Upside Down escrita por Mrs Salvatore


Capítulo 6
Chapter V


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Então... Aqui estou eu. Podem dizer, nem demorei muito.
Eu amei escrever esse capítulo, porque tem bastante humor (e essa arte eu domino) e porque é aqui que Jily começa realmente a acontecer... Ok, vou parar por aqui, porque senão vai rolar spoiler.
Ah, o capítulo é dedicado a May Black por motivos que eu explico no final...

Enjoy it (e LEIAM AS NOTAS FINAIS)



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Chapter V - O retorno da múmia... Oops, Petúnia!

— Pode me dar um minutinho? — disse James, e ficou parado por minutos, se mover sequer um músculo. Tempo demais, para o elétrico James Potter...

— JAMES! — dei um tapa na cara dele.

— Obrigado, Lil's!

— De nada! — sorrio.

— Onde eu estava mesmo? Ah, é... CASAMENTO? VOCÊ FICOU MALUCA? NEM PENSAR!

— Será que você poderia acalmá-lo, senhorita? — perguntou Minerva para mim.

— Não sei, posso tentar. — dei outro tapa na cara de James. — Sente-se mais calmo?

— Não.

Dei-lhe outro tapa, dessa vez bem mais forte, o estalo foi enorme.

— Que tal agora?

— Sinto-me totalmente calmo. — disse ele, com os olhos lacrimejando.

— Fabuloso! — Minerva disse, sorrindo. — Agora, sr. Potter, como eu ia dizer quando fui interrompida pelo senhor... Não há motivo para se preocupar com isso! Nós daremos um enorme baile e chamaremos as mais belas moças do país para que tenha bastante opções.

— E quando será isso? —disse ele, se virando para olhá-la.

— Ah, finalmente despertei seu interesse?

— Para as moças, sim. Para o casamento, não. Quer dizer, um baile com as ''mais belas moças do país'', só pra mim? —sorriu, malicioso. — Parece divertido.

Minerva me lançou um olhar e imediatamente entendi o que significava.

Sorri e dei outro tapa na cara de James.

— DÁ PRA PARAR COM ISSO? — ele gritou indignado enquanto eu sorria, inabalada.

— Não. Você vai ter de governar a Inglaterra em alguns meses e só consegue pensar em como pode se aproveitar disso?

— Ah, entendi. — ele sorriu. — Ela está com ciúmes... Calma, Lil's, se você quiser, eu deixo você ser minha amante.

Não pude evitar corar, mas disfarcei e acertei outro tapa na cara de James. Provavelmente vai ficar inchado.

— Ah, você não quer ser amante? Quer ser esposa? Não sei, vou pensar no seu caso. Mas acho que preferia me casar com uma loira gostosa... — isso desencadeou minha fúria e uma série de ataques. — Ai, ai, já entendi. Ai, para! Esquece a loira gostosa! AI, AI, EU ME CASO COM VOCÊ, PRONTO! Ai, ai, AI! VOCÊ VAI SER A RAINHA! NÃO É LEGAL? Ai, para. Ai, ai, ai. OK, EU PAREI! NADA DE AMANTE, NADA DE RAINHA, NADA DE ESPOSA! — sorri, satisfeita e recuperei a classe. — Não digo o mesmo sobre a loira gostosa... — o ouvi sussurrar, mas ignorei.

— Podemos prosseguir? — disse eu, voltando a prestar atenção em Minerva, que parecia um pouco... amedrontada!?

— Claro. — respondeu ela. — Eu mesma organizarei o baile, cuidarei para que ele encontre uma esposa decente, será magnífico.

— Com licença... — nos viramos ao mesmo tempo e olhamos para James. — Acho que eu deveria ter participação no assunto, já que o sujeito discutido, por acaso, sou eu. — erguemos nossas sobrancelhas e o ignoramos.

— Quando será o baile?

— No aniversário de 18 anos dele. Mas antes, é claro, ele deve vir ao castelo e aprender algumas coisas sobre como se portar como um rei.

Avaliei Potter de cima a baixo. — Acho melhor remarcar o baile para daqui a cinco anos. Isso se vocês tiverem sorte no processo.

Ela riu. —Ah, nós conseguiremos torná-lo um rei em um mês. Só precisamos que ele compareça ao castelo todos os dias depois da escola. Se se comportar bem, talvez o liberemos os fins de semana.

— Ele virá. E se comportará perfeitamente bem. Cuidarei para que ele o faça. — fuzilei-o com o olhar.

— Ótimo, começamos amanhã.

— Perfeito. — ela sorriu e apertamos as mãos.

Me levantei e disse — Vamos, Potter.

— Não é para eu me misturar com essa gentalha? — não pude evitar rir, até mesmo Minerva riu.

Nos despedimos e saímos.

De repente Potter pareceu cair em si e parou de andar.

— Ei, espera. Ela vai dar um baile...

— Sim.

— No dia do meu aniversário...

— Sim.

— ... de dezoito anos...

— Sim.

— Para me arrumar uma esposa...

— Sim.

— Porque sem uma esposa...

— Yeah, baby!

— Yeah, baby? De onde você tirou isso? — nós rimos.

— Ah, sei lá, cansei de falar 'sim'.

— Ok, então, baby! Onde eu estava mesmo?

— Na esposa!

— Ah, verdade! Sem uma esposa...

— Sim.

— Não posso ser rei...

— Uhum.

— O que significa...

— ... que você deve calar a boca e entrar no carro.

— Isso! — disse ele triunfante. — Não, espera. O quê? Ah, esquece. Eu estava pensando que, se eu não me casar, não posso ser rei...

— Novidade, minha filha, cadê você?

— ... Então eu não vou me casar, e, consequentemente, não serei rei.

Gargalhei um pouco (muito) exageradamente.

— Vai sonhando, Potter! Aceite o fato de que você vai ter que se casar. Não existe a opção ''não casar, não ser rei''.

— Ha-ha. E quem é que vai me obrigar a casar?

— Eu. Agora entra nesse carro. — ordenei, dando o assunto por encerrado.

Entramos no carro e saímos do castelo. James dirigiu em silêncio por um tempo (N/A: Vocês já perceberam que Lily o chama de Potter quando eles estão conversando e de James na narração? Se não, tratem de perceber. Isso está mostrando o nível de aproximação entre eles crescendo lentamente), mas, como sempre, não aguentou o silêncio.

— Lil's?

— Diga, Potter. (N/A²: Desculpem, tive que fazer outra nota para perguntar se vocês perceberam que Lily não reclama quando ele a chama de Lil's. Perceberam? *-*)

— Posso te perguntar uma coisa?

— Se eu falar que não você vai perguntar do mesmo jeito, não vai?

Ele sorriu com aqueles lindos dentes brancos para mim. — Que bom que sabe!

Fiquei em silêncio, rezando para ele esquecer a pergunta.

— Posso? — Droga.

— Pergunte, Potter. Vamos!

— Promete não ficar com raiva?

— Não! Ok, prometo. Mas fala logo.

— O que te deixou traumatizada com carros?

— Traumatizada? — disse, tentando ganhar tempo e pensar numa saída para não responder.

— É, Lily. Já deu para perceber que você tem trauma de carros. Pode me contar... Se quiser.

James para o carro no sinal. Suspiro e decido dizer a verdade.

— Muito bem. Meu pai e minha mãe se separaram quando eu ainda era pequena, você sabe disso. Bem, uns anos após a separação, meu pai me chamou para visitá-lo, na Irlanda. Por algum motivo, eu achava que a separação dos dois era minha culpa e, quando meu pai me chamou para visitá-lo na Irlanda um ano depois, pensei que ele tivesse me desculpado e que voltaríamos a ser uma família feliz... Ah, eu estava tão ansiosa e feliz! Nem me importei que Petúnia não quis ir. Um reencontro com o pai era tudo que uma garotinha de dez anos podia querer.

''Mas as coisas não deram muito certo.Quando chegamos, meu pai me apresentou sua nova esposa e a filha dela. Me lembro da tristeza que senti quando ele me disse que não seríamos mais a família de antes. Eu chorava copiosamente.

Depois de um tempo, ele me convenceu que seríamos uma nova família, uma família melhor que a de antes e queria que saíssemos todos juntos para que isso fosse provado. Nos levou a uma sorveteria e foi realmente divertido. Eu e a enteada dele até nos demos bem.

Estávamos voltando para casa. Eu estava feliz, finalmente havia me conformado com a nova família dele. Mas então tudo desandou novamente. Não sei bem como aconteceu, o carro rodou na estrada e logo tínhamos capotado várias vezes. As coisas ainda estão turvas na minha mente. Lembro da ambulância, do choro da mulher de meu pai, da polícia. Não sei o que aconteceu depois, só lembro de quando minha mãe apareceu e me disse que meu pai estava morto.

Eu não queria acreditar, mas era verdade. Meu pai se fora. Não vi sua mulher nem a filha dela até o velório, quando a pior das coisas aconteceu. Eu e minha mãe mal havíamos entrado na capela quando a viúva de meu pai começou a gritar. Disse coisas horríveis sobre mim, nem tento repetir. Falou que a culpa era toda minha, que eu tinha estragado tudo.

Aquilo me destruiu. Nada do que as pessoas falaram mudou isso. Depois disso decidi me manter distante de carros.''

Quando percebi estava abraçada a James, chorando. Ele acariciava meus cabelos, sem falar nada.

Ainda estávamos no meio da rua. Carros buzinavam sem parar atrás de nós, mas nenhum dos dois deu ideia.

— Não foi culpa sua... — ele sussurrou, ainda abraçado a mim.

— Será?

— Não foi sua culpa. — ele disse, convicto. — Você não poderia evitar o que aconteceu. — meu choro diminuiu um pouco e eu me afastei, olhando-o nos olhos.

— Obrigada, James! — consegui dizer.

— Tudo bem, só não chora mais, ok? Por mim? — assenti. Os carros já haviam parado com as buzinas e contornavam o Porsche.

— Vou te levar em casa. — e ele voltou a dirigir, mas, e eu não sei como ele conseguiu esse feito, permaneceu segurando minha mão, o que, surpreendentemente, me tranquilizou um pouco. A mão dele era quente, macia, agradável.

Chegamos em minha casa. Já tinha tirado o cinto e me preparava para descer, mas percebi uma coisa.

— Hey, James, seus óculos estão tortos. — ajoelhei no banco para consertá-los, mas acabei escorregando no cinto e caí em cima dele.

Nossos rostos ficaram a centímetros de distância e eu senti meu rosto corar. Quando percebi, estávamos nos aproximando cada vez mais e nossos rostos estavam quase colados.

— James... — sussurrei, mas fui interrompida por Petúnia, que saía de casa.

Rapidamente saí de cima dele e desci do carro, sentindo meu rosto corar ainda mais.

— Tchau, James. — disse, sem me virar nem esperar resposta. Entrei em casa e fechei a porta.

— Esse é o seu... — começou Petúnia, incrédula.

— CALA A BOCA, PETÚNIA!


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Eu gostei! Quase beijo Jily... �/ �/
Ah, o capítulo foi para a May Black porque ela adivinhou sobre o pai da Lily (o que me deixou com um pouquinho de raiva, confesso, mas ok...).

Gente, eu escrevi uma one Blackinnon, se vocês quiserem ler... (http://fanfiction.com.br/historia/478336/Too_Late/)

E... Ai meu Deus, esqueci o que eu ia dizer! Ah, sim, o nome do capítulo. Resolvi brincar com a Túnia porque não queria dar spoiler.

Mas então, me digam: Que tal o trauma da Lily? Parece realista?

Xoxo



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