Nee Takane escrita por Grim


Capítulo 1
Capítulo 1




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Haruka ficou no hospital por 1 mês ao sofrer de demaio. Sua doença havia atacado novamente. Porém, nada de sério agravou-se. Takane ficara tão preocupada que não se surpreenderia caso desmaiasse também. Hoje era o dia em que iriam se encontrar na escola. De alguma forma, Takane sentia-se responsável sobre ele, e faria de tudo para que o garoto não se metesse em encrenca.

Por fim, andou pelos corredores até avistá-lo correndo para a cantina.

- Harukaaa, o que pensa que está fazendo? O médico falou pra vc n exigir muito de seu corpo. Francamente, vc saiu do hospital ontem! – Ele roda e para o corpo ao encontrá-la e a encara com cara de cachorrinho abandonado:

- M-mas, era o último bolinho Takane! – ele deu uma mordida – Pelo visto eu não levo jeito não é? – ele abre um sorriso e passa as mãos no cabelo, sem graça.

Só isso conseguia provocar uma onda de arrepios pelo corpo de Takane. Como ele conseguia manter a calma em uma situação dessas? Como se alcançar um bolinho antes dos demais fosse o maior problema que estava enfrentando. Takane suspirou como se não tivesse jeito, agarrou sua mão sem olhá-lo e direcionou seus passos para a sala, levando Haruka junto com o bolinho na boca. A verdade era que Takane tinha orgulho dele. Muito orgulho mesmo.Apesar de tudo que estava passando, Takane nunca vira Haruka abatido com nada. Isso espantava a maioria das pessoas, mas para Takane, Haruka era o motivo pra que ela erguesse o rosto todo o dia. Quase não chegaram a tempo, mas conseguiram sentar-se um ao lado do outro antes que o sensei pudesse dar inicio a aula. O resto dos tempos passou surpreendentemente rápido. Normalmente, Takane não resistia e dormia a maior parte das aulas, porém daquela vez tudo o que conseguia fazer era pensar no calor reconfortante que sentiu ao ter sua mão em contado com a do moreno. As vezes encarava-o sem perceber, e quando ele a fitava de volta e acenava, desvirava sua face rapidamente, que, por sua vez adquiria a cor pior que a de um tomate.

Ao término da aula, Haruka conversava animadamente com ela sobre a “Grande Feira” que iria acontecer dali a algumas semanas, quando interrompeu seus passos de forma abrupta, fazendo a cara da Takane ir de encontro com suas costas.

- Aii... – Takane percebeu então, o quão próximos estavam e se afastou rapidamente, o tom rosa invadindo sua face pela milésima vez naquele dia. – O que aconteceu?- ela se voltou para Haruka, querendo saber o porquê da hesitação do garoto.

- Nee, Takane, me lembrei que meus pais vêm me buscar hoje porque ainda tenho que fazer mais um exame com o doutor - depois acrescentou com o brilho do sorriso refletindo nos olhos – Espero que tenha doces lá! – e também -Tchauu Takane, nos vemos amanhã! – e desapareceu em meio à multidão de alunos.

Takane estava tão ocupada olhando para o ponto em q o moreno partira que nem percebera a chegada de sua amiga Ayano, que se estabeleceu no seu lado até que Takane por fim a notasse.

- Ahhhhhg! Ayano não me assuste desse jeito! – reclamou com a mão repousada no coração para garantir que ele não saltasse de seu corpo.

- Des-cul-pe- Ayano pronunciou devagar, se divertindo ao ver a amiga tão distraída assim. – Takane, posso apostar que Haruka estava aqui agora pouco. Não vejo ninguém além dele capaz de deixá-la se comportar dessa forma.

A mente de Takane automaticamente assumiu uma forma defensiva quando Ayano pronunciou “Haruka”.

- Sim... ele estava aqui. – Takane sussurrou, mas suficientemente alto para que a garota de compridos cabelos pretos a escutasse. Quando Takane a encarou percebeu que ela estava com um brilho diferente nos olhos. Um calafrio surgiu por sua espinha e todos seus instintos gritaram: Perigo! Perigo! Era impossível prever o que aquela garota era capaz de fazer em razão de juntar casais, e Takane podia jurar que era aquilo mesmo que estava passando por sua cabeça. Mas, não conseguiria mentir para Ayano nem se quisesse, ela sabia quando Takane ocultava alguma coisa ou tentava desviar inutilmente de algum assunto. E também, afinal, Ayano era a única amiga de verdade que Takane tinha desde que entrou no colégio. Era difícil pra ela e pro Haruka se manterem perto das pessoas, pois a doença acaba os esgotando por completo, principalmente para Haruka. E isso acabava deixando-a com mal-humor. Por isso se admirava com a personalidade do garoto, sempre alegre e inocente.

- Você não acha que está na hora de se confessar Takane?- Ayano a encarou de maneira séria, fazendo Takane saltar assustada – Não, me enganei. – Ayano balança a cabeça de um lado pro outro em sinal de negação. Takane, achando que a amiga mudara de idéia suspirou aliviada, até Ayano esticar o braço, com o dedo indicador quase encostando no nariz da outra e pronunciar, elevando o tom de sua voz – Já está MAIS DO QUE NA HORA DE AGIR TAKANE.Você sente algo pelo Haruka e tem medo de confessar. – Ayano balança a cabeça novamente, como se a garota estivesse cometendo um crime.

Takane não sabia o que dizer. Não era a primeira vez que Ayano trazia seus sentimentos a tona, como se estivesse estampado em sua testa a verdade que escondia. Não, pensou sarcasticamente. Se estivesse escrito na minha testa Haruka perceberia.

- Não é nada disso! – Aquela garota podia ler pensamentos? – O Haruka é inocente demais para reparar em alguma coisa Takane! O que lhe resta a possibilidade de confessar seu amor. Mas... de que forma? Ahh já sei! Não não, seria muito óbvio... então... vejamos – Ayano continuou a tagarelar dedicadamente, parecendo falar mais com si própia do que com a garota com fones de ouvido . Takane estava começando a se perguntar se deveria levá-la ao hospital quando por fim, Ayano chamou-a para sua casa afim de pensarem em um lugar mais calmo o que Takane deveria fazer em relação ao Haruka. A casa de Ayano reconfortava Takane, era um daqueles lugares que emanava tranqüilidade ao primeiro passo que a pessoa dava.

Por fim, na cozinha, quando estavam lanchando. Takane estava parecendo cada vez mais atordoada por pensar que no dia seguinte teria que fazer a maior confissão da sua vida.E não fazia idéia de como faria. Até que Ayano bateu o punho na mesa, o que deveria ter doído mas ela pareceu não se importar:

- Já seei! Podemos fazer um bolo para ele não podemos? Haruka adora comida e aposto que ficaria feliz em experimentar um bolo feito por você.

Naquele momento, Takane percebeu que o pouquinho de calma que ainda possuía se esvaiu por completo. Talvez estivesse com esperança de Ayano não conseguisse achar uma solução e tivessem que abandonar o plano. Agora Takane teria que ter muita, mas muita coragem.

- Não se preocupe, você consegue. – Ayano lançou-lhe um sorriso tranqüilizador, e a garota não pôde deixar de sorrir de volta.

- É melhor me ajudar a preparar o bolo, pois posso destruir sua cozinha – Ayano riu – Pode deixar.

.......

Takane localizava-se, algumas horas mais tarde, deitada na cama de seu quarto, completamente exausta pelos acontecimentos do dia. Depois de tanto trabalho, conseguiram criar um bolo realmente bonito, tinha as escritas: “Eu gosto de você” em sua superfície. Ela pretendia da-lo e deixar pra ver sua reação. O que aconteceria depois teria que descobrir. E Takane só podia rezar para que tudo desse certo. Havia feito o seu melhor e estava feliz com isso. Então por fim, adormeceu.

.....

O dia seguinte amanheceu como todos os outros, depois de se arrumar, se dirigiu para a escola a fim de encontrar Haruka.

Só quando o viu sentado na carteira antes da aula começar e acenando, lembrou o que tinha planejado fazer. Só então lembrou dos acontecimentos do dia anterior e de como ela e Ayano haviam se esforçado para que tudo saísse perfeito para o hoje.

O problema é que o bolo estava encima da cômoda do seu quarto. Onde Takane o deveria ter pego e levado para a escola.

- Whoahhh como eu sou idiota! – ela tremia furiosa consigo mesma – Idiota, idiota, idiota!

Haruka, que até então, assistia a tudo isso incrédulo levantou e se aproximou devagar:

- T-akane? Você não me parece muito bem. – Ela voltou fulminando-o com os olhos. Este engoliu em seco mas continuou – Posso fazer alguma coisa pra ajudá-la?

Agora que havia chegado perto, Haruka notou algumas lágrimas escorrendo por seu rosto. De raiva ou tristeza, ele não sabia, parecia uma mistura dos dois. Ela ficou parada, respirando fundo para tentar recuperar a calma:

Tenho que fazer isto hoje. Não seria justo depois de ontem. Tenho que fazer isto. Tenho que fazer isto...

Haruka a observava esperando que pronunciasse algo. Takane endireitou o corpo e ergueu a cabeça, encarando-o nos olhos.

- Haruk... – percebeu que estava sussurrando então tentou pronunciar as palavras mais altas – Haruka. Eu gosto de você.

Takane então explodiu em lágrimas. Ela havia conseguido. Depois de tanto tempo conseguiu confessar o seu amor. Agora tudo o que teria que fazer era esperar a resposta.

Depois disso...

Haruka ficou sem reação por um tempo interminável, o que fez a Takane quase ter um acesso de desmaio.

- Eu também gosto de você Takane. – deu aquele sorriso alegre que ela tanto conhecia e agarrou sua mão, puxando-a para um abraço.


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Notas finais do capítulo

Yayay! Entons, o que acharam? *u* sintam-se a vontade para comentar. Comentários negativos nao sao necessarios aqui o3o. Bem, eu shippo mt eles 2, espero que tenham gostado. Beijos.