Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 26
Capítulo XXV - Que a guerra comece.




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P.O.V. Isabella

Todos estavam com expressões estranhas, o que me fez rir ainda mais, essa foi literalmente a pegadinha do século, ninguém conseguiria fazer outra igual por um longo tempo.

Corri para o lado de Leo e o abracei.

– Sua menina estará sempre aqui - sussurrei - Não tenha medo.

Me desvencilhei dele e abracei Evan que estava vindo em minha direção.

– Você quase me matou - fingi uma irritação - sorte que não é um semideus que vai conseguir me matar.

Ele ficou vermelho.

– É brincadeira - o abracei mais apertado.

Olhei para o lado enquanto todos me olhavam com choque, só Chace gargalhava. Calista, Malcolm, Julie, Luisa, Alawara e Heitor estavam todos juntos, paralisados. Corri até eles e os abracei.

– Me desculpem pelo susto - sorri - Não seria tão engraçado se vocês soubessem. E cá entre nós, quem não quer saber como seria se você morresse? Sorte que foi melhor do que o da Drew, se fosse igual, eu ficaria dentro da mortalha mesmo.

Heitor me abraçou por trás. - Essa é minha menina, que orgulho - O beijei na bochecha - Aprendi com o melhor.

Todos riram.

– Imaginei que era pegadinha... Você estava corada enquanto ainda tava na enfermaria... - comentou Luisa, dando de ombros. - Mas pensei que estava imaginando coisas, não pensei que fosse fazer uma coisa dessas, sua pirralha irritante. - ela mostrou a língua numa atitude infantil.

– Nem vem, você estava quase tendo um troço. - Chace riu.

– Eu? Eu era a mais calma de todos... - murmurou ela.

– Com isso eu devo concordar... - riu Calista.

– Sabe, com isso tudo descobrimos várias coisas, tipo, primeiro vocês não vivem sem mim, segundo, o Chace é um ótimo ator, e terceiro, eu sou a rainha das pegadinhas desse acampamento.

– Nossa, é boa demais - Malcolm disse ironicamente.

– Tão boa quanto você é bom perdendo as calças - ri.

Nesse momento alguém abraçou minha cintura.

– QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FAZER ISSO COM A GENTE - aquela voz linda gritou - NUNCA, JAMAIS, FAÇA ISSO DE NOVO ISABELLA.

– Não esqueça de uma coisa. - falou Luisa. - Você é ótima em se fingir de morta. Mas se for fazer isso de novo... Lembra de passar um pó no rosto para disfarçar a cor.

Todos riram.

– E com isso comprovamos que Apolo é mesmo o deus do teatro. - comentou Alawara.

– Nem vem que só você percebeu - ri. - Não pretendo fazer novamente, pegadinha repetida não tem graça.

– Vamos fazer o que agora? - Alawara perguntou - Pelo menos chega de morte por enquanto.

– Eu não to em clima para pegadinha nenhuma - Leo murmurou.

Todos olharam para ele assustados, isso sim era estranho, muito estranho.

– Que foi? - Heitor brincou - O choque foi grande demais para você?

– Você não percebeu Heitor? Ele não ficou assim nem quando a Calypso morreu, dessa vez ele realmente começou a gritar. - Connor entrou na conversa.

– Aãh Connor, eu não creio que seja uma boa ideia... - comecei.

– Mas é verdade - Leo me abraçou mais apertado - Você acha que é fácil quando finalmente consegue uma namorada ela morrer por ter tropeçado em uma formiga? - fechei a cara, mas ele continuou - E depois, quando você acerta sua vida, com uma garota legal, como a Alawara é para o Heitor, a Julie para o Malcolm e você para mim. Você acha que eu conseguiria te perder?

Meus olhos encheram de lágrimas, mas não permiti que elas caissem.

– Perdão - pedi - eu devia ter te avisado, mas fala sério, você não é um bom ator, acabaria com a pegadinha no momento em que o Evan se declarou.

– V.. você ouviu tudo? - disse Evan se aproximando.

– Sim - corei- e acho melhor nós irmos conversar. Eu. Você. O Leo. Luisa. Connor e Carl.

– Sobre o que quer conversar, Isabella? - sussurrou Luisa no meu ouvido. - Não é uma boa ideia deixar os quatro num mesmo lugar... Você sabe muito bem o que aconteceu das últimas vezes...

– Eu sei - disse em uma voz alta o suficiente para que todos ouvissem - sei também que está na hora de acabar com tudo isso.

Todos nos direcionamos ao chalé de Zeus, que era o mais fácil, pois não havia ninguém dentro. Connor e Leo não quiseram entrar, mas depois de muita insistência concordaram.

– Aqui é o território deles. - reclamou Connor. - Não é nada agradável. Falem logo, que eu quero ir pro meu chalé.

– É, posso colocar fogo aqui dentro e todos saímos correndo? - perguntou Leo.

– Só se eu puder pichar a estátua idiota aí antes. - falou Connor.

– Nós ainda estamos aqui, sabiam? - disse Evan, mal-humorado.

– Dane-se, não estou preocupado em agradar nenhum de vocês. - retrucou Connor. - Eu quero mais é que vocês morram. - sussurrou depois.

– Parem cara... - parei - carambolas vocês dois - Respirei profundamente duas vezes antes de continuar - Pelo visto morri, ou quase, em vão não é. Esse susto não adiantou nada?

– NÃO. - disseram em uníssono.

– Eu ainda odeio ele. - falou Leo.

– Idem. - murmurou Evan.

– E eu não vou perder você pra um filho de Zeus imbecil. - falou Leo. Connor concordou com a cabeça.

– Torno minhas as palavras do Leo. - falou Connor.

– Não vamos deixar de lutar por elas por causa de vocês - os gêmeos disseram.

– Eu devia ter morrido - murmurei alto demais.

– Não é a única. - falou Luisa. - Na próxima me arrasta junto?

Assenti.

– Vocês são tão burros assim? - murmurei. - Parem de brigar. Não percebem que a escolha é unicamente nossa?

– Não podemos parar - Evan disse - Enquanto houver chance de você ser minha continuarei lutando.

– This - Os outros três disseram.

– É a primeira vez que eles concordam, e ainda é sobre isso - Luisa resmungou.

– Eu mereço - dissemos juntas.

– Sobre o que vocês querem conversar? - perguntou Connor, impaciente.

– A história é simples: Enquanto vocês não pararem de brigar... - comecei.

– Nós não vamos ficar com nenhum de vocês. - falou Luisa, por fim.

– VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO! - gritaram os quatro, juntos.

– Nos impeça. - falou Luisa. - Parem com essa infantilidade se quiserem alguma coisa conosco.

– Isso é ridículo - Leo começou.

– RIDÍCULO? - gritei - Ridículo é o jeito que vocês se tratam, por favor.

– Mas... Mas... - começou Connor.

– Parem de ser crianças. E nós vamos ver o que fazer. - falou Luisa.

– Isso é impossível - Carl disse - Amigos, nós? Não tem como.

– Pois deverá ter, ou vão ficar sozinhos, até arrumarem outras pessoas.

Outras pessoas... - murmurou Leo para si mesmo. - Quando a minha vida finalmente estava completa, Afrodite resolveu estragar tudo... Se vou ter que fazer isso para te ter de volta... Evan, Carl, Connor, querem ir jogar volei? 2 contra 2?

– Dois contra dois? - um sorriso maligno surgiu no rosto de Connor - Estou dentro.

Os gemeos entenderam o que estava para acontecer - Nós também.

Então uma ideia brilhante surgiu em minha mente.

– ESPEREM - gritei - tive uma ideia brilhante.

– NÃO - os cinco gritaram.

– Não confiam em mim? - ri - Essa foi uma pergunta retórica - suspirei - Enfim: As duplas serão Leo e Evan e Connor e Carl. Eu como uma boa filha de Apolo, serei a juíza, e a Luisa vai me ajudar a ver se ninguém vai trapacear.

– VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA! - gritaram os quatro.

– Detesto admitir, mas... É UMA ÓTIMA IDEIA!!! - falou Luisa, com um sorriso.

– Hey - disse parecendo ofendida - Eu sempre tenho ótimas ideias. Agora vamos que não temos o dia todo... vai que surge uns filhos de Hades extremamente gatinhos no acampamento e...

– E NEM TERMINE, ISABELLA. - gritaram Leo e Evan, juntos.

– Ah, me deixa viver... - dei de ombros.

– Viver tipo...? - perguntou Leo.

– Já é ruim o suficiente competir com ele, sabia? - comentou Evan.

– Viver tipo? Quer mesmo que eu fale? Okay - ri - Viver tipo indo a festas, encontrando caras e...

– PARE - gritaram. Ri silenciosamente.

– A escolha é unicamente de vocês. Vão ou não vão jogar?

– Vamos. - disseram, contrariados.

– E se trapacearem... Vão sofrer as consequências. - falou Luisa.

– Leo, porque você foi dar a ideia do jogo mesmo? - perguntou Connor.

– Porque a minha ideia era ter elas longe... - disse Leo.

– Nos ter longe tipo...?

– Tipo poder jogar como homens? - comentou Leo.

– Jogar como homens seria o equivalente a não trapacear. Vocês são homens ou ratos? Vão, agora. - murmurou Isabella.

POV Connor

Eu não estava acreditando naquilo. Sinceramente não. Como é que eu estava competindo com um filho de Zeus imbecil cujo único neurônio que tinha morreu de solidão? Eu a amava realmente. Conhecia ela há anos. Mas ela queria me trocar por um garoto que conhecia há poucos dias? Isso não era nem um pouco justo.

Seus olhos acinzentados brilhavam quando ela falava da nossa partida de volei (maldito Valdez), mas parecia que ela estava falando de alguma nova fórmula química que ela tinha encontrado na faculdade... Por que as mulheres tinham que ser tão complicadas?

– Comecem o jogo. - falou Isabella. A bola estava em minhas mãos, e eu a saquei.

A bola quase acertou a cara de Carl, mas ele conseguiu atirá-la para o outro lado. Leo pegou-a, e a bola pegou fogo. Ele atirou-a na direção de Evan, e a roupa desde começou a pegar fogo, e ele a gritar desesperadamente (como uma menininha).

Luisa pegou o apito da mão de Isabella e começou a apitar. Isabella gritava.

– PAREM, PAREM, PAREEEEM!!!

– É ASSIM? VOCÊS VÃO VER ENTÃO!!! - gritou Carl, e jogou um raio em mim, me fazendo cair.

Leo atirou fogo em Carl e Evan atacou um raio neste.

– VOCÊS SÃO BURROS OU O QUÊ??? - gritou Luisa. - PAREM COM ISSO!!!

– Vocês não... - uma lagrima escorreu pelo rosto de Isabella - eu não acredito, mas isso vai ter o troco.

– Vai. - falou Luisa. - Com certeza vai.

Ah, não, o que elas poderiam fazer? Conhecendo bem as duas... Poderia ser qualquer coisa.

– O que vocês vão fazer? - perguntei, me levantando, tentando aguentar uma horrível dor nas costas. Teria que dar uma passada na enfermaria depois... Aquilo já estava virando um segundo chalé para mim desde que a Luisa voltou.

Sinceramente? Eu preferia lidar com o Chace, era mais fácil.

– Is... - Leo não teve tempo de completar a palavra pois Isabella tinha saído correndo.

POV ISA

Corri o máximo que pude, tendo em mente que Evan, Luisa, Connor, Leo e Carl estavam atrás de mim. Não podia parar, e não ia. Quando estava chegando perto da floresta, bati em alguém e cai no chão.

– George? - perguntei ainda meio atordoada.

George era filho de Poseidon, ele era um pouco mais alto que eu, cabelos e olhos azuis, porte atlético, pele clara e extremamente lindo. Não teria oportunidade melhor.

– Ora, ora... Olha quem vejo aqui! Isa, a que me deve a honra de tropeçar em você? - falou ele, com sua ironia habitual.

– Sua ironia é contagiante Ge - ri

Ele sorriu.

– Mas enfim, o que está fazendo por aqui? Não te via há dias...

– Eu... - o que eu faria agora? - Eu... eu estava te procurando, estava morta de saudades - sorri.

Leo e Evan pararam no meio do caminho - O que? - Leo perguntou - Não, não pode ser - Evan completou.

– Esse cara vai ver só... - comentou Leo.

– Tenho que concordar com você dessa vez.

– É, eu meio que morri umas horas atrás... - comecei. - Pensei que te veria por lá.

– Eu estava na floresta. - comentou ele. - Mas quer me contar direito essa história? - ele estendeu a mão para mim.

– Com o maior prazer - peguei sua mão e ele me ajudou a levantar. - Para onde vamos? - perguntei curiosa.

– Para onde você quiser - sorriu.

– Então vamos para os estábulos, ficaremos sozinhos lá, e vai dar para contar tudo.

Olhei de supetão para Leo e Evan, que estavam com os punhos cerrados, e a raiva estava estampada em seus olhos.

– Ele está pedindo pra morrer? - perguntou Leo, com os dentes cerrados.

– Ele está pedindo pra morrer. - concordou Evan, da mesma maneira.

Eles definitivamente estavam se mordendo de ciúmes. Primeira etapa concluída.

Dei um sorrisinho falso para eles e saí andando de mãos dadas com George.

Quase na metade do caminho, eu tive uma ideia brilhante em mente, curaria rápido com minha experiência, e seria igualmente engraçado. Chutei uma rocha dobrando o pé.

– AI MERDA - gritei.

– O que foi? - George perguntou assustado.

– Torci o pé - choraminguei - que sorte a minha, não to podendo andar.

– Isso não é problema - sorriu me pegando no colo.


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