New Beginning for Love -HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 3
Capitulo - 3 Consequences of the choices


Notas iniciais do capítulo

AVISO IMPORTANTE! teremos infelizmente uma cenas Delenas, mas serão rápidas. Desde já sorry aqueles que os odeiam.



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Elena

Entre em casa abraçada a Damon, ele beijou-me ardentemente, me inçou no ar e coloquei minhas pernas entorno de suas quadril. Ele a prensou-me contra a parede, beijando meu pescoço

— Damon já está amanhecendo, já não chega por hoje?

— E agora temos horário pra isso?

Damon a beijou novamente e ela se deixou levar pelo momento ali na sala mesmo. Ele a ajudou a despisse de sua camisa enquanto ele abria o zíper de seu vestido. Mas um barulho vindo do andar de cima o fizeram parar

— Stefan – empurrei Damon, erguendo a cabeça, olhando para o andar de cima.

— Elena não deve ser ele. – ele voltou a beijá-la. Mas Elena o afastou novamente.

— Não Damon, já é demais moramos todos sobe o mesmo teto é ainda…

— Deve ser o Jeremy – Damon pegou sua mão – Volta aqui.

Tentei afastá-lo mas ele persistiu beijando-me no pescoço e fazendo-me cócegas me rendi a ele rindo. Mas não passou de beijos ardentes não queria que Jeremy ou Stefan chegassem e me vissem transando no meio da sala. Damon decidiu tomar um banho e arrastou-me com ele. Enquanto a água quente percorria meu corpo com as mão dele descendo sobre mim sentia-me plenamente feliz, seu irmão estava vivo ao meu lado, Bonnie estava finalmente de volta, estava ao lado de Damon. Finalmente parecíamos em paz… Tudo estava tão perfeito que tinha medo de que toda aquela felicidade fosse temporária.

Caroline

Abri meus olhos relutante com a luz incomoda do sol sobre meus olhos. Depois de alguns segundos resmungando comigo mesma por ter esquecido de fechar as cortinas foi que reparei que aquelas não era as minhas cortinas, muito menos meus papéis de paredes e quando virei para lado constatei que, com certeza, aquela não era minha cama… Porque Stefan Salvatore nunca dormiria nela.

Tentei me lembrar de como havia parado ali. Não me lembrava de ter bebido muito na noite anterior. Olhei para ele novamente, que dormia tranquilo, com a expressão serena e com seu braço envolta da minha cintura me virei com cuidado para não acordá-lo. Tinha que ir embora dali o mais rápido possível não queria esperar até que ele acordasse e se perguntasse que diabos eu fazia ali na cama com ele. Não que tivesse acontecido alguma coisa, porque não aconteceu… Mas seria no mínimo constrangedor quando ele fizesse essas mesmas peguntas.

Levantei seu braço com cuidado, mas foi um erro. Neste momento ele resolveu acordar. Abriu seus grandes olhos verdes para mim e estava tão perto de seu rosto que pode ver atentamente as cores dos olhos dele. A luz que batia contra seus olhos fazia o verde de seus olhos mudarei de cor como olhos de gato. Ele bocejou e em seguida sorriu para mim, quando notou minha mudez olhando para ele.

— Então.... Dormiu bem? – perguntou se espreguiçando.

— Hummm, sim dormi – me levantei rápido e Stefan estranhou franziu a testa e se apoiou na cama com os cotovelos olhando para mim – Bem é melhor eu ir.

Ele se levantou rapidamente parando em na minha frente. Ele segurou meus braços me forçando a parar e novamente perdi a fala olhando para ele. Desviei meus olhos dos dele e acabei olhando para sua camisa regata que deixava a mostra seus braços perfeitos e me peguei lutando contra o impulso de estender a mão e apalpá-los. Arregalei os olhos corando com aquele desejo absurdo.

— Calma Care, parece até que está fugindo – ele sorriu – Vamos tomar café, deve estar faminta assim como eu.

— Stefan, eu tenho mesmo que ir, sabe o quanto a Bonnie vai me encher por faltar a tantas aulas. Alias eu não estou com sede – Justificou tentando passar por ele.

— Caroline, hoje é sábado.

— Ah é?

— É! – ele riu pegando-me pela mão – Vamos caçar, pelos velhos tempos.

— Coelhos Stefan? Mesmo com tantos vampiros morando aqui, deve ter um bom abastecimento de sangue…

— Caroline, estou tentando me manter longe de encrencas. É uma certa loira me disse que iria me ajudar.

— Stefan sabe que coelhinhos tem famílias? Que espécie de monstro eu seria se os devora-se como café da manha?

Ele sorriu maneando a cabeça se inclinou até minha cintura e antes que tivesse tempo para perguntar o que ele pretendia ele agarrou-me pela cintura e jogou-me por cima de seu ombro . Me debati contra ele, batendo em suas costas ordenando que ele me soltasse mas ele apertou minha perna e cutucou minha cintura fazendo-me rir. E de repente na ponta da escada ele parou e escutei risos cessando e apertei o ombro dele para que ele me soltasse. Quando desci, encontrei Elena e Damon de cabelos molhados no sofá da sala. O sorriso de Elena se desvaneceu olhando fixamente para mim

— Stefan…. Caroline… – ela disse franzindo a testa – O que estavam fazendo?

Stefan ignorou a pergunta e se dirigiu até a cozinha voltou segundos depois quebrando aquele silêncio constrangedor que se instalou na sala, estendeu-me uma bolsa de sangue.

— Não vai tomar?

— Ah sim… Eu vou.

— Caroline, o que fazia lá em cima? – perguntou Elena mais uma vez, cruzando os braços me lançando um olhar estranho.

— Dormindo – expliquei – Eu dormi aqui hoje

— Como é?

— Eu disse que eu dormi aqui hoje — repeti impaciente não entendo o porquê daquele tom de voz – Qual parte não entendeu?

— Caroline, vamos – Stefan puxou-me pela mão me arrastando na direção da porta, mas Elena se colocou em nossa frente

— Espera, vocês me devem uma explicação.

— Elena – Damon apertou seu ombro e agora não havia nenhum resquício de sorriso em seu rosto. Ele e Stefan trocaram olhares antes de se voltar para Elena

— Não, Damon. Eu mereço ouvir uma explicação da minha melhor amiga – ela gritou.

— Elena… Eu…

— Caroline nós não devemos explicação alguma a ela, vamos embora.

— Stefan, como pode fazer isso? – ela maneou a cabeça com os olhos marejados e se voltou para mim com olhar descrente – Você quis se vingar de mim, com a Caroline?

Fiquei parada absorvendo a acusação de Elena. Stefan apertou minha mão e implorou com os olhos que mantivesse a calma, mas era meio que impossível de se fazer com minha amiga me acusando de dormir com seu ex namorado que por acaso era meu melhor amigo. Soltei a mão de Stefan e me aproximei dela.

— O que está insinuando Elena? O que você acha que é? O centro do universo? – gritei, ignorando o olhar as lágrimas dela – Olha aqui, nem eu, muito menos o Stefan devemos explicações a você. Vamos embora daqui agora Stefan! - agarrei sua mão e puxei para fora, mas ela agarrou meu braço

— Eu pensei que fosse minha amiga Caroline… Eu nunca pensei que você faria isso comigo...

— É eu pensei que você fosse um pouco menos egocêntrica Elena. E me conhecesse melhor do que isso! Mas estava enganada, porque a única coisa que você tem feito e pensar em si mesma é ninguém mais. Quer dizer, em você e no Ken ai – Damon lhe deu um sorriso irônico.

— Care…

— Não Stefan é verdade. Ela só pensa nela mesma. Você criticava tanto a Katherine mas se tornou igual a ela.

Elena partiu para cima de mim em flash colocando as mãos em meu pescoço, fiz o mesmo que ela e empurrei com força contra a parede, ela caiu e quando se levantou fez menção de correr na minha direção novamente mais Stefan se colocou no meio e neste momento Bonnie entrou em casa com olhos arregalados em companhia de Jeremy.

— O que está acontecendo aqui?

— Pergunta para Caroline – ela endireitou sua roupa fuzilando-me com olhos

— Care o que ouve?

— Não houve nada Bonnie e só a Elena que se acha o centro do mundo.

Elena tentou partir para cima de mim. E mesmo querendo manter a calma e não cair na sua pilha não consegui. Stefan apertou meu braço e me fez parar. Damon agarrou Elena pela cintura e ela se debatia querendo voar pra cima de mim

— Chega Elena! Não houve nada entre mim e Caroline e mesmo se houvesse isso não é da sua conta. Não tenho porque ficar aqui e te lembrar que você não tem direito algum de me perguntar nada ou de sentisse traída, você perdeu esse direito há muito tempo.

Stefan agarrou minha mão e arrastou-me porta fora. Lancei um último olhar a Elena que se desmanchava em lágrimas agora.

 Elena

Fiquei parada olhando para porta, vendo Stefan de mãos dadas com Caroline sumirem pouco a pouco da minha vista. A voz irritada e cheio de desprezo de Stefan se repetia em minha cabeça. Não sabia o que tinha dado em mim para agir daquela forma, mas quando vi Stefan carregando Caroline daquela forma com tanta intimidade um sentimento horrível se apossou de mim.

— Elena – Bonnie tocou seu ombro – Você está bem?

— Não Bonnie, não estou. Por que a Caroline fez isso comigo?

— Isso o que Elena? – Jeremy perguntou impaciente

— Ela é o Stefan… Juntos aqui, nessa casa

— A casa também e do Stefan se esqueceu?

— Elena eles são só amigos – remediou Bonnie

— Amigos por acaso dormem juntos Bonnie?

— Se ele dormiram ou não, isso não é problema seu – Jeremy retrucou maneando a cabeça para mim

— Jeremy… Por favor – Bonnie disse o reprendendo.

— Mas é verdade, você não está como irmão dele?

— Jeremy, foi diferente. Eu e o Damon nos apaixonamos…

— Eles também podem ter se apaixonado Elena. Não é só você que tem esse direito.

— Jeremy – Bonnie se aproximou dele – Chega!

— Não Bonnie, não chega não. Elena vê se cresce de uma vez! Numa semana você ama o Matt, na outra é o Stefan, depois é Damon, agora será quem? – ele fez uma pausa pensativo – Ah já sei, Aron…

— Jeremy eu não tenho nada com Aron, como pode pensar isso de mim? – inquiri ofendida

— Ainda, não sente nada…

— Jeremy… Por favor chega!

— Elena faz um favor para todo mundo, decide de uma vez quem você ama. Não é justo com o Damon nem com Stefan. Jeremy subiu as escadas balançando a cabeça – Você não vem?

— Depois Jeremy – Bonnie respondeu o censurado com o olhar.

— Bonnie você acha que sou tão egoísta feito Katherine? – solucei – Como o meu próprio irmão pode pensar isso de mim?

— Elena o Jeremy se tornou muito próximo do Stefan e do Damon…

— Damon… Eu tenho que explicar pra ele Bonnie….

— Explicar que estava com ciúme do Stefan?

— Bonnie não era ciúme… Mas ele estava lá em cima com a Caroline.

— A Caroline e melhor amiga do Stefan, graças ao Damon é única alias. O que queria que ela fizesse Elena, que o deixa-se na pior, não se se aproxima dele quando ele mais precisa?

— Não… Eu não queria isso, é que…

— É que você ainda sente algo pelo Stefan não é? É agora Caroline e única pessoa que ele confia no momento, não é mais você.

— Bonnie você pensa como eles não é? Que eu sou uma vadia egoísta..

— Claro que não. Mas você está confusa, não é pra menos. Mas se quer mesmo a minha opinião. Eu não concordo com o jeito que o Jeremy falou – ela fez uma pausa estalando os lábios – Mas ele está certo, você tem que se decidir Elena. Nem o Stefan muito menos o Damon vão ficarão esperando eternamente até que se decida. Você só vai machucar a si mesma e perderá os dois no processo.

Caroline

Caminhamos no mais absoluto silêncio. Ainda não conseguia entender o que tinha acontecido lá dentro. O porquê de Elena agir feito uma cadela psicótica. Como ela podia pensar isso de mim? Que eu me aproveitaria de Stefan que “rouparia” seu ex namorado pouco tempo depois que eles terminaram? Suspirei alto, ainda sentindo vontade de voltar lá e dizer umas boas verdades para ela. Olhei para lado e Stefan estava a alguns passos a frente, andando com olhos fixos no chão parecendo remoer questões internas que sabia que tinha nome e sobrenome.

Corri para direção oposta dele seguindo um coelho. Não gostava muito de caçar coelhos, acho que nunca me acostumaria com essa parte. Consegui pegá-lo quando tentava entrar em sua toca. Estava com tanta sede depois da briga que não parei muito para ter pena do pobre animal que se debatia enquanto sugava seu sangue. Limpei a boca com costas da mão e procurei por Stefan que me observava encostado em uma árvore de braços cruzados.

— Não vai caçar?

— Já cacei – respondeu distraído

— Quando? – perguntei lambendo o sangue em meus lábios

— Enquanto você pensava em pegar o pobre coelhinho ai – ele apontou para coelho morto e sorriu. Começamos a andar em direção a sua casa, ele permaneceu em silêncio parecendo perdido em seus pensamentos. Me senti mal por ter sido motivo dele e Elena brigarei mais uma vez, ele precisava de paz e tranquilidade agora e não contribui em nada para isso.

— Stefan.

— Sim?

— Eu sinto muito.

— Sente muito pelo quê? – indagou parando ao meu lado com franzido a testa

— Eu queria te animar, olha o que acabei causando.

Ele suspirou olhando para chão e quando inclinou a cabeça estava sorrindo. Ele pegou minha mão e apertou, entrelaçou nossos dedos, com seus olhos nos meus

— Caroline você não tem porque se desculpar ou se sentir culpada – neguei com cabeça prestes a retrucar mas ele apertou meu queixo forçando-me a olhá-lo – Você é única pessoa que vem se importando comigo, sempre estando ao meu lado quando preciso… A Elena foi atrás de mim por culpa e o Damon idem.

— É mas eu também não te procurei – Caroline abaixou a cabeça envergonhada – Eu deveria…

— Mas me ligou um milhão de vezes. Eu vi no celular, Care não se culpe por isso. Eu sai sem me despedir de você. Eu precisava sair daqui, ir para longe… Você não tinha como adivinhar o que aconteceria comigo. E nada disso realmente importa agora, você é minha melhor amiga…

— Eu sou a única no momento Stefan – corrigi revirando os olhos e ele riu.

— É sim e única – ele passou os braços em volta de meu ombro – Anda vamos

— A onde?

— Eu vou pegar minhas coisas – respondeu calmo.

— Não Stefan, só vai piorar ainda mais as coisas

— Não Care, na verdade eu já deveria ter feito isso. Antes do Silas… – Stefan fez uma pausa se lembrou mais uma vez de estar no cofre. Entrelacei nossas mão novamente lhe dando melhor sorriso que tinha, ele deu sorriso fraco e respirou fundo  – Damon e eu combinamos há um tempo atrás de quem quer que fosse a escolha da Elena… Quem ela não escolhe-se deveria ir embora.

— Mas isso não é justo! – rebati indignada

— Na verdade acho justo sim. Foi a única forma que encontramos para não continuarmos nós odiando mais. E depois de ter perdido a memória só me fez ter a certeza que não e isso que desejo pra mim. Não quero passar mais um século brigando com meu irmão por causa de uma mulher, mesmo que essa mulher seja a Elena… Não vale a pena. E o Damon também a ama, eu não vou ficar aqui e infernizar a vida deles.

— Não seria você – completei, ele assentiu com a cabeça. Continuamos andando em silêncio, sabia que ele tinha pensado muito antes de chegar aquela decisão e mesmo odiando vê-lo ter que abrir mão de sua casa para que Elena continuasse a viver seu contos de fadas, ele deveria fazer o que achava melhor. Quando finalmente chegamos paramos olhando para casa, ele olhou para mim e respirou fundo – Eu não vou entrar com você, não quero ter outra briga com a Elena.

— Tudo bem, mas vai me esperar aqui quando sai?

— Claro que sim, mas não demora!

— Como a senhorita desejar – ele bateu fez uma referência e piscou pra mim. Foi em direção a sua casa em passos lentos, antes que entrasse gritei por ele

— Stefan

— O que?

— Vai dar tudo certo.

Ele assentiu com cabeça me dando outro sorriso de agradecimento, respirou fundo e entrou. Fiquei ali parada de braços cruzados olhando para aquela casa e não conseguindo achar justo que ele fosse embora para que Elena pudesse viver feliz ao lado de Damon, na casa que também era dele. Não depois de tudo o que ele passou, era simplesmente injusto ele nunca poder ser feliz ou estar em paz.

 

X

Entrei em casa em silêncio e agradeci por ninguém estar na sala quando entrei. Fui para meu quarto e peguei em cima do guarda-roupa a maior mala que tinha, coloquei ali todas minhas roupas. Foi revirando as gavetas recolhendo minhas coisas. Achei uma foto minha e de Elena juntos. E a velha e conhecida dor ainda persistia em meu peito. Olhando para aquela foto velha, de uma época não tão distante que parecia pertencer a uma outra vida agora. Olhei para tatuagem em meu braço e me lembrei de que Caroline e Lexi estavam ao meu lado. Não estava mais sozinho, tinha que seguir em frente e esquecer Elena Gilbert de uma vez. Conseguira esse feito com Katherine, também conseguiria esquecer Elena. Fechou a mala e a jogou por cima do ombro, quando se virou seu irmão estava parado no umbral da porta com braços cruzados

— Olá irmão.

— Damon

— Onde está indo?

— Emborra – Damon andou até a janela e viu Caroline encostada no carro de Stefan ele sorriu.

— O que está rolando entre você é loirinha?

— Serio que está me perguntando isso?

— Ah por favor Stefan, ela até que não é de se jogar fora – ele sorriu maliciosamente – E todos sabemos que você tem um fraquinho por loiras e ela tem seus atributos, mas meu fraco mesmo é por morenas se é que me entende… Quer dizer, você entende.

Suspirei exasperado com aquela insinuação absurda. Caroline e eu eramos apenas amigos. Eu entendia ele não compreender isso, nunca teve uma amizade longa e duradora com nenhuma mulher sem se envolver com ela, passei por ele não disposto a rebater e explicar minha amizade com Caroline. Estava cruzando a porta sem olhar para trás, talvez fosse uma superstição boba. Sabia que um dia, vez ou outra voltaria para casa. Mas queria deixar o passado e todos neles trancados naquele quarto.

— Stefan – Damon me chamou, não sorria como antes manteve seu olhos na parede sem coragem de me encarar – Onde está indo dessa vez?

— Quando eu sai daqui há três meses, essa pergunta não era importante pra você, duvido que agora seja. Pode ficar tranquilo Damon, não vou ficar aqui e empatar seu namoro com Elena. Se quer mesmo saber não vou precisar.

Desci deixando Damon parado em meu quarto. Talvez se perguntando se aquilo fora uma ameaça ou apenas um desejo de que tudo desse errado entre eles. E na verdade não era isso que desejava, não de verdade. Podia parecer estupidez e seria provavelmente o que Lexi diria se soubesse que mesmo depois de tudo desejava que ele fosse feliz com Elena. Já Caroline com certeza sorriria e diria que eu estava certa em desejar o bem a eles. Sorri involuntariamente imaginando seu sorriso e as covinhas em sua bochecha. Mas meu sorriso se desfez quando encontrei Elena na ponta da escada esperando por mim.

— Stefan… Eu queria me desculpar pela cena que fiz – ela parou de falar ao ver a mala por cima do meu ombro – Stefan para onde está indo?

— Estou indo embora Elena.

— Stefan não precisa disso tudo. Sei que está sendo difícil para você… Toda essa situação e depois de hoje… Mas eu estou morando no campus você não tera que me ver todos os dias.

— Isso não tem nada a ver com você Elena, estou indo porque já deveria ter saído daqui há muito tempo.

Elena abriu a boca para continuar mais parou quando Bonnie desceu as escadas com Jeremy

— Stefan – Bonnie o abraçou – Como é bom te ver.

— Sinto muito por tudo que aconteceu com você.

— Digo o mesmo. Onde vai?

— Não sei ainda, mas quando descobrir te falo.

Me despedi de Bonnie e acenei com cabeça para Jeremy e ao passa por Elena respirei fundo e a segui em frente sem olhar para trás. Caroline me esperava encostada em meu carro com sorriso no rosto.

— Então para onde vamos?

— Para onde eu vou, você quis dizer. Você tem que voltar para universidade.

— Não, não tenho não! – negou veemente com cabeça

— Caroline, não pode deixar de ir para Withmore agora, vai mesmo desistir da universidade que sempre sonhou agora?

— Não é desistir Stefan e só dá uma pequena pausa – explicou com uma piscadela

— Caroline…

— Stefan tem uma ceita que quer matar vampiros, é por acaso eu sou uma é ainda tem a…

— Elena – completei – Eu sei que não vai ser fácil… Conviver com ela agora, mas você tem a Bonnie lá…

— Eu não quero voltar Stefan – teimou ela com braços cruzados fazendo beicinho – A gente pode viajar pelo mundo, sem roteiros… Talvez Las Vegas, Havaí ou Paris?

— Caroline – apetei seus ombros massageando-os – Nós temos a eternidade para fazer tudo isso. Podemos ir em todos esses lugares e mais um pouco, vamos viver muito para fazer tudo isso. Você é Caroline Forbes e nunca foge de uma situação ou estou enganado? – ela fez uma careta assentindo com cabeça – Você vai lá, vai enfrentar a Elena, estudar passar no teste da peça e eu estarei na primeira fila para aplaudir você okay?

— Está bem – suspirou derrotada – Agora me diz, pra onde você vai?

— Não faço a menos ideia. – respondi sinceramente. Ela riu balançando a cabeça, abri a porta para ela que entrou segurando a saia para baixo. Desviei os olhos de suas pernas, maneando a cabeça para mim mesmo e fechei a porta, dei a volta e entrei no carro. Liguei o carro e esperei até que ela terminasse de colar o cinto e ligasse o som que tocava uma música que não tinha muito a ver como meu estado de espírito mas desejava que em breve seria. Enquanto Caroline cantava alto “Feeling Good” me cutucando quando não cantei com ela. E assim parti de casa sem olhar para trás deixando a voz de Caroline ser o único som sobrevoando meus pensamentos.

 

(...)

Me instalei numa pensão não muito longe de Withmore. Caroline tentou convencer-me a ficar em sua casa, mas sem ela morando lá seria no mínimo estranho dividir a casa com Liz. Relutante ela aceitou que me instalasse em outro lugar, mas com condição clara de que fosse perto da universidade para poder me visitar

Sem nada para fazer já que ainda era horario que ela estava estudando. Larguei o livro no criado mudo e fui para bar que ficava a frente da pensão. Sempre descia lá no mesmo horário, permanecia lá por horas bebendo e observando os outros a minha volta.

— O que vai querer hoje?

A balconista perguntou sorrindo. Ele correspondeu o sorriso e desviou os olhos dos dela para jugular da garota, ouvia nitidamente os batimentos da garota, a veia pulsante em seu pescoço o hipnotizava. Ele respirou fundo como ele mesmo havia ensinado a Caroline e se concentrou em outra coisa que não o desejo de pular bancada e morder o pescoço da garota.

— Uísque – disse com voz rouca tentando conter minha sede

— Uma dose de uísque para mim também, na conta dele – me surpreendi quando notei que alguém me fazia companhia. E quando olhei para lado desejei não ter descido para bar. Era melhor permanecer em meu quarto lendo ou admirando o teto do que estar na companhia dela.

— Katherine.... O que faz aqui?

— Uma velha amiga esta hospedada aqui também – Katherine entornou a dose de uísque e sorriu para mim – Mas me diga o que você faz aqui Stefan?

— Não é da sua conta.

— Oh céus, foi só uma perguntinha inofensiva. Seu mau humor não vai passar nesse século não?

— Com você por perto– entornei a bebida e olhei para ela - E provável que não – retruquei seco

— Querem mais uma dose?

— Sim, com amendoins junto – Katherine apressou-se a dizer – Ah na conta dele.

Revirei os olhos e bufei aborrecido por tê-la como companhia. Olhei-a atentamente enquanto enfiava os amendoins na boca. Sua expressão estava cansada, seu cabelo um tanto desgrenhado, estava com olheiras profundas. Não disse em voz alta, mas ela parecia péssima. Uma moça alta desceu é ao encontrar Katherine seus olhos se estreitaram não sabia se era de fato raiva. Mas percebi o nevosismo de Katherine com a proximidade dela.

— Onde esteve?

— O que é? Sou sua prisioneira agora – Katherine retrucou de má vontade.

— Não você não é. Mas vai vir comigo – A mulher a puxou pelo braço

— Ai – Katherine se afastou olhando o pulso – Olha o que fez.

— Está tudo bem?

Ele achou curioso a reação da mulher que em um minuto parecia furiosa com Katherine e no outro estava preocupada puxou a mão de Katherine e examinou o roxo que seus dedos deixaram, Katherine puxou o braço e voltou para bar apenas para pegar mais amendoins

— Foi bom ver você Stefan – ela sorriu de lado

— Digo o mesmo – menti – Pensei que ficaria mais um pouco?

— Katherine – a mulher que estava com ela estreitou os olhos alternando entre mim e Katherine e quando se voltou para mim sorriu largamente – Ah então esse é o famoso Stefan Salvatore.

— Nós conhecemos?

— Não. Mas minha mãe te conhece como ninguém.

— Vamos embora agora! – Katherine se apressou ordenar, puxando-a pela manga da blusa.

— Calma. Não era você que queria ficar?– ela respondeu com sorrisinho que me pareceu muito familiar, sentou-se ao meu meu lado e apoiou cotovelo na bancada – Então você se separou da Elena? – assenti com a cabeça, a garota sorriu –Você deve estar se sentindo muito só.

— Nádia, vamos agora!

— Katherine, não seja rude! Eu estou apreciando a companhia – sorri para moça ao meu lado – Eu ainda não sei seu nome?

— Meu nome é Nádia, Nádia Petrova – ela estendeu a mão que apertei ainda boquiaberto alternando meus olhos entre ela e Katherine reparando nas semelhanças entre elas. Katherine mordeu os lábios e desviou os olhos dos meus parecendo confirmar o que Nádia tinha dito. Então existia outra Petrova… Aquela mulher, era filha de Katherine. Mas como isso podia ser possível?

Caroline

Bonnie acordou gritando mais uma vez. Continuou a contar mentiras para polpar Elena. Fiquei deitada na cama fitando o teto e escutando músicas aleatórias pensando na vida. Pensando em Tyler e Jesse. Meus sentimentos estavam tão confusos ultimamente que não conseguia compreendê-los. Tinha me aproximado de Jesse como uma forma de parar de me arrastar pelos cantos por Tyler que não voltou como eu esperava quando Klaus lhe deu o sinal verde para voltar. E estava indo tudo bem, ele era agradável e gentil além de ser muito bonito, mas como ninguém era perfeito descobri depois que ele era envolvido com a ceita contra vampiros.

E ionicamente ele era um vampiro que se alimentava de vampiros. E minha querida amiga havia o matado sem exitar para salvar Damon. Agora que estava brigada com Elena o clima estava meio insustentável somando e ela ter matado Jesse friamente ao seu ataque de ciúmes dias antes tinha tornado o clima entre nós intransportável. Estava pensando seriamente em trocar de quarto, mas Stefan me convenceu de que seria besteira fazer isso

Cedo ou tarde vocês duas farão as pazes, vocês sempre fazem” Disse ele com sorriso compressivo. Revirei os olhos para ele que não mudou de opinião, crente que eu perdoaria Elena. E tentei fazer o que ele disse, me aproximar da Elena, mas tinha um muro nos dividindo agora e sabia que o muro tinha um nome: Stefan.

É por esse motivo brigávamos todo momento, qualquer coisa era motivo para briga.

— Quem pegou adaptador? – Bonnie deu ombros, olhei para Elena que penteava seu cabelo em frente ao espelho – Elena você faria o favor de me devolver.

— Não fui eu Caroline!

— Se não foi você, foi a Bonnie – respirei fundo tentando não jogar o secador nela – Bonnie foi você?

— Não Care já disse que não – respondeu impaciente

— Por que está olhando pra mim? Você nunca coloca nada no lugar.

— Eu não coloco as coisas no lugar Elena? Você é que mais bagunça o quarto, sobra sempre pra mim e Bonnie arrumar suas bagunças.

— Como é? – perguntou indignada se levantando

— Isso mesmo que você ouviu. É olha que não é só no quarto que eu estou falando.

Aiiiii — Bonnie gritou mas uma vez se sentou tonta na cama

— Bonnie. – eu e Elena corremos até ela a segurando antes que ela caísse no chão

— Bonnie é melhor você ir a um médico há dias você está assim – disse Elena preocupada.

— Está tudo bem Elena – Bonnie me olhou e sorriu segurando meu pulso, ajudei a sentar-se na cama. Mas ela não soltou meu pulso nem quanto já tinha se sentado – Care da onde surgiu essa tatuagem?

Não queria ter que responder essa pergunta, pelo menos não na frente de Elena, mas ela queria ajuda para desviar atenção de Elena dela e cedi suspirando

— Fiz há pouco tempo.

— A onde? – Bonnie perguntou agora curiosa.

— Blue Devil – Bonnie examinou meu pulso e leu a frase – O que significa essa frase “l be there for you ”?

— Stefan…. foi o Stefan que te disse isso não foi? Ele me disse essa frase um dia.... Você tatuou essa frase Caroline?

— Sim tatuei. Também significa muito pra mim Elena.

— Blue Devil, onde é isso? – Bonnie se apressou em perguntar para dissipar a tensão crescente no ar.

— É uma boate em Atlanta, Stefan e eu fomos assistir um show do Bon Jovi lá.

— O Stefan?

— Sim, ele também fez uma tatuagem. Escreveu a mesma frase que eu.

Sabia que estava machucando Elena. Mas sinceramente não se importei com sua expressão magoada. Afinal ela e Stefan tinha terminado por decisão dela e ele e eu eramos apenas amigos não tinha nenhum drama entre nós. Elena saiu do quarto as pressas, não sabia se ia atrás dela e me desculpava ou xingava por fazer tanto trama.

— Care, por que disse isso?

— O que?

— Invetar essa história de tatuagem somente para provocá-la.

— Para começo de conversa, foi você quem começou. Tinha que me perguntar justamente dessa tatuagem? – deitei na cama olhando para o teto.

— Sim desculpe, mas não precisava botar o nome do Stefan no meio.

— Bonnie não inventei nada. Eu e o Stefan fizemos a mesma tatuagem.

— O que? Por quê? – Bonnie se levantou perplexa.

— Estávamos bêbedos – justifiquei ainda de olhos fechados.

— Caroline.

— O que? Estávamos nos divertindo Bonnie, não e nada demais – Bonnie a encarou seria – Não me olha assim.

— Caroline você sente algo pelo Stefan, não é?

— Claro que não Bonnie – neguei veemente com cabeça mas parei – Quer dizer… Sinto amizade e carinho. Ele é meu melhor amigo, tem me apoiado sempre é apenas isso.

— Sim, mas quando conhecemos o Stefan você era afim dele.

— Bonnie a escola toda era afim dele inclusive você – Bonnie sorriu

— Caroline, posso te pedir uma coisa?

— Claro Bonnie. Menos o adaptador, se é que eu vou encontrá-lo. Tenho certeza que a Elena o escondeu de propósito.

— Tente não se apaixonar por ele.

— O que disse? – perguntei achando que tinha escutado errado

— Care, eu sei que você e o Stefan são amigos. Eu apoio! Mesmo que a Elena não goste. Mas não se apaixone por ele está bem?

— Bonnie eu não vou me apaixonar pelo Stefan – ri da ideia – Seria estranho demais, ele é meu melhor amigo.

Bonnie suspirou e assentiu com cabeça. Continuei rindo disso me perguntando de onde ele haviam tirado essa ideia? Por que duas pessoas de sexo diferente não podiam ser simplesmente amigas sem rolar interesse físico no meio. Stefan era apenas meu amigo, alias era meu melhor amigo. Eu contava coisas a eles que nunca ousei contar a Bonnie ou Elena porque sabia que nunca receberia olhares de desdem, horror ou julgamento.

Estava pressa nesses pensamentos quando virei a cabeça em direção a Bonnie que olhava para porta com a expressão assustada. Ela gritou de dor e desmaiou, corri até ela e consegui pegá-la antes que caísse

— Bonnie, Bonnie fala comigo.

— Caroline o que ouve com Bonnie – Elena perguntou se abaixando tentando acordar a amiga mas Bonnie não acordava. Elena e eu nos entreolharam apreensiva.

O que ouve com ela Caroline? - Elena inquiriu com sobrancelha erguida para mim – O que estão escondendo

— Nada – menti – Talvez foi só uma queda de pressão. Com ajuda de Elena coloquei Bonnie na cama e pela primeira vez naquela semana me sentei ao lado de Elena em silêncio esperando que Bonnie acordasse.

 


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