Aron a levou de volta para casa. Ela não conseguira mais dizer ou fazer nada ao ver Stefan sair atordoado pela porta. Ela tinha sido uma vadia agido daquele jeito, queria chegar logo em casa. E lhe explicar que Aron era apenas um amigo, alguém que a escultava quando ela precisava tão qual o Matt ou ele mesmo fazia antigamente.

– Está tudo bem? – Aron estacionou o carro me fitando intensamente.

– Sim, está tudo bem. Eu só estou preocupada com…

– Stefan. – Completou desanimado

– Não! Quer dizer também, mas eu me referia a Lily. – Aron apenas sorriu.

– Eu notei, como ficou abalada quando ele foi embora. Na verdade, não só eu como todo mundo.

– Aron, eu e Stefan somos… –Caroline pensou o que se encaixaria melhor. Melhores amigos ou ex melhores amigos. Não conseguia achar uma definição convincente daquele sentimento. Pelo menos nenhum que a convencesse. Aron suspirou com meu silêncio.

– Eu entendo. – Respondeu conformado.

– Não, não tem que entender Aron. Eu e Stefan somos amigos. Quando eu me transformei em vampiro e matei … Pela primeira vez. Eu fiquei descontrolada Damon tentou me matar e foi o Stefan que me ajudou. Ele me salvou de me tornar um monstro. Caroline sentiu um nó em sua garganta com as lembranças.

– Mas não é só gratidão Caroline, eu posso entender isso agora. Pela maneira que seus olhos brilham quando fala ou pensa nele.

Caroline abaixou a cabeça tentando esconder as lágrimas que ameaçavam cair. Aron se o aproximou tocou me delicadamente em meu rosto e beijou minha testa demoradamente.

– Aron…– Ele me silenciou colocando o dedo em meus lábios sorrindo

– Não precisa dizer nada. Eu estarei aqui, se der certo. E estarei aqui se não der. Caroline sorriu abraçou Aron demoradamente, antes de sair ele secou as lágrimas em meus olhos.

Eu fiquei parada vendo o carro dele sumir de vista, mesmo o conhecendo tão pouco, Aron assim como Stefan lhe causava segurança. Percebeu que tudo o que queria dele afinal era um amigo. Já que ela e Stefan… Ela nem sabiam o que significam um pro outro

Quando entrei em casa Bonnie e Jeremy estavam no sofá. Bonnie apoiava a cabeça no ombro de Jeremy enquanto o mesmo entrelaçava as mãos com as dela. Senti uma pontada de inveja de Bonnie e de sua vida amorosa perfeita.

– Oi Care, demorou.

– Desculpe Bonnie, eu fiquei conversando um pouco mais com Aron. Ah Jeremy, desculpe por tê-lo te feito de baba …

– Sabe que eu adoro ficar com ela, não tem problema nenhum.

– Como ela está?– Caroline se sentou no sofá desabotoando o cardigã e ficou apreensiva com a troca de olhares entre Bonnie e Jeremy – O que ouve?

– A Lily… Ela fez uma pequena demostração do seu poder, quase derreteu o cérebro do Jer.

– Não precisa exagerar Bonnie não foi pra tanto.– Remediou

– Ela está bem?

– Sim esta, mas ela ficou repetindo que, ele estava atrás dela… Que mataria a todos, menos eu.

– O que? Mataria? Quem é ele e por que não mataria você? Jeremy deu ombros.

– Caroline a Lily precisa de controle, ela pode machucar alguém ou ela mesma.

– O que pretende fazer Bonnie dar seu grimório pra ela?

– Não! Mas tentarei explicar para ela o que está acontecendo. Teria sido muito útil se tivessem feito o mesmo comigo. – Jeremy apertou o ombro de Bonnie.

– O Stefan sabe disso?– Caroline olhou para os lados e Bonnie estreitou os olhos – Ele não veio para cá não é?– Caroline fechou os olhos, desapontada.

– Não, na verdade não. – Jeremy respondeu tenso.

– Eu vou dormir, vão ficar por aqui não é? – Bonnie assentiu – Boa noite.

Caroline deitou-se na cama olhando para o rosto sereno de Lily, não queria chorar mas não conteve as lágrimas ao pensar no paradeiro de Stefan, ela havia lhe ligado diversas vezes assim que ele saiu. Nem passou pela sua cabeça que ele iria correndo para os braços de Katherine. Porque se tinha certeza de algo, e que ele estaria lá, nos braços dela. Depois de beijá-la daquele jeito. Caroline secou as lágrimas se e aconchegando mais perto de Lily. Stefan, não merecia suas lágrimas nem ele nem homem nenhum.

Elena

Elena se revirou na cama. Damon dormia profundamente ao seu lado, ela deu graças a deus por isso. Elena se esgueirou da cama com cuidado. Não conseguia dormir, tudo o que conseguia pensar era Caroline e Stefan juntos. Poderia ser apenas sua imaginação, mas algo no olhar de Caroline lhe dizia isso.

Mas foi quando Stefan provocou Aron e quebrou o copo com os olhos vidrados em Caroline que ela teve certeza. Ela queria explicações, mas na verdade ela já sabia. Sentia-se nauseada só em pensar nessa possibilidade. Era egoismo talvez, ou simplesmente não podia suportar o fato de ver Stefan com Caroline ou com qualquer outra mulher além dela. Elena se sentou na poltrona bagunçando os cabelos, a vontade que tinha era de estapear Caroline.

Mas que direito ela tinha sobre a vida dele, depois de tê-lo traído com seu irmão. Que direito ela tinha de julgar Caroline por se apaixonar por Stefan. Ela sabia que seria uma questão de tempo para que isso acontecesse. Mas não queria acreditar que acontecera tão cedo é pior que Stefan a correspondia com a mesma intensidade. Elena se assustou com o toque e o beijo quente que Damon lhe deu no pescoço.

– O que ouve?

– Ah nada, só perdi o sono.– Damon franziu a testa

– Eu imagino o motivo – Damon puxou Elena e pegou no colocando

– Damon para! –Elena choramingou, Damon se aproximou de seu rosto lhe beijando.

– Nada disso. Não vou te dar espaço, pra pensar em nada que não seja eu. Elena sorriu correspondendo o beijo, mas mesmo envolta aos braços de Damon não conseguiu tirar Stefan da cabeça

Stefan

Stefan acordou do lado de Katherine. Ela dormia tranquila, mau tinha conseguido pregar os olhos, quando um barulho no celular o acordou, ficou atordoado. Havia várias ligações de Caroline. Stefan se levantou se afastando de Katherine. Uma mensagem do Jeremy.

Cara, você fez tudo errado. Onde você está?

Eu era um completo idiota. Não que eu tivesse dormido com Katherine, não dormi. Fiquei escultando-a contar sobre um tão Dylan que iria ajudá-la. E me esquivei de qualquer tentativa da mesma. Porem não escultara quase nada. Tudo o que conseguia pensar era em Caroline junto com Aron, era em seu sorriso ao olhá-lo.

Aquilo estava o culminando por dentro. E agora que vinha tantas ligações de Caroline sentia o peso da culpa sobre mim, ou simplesmente a conclusão de que havia agido como uma adolescente estúpido. Na verdade me parecia muito com… Damon. Ele que costuma fugir do que sentia e esconder as frustrações nos braços de mulheres que ele mau conhecia e depois se alimentar delas. Caroline foi uma delas. Stefan sentiu um calafrio o percorrer ao se lembrar desse fato.

– Já acordado? Stefan apenas assentiu – Hummm conheço essa cara. Katherine passou as mãos em volta de meu pescoço. Eu desviei rapidamente de sua intenção de me beijar

– O que ouve?

– Nada Katherine. Katherine sorriu mordiscando seu lábio inferior, mesmo depois de tanto tempo ela ainda tinha a mesma mania, ela enrolou uma mecha de seu cabelo com aquele sorriso malicioso. Que ele odiava admitir, mas adorava.

– Então como foi?

– Como foi o que? Perguntei desviando os olhos para a janela

– Como foi sua transa com ela? Com minha cara confusa Katherine sorriu se aproximando – Caroline, como foi? Eu suspirei tentando me recompor do choque da pergunta, ou da imagem de Caroline e eu…

– Não transamos – Retruquei categórico

– Ah não? Então porque essa confusão mental. Eu já tinha sacado toda aquela tensão sexual entre vocês dois. Katherine fez uma careta – Na verdade eu me perguntava como não tinha rolado nada ainda, se fosse eu no lugar dela. Katherine deslizou a unha afiada em meu peito, olhando-me com desejo. Eu peguei sua mão e me afastei.

– Eu tenho que ir embora.

– Já vai correr até ela. Você não muda não é?

– Eu podia me ofender com essa acusação, se não soubesse que despeito.

– Despeito? Não! Eu sei de uma coisa agora Stefan – Katherine se aproximou de Stefan lambendo os lábios devagar – Você pode até ficar com ela, por um tempo. Mas e pra mim que você sempre vai voltar. Não é a Elena sua alma gêmea… Sou eu. Stefan riu, mas Katherine selou os lábios no dele – Você e eu estamos destinados a ficarmos juntos Stefan. Você querendo ou não querendo.

Stefan saiu sorrindo balançando a cabeça, podia olhar o sorriso de Katherine iluminar seu rosto.

X

– Tem certeza que isso vai ajudá-la?– Caroline perguntou aflita

– Sim eu tenho.– Bonnie sorriu se aproximando de Lily que trancou a cara.

– Lily ela só esta querendo te ajudar. –Jeremy remediu se agachando ficando em sua altura.

– Não sei se quero a ajuda dela – Caroline e Jeremy se entreolharam com altivez na voz Lily

– Lily, eu sei que não foi muito simpática no começo. Mas eu quero te ajudar, eu sou como você.... Quer dizer eu já fui como você. Eu posso de ajudar. Lily cruzou os braços

– E seu eu não quiser ser ajuda por você. – Bonnie suspirou olhando para Caroline.

– Podem me dar um minuto com a Lily por favor – Bonnie e Jeremy sairão do quarto se aproximando da menina – Lily, sabe o quanto eu te amo não sabe? – Lily não respondeu, manteve os olhos na parede emburrada.

– Ela não gosta de mim, porque quer me ajudar agora?

– Bonnie sempre foi assim Lily, mas acredite, ela e a pessoa mas boa a que mais se importa com os outros. Se soubesse quantos perigos ela já enfrentou por mim, Pelo Jeremy e Stefan. Ela quer te ajudar, por mim… De uma chance a ela O.k.

Lily saiu de mãos dadas com Caroline. Bonnie pediu para que ela fechasse os olhos e se concentra-se. Bonnie colocou uma vela na frente de Lily e pediu que se concentra-se na vê-la a sua frente. Demorou meia hora, entre as reclamações de Lily e a broncas de Bonnie quando Lily acendeu a vela.

– Meu deus Lily você conseguiu! – Bonnie me lançou um olhar me repreendendo. Lily permaneceu de olhos fechados. Bonnie a chamou

– Pode abrir os olhos – Mas Lily não obedeceu permanecia de olhos fechados. Quando Bonnie tocou em seu ombro ela abriu os olhos parecendo em transe. Bonnie foi jogada para a parede. Jeremy correu para acudi-la. Caroline sacudiu Lily tentando acordá-la, Lily olhou vidrada para janela e a cortina começou a pegar fogo.

– O que está acontecendo – Stefan surgiu apagando o fogo com a jaqueta. Caroline se aproximou abraçando Lily

– Acorda Lily, por favor.

Nada que ela o Stefan fizeram a seguir surtiu resultado. Lily permanecia muda com os olhos parados. Como se tivesse em um mundo paralelo.

– O que aconteceu, por que ela ficou nesse estado. Caroline olhou para Bonnie que suspirou se levantando, ainda segurando um saco de gelo sobre o galo sobressalente em sua testa

– Foi minha culpa Stefan – Bonnie admitiu – Eu queria ajudá-la, a controlar seu poder, mas eu não pensei que ela tivesse tanto.

– Ela quase colocou fogo na casa.

– Será que ela vai ficar bem? Caroline se sentou na cama ao lado de Lily que olhava fixamente para parede, como se não estivesse ali.

Caroline ficou com Lily ate ter certeza que ela havia dormido. Bonnie e Jeremy tinham ido embora, Bonnie prometeu achar uma solução para Lily, mas depois do ocorrido eu quase não tinha esperanças de que ela obtivesse sucesso.

– Ela dormiu?

– Sim – Caroline sentou o mas longe possível de Stefan, não queria pensar no que tinha acontecido, tinha que se concentrar em Lily.

– Care – Stefan fungou, tentando encontrar as palavras Caroline o cortou

– Stefan não vamos falar disso ou melhor nunca vamos. Caroline se levantou e Stefan a seguiu até a cozinha, ela pegou uma bolsa de sangue

– Então você pretende simplesmente ignorar o que aconteceu? Vai fingir que não sentiu o mesmo que eu? Caroline estremeceu com a lembrança. Ela sorriu para Stefan limpando uma gota de sangue no canto da boca.

– Do que está falando? Eu não me lembro. Stefan riu, nervoso. Caroline sabia, porque ele passou as mãos nos cabelos e olhou para ela impaciente. Caroline tentou sair da cozinha, mas Stefan ficou em sua frente. Stefan olhou profundamente em seus olhos, Caroline sentiu suas pernas tremerem. Sentiu aquele arrepio subir pelo corpo.

– Sai da frente Stefan – Caroline tentou dizer alto, mas sua voz saiu falhada. Stefan se aproximou mais pegando em meus braços

– Então você não sente nada, quando a toco? Não sente nada quando olha nos meus olhos. Não sentiu o mundo parar quando nos beijamos? Stefan se aproxima mais, quebrando a distância se aproximando de seus lábios. Caroline podia sentir seu hálito, podia ver todas as cores de seu olho, se concentrou na raiva que sentira dele mas cedo e se afastou de Stefan.

– Não, eu não senti nada – Caroline sibilou sem encará-lo sua voz saiu falha.

– Claro. Stefan afirmou sério – Você só deve sentir isso pelo Aron. Stefan me deu as costas. Eu demorei alguns segundos para absorver aquela acusação. Eu corri até ele o parando

– Espera ai, o Aron e eu somos amigos. Apenas isso

– Não foi que pareceu ontem. Todo aquele ciúme que ele teve de você, ele ensinando a jogar sinuca, tão próximo de você…

– Ele e meu amigo Stefan, ele me dá apoio… Eu não tenho que te dar explicações

– Obvio que não. Porque está estampado na sua cara que esta afim dele – Stefan gritou, Caroline gargalhou indignada com tudo Stefan a fitou confuso por um segundos.

– Você vem aqui, me joga na cara que eu estou afim do Aron – Caroline suspirou se aproximando de Stefan – Onde você passou a noite Stefan?– Stefan não soube o que responder, o que ele diria que só dormiu lá, e escultou Katherine a noite inteira. Que dormiu ao lado dela, sem conseguir dormir pensando naquele beijo, pensando nela.

– Sim eu dormi com Katherine mais não…

– O que vai mesmo me dizer, que apenas ficaram jogando cartas? Você é inacreditável Stefan. Caroline sentiu as lágrimas descerem por seu rosto, queria bater nele, mandá-lo embora pra sempre. Stefan se aproximou de Caroline e tocou em seu ombro

– Care – Ela desviou o ombro de seu toque olhando para janela, não queria encará-lo. Não queria que ele, olha-se para ela. Não queria chorar e ficar frágil perto dele. – Eu sei que pode não acreditar em mim Caroline, mas você sabe que eu não faria isso.

– Não faria o que? Dormir com a Katherine…

– Sim, você me conhece. Eu fui para lá.... Eu nem sei porque eu fui até lá.

– Eu sei. Você sempre acaba voltando para uma delas, você e doente como Silas. Stefan sentiu uma bofetada com a comparação, ele revidar mais a luz da sala piscou, quando se virou Lily estava na porta olhando assutada para os dois. Nem tinha se dado conta que estavam gritando.

– Lily. – Stefan correu até ela. Caroline enxugou as lágrimas e agachou olhando para Lily

– Porque estavam gritando?– Stefan e Caroline se entreolharam envergonhados

– Nada – Disseram em uníssono. Dessa vez foi Stefan que a levou para cama. Ficou um bom tempo lá dentro até fazê-la dormir.

– Ela dormiu? – Stefan assentiu com a cabeça.

– Caroline nos não podemos ficar assim. Caroline levantou a cabeça sustentando seu olhar – Nos juramos proteger a Lily

– Eu sei – murmurei – A última coisa que eu queria era que chegasse a esse ponto.

– Caroline – Stefan sentou tomando minhas mãos – Você é minha melhor amiga, a pessoa que mas me importo – Caroline o calou sorrindo

– Vamos fazer uma trégua e esquecer tudo.

Ficamos ambos em silêncio, tudo o que vinha em minha mente era o beijo. Era o que o seu simples toque me causava, Stefan sorriu assentindo com a cabeça. Eu me levantei e estendi a mão para ele – Amigos?

Stefan demorou para se levantar, quando pegou em minha mão e olhou em meus olhos, o tempo parecia ter parado. A sensação de calor me invadiu quando nossos olhos se encontram. Eu suspirei para mim mesma, quando minha mente recuou para noite anterior. O gosto de seus lábios era nítido em minha boca. Mesmo estando morta, naquele momento com a minha mão entrelaçada a dele, olhando em seus olhos verdes. Nunca me senti tão viva e tão perdida em toda minha vida.

Nossos corpos apenas a centímetros de distância, que eu lutava comigo mesmo para sufocar o impulso irresistível de estender a mão e beijá-la, eu sabia que o sentimento era mútuo, me encolhe aborrecido. Olhando seus olhos azuis, consegui ver a mesma confusão que sentia, podia ver o mesmo desejo que me atormentava. Nunca tive tão próximo e tão distante dela.

– Amigos! Afirmei sorrindo ainda apertando sua mão. Ainda sentindo sua pela aveludada contra a minha. Ainda sentindo uma pontada de dor, uma agustia crescente em meu peito. Caroline sorriu e soltou minha mão, ela não disse mais nada, caminhou devagar com os olhos presos ao chão murmurou uma boa noite e entrou no quarto. Eu me sentei desnorteado, perdido. Porque tinha que ter demorado tanto para ver obvio. No mesmo momento que descobri que amo, eu percebo que não posso tê-la.