Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 44
Capítulo XLIII - Caem as máscaras.


Notas iniciais do capítulo

Então, estamos na semana de provas bimestrais, nossa vida está ferrada por causa disso, por isso demoramos um pouco mais pra postar.

Espero que gostem.



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– O que vamos fazer? - perguntei. O assunto era mais sério do que eu pensava.

– Bom, eu andei pensando nisso e... tive uma ideia brilhante.

Uma onda de sensações percorreu meu corpo, e nenhuma delas eram boas. Ideia brilhante? Isa? Haveria morte.

– Conte - pedi. E ela começou a me explicar os detalhes.

– Mas... Isabella, isso... É BRILHANTE! - gritei.

– Minhas ideias são sempre brilhantes. - revirei os olhos.

– Vou fingir que acredito... Agora... Minha maior preocupação vai ser convencer a Alawara que...

– Convencer a Alawara que você que ficar com ela e não com a baixinha imbecil? Amor, isso já é uma história completamente diferente. - ela deu de ombros.

Encarei o chão.

– Você acha que eu não vou conseguir voltar com ela?

– Não tão cedo, mas não é o caso agora. Vamos colocar o plano em prática.

Dei de ombros, teria que confiar nela se fosse querer Aly de volta em meus braços algum dia. Comecei a colocar o plano em prática, logo, mais rápido do que eu imagino, ela seria desmascarada. Toda essa farsa acabaria.

Corri até meu chalé e peguei tudo o que precisava. Liguei para Agatha e marquei um encontro.

O plano tinha começado. E a sorte estava a meu favor.

Na hora marcada, Aghata estava em frente ao punho de Zeus.

– O que aconteceu, Heitor? Digo, não que eu não esteja honrada por ter sido chamada para um encontro por um cara como você, maaas...

Me aproximei dela sem dizer uma só palavra. Ela provavelmente pensou que eu iria beijá-la, pois foi o que eu fiz questão de manter em meus pensamentos, por mais que fosse fazer algo completamente diferente disso.

Quando me aproximei o suficiente, minha espada surgiu em minhas mãos. A lâmina agora tocava sua garganta. Sem qualquer chance de poder escapar, agora eu poderia questionar o que quisesse sobre ela.

– Quem é seu pai? - Foi a primeira coisa que veio a minha mente.

– Você não....

Apertei mais a espada em seu pescoço.

– Quem... é... seu... pai... - repeti pausadamente.

– Não sou obrigada a te dizer nada - ela começou a se desfazer em sombras.

Uma corda dourada a envolveu, a impedindo de dissolver e a deixando imóvel. Isabella saiu rindo detrás do monumento.

– Enfim nos encontramos novamente queridinha.

– VOCÊ - gritou.

– Sim, eu. - ela sorriu - Temos contas a acertar.

– Você não ousaria... - murmurou ela.

– Você está presa, com os poderes limitados... Eu acho que você não deveria falar assim comigo. - Isabella estava mais confiante do que eu jamais tinha visto.

– Você...

– Apenas responda. - apertei minha espada com ainda mais força em sua garganta, fazendo um pequeno corte.

– Não te interessa. - falou.

– Se não interessasse eu não estaria perguntando. - falei, com raiva.

– Aliás, queridinha... Você parece confiante demais para alguém que está amarrada e com uma espada na garganta...

– O nome do meu pai é Adam Johann, se é o que vocês querem saber. Agora me soltem!

Uma luz branca a envolveu.

– Está mentindo - Isabella concluiu - Parcialmente, mas está.

– Como parcialmente? - Heitor perguntou.

– Adam Johann, foi o nome que ele aderiu quando se juntou aos mortais.

– Seu nome verdadeiro - Pressionei a garota.

– Acho que ela já sabe - cuspiu - Então porque ainda perguntam?

Isa deu de ombros.

– Só para confirmar.

– Agasias, seu nome, era Agasias - Aghata disse.

– Mas esse...

– Sim, Heitor - A filha de Macária disse - O ex marido da Brissy.

O que você quer aqui? - perguntei. O asco visível em minha voz.

– Sua tia abandonou o meu pai. - raiva. Era isso que eu podia detectar em sua voz.

– Então você veio aqui atrás de vingança? - perguntou Isabella.

– E teria outro motivo? - murmurou.

– Bom, e porque o Heitor?

– Porque ele é sobrinho da Brissy, óbvio. Ah, e também pelo fato de ser extremamente bonito.

– Sim, ele é extremamente bonito - Isabella riu - Mas ele tem dona, okay? - Piscou - Aly não ficou muito feliz com sua performance.

– Isso foi como um bônus... separar os dois.

Isabella riu e piscou para mim.

– Pronto - ela disse - desmascarada.

POV Alawara

Não acreditava no que meus olhos estavam vendo. Isabella tinha sido genial, tanto por ter desmascarado a garota quanto por ter passado isso para que o Acampamento inteiro visse. O telão no refeitório mostrava todos os detalhes, especialmente na expressão da espiã. Pois era isso que ela era, nada além.

Agora a pergunta era: Ela queria vingança, mas como exatamente ela pretendia fazê-lo? Apenas lembrar a sua existência para Brissy não me parecia algo muito elaborado. Sem contar que, bom... Agasias era meu tio. Sim, isso fazia da grande pequena vadia minha prima. E isso não me deixava nem um pouco feliz. Mas por sorte deuses não possuem DNA, o que melhora um pouco a minha situação.

Porém, esse não é o caso agora. Agasias também era filho de Atena, e algo me dizia que ele estava envolvido nos planos da filha. Isso ia dar errado. Muito errado. E eu tinha até medo de imaginar o que aconteceria.

– No fim, não era nada do que imaginara - Leo se sentou em minha mesa.

– Você sabia disso? Digo, desde o princípio? - Perguntei.

Ele riu.

– Nem desconfiei.

Sorri, era tudo o que eu precisava. Claro, ela ter declarado para metade do acampamento que o Heitor era extremamente bonito não me ajudou muito.

– O que você acha que vai vir a seguir? - Leo perguntou - Tipo, não acredito que seja só isso, ela deveria estar tramando algo a mais.

– Claro, eu também pensei isso, agora o que nos resta é esperar.

– Esperar...? Acho que não vamos precisar esperar muito. - Luisa apareceu ao meu lado. Sua ironia era a habitual, mas havia certo alarme em sua voz.

Olhei em seus olhos.

– O que aconteceu?

– Agasias está vindo para cá. - falou. Percebi que ela já estava com sua espada em mãos e o arco pendurado no ombro. Muitos já estavam saindo do refeitório com suas respectivas armas.

– Como você sabe? - perguntei.

– Ronnoc e Abnara estão aqui. Vamos, não temos tempo a perder.

Saímos praticamente correndo, e demos de cara com Brissy que estava com uma feição triste.

– O que aconteceu? - perguntei.

– Meu ex quer vingança - a deusa murmurou - e é isso que ele terá.

Uma luz alaranjada envolveu a deusa, e, em poucos segundos, a deusa estava vestida com uma armadura de batalha de bronze completa. Em suas mãos uma espada que parecia ser feita de fogo. Ela avançou para a entrada do Acampamento. Seria a nossa hora de agir como linha de frente. A seguimos com armas em punho. A luta era contra um deus, mas tínhamos a ajuda de outros três. Já havíamos lutado contra gigantes e monstros antes, por que deveríamos temer?

A resposta veio assim que chegamos à colina. Um exército que deixaria o de Cronos com vergonha. Todos, repetindo, todos os monstros conhecidos estavam presentes. Incluindo o Minotauro. Esse cara gosta de renascer, hein?

Isso ia dar trabalho. Na verdade, o resumo é bem simples: Fudeu.

Abnara começou atacando bolas de energia na direção do maior número de monstros possível. Ronnoc fez o mesmo, mas na direção contrária e utilizando fogo. Aquilo ia diminuir um pouco o nosso trabalho. Brissy tinha desaparecido. Eu não a julgava. Sua questão não era com os monstros, e sim com o comandante deles: Agasias.

POV Brissy

Se eu o conhecia bem, ele estaria em um lugar seguro, rindo da nossa cara, enquanto tentávamos não morrer. Então, só precisava descobrir que lugar era esse.

Me tornei invisível. Eu conhecia monstros, e eles, em sua grande maioria, não eram inteligentes o bastante para identificar uma pessoa que estivesse invisível. Agasias deveria estar lá para trás, esperando que todo o meu exército enfraquecesse para enfim atacar. Mas eu não daria esse gostinho de vitória a ele. De jeito nenhum.

Me aproximei lentamente, e lá estava ele. No fundo do exército, sentado em uma cadeira feita de ramos. Além de ser gordo é folgado, era só o que me faltava.

Me aproximei lentamente e coloquei minha espada em sua nuca. Ele deu um grito.

– Desgraçada - exclamou - Como pôde me achar com tamanha velocidade?

– Te conheço Agasias - sorri - Soube na hora onde te encontrar.

Ele deu de ombros.

– Tanto faz. Que os jogos comecem, docinho.

– E que os jogos estejam sempre a MEU favor - sorri.

– Ao SEU favor? Eu duvido muito, cara Brisingr. - Meu verdadeiro nome. Eu tinha esquecido desse detalhe. Mas isso não importava. Isso não me enfraqueceria mais. Minha raiva pela presença dele apenas me deixava mais forte.

– Essa guerra é nossa. Apenas minha e sua. Você está metendo vidas inocentes em uma briga que data de décadas, que já deveria ter sido esquecida. Quer sua vingança? Tente. Mas eu vou fazer o possível para salvar as pessoas que realmente merecem viver.

– Só por causa disso querida. - Ele pausou - Eu vou destruir esse acampamento inteiro depois de acabar com você.

– Tente - disse, confiante - Jamais subestime essas crianças, meu caro Agasias. Elas podem não ter a nossa experiência, mas sua inteligência já é o bastante.

Ele riu, uma risada escandalosa.

– Vamos ver então.

– Apenas uma guerra verbal não nos levará a nada. Que vença o melhor. - anunciou ele. Não tive tempo para me preparar. Agasias atacou um jato de água diretamente em mim. Enfraqueci, caí no chão. Meu ponto fraco. Água. Quer combater o fogo? Jogue água. Tentei me levantar, mas não consegui. Normalmente o efeito duraria apenas um minuto. Vi nos olhos de Agasias alguma coisa entre arrependimento e desculpas, mas logo tudo voltou ao normal. Seu sorriso irônico estava estampado em sua face novamente. Cinco minutos. Dez minutos. Eu continuava fraca, sem conseguir me levantar, e parecia que estávamos presos no tempo enquanto toda a batalha acontecia perto de nós. Eu não poderia esperar a ajuda dele, não mesmo. Gritei mentalmente por Ronnoc. E então meus olhos se fecharam por tempo indeterminado.

POV Alawara

Eu queria dar o troco? Eu ia dar o troco.

A batalha estava acontecendo, e a Aghata era toda minha.

Saí correndo pelo meio dos monstros, matando todos os que entravam eu meu caminho. Eu achava que havia sido traída, quando na verdade eu só havia sido enganada. Tudo o que eu mais queria era acabar com aquela garota, e essa era a chance perfeita. Só faltava achá-la.

Procurei por todos os lugares que consegui, volta e meia matando monstros que apareciam em meu caminho. Além de traidora ela era covarde? Minha primeira impressão estava correta. Ela definitivamente não era confiável.

Quando a achei, Heitor estava de frente para ela. Ela parecia prestes a atacar alguma maldição. Me joguei na frente e ataquei-a com a espada. Mas não consegui segurá-la por muito tempo. Seus olhos brilhavam de ódio.

Tudo aconteceu muito rápido depois disso. Heitor me jogou no chão e foi atingido por Aghata. Não, isso não podia ter acontecido...

E então tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

E aí? Reviews?



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