Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte
Notas iniciais do capítulo
I'm back! Finalmente a inspiração voltou, e a todo vapor, e aqui está um novo cap que ficou consideravelmente grande (compensa um pouco a demora, hehe). Beijos e boa leitura! :)
–- HERMIONE? – uma voz ecoa atrás de nós, e eu desejei nunca ter nascido.
Agora eu realmente estava encrencada.
Malfoy se assustou, mas logo começou a sorrir, e eu contei até mil para não empurrá-lo de uma escada. Rony estava de pijamas, com o cabelo todo desgrenhado, e sua boca formava um perfeito “O”. A essa altura, meu rosto já estava um pimentão, e eu procurava desesperadamente uma desculpa que justificasse a cena.
–- Mas o que? – Rony disse, de forma arrastada, e seus olhos fracamente abertos. Percebi que ele não estava acordado de fato, apenas em uma de suas crises de sonambulismo. Ele deu dois soquinhos nas têmporas e balançou a cabeça em negação. – Estou sonhando, só pode ser.
–- Sim, é tudo um sonho. Agora volte para a sua cama, Ronald Weasley! – tentei imitar a Sra. Weasley, sem muito sucesso. Felizmente, pareceu funcionar com ele.
–- S-sim, mamãe. – ele voltou pelo corredor de onde viera, e eu suspirei, aliviada. Malfoy estava às gargalhadas.
–- Só o Weasley para cair em uma imitação tão fajuta... – ele disse, enxugando as lágrimas dos olhos.
Não aguentei, e parti pra cima dele. Malfoy segurava meus pulsos om dificuldade, e eu continuei a me debater.
–- Seu maldito! Cafajeste, nojento! A culpa é toda sua! Nada disso teria acontecido se você... – suspirei pesadamente.
–- Lembrando que você estava me “prendendo” – ele fez sinal de aspas com as mãos. – e agora vem dizer que a culpa é minha?
Apesar de tudo, ele estava certo. Mesmo sem querer admitir, eu queria. Se Rony não tivesse aparecido, nós continuaríamos provavelmente até eu recuperar meus sentidos.
–- A culpa é sua! Você... você mexe comigo...
Malfoy sorriu, galanteador.
–- Bom saber disso... Eu te levo à loucura, assim como você faz comigo, Granger... – ele se aproximou de mim, e eu respirei fundo, me afastando.
–- Eu não vou ser “mais uma” para a sua coleção de garotas me entendeu bem? Só disse que você mexe comigo, mas não disse em qual dos sentidos da expressão.
–- Você não é mais uma, acredite.
Eu odiava a ideia de estar “apaixonada” por um sonserino, e odiava ainda mais o fato de esse sonserino ser Draco Malfoy, o aluno mais irritante, estúpido, galinha, metido e detestável da história de Hogwarts.
–- Não sou? Prove! – eu disse, dando-lhe as costas e andando decidida para a Sala Comunal.
Ele segurou meu braço e me encarou. Senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. Estava difícil resistir.
–- Provar? Ótimo. Vamos ver até onde você pode resistir... – ele me puxou, me beijando novamente, mas desta vez eu o empurrei.
–-Você não me ama, eu não te amo. Nós nos odiamos. Como sempre foi e sempre será. Isso foi um acidente, que nenhum de nós queria.
–- Você me ama. – ele disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
–- Claro que não! – eu disse, ainda que meus pensamentos dissessem absolutamente o contrário.
–- Não negue o que está estampado na sua cara.
–- Pare de ser idiota, ainda que no seu caso, seja impossível!
–- Você beija melhor do que fala...
–- NÃO... ouse tocar em mim de novo.
–- Calma, não fiz nada ainda...
–- E nem vai fazer!
–- Pode apostar, Granger, eu ainda vou fazer você assumir que me ama. E se prepare, porque não vai ser nada fácil pra você.
–- Não vai ser nada fácil pra você. Pode apostar como não.
–- Bem, se você ceder, eu já terei minha confirmação. Se eu ceder, aí você é quem sabe.
–- Temos um trato?
–- Temos um trato. – nós dois balançamos as mãos e nos encararamos por um tempo. Dois segundos depois já estávamos nos beijando novamente.
–- Começamos amanhã... – eu disse, em meio ao beijo, e Malfoy só conseguiu sorrir da situação.
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Na manhã seguinte, acordei completamente exausta. Estava uma neblina espessa e a neve cobria boa parte dos arredores do castelo.
Tomei meu banho, me vesti e coloquei o cachecol e o gorro da Grifinória. Lembrando de como Gina tinha feito, arrumei a mim mesma e ficou melhor que o esperado. Com cautela, saí do quarto onde todas dormiam, e fui para a Sala Comunal. Um fogo leve crepitava na lareira, e um cheiro de café pairava o ar.
Saí de lá e fui vagando pelo castelo até chegar à biblioteca. Enquanto procurava um livro para me distrair, percebi que não estava sozinha. Ao me aproximar, a pessoa se assustou e derrubou a pilha de livros que estava segurando.
–- Neville? Que faz aqui tão cedo?
–- Ah, hum, oi Mione... Eu sabia que ia te encontrar aqui, por isso vim.
–- O que foi?
–- Preciso te contar uma coisa, e pedir sua ajuda.
–- Tudo bem, deixe-me só pegar alguns livros. Pegue uma mesa, eu já estou indo.
–- Ok.
Procurei pelas prateleiras e, finalmente, voltei à mesa em que Neville estava e me sentei lá. Despejei a pilha de meus braços, que caiu retilínea em um baque surdo.
–- Bem, agora diga...
Neville estava muito vermelho, e pensei que fosse expodir a qualquer momento.
–- B-bem... É s-s-sobre uma garota... – ele tapou o rosto com as mãos. – e eu gosto muito dela, mas não sei como dizer isso, e tenho medo de... você s-sabe... – ele baixou o tom de voz para que apenas eu pudesse ouvir, ainda que não houvesse mais ninguém na biblioteca. – levar um fora...
Apesar de já saber de quem se tratava, não disse nada para não envergonhá-lo. Decidi perguntar.
–- Eu não sou a melhor pessoa para conselhos amorosos, mas enfim... Ajudaria bastante se eu soubesse quem ela é.
–- Hum... E-eu... ela é... s-sabe, nós nos ap-proximamos muito desde a b-batalha da Ordem contra V-você-Sabe-Quem... – ele estremeceu. – e... e eu não sei disfarçar, não é? – ele perguntou, me vendo rir da situação.
–- Definitivamente não. É a Luna...
Neville ruborizou violentamente ao ouvir o nome de Luna.
–- Não tenha vergonha, Neville. Você é uma pessoa maravilhosa, garanto que qualquer iniciativa vai agradá-la.
–- Não, Mione... Eu sou um fracassado, e a única matéria que eu não me dou tão mal é Herbologia, que provavelmente não vai me levar a lugar nenhum. Sou péssimo em todo o resto. Ela é da Corvinal, onde todos são inteligentes. Imagine que vexame para ela ser vista saindo com o perdedor do Longbottom...
–- Não fale assim, Neville! Você está longe de ser um fracassado, e a pessoa não vai ficar com você pelas matérias de Hogwarts, e sim pelo o que você é. Além disso, todo mundo sabe que ela também não é lá muito de se importar com isso. Não é a toa que a chamam de Di-Lua Lovegood...
–- É, você tem razão.
–- E talvez por ela ser tão avoada que nem percebeu que está gostando de você também...
–- Ela gosta?
–- Ela fala em você o tempo todo, que vai te ajudar com as tarefas, coisa e tal. Quando ela perceber que isso é bem mais que uma amizade, tudo se tornará mais fácil. Ela só precisa de um empurrãozinho.
–- Eu não sei se devo...
–- Você vai conseguir, Neville. Confie mais em si mesmo!
–- Tudo bem, eu vou tentar. Obrigado por tudo, Mione! Sabia que podia contar com você...
Eu o abracei.
–- E sempre pode contar. Amiga é pra essas coisas... – eu disse, encabulada.
Neville pegou seus livros e saiu da biblioteca. Eu sorri. Sempre soube que os dois se gostavam, mas não conseguiam libertar seus sentimentos.
PLAM!
Pude ouvir o som se mais uma pilha de livros caindo. Sorri, revirando os olhos.
–- Cairam de novo, Neville? – eu disse, mas meu sorriso sumiu. Neville estava longe de ser visto. Pelo contrário.
–- Bom dia, Granger. Dormiu bem? – Malfoy disse, com seu tradicional sorrisinho sarcástico que me tirava do juízo perfeito.
Suspirei. Pelo visto o dia iria demorar a passar...
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