Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 31
Capítulo XXX - Uma conversinha com o sogro


Notas iniciais do capítulo

Nem demoramos dessa vez, né? Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/436512/chapter/31

– Então, o que você queria me dizer? - perguntou Leo, assim que paramos de rir.

– Bom, as fantasias estão prontas. - comentei, abrindo a caixa. - Quero ver como você fica com a sua.


Puxei da caixa as fantasias, e entreguei uma ao garoto.

– Vamos, vista. - pedi.

– Hã, então... é... a porta do banheiro esta entalada - ele ficou vermelho.

– Ah, claro - ri - Por Apolo, Leo, não precisa ficar vermelho desse jeito, ah, e não coloque fogo em si mesmo.

– Hã... Er... Você... Você está dizendo para que eu me troque... Na sua frente?

Revirei os olhos.

– Leo Valdez, pare com isso antes que eu pense que você está fazendo cosplay de pimenta? Obrigada, de nada.

– Tá... Vou me trocar.

Ri, isso seria mais engraçado do que eu imaginava.

– Vamos, Valdez, ande, quero fazer alguns ajustes ainda.

– E... e... eu.. - suas mãos pegaram fogo.

– Obrigada, Apolo, obrigada meu santo Apolo, por eu ter tido a ideia de fazer em um tecido não inflamável.

– Tecido não... Inflamável? - perguntou Leo. - Ca...

– Não ouse terminar esse nome. - falei. - Não agora. E eu sei que sou genial.

Ele deu de ombros.

– De vez em quando - ele disse.

– Aé? - o beijei - De vez em quando senhor Valdez?

– S... sempre - ele sorriu e eu sorri também.

Ele tirou a camisa e começou a vestir a fantasia.

–-------------------

– Uns ajustes aqui, outros ali... - comentei. - É, Leo, você é mais magricela do que eu imaginava.

– Eu sei que sou lindo, ok? Não precisa me dizer...

– Hahaha - fingi rir - E eu sou Cleópatra.

– Blá blá blá - ele riu - Nem vai precisar ajustar tanto assim.

– Não, que isso, só um metro e meio de tecido, ou mais... pouca coisa - ri.

– Exagerada... - murmurou ele.

– Não tanto quanto o Cazuza... Deixe eu ver como está isso.

– Mas o que, raios, é para ser essa fantasia?

– Mas será que você consegue ser mais lerdo que o Percy? Não percebeu ainda?

– E... Eu - ele sorriu - Aaah, claro. Falando em Percy...

– Nova Roma - sorri - Todos os outros.

– Hã... você sabe... nós... - ele ficou vermelho.

– Sei? Nós? O que?

– N... nós poderíamos ir para lá também...

Eu sorri.

– Sinceramente? Eu não gosto muito dos romanos. - falei - Lá seria um ótimo lugar para, você sabe, termos um futuro, mas... Não sei se conseguiria deixar isso aqui pra trás...

Leo encarou o chão.

– Se mudar de ideia... Bom, pode me falar.

– Será o primeiro a saber - sorri - Mas e então, já pode tirar a fantasia, eu vou mandar ajustar.

– Já? T... tirar?

– Não, Leo, por favor, de novo não, tira logo sem enrolar vai.

– O.. okay...

Ele começou a mexer na fantasia, e estava tão vermelho quanto antes.

– Deuses, Leo, o que aconteceu com você? - perguntei.

– Medo?

– Medo? De quê? Tá com medo que eu me assuste e saia correndo? - um sorriso malicioso surgiu em meus lábios - Vamos, tire, antes que eu perca a paciência e tire pra você.

– Sabe, até que não seria má ideia... - falou ele.

– Vamos logo, Valdez. - murmurei, com a voz firme.

– T... tá.

Revirei os olhos e tirei sua camiseta.

– Assim ok? Agora eu vou sair lentamente se preferir e você termina de se trocar.

– Não pre... precisa... - sorriu, terminando de se trocar, sério que era só isso que eu precisava? Ok, né...

– O que aconteceu com você? - perguntei novamente.

– Eu... Só... Estava com vergonha... - disse ele.

– Vergonha de...?

– De que você visse o quão magricelo eu sou...

– Como se isso mudasse alguma coisa entre nós, Valdez...

Ele sorriu.

– Sério?

– Sim, se fosse por isso, acredite, eu tinha continuado com o George.

– Então é verdade?

– Acredite em mim, isso não vem ao caso agora.

– Okay, okay... - falou ele. - Vamos deixar essa história de lado...

– E... O que pretende fazer agora? - perguntei.

– Quem sabe alguma coisa mais interessante do que discutir o passado? - ele se aproximou de mim e me beijou.

– Pode ser que seja uma boa ideia. - sorri e o beijei novamente.

POV Luisa

Todos saíram do chalé, só ficamos eu e Connor.

– Tudo bem, Lui? - perguntou ele, me abraçando.

– Sim, eu só...

– Que foi? Afrodite de novo?

– Não... Não dessa vez... É só que...

– É só que o que?

– Só... Prometa que eu não vou te perder.

– Eu prometo. E dessa vez é pra valer. Eu te amo, minha pequena.

Ele me abraçou.

– Literalmente pequena. - sussurrou.

– São só 13 centímetros... - sussurrei, com um sorriso.

– Mas para mim, você ainda é pequena. MINHA pequena. E somente minha.

– Ah, cala a boca e me beija imbecil - sorri e o beijei.

– Um imbecil que você ama muito - disse ele, assim que nos separamos.

– Claro que sim. - falei, rindo.

Uma luz avermelhada invadiu o chalé, e de lá saiu um homem muito parecido com o Heitor, mas seus olhos tinham uma coisa diferente, pareciam feitos de chamas.

– Quanta melosidade no meu chalé... - falou ele, com um tom zombeteiro.

– Ronnoc? - perguntou Connor, assustado. - O que faz aqui?

– Ah, nada de muito importante... Minha esposa previu um ataque no Acampamento e eu resolvi vir ajudar... Não esperava encontrar outro casal, além do meu filho e da Aly aqui... Sabe, não costumo ficar de olho no que acontece aqui...

– Ah... Senhor... Desculpe, nós... Sempre viemos aqui...

– Ah, sem problema. Agora saquem suas espadas e vamos lá para fora. Temos uma batalha para vencer.

– Ah, claro - saquei minha espada.

– Er.... tá, vocês não pretendem salvar o acampamento sozinhos não é? Vamos, chamem os outros. - Ronnoc ordenou.

– Hã... tá...

– Vou atrás da Isabella e do.... er... tá, e vocês acham o resto.

– O que a Isabella...

– Vão. - ele disse firme.

– Er... ok.

Corri até o chalé 6 e entrei. Aquele era o meu chalé, não precisava me preocupar com regras de etiqueta, pelo menos não agora.

Malcolm estava conversando com a Julie (conversando, sei...) e alguns dos outros estavam por perto.

– Saquem as espadas, o Acampamento vai ser atacado. - falei, e fui para o chalé de Afrodite, que era ao lado. Bati na porta, e quase fiquei intoxicada com o cheiro de perfume que veio lá de dentro quando abriram a porta.

– Você aqui? - alguém reclamou.

– Sim, faça algo útil, tirem esses seus traseiros de suas camas e venham ajudar, o acampamento vai ser atacado.

– Mas... Como assim? - perguntou Lacy, mas eu já tinha saído, indo em direção ao chalé 4.

– O Acampamento vai ser atacado, peguem suas armas.

Fui andando por todos os chalés, enquanto Connor ia até as áreas de treinamento.

Nos encontramos no pinheiro, Alawara, Heitor, Malcolm, Julie, Calista, Travis, Connor e eu.

– Onde estão a Isabella e o Leo? - perguntei. - E Ronnoc?

– R.. Ronnoc? Meu... Meu pai? - Heitor perguntou.

– Ah, sim, ele disse que Abnara previu um ataque, e ele veio ajudar.

– Então a coisa é seria.

– Você nem imagina, e depois, ele disse que precisava falar com a Isabella ou coisa parecida e até agora eles não apareceram.

Heitor e Alawara se entreolharam, e uma conversa silenciosa ocorreu entre eles.

– O que está acontecendo? - perguntei.

– Não sabemos ao certo...

– Vocês estão me dando medo... - comentei.

– É uma história meio longa...

– Heitor, ela não pode ouvir isso agora... - falou Alawara.

– Tudo bem... Contamos outra hora?

Alawara assentiu.

– Vocês estão me deixando nervosa... - falei.

– Não se preocupe, você logo vai descobrir tudo...

Avistamos o exército, e wow, que exército. Todos os monstros que vocês conseguirem imaginar, desde cães infernais, até arais, empousais, e nossa, um gigante.

– MAS QUE PORRA É ESSA??? - gritou Heitor. Uma bola de fogo apareceu em sua mão esquerda, enquanto a outra segurava uma espada.

– Mas... Ele não deveria ter voltado... - falou Connor, surpreso. Não tão cedo, pelo menos...

– Efialtes? - perguntei. - Mas... Ele já não tinha sido derrotado?

– Tinha, mas algo está errado aqui. Especialmente para que o meu pai esteja aqui. - falou Heitor.

– POR ISSO - gritei de repente - ISABELLA É FILHA DE APOLO.

– Agora, infelizmente, tudo faz sentido - Connor comentou.

– MAS QUE PORRA É ESSA? - Isabella chegou correndo - Ah ótimo, o grandalhão idiota voltou.

– Tá, não podemos apenas xingar, crianças - um sorriso malicioso surgiu no rosto do elemental - Vamos acabar com a raça dele.

– HEITOR E LEO VENHAM COMIGO - Isabella ordenou - TEMOS QUE MANDAR UM IMBECIL PARA O TÁRTARO.

– E nós fazemos o quê? - perguntei.

– O QUE VOCÊS SABEM FAZER DE MELHOR. VÃO!!!

Vi que Ronnoc sorriu.

– Vamos lá. - disse ele. - Botem pra quebrar!!!

Saímos correndo no nosso máximo.

– Deixem os cães comigo - Julie gritou - Vou adestrá-los.

Alawara saiu afogando e alagando tudo o que via pela frente, Malcolm sacou sua espada e saiu em disparada.

– FIQUEM LONGE DAS ARAIS - gritei.

Calista lançava feitiços, peguei meu arco e Connor sacou sua espada. Todos fizemos nosso máximo, mas o exército só aumentava, não conseguiríamos sozinhos. De relance, capturei a luta contra o gigante, eles também não estavam indo nada bem.

POV Isa

Peguei meu arco e corri na direção do gigante. Os outros podiam atrasar os monstros, mas aquele exército só acabaria quando o gigante fosse derrotado.

Leo, Heitor e Ronnoc atacavam fogo contra o gigante, e eu não entendia por que estava sendo tão difícil matá-lo. Fogo deveria ser o ponto fraco dele, não?

Cada vez iam surgindo mais monstros, e minhas flechas explosivas estavam chegando ao fim. O que eu faria depois que elas acabassem?

Seria arriscado, claro, Ronnoc era um elemental, dá na mesma tecnicamente, mas literalmente não era um deus, e só um ser poderia matar aquele gigante, e só eu poderia chamá-lo.

– HEY PAI, SERIA EXTREMAMENTE ÚTIL SUA AJUDA NESSE MOMENTO, SUA PRESENÇA FÍSICA, UMA BÊNÇÃO DUPLA NÃO SERIA NADA MAL TAMBÉM, cof cof Ronnoc cof RÁPIDO. - gritei.

Nada aconteceu.

– Acho que não vai resolver - Heitor comentou.

Mas eu acreditei, e uma luz dourada surgiu no céu, no centro dele, um homem alto, musculoso, pele bronzeada e cabelos cor de areia. É, ele apareceu.

– Então princesa, qual o problema? - ele perguntou.

– Ah, nada demais pai, por enquanto só aquele pequeno probleminha ali - apontei o gigante.

O deus ficou roxo.

– Droga - então se dirigiu a nós - Vamos crianças, temos que mandar um imbecil para o tártaro.

– Já ouvi isso antes - Leo riu.

– E você - Apolo apontou para o garoto - Teremos uma conversinha mais tarde.

– Fudeu! - Leo corou - Acho que seria bem útil se Efialtes me matasse.

– Com toda certeza - Heitor riu - Uma conversa com o sogro, cara, você ta encrencado.

Lhe lancei um olhar mortal, depois eu cuidava daquilo.

– Er... pai? - um sorriso malicioso surgiu em meu rosto - Hora de acabar com ele.

Apolo me lançou um olhar de cumplicidade, e juntos, entramos novamente na batalha.

Peguei a última flecha da minha aljava, o que me deixou assustada e sem uma arma decente. Mas quando eu fui pegar uma nova, por puro reflexo, percebi que a aljava estava cheia de flechas explosivas novamente.

Apolo se virou para mim por uma fração de segundo e piscou. Continuamos atirando, enquanto os outros atiravam bolas de fogo.

Dentro de alguns minutos, em que Apolo teve que encher a minha aljava umas três vezes, o gigante foi pulverizado.

– É assim que se faz!!! - exclamaram Apolo e Ronnoc juntos.

– Hã... Tudo bem... Mas os monstros ainda não acabaram...

Ronnoc atirou uma bola de fogo e todos os monstros restantes viraram cinzas.

– Bom, agora acabou. - falou ele. - Que tal voltarmos lá pra dentro?

Minha boca abriu instantaneamente, porque ele não fez isso antes?

– Vamos - sorri.

– Er... vão na frente, preciso falar com esse carinha um instante.

Lancei um olhar de súplica ao papai, e ele lançou um sorriso travesso em minha direção, e finalmente entendi o que ele queria com o Leo. Ri silenciosamente e me aproximei de Apolo.

– Me conte tudo depois - sussurei.

– Pode deixar - ele sussurrou de volta e sorriu.

Saímos.

POV Leo

– Sente-se - Apolo pediu. - Temos muito o que conversar.

Engoli em seco e me sentei.

– Hã... O que foi... Senhor? - perguntei.

– Ah, você está saindo com a minha filha. Sabe, é trabalho de pai adverti-lo sobre algumas coisas... - falou Apolo, firme.

Engoli em seco.

– Que tipo de coisas?

– Ah, você sabe... Quando um casal resolve sair da fase dos beijinhos e...

– Apolo, nós já temos 17 anos. É óbvio que já sabemos disso. - falei, revirando os olhos.

– Tá, tá, imagino que saibam. E também, se quiser entrar para a família, essa hm... grande família...

– Grande seria um adjetivo muito modesto, senhor. - o cortei.

– Claro, claro, suponho que conheça o "gênio" da minha garota.

– Se conheço - murmurei.

– Ah, que bom... Pois eu sou duas vezes pior - ele disse em tom de ameaça - e imortal. Magoe essa menina, e você vira pó. Vai direto para os campos de punição, se eu não conseguir uma exceção e te mandar para o tártaro.

Arregalei os olhos. Eu estava ficando com medo de Apolo. Muito medo, na verdade.

– Eu... Eu não irei magoar sua filha, senhor. - falei.

– Não senti muita firmeza nisso. - disse o deus, com a voz firme.

– Eu não irei magoá-la. - falei, firme.

– E sobre o outro garoto?

– Outro garoto? - falei sem compreender.

– Sim, o filho de Zeus, ótimo garoto aquele, me deu um trabalho que você nem imagina fazer eles se encontrarem, você não vai estragar isso.

– M... Mas...

– Faça seu melhor filho das forjas, ou você está perdido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Quem sabe uma recomendação?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Too Much To Ask" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.