divertido e prazeroso ficar com o meu melhor amigo. Tudo que é bom dura pouco, certo? A tarde se passara dessa maneira, nós dois rindo e nos divertindo como antes... Antes de ele namorar aquela loira e eu, bom... Literalmente me afastar. Nós fomos o percurso de volta para casa rindo e brincando.

 

- Fazia tempo que não passávamos a tarde juntos, né? – ele dissera assim que estacionara o carro.

- Sim! – eu disse animada.

- Bella, vá se arrumar, são seis horas, daqui à uma hora eu vou tocar a sua campainha. – ele dissera.

- Mas... Como assim? – eu perguntei – Eu não quero festa, Ed. – choraminguei.

- Sim, eu sei disso. É só que, nós vamos para Seattle, para uma boate! Eu, você, Anne, Daniel, Alice, Jasper, Emmett e Rose. – ele disse.

- Emmett e Rose?! – praticamente berrei.

- Sim, eles chegaram essa tarde. Feriado de Halloween e Finados, certo? – ele sorriu – Ah, e pelo aniversário da piolha do Emm. – ele riu e eu revirei os olhos.

- Claro, claro. – disse contente e bem animada.

- Ok, vá se arrumar. – ele disse me empurrando praticamente pra casa.

 

Eu fui sem pestanejar, é claro. Emmett e Rose estavam aqui! AH! QUE LEGAL! Até que esse aniversário não estava sendo ruim. Não tinha ninguém em casa, que interessante. Tinha um bilhete da minha mãe na porta do meu quarto.

 

Bebê,

Eu, seu pai e sua irmã, fomos fazer compras. Sei que Emmett e Rosalie estão em Forks e que vocês vão para uma boate em Seattle, deixamos dinheiro em cima da sua mesa do computador.

Divirta-se e tome cuidado.

Feliz aniversário de novo,

Mamãe.  

 

Tive que rir daquilo, bebê? Minha não era normal mesmo! Abri a porta do meu antro pessoal e já tinha uma roupa separada pra mim em cima da cama, Alice com toda a certeza do mundo, e em cima da blusa tinha mais um bilhete. 

 

Bella,

Como eu sei que você não tem aptidão pra escolher suas roupas *risos*, eu fiz o favor de escolhê-las pra você. E vê se passa um brilho labial, ok? Vamos dançar até cair, então...

Beijos,

Alice.

 

Tinha que ser aquele projeto de gente, mas até que a roupa não era tão chamativa, só não gostei da saia e dos saltos, mas... Corri logo para o chuveiro e tomei um banho relaxante. Depois do meu banho, coloquei minha lingerie e fui vestir a roupa que Alice fizera o favor de selecionar pra mim, detalhe que nenhuma das peças eram minhas.

 

Coloquei todas as peças e alguns acessórios para combinar, olhei-me no espelho. Nossa! Eu realmente não gosto de me vestir assim, mas se eu chegar com uma roupa diferente, é capaz de a Alice esquecer que é meu aniversário e me matar. Fiz uma maquiagem digna de Alice Cullen: olhos destacados com sombra escura, blush nas bochechas e um leve gloss nos lábios.

 

Olhei-me pela última vez no espelho e gostei do que vi. Apesar dos saltos e da saia extremamente curta, eu estava bonita. Peguei um bolero preto, pois eu sabia que iria morrer de frio até chegar a tal boate. Passei meu perfume favorito e coloquei meu celular dentro da bolsa com meus documentos, também.

 

Já eram sete e dez quando a campainha da minha casa tocara, devia ser o Edward. E era ele mesmo, constatei assim que abri a porta. Ele estava lindo, calça jeans, tênis, camisa Armani com um moletom por cima. Perfeito.

 

- Você está... – hesitara, me olhando de cima abaixo – Linda.

- Obrigada. – tenho a absoluta certeza que corei.

- Vamos? – ele perguntou.

- Vamos. – disse.

 

Ele me encaminhou para o carro e abrira a porta do mesmo pra mim, quando já estávamos acomodados dentro do mesmo, ele se virara pra mim.

 

- Putz! Bella, esqueci de dizer... Pode ir comigo até o quarto da Alice? Ela esqueceu a identidade dela lá e pediu que você pegasse, já que você sabe onde ela guarda. – ele disse.

- Claro. – falei.

 

Tinha que ser a baixinha mesmo. Nós saímos do carro e fomos até a casa dos Cullen em silêncio. Edward abrira o portão e deu passagem a mim, eu passei e ele foi em seguida. Abrira a porta e eu passei, estava tudo escuro.

 

- Bella, acenda a luz, por favor. – ele pediu.

 

Eu liguei o interruptor que acionava a luz e ela logo acendera.

 

- SURPRESA!

 

Eu tomei um susto. Várias pessoas estavam na sala dos Cullen, que estava cheia de balões e uma faixa imensa com os dizeres:

 

FELIZ ANIVERSÁRIO, BELLA!

 

Fiquei sem ação, tinham programado uma festa surpresa pra mim sem eu nem ao menos sonhar. Esse pessoal... Pegaram-me direitinho! Meus pais vieram me abraçar, seguido dos meus padrinhos, minha irmã, Alice, Jasper, Emmett e Rose! Ah! Eu estava tão contente por vê-los, estava morrendo de saudades daquela loira e daquele grandalhão que se intitula o velho do clã Cullen. Dan viera me abraçar, arrancando suspiros das mulheres, sabia... Mamãe já devia ter passado o pito pra tia Esme e companhia, assim como a anã de jardim.

 

Fora uma surpresa e tanta. Agüentava argumentar com aquele povo que eu não queria festa? Acho que não. O que me restava era curtir.

 

-x- 

 

N/A: Olá todo mundo! Como foram de ano novo? :) Bom, espero que tenha sido tudo as mil maravilhas como foi o meu. Obrigada pelos comentários e continuem assim, por favor.

Beijos,

Tamy Black.


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