Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 52
Capítulo L - Ida para o palácio e novas paixões.




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– No que você está pensando? - perguntou ele, sentando-se ao meu lado.

– Em quando nós nos conhecemos aqui no Acampamento... - murmurei, sorrindo.

– Mas... nós não nos conhecemos no Acampamento. - ele falou - Nós nos conhecemos desde bem antes disso... Seu pai era amigo da minha mãe... Não se lembra?

– Eu... Sério? Não me lembrava...

– Nós brincávamos juntos quando crianças... Minha mãe costumava dizer "Eles se apaixonam mais a cada dia"... E eu não acreditava na época... Agora eu vejo como ela estava certa.

– Mas como é que eu não lembro disso? - perguntei, tentando voltar os fatos em minha memória. E então alguns vislumbres surgiram em minha mente. Uma garota pequena, com cabelos castanhos voando ao vento, e um garoto um pouco mais alto, com cabelos loiros, que corria atrás dela.

– Eu não sei, sinceramente... Isso faz realmente muito tempo, uns doze anos, eu diria.

Ele sorriu para mim. Mais um vislumbre surgiu em minha mente. A mesma garotinha de cabelos castanhos, que parecia um pouco mais velha, estava sentada na varanda de uma casa, olhando as estrelas. O mesmo garotinho estava sentado ao seu lado, e sorria para ela.

– São lindas, não são? - perguntou.

– Sim, são. Alguém lá em cima fez um bom trabalho...

Minha mente voltou para o momento, quando ele envolvia seus braços em mim, em um abraço.

– Uma das únicas coisas que eu consigo lembrar é de quando você desafiou que eu te beijasse, e saiu correndo, sem me dar uma chance de tentar. - ele riu, mas sem humor algum em sua voz. - Você não prestava...

– Não presto até hoje. - ri, sorrindo para ele, e então beijando-o.

P.O.V Isa

Andava de um lado para o outro em meu quarto, não conseguia pensar, suas faces, daqueles que eu amava, me olhando chocadas, e em um certo ponto, decepcionadas. Eu decepcionei-os novamente, eu era um lixo, um lixo que só fazia cagada.

*Flashback on*

– Agora que já se acomodou - papai disse - acho melhor você avisar seus amigos, pelo menos dizer que está segura.

Eu não queria, não queria encará-los e dizer que mais uma vez fui covarde, fugi novamente por medo, medo do que estava acontecendo, do que estava por vir. Mas eu lhes devia uma satisfação. Não conseguiria encarar Luisa, e saber que nem ao menos lhe disse adeus, ou Julie, Alawara, Connor... E não queria, desesperadamente não queria olhar para Heitor.

– Oh Íris, deusa do arco-íris, aceite minha oferenda - joguei um dracma em um arco-iris que havia se formado em uma das fontes do jardim - mostre-me Leo Valdez.

Não podia ser, meu azar não poderia ser tão grande, concentrava-me no que iria dizer enquanto a imagem na tela tomava foco... e eu dava de cara com Heitor.

Gelei.

– Hey gente - gaguejei enquanto Alawara, Heitor e Leo me encaravam. - Bom... - Respirei, tentando manter a voz firme, mas eu ja tinha esquecido tudo o que havia planejado falar - E... Eu só queria dizer que não to realmente aguentando mais esse acampamento. Realmente sinto muito, amo vocês. - Passei a mão correndo em cima da tela e cai deitada na grama, arquejando. Já tinha feito a cagada toda - Meu santo Apolo - murmurei - me ajuda.

*Flashback off*

E agora eu estava aqui, encarando as paredes douradas do meu quarto. Previa que logo meu pai apareceria aqui, mas eu não estava a fim de ver ninguém. Na verdade, eu queria desaparecer desse mundo. Eu tinha abandonado meus amigos sem nenhum motivo válido.

Depois de muitas voltas de um lado para o outro do quarto, joguei-me na cama, e Hipnos foi mais forte que eu. Meus olhos se fecharam imediatamente e meus pensamentos de culpa se dissolveram, pelo menos até o próximo sonho.

POV Luisa

– Então, você ficou sabendo da Isa? - Connor perguntou. Eu o olhei, sem entender. - Ela foi para o palácio de Apolo de novo...

– Como você sabe?

– Encontrei o Leo no caminho para cá... Ele parecia triste, então fui perguntar o que tinha acontecido... E então ele falou que a Isa tinha sumido, e que depois ela mandou uma Mensagem de Iris para ele e disse que tinha ido para lá...

– Mas por que ela saiu sem avisar?

– O Leo não soube responder isso com certeza...

– Bom, e alguém sabe o porque dela fazer as coisas? - dei uma risada fraca.

– Simples - Connor disse - Isabella simplesmente faz, não tem um porque.

Sorri e o beijei. O porque? Não sei, sei apenas que senti a extrema necessidade de fazer
aquilo.

POV Leo

O Acampamento estava extremamente quieto e parado depois que Isabella tinha partido. Alawara e Heitor estavam no chalé dele, e, bom, não queria nem pensar o que estavam fazendo. Melhor imaginar que estavam fazendo guerrinha de água...

Luisa e Connor estavam no chalé 6, Julie e Malcolm estavam no chalé de Quione, enfim... eu estava de vela novamente.

Peguei uma espada e andei até a arena, esperando encontrar Brissy, ou alguém com quem eu pudesse treinar. Na arena, encontrei apenas Mike, o filho de Ares mais fraco do Acampamento, a quem ataquei sem aviso prévio e venci com a mesma facilidade.

– Onde está Brissy? - perguntei.

– Ela... Acho que ela voltou para o palácio dela. Ou... Ela falou alguma coisa sobre Atlântida e...

– Atlântida? Mas esse é o reino de Poseidon e... da Abnara e do Agasias...

– Ela estava com Agasias quando saiu daqui. - Mike engoliu em seco, e então tirei minha espada de perto de sua garganta.

Saí correndo em direção à área dos chalés e entre no chalé 6.

– Luisa, Connor! - exclamei, fazendo com que prestassem atenção em mim - A Brissy...

– O que tem a Brissy, Leo?

– Ela... ela está com o Agasias novamente.

POV Isabella

Acordei com uma batida na porta.

– Posso entrar? - Uma voz masculina perguntou.

Assenti confusa, me perguntando quem seria, e então percebi que ele, seja quem for, não estava me vendo através da porta.

– Sim - disse sonolenta. Fentey apareceu dentro do quarto.

Uma lágrima de agradecimento surgiu em minha face, e sai correndo para abraçá-lo.

Ele pigarreou.

– Hm... desculpa - disse soltando-o.

– Não tem problema... - ele sorriu, confuso. - Seu pai mandou eu te chamar para o jantar.

– Ah... Ok... Só... não foi ele quem cozinhou, certo?

Fentey riu.

– Não, podemos perceber isso pelo fato de o Sistema Solar não ter sido destruído ainda. - falou. - Lave o rosto e vá para a sala de jantar.

Ri levemente e me levantei, enquanto Fentey saia do quarto. Definitivamente não estava a fim de comer nada. Sentei-me a mesa de jantar de frente com meu pai, e alguém nos serviu. Dei uma mexida na comida do prato e acabei deixando como estava. Voltei para o meu quarto com o estômago vazio, e o coração cheio de sentimentos.

Precisava de alguem, precisava estar com alguem, e simplesmente achei que Apolo não seria a melhor opção. Lembrei da primeira vez que vim parar aqui, a garota decidida, que brigou com mortais e imortais pelo o que queria. Lembrei também que tinha feito um amigo, aquele ser fechado, que aos poucos foi se tornando um amigo incrível. Não conseguiria coisa melhor, não agora. Toquei uma campainha, e Fentey entrou em meu quarto.

– Precisa de alguma coisa, Isa? - perguntou Fentey, preocupado.

– Eu... Só queria alguém com quem conversar.

– Conversar sobre o quê?

– Qualquer coisa... Preciso ocupar minha mente.

– Está preocupada com algo?

– Estou... Com o que os meus amigos vão pensar sobre mim. - falei, tentando evitar que uma lágrima escorresse pelo meu rosto.

Ele se sentou ao meu lado.

– Nunca pensei que você, em especial, ligasse para o que os outros pensam.

– Não, não exatamente.

– Hã? - perguntou confuso.

– Na realidade, estou confusa, não sei o que estou fazendo, só... só seguindo meu coração. Mas as vezes acho que nem ele sabe.

– Olha, Isa... eu percebo que você ama seus amigos, e acho que esse deve ser o único motivo para que você esteja preocupada com o que estão achando de você. Mas eles amam você também, não pense o contrário. Sendo assim, eu acho que eles vão confiar em você enquanto você seguir seus sentimentos. Você não os abandonou pra sempre, apenas por um tempo.

– O jeito que você fala... já passou por isso?

– Nunca, na verdade. Nunca cheguei a amar alguém. Mas acho que quem nunca passou por tal coisa e olha por fora, tem mais facilidade para dar conselhos.

– Nunca? Digo, nunca amou mesmo?

Ele deu uma risada fraca.

– Nunca tive a oportunidade.

– Como assim?

Ele riu.

– Nunca passei muito tempo fora desse palácio. E, bom... não tem muitas opções por aqui. Tudo bem, tem ninfas e deusas menores, mas não teria chance com nenhuma delas...

– Quem disse? Você é o cara de cabelo roxo mais sexy que já conheci - disse.

Ele riu.

– Não conheceu muitos, eu acho.

– Na verdade, você é o único - gargalhei - Mas sério, se eu já não tivesse tantos problemas com garotos - fiz uma pausa, rezando para que só ele ouvisse isso - você teria sérios problemas comigo - pisquei.

Ele gargalhou.

– Nunca acreditei mais que você fosse filha de Apolo do que agora.

Dei de ombros.

– Mas pro seu azar, eu não puxei o lado galinha de Apolo... Pelo menos não completamente. - falei, rindo.

– Reze para que seu pai não tenha ouvido isso. - comentou, com um sorriso torto.

– Ah, não se preocupe... Meu pai conhece muito bem a fama que tem.

– Você tem sorte de ser a unica que ele não incineraria - ele deu de ombros.

– Ah, não sei, acho que é porque ele se identifica comigo.

– Tenho até medo - ele sorriu.

P.O.V George

O chalé estava vazio. Todos os outros filhos de Poseidon estavam na praia ou na arena. Apenas eu tinha ficado ali, escutando o som da água da pequena cachoeira batendo nas pedras. Lembrava-me do sorriso doce, mas muitas vezes malicioso, da menina que eu gostava. Gostava não. Eu ainda a amava. Eu sabia que não daríamos certo como casal. Nós já havíamos tentado. Sem contar que ela estava namorando agora.

Se eu continuasse pensando sobre isso, iria enlouquecer.

E seria logo. Tudo o que eu mais queria era sair correndo e ir até ela. Mas eu não podia, não queria estragar sua vida.
Meus pensamentos pararam no dia em que a conheci.

*flashback on*

Estava nos estábulos, passando o tempo. Fora a praia, era meu lugar favorito. E então ela apareceu, estava falando sozinha, enquanto tentava subir em um pégaso novo. Eu nunca tinha visto ela.

– Precisa de ajuda? - perguntei, tentando ser prestativo.

– Bom, consegue falar para esse pégaso me deixar montá-lo? Não quero perder pontos na parte de equitação...

Eu ri. Sua voz soava como se estivesse entediada com aquilo, mas que tinha que fazê-lo.

– Bom, acho que você já percebeu que eu sou filho de Poseidon. - murmurei, sorrindo para ela.

– Meio improvável algum outro semideus ter cabelos e olhos azuis... - comentou. - Qual é o seu nome?

– Ah, desculpe. Meu nome é George. E o seu?

– Me chamo Isabella. - murmurou, e virou-se de volta para o pégaso.

Sorri, não sabia bem o porque.

– Você poderia dar-lhe um cubo de açúcar, o que acha? - sugeri.

– Não é comprando-o vou faze-lo gostar de mim - ela revirou os olhos.

Gargalhei.

– Gênio difícil garota.

– Os fáceis são chatos- murmurou novamente.

– E os difíceis são irritantes. - falei, rindo.

– Bom, esse é o seu ponto de vista. - falou, revirando os olhos.

Por algum motivo, a forma curta de falar dela me deixou maravilhado. Os olhos castanhos dela possuíam um brilho maravilhoso, que eu nunca tinha visto antes.

Vi ela sussurrar algo para o animal e enfim conseguir montá-lo.

– Viu? Não precisei compra-lo para que gostasse de mim.

Só consegui sorrir

* flashback off *

Sorri envolvido nas lembranças.

P.o.v Isa

Ninguém, absolutamente ninguém sabia o verdadeiro motivo para eu estar ali.

*flashback on*

A batalha havia terminado, e tudo o que eu conseguia sentir era a falta do filho de Poseidon nela. Corri então para o lago, na esperança de ficar sozinha, mas não foi exatamente o que aconteceu.
Lacy, filha de Afrodite, estava sentada em uma rocha, com um caderno em mãos, recitava um belo poema, belo, até eu ouvir o resto.

– Seus cabelos e olhos azuis que...

Cabelos e olhos azuis? Só uma pessoa em todo o acampamento tem cabelos e olhos azuis, aquela que eu venho sentindo saudade a cada abraço recebido, a cada vez que olho ao mar. Uma vez eu disse a Poseidon que nós não tínhamos dado certo. Será mesmo? Ou eu só estava tentando desafiar meu pai? Não sei. Mas não estava disposta a perde-lo para ela. Pensei silenciosamente em alguma coisa, que a tirasse do caminho. Mas era errado, ele seria feliz com ela, mas do que um dia tinha vindo a ser comigo. Esperei que ela saísse e desabei em lágrimas, desejei que ele estivesse ali, pois era a unica coisa que eu queria.
Ouvi então passos se aproximando e sequei as lágrimas que ainda estavam em meu rosto. Mas não foi ele quem apareceu. Papai. Então eu soube que tinha que dar um tempo em tudo isso, e em todos. Fugi mais uma vez para o Palácio de Apolo.

*flashback off*

Me mexi de um lado para o outro e resolvi tomar uma atitude um pouco exagerada.

– Oh Iris, deusa do arco- íris aceite minha oferenda - respirei fundo, tentada a desistir da ideia. - Mostre-me... mostre-me... me mostre George.

O garoto de cabelos azuis apareceu em minha frente, de costas para mim. Perfeito, obrigada Iris. Ele murmurava algo, que tive que apurar os ouvidos para perceber.

– E os difíceis são irritantes - sua voz rouca murmurava sem parar, enquanto olhava para o nada.

A colher que estava em minha mão - não me pergunte porque eu tinha uma colher em mãos - caiu, em cima da cama, por sorte. Era a frase que ele me disse, quando nos conhecemos. Lembro claramente do dia:

" - Gênio difícil garota- me disse. Bom, ele não era o primeiro a me dizer isso.

– Os fáceis são chatos- murmurei.

– E os difíceis são irritantes - falou o garoto que tinha acabado de conhecer.

– Bom, esse é o seu ponto de vista - revirei os olhos

E ele sorriu."

Daquele dia em diante, não consegui esquecer seu sorriso, o sorriso que tomava conta dos meus sonhos, pensamentos, mas não era ele que aparecia agora. Seus ombros estavam tensos, fazia tempo que não o via assim.

E então ele saiu do chalé, me tirando de meus devaneios. Acabei com a chamada.

P.O.V. Leo

Estava treinando arco e flecha, só não sei o motivo. Quando um smurf chega ao meu lado, revezando entre correr e andar.

– Onde ela está? - ele disse.

– Ela...?

– Isa, onde ela está?

– Isabella para você, e hm, não é do seu interesse - disse, sem esconder a mágoa na voz. Porque ele estava atrás dela?

– Somente eu sei o que é do meu interesse ou não - ele revirou os olhos.

– Suma - murmurei.

– O que... ?

– Suma - disse mais alto - Suma daqui, antes de virar peixe frito.

Eu me perguntava o que aquele filho de Poseidon vulgo smurf estava fazendo atrás da minha menina. Eu já estava irritado o suficiente por ela ter sumido, e agora outro garoto estava atrás dela? Eu não podia suportar aquilo...

– Wouldn't change a thing... - murmurei uma das primeiras músicas que eu tinha cantado com ela, e que aparentemente era a "nossa" música. - Bom, eu mudaria... - resmunguei comigo mesmo. - Mudaria o fato de ela desaparecer sem dar explicações... Mudaria o fato de Afrodite brincar tanto com nossos corações.

– Falando sozinho, Leo? - uma voz conhecida murmurou, e me deparei com Luisa, segurando um arco e com uma aljava presa ao ombro.

– Ah, Lui... Bom... estou só um pouco irritado...

– Com o quê?

– Aquele smurf ex-namorado da Isa estava procurando por ela... Eu... Não sei o que pensar.

– Então não pense. Apenas tente falar com ela. - Luisa colocou a mão do bolso, pegando algo. Então atirou o objeto em minha direção. Um dracma de ouro. - Mande uma MI, se tiver coragem... - e então saiu, andando em direção à arena.

Atirei a moeda ao ar e rezei para Iris. Isabella apareceu.

P.O.V Luisa

Cheguei na arena, e ela estava vazia, ou pelo menos eu pensava que estava. George estava sentado em um canto separado. Resolvi ignora-lo, e comecei a acertar alguns alvos.

Uma flecha escapou e, de alguma forma, atingiu a parede ao seu lado.

– Quer me matar, Luisa? - perguntou, com a voz dura.

– Desculpe, George... - falei - A flecha escapou.

– Que seja. Você viu Isabella?

– Não vejo ela há horas. - murmurei. Não era exatamente uma mentira, era uma omissão.

– Não acredito que depois de tanto tempo ela ainda tenha a capacidade de desaparecer - ele murmurou.

Dei de ombros, era realmente uma habilidade especial.

Continuei por mais um ou dois alvos, quando Connor chegou correndo.

– Luisa! - exclamou. - Ah, hã... George?

– Olá, Connor.

– O que foi? - perguntei, olhando nos olhos azuis de Connor.

– Hã... Podemos conversar no meu chalé?

Assenti o seguindo.

– Hã... aconteceu alguma coisa? - perguntei.

– Sente-se - ele pediu.

Estranhei, mas sentei mesmo assim.

– Pode começar agora - pedi.

E ele começou a falar.

– Então, bom... Depois que você saiu para treinar, eu resolvi tirar um cochilo... - encarei-o. Ele não ia ir logo para o ponto? - Tudo bem, isso não vem ao caso, não me chame de preguiçoso, ainda estou me recuperando de uma experiência de quase morte. Mas enfim... Eu sonhei que o espírito da Drew tinha conseguido sair do Mundo Inferior, e vinha tirar satisfação conosco... E... bom... sonhei que você me deixava depois disso. E sabe como são os nossos sonhos...

– Connor... - murmurei, abraçando-o. - Eu nunca te deixarei. Já dizia o Cazuza "Nossos destinos foram traçados na maternidade". Essa frase já diz tudo sobre nós. Você não vai me perder, assim como eu não vou te perder. Está tudo bem assim?

Ele deu um sorriso fraco.

– Promete?

– Claro - sorri.

Ele colocou meu rosto entre suas mãos e se aproximou lentamente. Não tinha dúvida nenhuma, que amava aquele par de olhos azuis, aquele cabelo bagunçado, e principalmente o dono deles. Eu o amava com uma intensidade que não sabia ser possível.


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