Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 17
"Eu não quero te ver triste"


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Postando dois no mesmo dia, porque eu não sei se vou conseguir atualizar a fic no domingo e no resto da próxima semana. Então, está ai! Beijos para Giu Di Angelo pelo review! Boa leitura :)



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Uma das janelas refletia o lado de dentro do castelo, e Hermione olhou-se ao passar por lá. Mas logo depois repreendeu-se por aquilo.

Para que se importar com sua aparência? É o Malfoy!

Exatamente por isso, uma parte insistente da mente da garota rebateu. E era verdade. Por pior que ele fosse, Hermione ainda não conseguia controlar o pulinho irritante em seu coração, ou as borboletas que insistiam em massacrar seu estômago toda vez que ele falava com ela, ou qualquer outra coisa.

Hermione chegou ao lugar de sempre, e viu, ao longe um cabelo loiro se atracando com uma corvina. Quem mais seria a não ser ele? Obviamente era Malfoy, apenas pegando e jogando fora, como sempre.

Vendo que não havia ninguém para atrapalhá-la ali (afinal, os dois ali longe estavam bem ocupados), desabou no chão e começou a chorar.

Não havia como descrever o quanto estava se sentindo idiota, por tudo. Por ter que conviver com Malfoy, que era uma incógnita. Onde estava com a cabeça ao pensar que logo o Malfoy poderia sentir alguma coisa por alguém que não fosse “sangue-puro”? Além disso, mesmo se fosse, não seria por Hermione. Os dois tinham brigado tantas vezes, a vida toda, que seria absolutamente impossível que um nutrisse sentimentos bons pelo outro. A Amortentia dele não dizia nada, afinal. Era só um cheiro, que coincidentemente batia com o cheiro de Hermione. Além de tudo, havia Rony, que ao mesmo tempo em que tentava reconquistá-la, não conseguia se desprender de Lilá.

Hermione apoiou a cabeça nos joelhos e respirou fundo. Sua cabeça doía.

–- Granger? – a voz dele ecoou. Hermione virou-se para ele. Franzindo o cenho, olhou para onde o casal estava, e eles permaneciam lá.

Não era Malfoy.

Uma estranha onda de felicidade passou por seu corpo, mas ela a disfarçou.

–- Você está chorando de novo? O que foi que houve dessa vez? – Draco tentou dizer de uma forma arrogante, mas o único sentimento que suas palavras carregavam era preocupação.

Hermione o fitou, com raiva. Não tinha se esquecido do episódio na aula de Flitwick.

–- Não te interessa.

–- Interessa sim senhora, a partir do momento em que eu preciso ficar na sua companhia pelo resto das próximas duas horas.

–- Só me deixe em paz! – Hermione tentou dizer normalmente, mas o choro recomeçou. Draco a fitou, sem saber o que fazer.

–- Granger, por Merlin, diga o que está acontecendo, eu não estou disposto a ouvir você chorar.

–- E o que você pode fazer se eu te contar que o que o Ronald faz, e o quanto ele me chateia ao mostrar que tudo o que ele disse que sentia não era verdade? Qual vai ser a sua reação ao saber que não importa o que eu faça, isso nunca vai mudar, ou que eu sinto que é tudo culpa minha, que eu que deveria ser a garota perfeita para ele, mas eu falhei? – ela disse, em meio a soluços. Ela não queria despejar todos os seus problemas daquele jeito, principalmente não para Draco Malfoy, mas não conseguiu se controlar. – E então? Não vai me zoar?

Draco a fitou, claramente surpreso, e sentou-se ao lado dela, encarando o corredor escuro à frente.

–- Não é culpa sua.

–- Sei que não. Mas é impossível não me sentir assim. Eu não fui boa o bastante. Eu perdi.

Draco segurou os ombros dela, fazendo-a olhar dentro de seus olhos cinzentos, que exalavam m brilho diferente.

–- Pare de ser uma sabe-tudo todo o tempo! Pare de querer vencer sempre! Você não pode tentar ser a “garota perfeita” para ninguém, porque um dia, alguém vai achar você perfeita do jeito que você é, sem precisar tirar e nem pôr.

Draco não fazia ideia por que estava preocupado com ela, ou por que não estava zoando dela naquele exato momento. Ele estava aconselhando-a como se os dois fossem amigos íntimos há tempos. Nem em um milhão de anos ele imaginaria que estaria nessa situação com a Granger.

–- Por que está tentando me ajudar?

–- Sei lá. – e não sabia mesmo. – Não quero te ver triste.

–- Você sempre me viu.

–- Não agora.

Hermione riu pelo nariz.

–- Ok, já pode começar a zoar agora. Está filmando, ou algo assim?

–- E por que eu faria isso? – ele perguntou, encolhendo os ombros.

–- Porque você é Draco Malfoy, e me odeia, e sempre quer me ver para baixo. Porque você passou a vida inteira fazendo coisas desse tipo, e eu não deveria esperar outra coisa de você. – Hermione disse, como se fosse óbvio.

–- O que exatamente você acha que eu não faria? Ajudar você?

–- Obviamente. Se você odeia uma pessoa, você quer que ela se ferre, certo?

–- Certo. Eu não sou idiota, Granger.

–- Não parece.

Draco bufou.

–- Você é muito mal-agradecida, sabia?

–- E você está muito esquisito. Quem é você e o que fez com Draco Malfoy?

Ele revirou os olhos. Hermione percebeu o quanto adorava quando ele fazia isso, e corou com o próprio pensamento.

–- Eu continuo sendo o mesmo Draco Malfoy de sempre, só que dessa vez, acaba ficando desarmado quando você começa a chorar.

–- Eu tenho todo esse poder? – Hermione disse, sarcasticamente.

–- Ou talvez eu esteja perdendo a mão.

Hermione riu, mas logo parou quando percebeu que ele a fitava.

–- O que foi?

–- Eu não consigo permanecer normal quando acabei de falar meus problemas para o garoto que eu mais odeio nesse mundo, e agora nós estamos rindo. Sei lá, não parece certo.

–- É, eu estou com esse problema também.

Os dois se encararam por longos segundos, e Hermione se aproximou dele, e olhou para um ponto distante. O casal continuava lá. A garota sorriu.

–- Está a fim de dar umas detenções?

–- E qual é a graça de ser monitor-chefe além disso? – Draco disse, mas vendo que Hermione ia começar a falar tudo o que ela achava de bom naquele cargo, ele tapou a boca dela. – Não diga mais nada. Vamos logo.

Hermione passou a frente dele, com sua varinha acesa, e pôde perceber que ele estava sorrindo.

Os dois chegaram ao lugar em que o casal estava, e ao aparecerem, surpreenderam-lhes. O garoto pôs sua camisa de volta, e a menina pôs sua saia rapidamente, mas Draco e Hermione sabiam que ela não vestia nada por baixo.

–- Vocês dois. Menos cem pontos para a Corvinal e uma noite limpando a Sala de Troféus sem magia.

–- Cem? Como é que é? – a corvina perguntou, ajustando o cós da saia.

–- Estar fora da cama depois do toque de recolher: cinquenta pontos a menos. Para fazer isso, menos cinquenta. A conta é simples, me espanta que uma corvina não saiba fazê-la.

O garoto estava em choque. A menina chegou perto de Draco, dizendo:

–- Ah, Draco, quebra essa para mim... – ela disse, manhosa, abrindo a camisa de Draco, que a encarava com o cenho franzido.

Hermione puxou-a pelos cabelos, e ela cambaleou para trás.

–- Sinto muito, mas é o meu dever como monitor-chefe. – ele mostrou o distintivo. – Além disso, você beija mal.

A garota ficou tão ofendida, que, em sua pressa para sair dali, ela esqueceu sua blusa. Draco encarou Hermione com uma cara sarcástica.

–- Isso tudo foi ciúmes?

–- Ciúmes? Já disse para parar de ser estúpido!

Draco riu.

–- Qual é a graça, seu energúmeno?

–- Você já me disse para parar de ser estúpido, mas não responder se está ou não com ciúmes. Quem cala consente, Granger.

Hermione ficou com a boca aberta, mas nenhum som saiu de lá.

–- N-não... Seu idiota!

Draco riu ainda mais. Hermione, irritada, apenas olhou o relógio, e percebeu que faltavam apenas cinco minutos. Pode-se dizer que, dessa vez, ela não ficou chateada por ter que aturá-lo.

–- Ah, e não pense que eu desisti da aposta.

–- Desistir não faz parte do meu dicionário, Malfoy. Já deveria ter percebido.

Draco a fitou, semicerrando os olhos.

–- Nem eu, Granger. Mas isso você já percebeu faz tempo, não?

Hermione cruzou os braços, e se virou para o outro lado, de forma que Draco não pudesse ver o fantasma de sorriso passando por seu rosto.

–- Como você pretende vencer se não consegue resistir a mim?

Hermione riu, sarcasticamente.

–- Eu consigo resistir muitíssimo bem, se quer saber. Porque eu não sinto absolutamentmph... – Draco a beijou, antes que ela pudesse terminar a frase.

Todo o discurso que Hermione estava preparando para humilhar Malfoy imediatamente se dissipou de sua cabeça. Quando seus lábios entravam em contato com os dele, o mundo parecia simplesmente desaparecer. Sua consciência voltara à atividade, e ela arregalou os olhos, empurrando-o para longe.

Draco apenas sorriu, zombeteiro, olhando para o relógio.

–- Três minutos se passaram desde que eu te beijei. Se você realmente não sentisse absolutamente nada por mim, não deixaria rolar por todo esse tempo.

Hermione o empurrou, possessa.

–- Eu te odeio! – ela disse, ruborizada até o último fio de cabelo, e saiu correndo para seu dormitório, deixando um Draco às gargalhadas para trás.


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Notas finais do capítulo

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