Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem :333
E Thiago, não me mate (mais fácil eu matar você, mas enfim...)
– Então esse é o plano, Isabella? - perguntei, rindo. - Caramba, que maldosa você...
– MAS ASSIM VOCÊ VAI ACABAR MATANDO-O!!! - exclamou Calista, arregalando os olhos.
– Acho que a Cas tem razão... - comentou Connor. - Ele não tem treinamento o suficiente pra isso... A maior possibilidade do que vai acontecer é ele ser morto... Por nós.
– Acho que não temos motivos o suficiente para fazer isso com ele. - falou Malcolm, distraidamente, enquanto mascava um chiclete. Ele tinha recuperado suas calças, percebi. - Ele é só um novato. Ainda não aprendeu com quem pode ou não se meter. Não é melhor darmos uma chance pra ele antes? Tem bem mais gente que merece isso aqui nesse Acampamento. - Meu irmão sempre tentando usar o bom-senso.
– Ah, quer saber? - falou Heitor, se levantando. - Eu achei uma ótima ideia!
– Convenhamos, né, gente? - falou Alawara, com um sorriso travesso no rosto. - A ideia não é tão perigosa assim... Não acredito que isso vá causar uma morte. Talvez uns dias na enfermaria, mas morte não...
– No final a culpa vai ser das parcas. - zombou Julie. - Vamos, não sejam caretas. Não tem problema nenhum em nos divertirmos.
– Eu concordo plenamente. - Isa completou - ah, fala sério, eu nem sou tão má assim.
– Não? - perguntei - Cara, você é uma "gênia do crime".
– Calúnia - ela riu - Então, quem topa?
Heitor e Julie levantaram as mãos.
– Eu me rendo! - Calista e Connor falaram juntos levantando as mãos. Leo chegou na porta do chalé.
– O que eu perdi dessa vez? - perguntou.
– Trotes da Isabella com o novato filho de Atena. - Julie explicou.
– Trotes da Isabella? Com um filho de Atena? Cara, nem quero saber o que é, já to dentro.
– Só falta você Luisa - ela riu - Vamos, vai ser divertido!
Olhei para o alto e levantei os ombros em sinal de rendição.
– Isso - todos gritaram alto.
– Agora é só colocar o plano em ação. - Heitor riu.
– Você prepara as poções, Cas? - perguntou Julie.
– Com certeza! Alguém quer vir junto?
– Eu vou. - falei.
– Então vamos nos divertir!
Calista começou a fazer as poções, enquanto terminávamos de combinar os detalhes, Julie distrairia o garoto enquanto colocaríamos o plano em ação.
– Julie, você é persuasiva, por mais que eu odeie admitir. - falou Malcolm, com um sorriso. - Boa sorte com o novato. - E deu um beijo na namorada.
Julie saiu e observei Cas no preparo das poções. A poção era tão clara que poderia ser confundida com água sem problema nenhum.
– E se ao invés de jogarmos isso no colchão, colocássemos em um copo d'água? - perguntei, com os olhos brilhando. Quando foi que eu fiquei tão má?
– Bom, aí corre mais risco de ele sofrer com as consequências, vulgo ser morto por nós. - comentou Calista, ainda misturando os ingredientes.
Isabella entrou saltitando pela sala.
– Há quanto tempo não me divertia desse jeito? - comentou rindo - Esse vai ser especial, pela Luisa.
– Porque pela Luisa? - Connor perguntou perplexo - Porque...
Olhei para ela aflita.
– Porque é a primeira pegadinha dela - ela completou - Isso tem que ser especial. - Ele concordou e isabella saiu pulando até Calista.
POV Julie
Fui em direção à arena. O novato (pela descrição que tinham me passado) estava lá. Saquei minha espada de gelo mágica e fui em sua direção.
– Pretende mesmo lutar com isso? - zombou ele.
– Não precisamos lutar, se não quiser... - falei, com a voz mais sedutora que consegui. Era muito estranho falar daquela maneira, mas em prol dos nossos planos era necessário.
O calouro corou.
– Julie - estendi minha mão como um comprimento.
– Thiago - ele respondeu ainda mais vermelho.
– E então, vai querer lutar ou fazer algo, digamos, mais interessante? - sorri.
Ele estava tão vermelho quanto um pimentão. Tive que segurar uma risada.
– Acho que vamos lutar... Antes que você se auto-incinere, de tão vermelho que está.
– Hã... Er... Tudo bem... - murmurou o garoto.
Com menos de 20 segundos consegui imobilizá-lo.
– Quem não iria conseguir lutar? - perguntei com um olhar zombeteiro.
– E-e-eu - ele limpou a garganta - e-eu a-acho-o.
Dessa vez não consegui segurar o riso, apenas parte dele.
– Não subestime uma semideusa. Nós podemos ser mais perigosas do que uma Fúria. - comentei, rindo. - E essa espada é mágica. É claro que não usaria gelo comum para lutar. Derreteria em pouquíssimo tempo! - revirei os olhos.
Ele me olhava com os olhos arregalados. Continuava com a minha espada sobre seu peito.
– Desse jeito você vai demorar para se adaptar... - zombei.
– Tsc, tsc, novatos - ri.
– Eu sou muito competente sabia? - ele me perguntou ainda vermelho.
– Vermelho desse jeito? E perdendo tão rápido? Acredito - revirei os olhos - Isso porque você não lutou com nossos melhores guerreiros.
– N-não? - ele gaguejou.
Ri.
– Não, mas com toda certeza Heitor e os meninos amariam fazer isso.
– Vocês... Vocês são algum tipo de assassinos pro...profissionais?
– Quase isso. - falei, rindo.
– Mas é claro que nós, homens, sempre vamos ser guerreiros melhores. - comentou ele. Soltei uma gargalhada mais alta do que antes.
– Tem certeza disso? - apertei um pouco mais a espada sobre seu peito, de uma maneira que não o furasse. Ainda. - Como eu já disse, você perdeu de mim mais rápido do que qualquer outra pessoa... E a Luisa me contou que também venceu de você rapidamente...
– Eu... Eu não estava preparado. - falou. O medo estava estampado em sua face. Percebi que ele suava e tremia. Mas eu não o deixaria livre tão cedo...
– Tá, acredito, quer uma segunda chance? - perguntei rindo.
Ele arrumou a postura.
– Claro - e bateu com sua espada na minha. Mais 15 segundos e ele estava imobilizado novamente, eu estava com as duas espadas, a minha em seu pescoço e a dele atrás de sua nuca.
– Realmente - ri - Você é péssimo, com uns amigos meus não duraria nem 3 segundos.
– Eu deixei você ganhar. Não gosto de lutar contra garotas! - exclamou ele. Eu ri.
– Me deixou ganhar? Ah, faça-me o favor... Atena deve estar com vergonha de ter você como filho agora.
– EI! Não meta minha mãe no meio dessa história! - falou ele.
– Graaande filho que você deve ser pra ela. - comentei. - Ela tem filhos com quem vale a pena lutar. Sinceramente. Mas com você? Há! Um perdedor nato! Morreria num campo de batalha de verdade!
Tentava imaginar se conseguiria distraí-lo por tempo suficiente. Esperava que Calista terminasse logo a poção. Não conseguiria aguentá-lo por muito mais tempo.
– Estou sendo zoado por uma albina. Sério isso? - murmurou ele, baixinho, mas eu consegui ouvir.
– A começar, eu não sou albina. - falei. - Sou filha de Quione, então isso é herança genética, não há nenhum tipo de epistasia, dominante ou recessiva, em mim. Se eu fosse albina, os meus olhos seriam avermelhados, mas minha pupila tem a cor normal, assim como a íris chega a ser muito clara. Pensei que um filho de Atena saberia diferenciar...
– Eu já estudei genética. - murmurou ele. - Mas não achei importante.
– Ah, pelos deuses... Atena deve ter se enganado ao reclamar você, só pode...
Nesse momento, vi Luisa correndo em minha direção.
– Aí está você! - falou ela. - Quer ir treinar arco-e-flecha comigo? - ela piscou de uma maneira que o garoto não conseguiu reparar. Ela era uma boa atriz...
– Acho que eu vou voltar para o meu chalé... - falou Thiago. - Vocês são chatas mesmo, heim?
Ele virou as costas e saiu. Quando ele já estava longe, eu e Luisa explodimos em gargalhadas.
– Será que deu certo? - perguntei.
– Provavelmente. Agora é esperar pra ver.
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