Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 29
Capítulo XXVIII - Reviravoltas




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POV Leo

Ta, agora eu sabia que não era necessariamente culpa dela, Afrodite que estava brincando com nossos sentimentos. Mas mesmo assim, a situação ainda era ruim, ou melhor, pior ainda agora.

– O que vamos fazer? - perguntei, me jogando no tapete do chalé.

Isabella ainda não tinha parado de chorar,Carl tinha saido para fazer alguma coisa melhor, e isso só deixou eu e Evan no chalé. Pelo menos os unicos lúcidos, se é que ele tem a cabeça no lugar.

– C- c omo se eu tivesse ideia - ela murmurou entre soluços.

– Isa... - murmurei. - Não adianta chorar...

– Você não está ajudando nada. - comentou Evan, revirando os olhos.

– Ao menos eu estou tentando, diferente de você, que só está aí sentado mexendo no seu anel.

Ele revirou os olhos. Isabella levantou, secou as lágrimas e correu para ele. O QUE? Ela o abraçou por uns 5 minutos e depois se soltou dele e veio para mim. Eu fiquei tipo What? Por uns 3 minutos ate me dar conta do que ia acontecer. A separei de mim.

– Me desculpa? - pediu.

– O QUE VOCÊ ESTA INDO FAZER ISABELLA?

– Me desculpa meninos - pediu novamente.

– NÃO, VOCÊ NÃO VAI.

– O que... ? - Evan começou.

– Ela está indo atrás de uma passagem.

– Passagem?

– Do labirinto - revirei os olhos - de Dedalo. Ela acredita que o labirinto ainda existe. E que pode sumir, vulgo morrer lá dentro.

– Como você.... - ela criou uma linha na testa.

– Conheço sua mente - ele levantou os ombros.

– É o unico - Evan admitiu.

– E você não vai.

– Você não pode me impedir!!! - exclamou ela.

– Posso sim. - falei e a abracei por trás.

– Não, Leo. Você não pode. Ninguém pode. Apenas eu. - falou ela, se desvencilhando dos meus braços. Então saiu do chalé.

Corri atrás dela, mas ela já tinha desaparecido, merda. Corri até o lago, onde um arco iris tinha se formado. Atirei um dracma no ar.

– Oh Iris! Deusa do arco - iris, aceite minha oferenda - Respirei - Mostre-me Quiron.

O centauro apareceu na "tela", estava ouvindo musica, se aquilo poderia ser chamado de musica.

– Quiron - chamei.

– Criança, o que foi?

– Avisem todos, Isabella foi atrás do labirinto.

E a ligação se desfez.

Em menos de 5 minutos, Luisa e Connor apareceram, rindo. Luisa percebeu minha irritação e instantaneamente seu sorriso se desfez.

– O que aconteceu? - perguntou.

– I-isabella.

– ME DIZ QUE ELA NÃO FOI PROCURAR, ME DIZ QUE VOCÊ NÃO DEIXOU.

Abaixei a cabeça. Eu havia falhado.

– NÃO - ela gritou.

Luisa tentou correr, mas Connor a impediu.

– Se ela já foi, você não vai encontrá-la. - murmurou ele.

– Mas e se ela não foi? Me deixe ir, Connor.

– Ela já foi. - falou ele, firme como eu nunca tinha visto antes.

– O QUE VOCÊ TEM? - ela gritou.

– Não sei vocês, mas eu vou - disse.

– Eu vou junto - Luisa disse.

– Não, não vai - Connor segurou seu braço mais forte.

– O QUE DEU EM VOCÊ CONNOR? - gritou.

– Estou apenas tentando salvar a SUA vida, já que o magricela aí do lado não conseguiu salvar a vida da Isa. - murmurou Connor.

– Me deixe tomar as minhas próprias decisões, Connor. - murmurou Luisa.

– É, deixe ela tomar suas próprias decisões. - falei. - Espere. Como assim você diz que eu não consegui salvar a Isa? EU TENTEI. E não adiantou. A culpa não é minha!

– Você podia a ter segurado, ou ao menos dado um motivo para ela ficar, mas não, e olha o que deu. Não vou deixar a Luisa arriscar sua vida por algo perdido.

– RETIRE O QUE DISSE - gritei empurrando Connor, que caiu sentado no chão.

– NÃO IREI! - exclamou Connor, se levantando e sacando sua faca. - VOCÊ NÃO É CAPAZ DE PROTEGER SUA NAMORADA, MAS NÃO PEÇA QUE EU SEJA ASSIM TAMBÉM!

– VOCÊ NÃO SABE O QUE DIZ- gritei sacando minha espada que se auto incinerou, sorte que ela é a prova de fogo.

– PAREM- luisa pediu. - vocês não veem que enquanto estão brigando feito duas crianças ela esta em perigo mortal?

– Ela tem razão- disse me afastando- façam o que quiser, eu vou salvá- la

– Eu vou junto. - falou Luisa, determinada.

– Só vai se eu puder ir também. - disse Connor. Luisa bufou.

– Já que não tenho outra opção... - murmurou, revirando os olhos.

– Ta, chega, vamos - corremos para a floresta.

– Se nos separarmos poderiamos chegar mais rápido - Luisa sugeriu.

– Vou com você - Connor disse.

Revirei os olhos - vou por ali.

Corri para um lado, e Luisa e Connor foram pelo outro.

POV Connor

– Eu sei onde é a entrada do Labirinto. - murmurou Luisa.

– Como você sabe? - perguntei.

– Encontrei acidentalmente uma vez... Então se ela sabia de algo foi por essa direção. Se ela ainda não sabia o caminho... Foi pela outra, provavelmente.

Corri o mais rápido que pude, puxando Luisa comigo.

– Não era você que ate agora nao queria ajudar ela? - Luisa me perguntou.

– Nao, eu so não queria te perder. Isso é muito perigoso. Espera um pouco, eu sei como achar a Isabella.

– Como? - perguntou.

– Era tão simples, como não tinha pensado antes? - murmurei.

– Como? - perguntou novamente.

– Assim - disse puxando uma flor de lótus do bolso. - Noooossa que fome- gritei o mais alto que pude- Lu, quer um pedaço? Tenho FLOR DE LÓTUS AQUI COMIGO.

– Flor de lótus? - alguém murmurou de cima de uma árvore.

Sorri. Eu a achei.

Luisa sorriu.

– Tão fácil assim? - perguntou ela.

– Só te dou a flor de lótus se você prometer não fugir assim de novo. - falei, como um pai fala com uma criança pequena. Isabella revirou os olhos.

– Tá bom, agora dá aqui. - Falou, pulando da árvore.

– Facil? - falei para Luisa. - Que nada, era a última flor do meu estoque. Espero que tenha valido a pena.

– Estava deliciosa- Isabella sorriu- Ta, o que você quer que eu faça agora?

– Volte pro seu chalé conosco. E volte a ser a Isabella de sempre. - murmurei.

– Não acho que seja uma boa ideia... - falou ela.

– Ou isso ou você volta arrastada. - falei. - E você sabe que eu não estou de brincadeira.

Ela bufou.

– Me obrigue - disse revirando os olhos, e ai alguem a pegou por tras e a jogou nas costas.

– Como nos achou tão rápido? - Luisa perguntou para Leo.

Ele levantou os ombros - Achei ter ouvisto alguém gritar flor de lótus, imaginei que a Isabella estaria por perto.

– É, flores de lótus fazem milagres.

Ela chutava o ar.

– ME SOLTA - gritou.

Leo sorriu - Nunca mais.

Seu rosto corou e nós rimos. É, ela estava voltando ao normal.

– Tá bom, agora vamos voltar para lá... - falou Luisa. Como sempre a certinha do grupo. Revirei os olhos.

– Vamos. - falou Leo, sorrindo. - Antes que essa aqui escape de novo.

Ela esperneou o caminho inteiro. Cara, como ela conseguia ser irritante. Chegamos na ala dos chalés. Leo levou Isabella para o chalé de apolo, luisa foi para o de atena, e fui para o meu. Onde fechei meus olhos e adormeci.

–---------

No dia seguinte acordei com um travesseiro na minha cara.

– O QUE VOCÊ QUER, TRAVIS??? - gritei. Se não tinha acordado o Acampamento inteiro, pelo menos tinha acordado todos no chalé.

– É... É a Calista... Ela não estava no chalé dela hoje... - ele falou. - ELA SUMIU!!!

– O QUE? - gritei, levantando rápido, assim batendo a cabeça na cama de cima. - AI! O QUE?

– E-ela não estava no chalé hoje cedo e...

– Espera - sorri - como você sabe? Foi procurá-la?

Ele corou - ISSO NÃO É HORA PARA PERGUNTAS IMBECIS CONNOR.

– Já procurou no chalé do Heitor? - falei despreocupado.

– QUEM? PORQUE ELA ESTARIA LÁ?

– Para com esse ciume bobo. Ela sempre vai lá. - Voltei a dormir
Mas fui atingido por um travesseiro novamente. E dessa vez o travesseiro parecia cheio de... ESPUMA DE BARBEAR. Passei a mão pelo meu rosto. Como ele tinha feito aquilo nos cinco segundos que eu dormi? Ah, é... Eu estava no chalé de Hermes, não devia me perguntar esse tipo de coisa.

– Vai me ajudar ou não? - perguntou Travis.

– Não, me deixa dormir! - exclamei, cobrindo o rosto com meu próprio travesseiro.

Travis puxou o meu travesseiro, me derrubando da cama.

– Você não vai me deixar em paz, não é? - ele negou. - Tá bom, vamos lá... Mas pelo menos me deixe colocar uma roupa decente. Não é muito legal sair do chalé só com uma calça de moletom...

– Tá bom, criatura! Mas vai rápido!

Coloquei a primeira coisa que vi na frente: a camisa do acampamento, e uma bermuda. Mal tinha abotoado a bermuda Travis me puxou para fora do chalé.

– Calma ai, se ela tiver lá, ela vai estar dormindo provavelmente.

– COM QUEM? - ele berrou.

– NÃO SOU SURDO CARAMBA, RELAXA.

– TA, MAS ME RESPONDE.

– Sei lá, dependendo de quem está lá, pode ser com o Malcolm, Heitor, Leo......

– AI MEU SANTO HERMES

– Calma, também pode ser com a Lu, Aly, Isa ou Ju

Ele suspirou.

– Tomara.

– ESPERA AÍ, TRAVIS. - gritei. - VOCÊ GOSTA DA CALISTA?

– Dá pra falar um pouco mais alto? Ainda não te escutaram lá do Suriname! - murmurou ele.

– Desculpe, mas... Você gosta dela?

Ele corou, o que eu podia ter certeza de que era um "Sim".

– Vamos lá no chalé. - falei, correndo o mais rápido que podia, o que, para um filho de Hermes, era uma velocidade bem alta. Travis estava vindo logo atrás.

Chegamos no chalé e ele parou feito uma estátua por alguns segundos.

– Como eu não vi isso antes? - perguntou.

– Simples, você não presta atenção em nada. - falei, e bati na porta.

Ninguém abriu, portanto entrei assim mesmo. Travis me olhou como se eu estivesse louco de "invadir" um chalé, mas eu acho que meio que já estava acostumado a aquilo. A primeira coisa que vi quando entrei, foi que todos estavam dormindo lá. Heitor e Alawara, Leo e Isabella ( que provavelmente tinham ido lá depois de um tempo) Luisa, Julie e Malcolm, que aparentemente tinha esquecido suas calças no chalé de Atena.

– ACORDEM - gritei. Olhei para trás e Travis estava paralisado na porta. - Entre - chamei. E ele foi entrando devagar, como se algo fosse incendiá-lo, o que não duvido. Ninguém acordou, resolvi tomar uma atitude mais drástica: sai por ai fazendo cócegas em todos. Um a um, foram resmungando e acordando.

Parei por um intervalo de tempo um pouco mais longo ao lado de Luisa. Aquela lá dormia feito uma pedra...

– Ahn... Que foi? - perguntou ela, esfregando os olhos.

Então eu lembrei o que tínhamos ido fazer ali. Olhei ao redor do chalé e não vi Calista. Eu ia perguntar, mas o Travis já tinha feito esse trabalho.

– Vocês viram a Cali? - perguntou ele.

– Não, ela não tá no chalé dela? - perguntou Heitor, confuso.

– Não... Não sei onde mais ela pode estar... - comentou ele.

– Ela pode estar fazendo alguma poção nova, ou treinando... Ela tem a mania de acordar de madrugada, ela diz que se sente melhor à noite... - falou Alawara, sentando-se.

– Não vi ela em lugar nenhum.

– Por que você está tão preocupado com ela? - perguntou Isa. - Ela não é sua... OU É? AQUELA VADIA NEM PRA ME CONTAR NADA...!!!

Ele corou fortemente.

– Ook, eu já entendi - ela disse revirando os olhos - Ta, mas vai procurar ela na arena, depois você fala comigo - ela e Heitor se deitaram novamente.

– MAS VOCÊS SÃO IGUAIS AO CONNOR - ele gritou. - Creme de barbear?

– Aqui - lhe entreguei dois pratos com espuma de barbear, cujo qual ele tacou um na cara de cada.

– AI - gritaram - desde quando você tem a mira tão boa? - Isabella perguntou.

– Sei lá - ele levantou os ombros. - Agora levantem.

– Adianta dizer não? - perguntou Luisa, dando de ombros.

– Se adiantasse eu estaria dormindo até agora. - murmurei.

– Ok... Vamos lá. - falou ela, pegando a camiseta do Acampamento e indo até o banheiro. Em um minuto ela estava de volta, já com o arco-e-flecha em mãos.

– Eu vou assim mesmo - disse Isa, levantando de pijamas.

– Sem chance - Leo murmurou - Vá se trocar.

– Malcolm, pegue uma calça minha. - Heitor disse.

– Ele esqueceu as calças de novo? - Luisa perguntou.

– Quando ele não esquece?

– Ta, agora vamos - disse Isabella que já havia se trocado, e estava com o arco em mãos.

– Er... Posso fazer uma pergunta? - Travis perguntou sem jeito.

– Duas - Heitor falou em meio a um bocejo.

– Vocês, er... sempre dormem assim... aqui... juntos, abraçados e er... de pijama?

Todos riram.

– Esse vai dar mais trabalho que a Luisa.

– Nem parece filho de Hermes. - falou Luisa. - Pegue! - e Atirou uma faca, que por milagre (ou uma mira perfeita), Travis conseguiu segurar pelo cabo.

– Eu espero isso de uma filha de Atena, mas não de um filho de Hermes... - falou Isabella, revirando os olhos. - Nem parece irmão do Connor...

– Mas.. Mas... é só que... - ele começou.

– Quando a gente encontrar a Calista daqui a pouco, e poder dormir novamente, a gente te convida para passar uma noite aqui - Heitor disse.

Todos riram. E ele ficou vermelho.

– Só - Só passam ca-casais aqui?

– Não... A Isabella praticamente mora aqui, quando ta solteira, ou quando ta comprometida. Até quando ela tava com o George... - Alawara começou.

Leo lançou um olhar furioso para Isabella.

– Bem, er... sabe Aly, o Leo meio que não sabia que o G era meu ex então....

– Opa - ela se desculpou.

É, era melhor eu ir preparando as pipocas para depois, isso ia gerar uma boa briga, mas por enquanto, melhor apenas se concentrar na Calista.

– Ta, então vamos - chamei.

– Sim - Isabella concordou sonolenta- se formos rápido, ainda vai dar para dormir depois.

– Como vocês são dorminhocos - Travis reclamou.

– Como você é estranho - Julie reclamou.

– Vem, vamos logo então

– Tá bom, tá bom... - murmurou Luisa. - Eu vou procurar no único lugar que vocês ainda não pensaram. Todos os outros procurem no resto do Acampamento.

– E qual é esse lugar em que ninguém pensou? - perguntei, confuso.

– O refeitório, agora parem de encher o saco e vão.

Todos saímos. Isabella e Leo procuraram no resto dos chalés, Alawara e Heitor na arena, Julie e Malcolm na floresta e fui com a Luisa para o refeitório. Travis foi procurar nos campos de morango e no arsenal. Porque? Nem sei. Cheguei com Luisa no refeitório.

É, ninguém mais ia achá-la. Olhei para os lados e meus olhos pararam em um vulto negro no fundo do refeitório. Com certeza era Calista. Olhei para Luisa e começamos a rir.

– Não acredito que me acordaram, sendo que ela estava aqui, comendo waffles. - murmurou ela. - Posso matar seu rimão agora?

Isso aparentemente era uma sarcasmo, mas onde estávamos eu não duvidava de nada.

– Er... Nota mental: Nunca acordar a Luisa. - falei.

– Ah, não. Isso nao é o pior - ela riu - imagina o que a Isabella e o Heitor vao fazer quando descobrirem isso, não quero nem ver, é melhor o Travis correr viu?

– Luisa, Connor! - falou Calista. - Vieram tão cedo? Querem waffles?

– Er... Cali... - começou Luisa. - Na verdade Travis está te procurando...

A expressão de Calista mudou.

– Ah... er... Hã... Quer dizer... Por que ele estava me procurando? - perguntou ela.

– Acho que isso você vai ter que perguntar pra ele... Eles já estão vindo aí... - murmurei.

Chegaram todos correndo no refeitório.

– Vocês não me fizeram correr o acampamento todo pra nada - Isabella e Heitor gritaram juntos.

– Er... Travis? - Luisa chamou.

– Que? - respondeu.

– Corre - os dois gritaram.

Eu ri.

– Bom, agora vamos voltar a domir e deixar os dois namorarem em paz.

– E Travis... Só um aviso. - começou Luisa - NUNCA mais me acorde pra nada. Não é legal ser repentinamente tirada de um estado de coma com cócegas.

Todos riram.

– Agora deixa eu voltar pro meu travesseiro. - murmurou baixo. - Pode falar comigo quando estiver com qualquer problema com garotas... Mas que não seja às 7 da manhã.

– Não fale comigo a menos que queira pregar uma peça em alguém - Isabella disse saindo.

– Um dia desses a gente te chama para dormir lá - heitor disse.

– Vamos dormir vai. - Disseram saindo do local.

POV Travis

Olhei para Calista. Meu rosto devia estar parecendo um tomate nesse momento... Ela sorriu para mim. Deuses, como aquele sorriso era perfeito!

– Então quer dizer que você acordou todo mundo pra me procurar? - ela riu. - Que bonitinho. Quer waffles?

– Hã... Não, prefiro panquecas, mas obrigado... - falei, completamente sem jeito. Santa Afrodite, o que eu fiz pra você? Ok, melhor nem perguntar isso...

Ela riu.

– Sente-se. - falou. - Deuses, Travis, Uma pimenta passaria vergonha do seu lado.

– Eu... hã.... oi?

Ela riu - Sim, oi.

– Hã... Er... Calista? - comecei.

– Oi?

– Você... Er... Ah... Hã... Ah... Deixa... - DEUSES, QUE BICHO TINHA ME MORDIDO??? EU NÃO SOU TÃO TÍMIDO ASSIM!!! Ou sou?

– Agora que começou diga. - falou ela, com a voz firme, mas ainda tinha o sorriso no rosto.

– Cali, você... Você quer... Hã... Namorar comigo?

– Toda essa tremedeira pra isso? - perguntou, cética. - MAS É CLARO!!!

Ela me abraçou forte.

– Mas você vai ter que aprender muita coisa. - falou, e isso foi seguido de um beijo.

– Eu te amo - sussurrei.

Ela riu em minha orelha, me deixando ainda mais vermelho.

– Eu te amo mais. - respondi.

Sorri

– E esse é um momento muito clichê. - falou ela, se afastando um pouco.

– Quem se importa? - perguntei.

– Não sei quanto a você, mas eu amo momentos clichês. - sussurrou.

– Melhor ainda - ri.

Ela abraçou meu pescoço, e ficamos assim por um tempo, até uma luz, um flash, nos chamar a atenção.

– Agora eu ter acordado valeu a pena - Isabella riu e sai correndo.

Fiquei vermelho.

– Se importa? - Ela perguntou.

– Nem um pouco, e você?

– Não mesmo - sorriu

Desde que ela não mande isso pra Gossip Girl... - falei, com um tom zombeteiro. Ela me olhou com um sorriso torto. - Que é? Eu assisti um ou dois episódios... Não tinha mais nada de bom na TV...

Calista riu.

– Sem problemas... Pelo jeito todos aqui conhecem esse seriado... - disse ela. - Mas dane-se, vamos continuar de onde paramos.

– Com certeza vam... - Ela me calou com um beijo

Ficamos um tempo assim, até quando ela se separou de mim.

– Ta na hora - Ela sorriu.

– De que?

– Café da manhã. - Ela saiu pegando uma bandeja e colocando um monte de tudo o que encontrou eu peguei outra e a fui seguindo. Ela começou.

– Pizza, batata frita e coca cola pra Isabella. Hambúrguer, fritas e soda pro Heitor, Sanduíche, maça e suco pra Alawara.... - E assim foi a lista interminável, até que ela disse - Vem, vamos servir o café.

Você... Hã... Você sempre serve o café da manhã? - perguntei, confuso.

– Na verdade não, nós alternamos. Mas todos sabem do que cada um gosta. - falou ela. - Algum problema com isso?

– Nenhum... Só achei um pouco estranho. - comentei.

– Ah, você vai ter que se acostumar com essas coisas...

– O que mais de estranho vocês fazem?

– Depende muito do que você chama de estranho- ela deu aquele sorriso perfeito.

– Qualquer coisa fora dos padrões normais éticos.

– É, muita coisa.

– Tipo...?

– Tipo fugir às regras inúteis do Acampamento... Vamos logo com isso, Travis!

– Tá bom, tá bom...

– Caramba, eu não pensei que você se ligasse tanto à normalidade. Você é realmente diferente do seu irmão...

Revirei os olhos.

– E não ligo, é que nunca vi nada assim antes. Vocês nen são irmãos ou coisa parecida.

Ela riu.

– O Malcolm e a Luisa são irmãos, e a Isa com o Heitor é como se fossem, todos nós somos como se fossem.

– Mesmo assim, e, que variedade.

– Ta bom, ta bom, agora vamos que eles devem estar com fome, se é que acordaram.

Nos dirigimos ao chalé do Heitor. Ela entrou e fui logo atrás. Quando chegamos eatava tudo como antes, mas agora Luisa não estava mais sozinha, Connor estava com ela.

– Oi dorminhocos. - falou Calista, em uma voz alta o suficiente para acordar todo mundo.

– Comida!!! - exclamou alguém. Heitor, claro...

Calista foi até uma mesa ali e colocou a bandeja sobre ela.

– Podem se servir. - falou. - Antes que o Heitor tenha um ataque.

– Ora, ora, irmão... - falou Connor, se levantando. - Até você aqui agora?

– Hã... Eu e a Cali... Hã... Nós temos novidades. - comecei.

– Travis, fala logo. - disse Calista, revirando os olhos. - Nós estamos namorando. - então ela pegou o meu braço.

– E eu achei que tava atrasada - Isabella riu - tsc tsc.

– Eu ia fazer a mesma coisa que fiz com a Isa, mas preguiça - Malcolm fez uma careta.

– Vamos comer então. Antes de morrer de fome.

Todos se sentaram à mesa e eu fiz o mesmo. Caramba, eles comiam MUITO. Pelo menos alguns deles. Reparei que Luisa enrolava com uma maçã. Ela parecia preocupada com alguma coisa. Ou era só sono mesmo... Não dava para descobrir pela expressão dela.

– Vamos, Luisa, coma, temos que treinar ainda... - ouvi Connor murmurar.

– Não estou com fome... - falou ela. É, definitivamente algo estava errado aí.

– O que houve? - perguntou ele.

– Depois nós falamos sobre isso. - ela disse.


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