Os Dias escuros de Peeta escrita por Mandys


Capítulo 17
Árvore -Forca


Notas iniciais do capítulo

*Capítulo Corrido*



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–Peeta?- pergunta Plutarch.

Fico em silêncio.

–O. K., mas temos uma coisa para te mostrar.

Junto a ele há um pequeno suporte que ele coloca sobre a bancada de fronte a mim. Ele aperta um botão e a imagem de Katniss tremeluz sob minha vista. Sou tomado por uma onda irreversível de ódio, ou nem tanto, já que quando ela começa a cantar meu coração dança com sua melodia.

Você vem, você vem
Para a árvore?
Onde eles enforcaram um homem que dizem que matou três
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos no meio da noite na árvore forca?

Você vem, você vem
Para a árvore?
Onde o homem morto clamou para seu amor para fugir.
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos no meio da noite na árvore forca?

Você vem, você vem
Para a árvore?
Onde eu disse á você para fugir para nós sermos livres.
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos no meio da noite na árvore forca?

Você vem, você vem
Para a árvore?
Usar um colar de corda, e ficar lado a lado comigo?
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos no meio da noite na árvore forca?

Lembro de um dia. Eu estava perto da bancada da padaria. Um homem alto, da Costura obviamente já que tinha olhos cinza e pele morena. Ele cantava essa música. Em um ritmo melodioso e agradável. Os pássaros pararam de cantar no quintal. Era como se o mundo tivesse parado para ouvi-lo cantar.

–Oh. – é a única coisa que consigo dizer.

–Você conhece? – pergunta Plutarch com o semblante claramente esperançoso.

–Sim. O pai dela cantou isso uma vez quando foi à padaria.- me surpreendo por saber que sei que ele era o pai de Katniss. Nossa, confuso não?

Ele ergue as sobrancelhas.

–Bom. –ele diz - Um tremendo avanço.

–Avanço?

–Avanço. Devo dizer que seu caso é reversível.-diz ele.

Passaram alguns dias. Devo dizer que minha sanidade esta levemente prejudicada?

Tenho visto de tudo. Aranhas, cobras... Até mesmo meus irmãos. É a Capital me fez um tremendo mal. Ou então o 13. Um dos dois, mas a incerteza me consome por dentro.

Mudando de assunto.

Ganhei armários! Quero dizer seguranças. Como se eu fosse achar uma rota de fuga e voltar para Capital, ou até mesmo atacar alguém. Mas me parece que algo esta acontecendo. Até mesmo dos confins de onde Judas perdeu as botas dá para se escutar pequenas cantaroladas desafinadas. Bota desafinada nisso. Mas ainda não consigo deduzir o que esta acontecendo. Achei que essa minha mente super-potente e lúcida fosse descobrir. Talvez uma festa. Bem difícil. Bom nem tão difícil assim, já que era exatamente o que viria a seguir.

Como sempre minha cela/quarto/sala/jaula foi violada sem o menor anuncio. E desta vez por Haymitch. Olha se tem uma coisa que me surpreendeu foi o pequeno fato de ele não estar bêbado.

–Peeta.

–Haymitch.

Ele assente confirmando se eu estou realmente ouvindo.

–O que acha de bolos? –diz.

Risos.

–Acho que é comida. - respondo.

–Quer fazer um bolo de casamento?

Meu estomago se contorce.

–Depende de para quem. - respondo entre os dentes.

Ele parece ler os pensamentos, por isso diz rápido.

–Annie e Finnick.

–Annie? –Não consigo esconder o estupor em meu rosto.

Ele assente.

–Amanhã trarão os materiais para o bolo.

Como de fato ocorreu.

O corpo do bolo já estava pronto. Então me cabia a parte de decorá-lo.

Ao decorá-lo queria mostrar uma parte de mim através do bolo. Pensei o que seria importante na vida de Finnick e Annie. As ondas, o mar. As conchas de uma praia. A família deles devia produzir pescado. Redes, tridentes. Lembrei de Annie no auge de sua loucura, e mesmo assim Finnick a amava. Pode parecer estranho, mas demonstrei isso usando o verde mar da cor dos olhos de Finnick, mesclado ao azul intenso de Annie. E assim por diante, o bolo estava pronto. Os dois “armários” (quando digo armários digo caras imensos mesmo. Com o dobro do meu tamanho) levaram o bolo e me deixaram sozinho. Mas agora eu não estava mais triste. Eu estava lúcido.


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Notas finais do capítulo

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