POV Luisa

Fui direto para o meu chalé. Peguei o meu notebook e comecei a olhar as fotos minhas com o Connor. Eu tinha feito muito isso no tempo que fiquei fora. Na época era isso que me dava força para continuar em frente, mesmo com todos os problemas: Saber que ele estaria ali, me esperando. Como eu queria que isso tivesse sido verdade. Nós podíamos estar juntos novamente, mas não seria fácil esquecer o acontecido. Lembrei-me do episódio de Gossip Girl em que o Nate contava para a Blair que tinha ficado com a Serena. Como é que ela tinha conseguido disfarçar daquela forma? Só sei que eu não era nem um pouco parecida com ela.

Nós tínhamos nos acertado, mas por que eu ainda estava agindo dessa forma, ainda estava me afastando? Simples. Traição era uma coisa complicada de se lidar.

Deixei minha pasta de músicas da Avril tocando. Comecei a prestar atenção nas letras. "Eu não consigo encontrar uma razão para te esquecer [...] Eu não consigo encontrar uma razão para aguentar/O que deu errado pode ser perdoado[...]".

"Até o ponto em que você não me ligou/Quando disse que iria/Eu finalmente entendi que vocês são todos iguais"

As músicas dela refletiam exatamente o que estava acontecendo... Não consegui conter algumas lágrimas que sempre escorriam pelo meu rosto quando eu via aquelas fotos ou ouvia aquelas músicas.

– Você está bem? - perguntou Annabelle, minha irmã, se aproximando. Então ela olhou para o notebook. - Você não se cansa de se torturar dessa forma?

Fechei o notebook rapidamente e o deixei em cima da cama. - Está... Está tudo bem... - falei.

– Sabe, eu pensava que os garotos aqui fossem mais espertos que os mortais... Mas pelo jeito são todos iguais... - comentou ela.

– Existem vadias em todo lugar... - falei. - Mas é pior quando elas tem poderes como o charme...

– Ah, a culpa não foi só dela... você sabe que os homens não conseguem resistir quando estão muito tempo sem ninguém...

– Anna... - falei, receosa - Eu voltei com ele. - Annabelle arregalou os olhos.

– Você é louca? - perguntou. - Se ele já fez uma vez, é quase certo que vai fazer de novo!!!

– Você vai me matar... - falei. - Mas mesmo depois de tudo eu... Eu ainda amo ele.

– Você não existe, Luisa - ela respondeu - Você pode se arrepender amargamente depois, sabe disso não é?

– Acho que vou correr o risco. - falei, secando mais uma lágrima.

– Amor, não quero te deixar triste... - ela disse, enquanto limpava meus olhos - Mas você sabe muito bem, como uma filha de Atena, os riscos a correr.

– Sim, eu sei muito bem. - falei. - Mas... Bom... Se acontecer novamente... Desisto de qualquer coisa que envolva homens.

– Nem todos os homens são iguais. - falou ela.

– Só os que eu realmente consigo gostar.