A Question escrita por Lacking World


Capítulo 4
Fight and Longing


Notas iniciais do capítulo

Tenho uma certa dificuldade em narrar lutas, mas... 3...2...1... Fight!
(P.S: Aconselho a lerem as notas finais no final (a vá!)).



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Era uma imensidão quadriculada tornando-se cada vez mais escura. A brisa havia sumido, sendo substituída por uma ventania forte, que levava pequenos e leves destroços para o ar. A sombra, que antes se alongava graças à forte claridade, agora havia desaparecido na penumbra. Black Rock Shooter desembainhou sua espada, os destroços vinham em sua direção, e sabia que algo ruim estava por vir, e queria se manter sã e consciente para esse mau presságio. A fina lâmina negra de um gume atravessava os pequenos objetos com rapidez e precisão, sem deixar que nada se chocasse contra ela, mesmo com os cabelos atrapalhando a visão e tudo escurecendo cada vez mais. Tão escuro, mas tão escuro, que não havia mais nenhum resquício de luz, ou melhor, nenhum vestígio que um dia o local havia sido iluminado. Os ventos pararam, deixando os restos estalarem no chão. A “outro lado” manteve-se imóvel, segurando a arma com força em posição de ataque. Com as pernas levemente dobradas, uma em frente à outra; espada em frente, pronta para atacar e defender; e um olhar determinado em procura de inimigos.

Risos, tímidos e silenciosos risinhos ecoavam e ricocheteavam, eram de uma voz feminina, cavernosa (espero que saiba o que é uma voz cavernosa) e fina, de uma moradora. Black pôs-se a correr na direção dos sons, dando pequenos saltos, a fim de evitar fazer barulho e não se deixar ser percebida. Contudo, saltou com todo o alento que podia ao ver um certo par de orbes lá no alto, fitando-a. Ela já tinha conhecimento do que se tratava e que não seria uma luta fácil, finalmente. Ainda assim, sua arma parecia pesar mais sobre sua mão. Uma vontade de ir até lá desarmada. Louca?

Dead Master observa tudo nas alturas, sentada relaxadamente sobre sua caveira, com o sorriso sádico de ponta a ponta, embora imperceptível. A única coisa dela que podia ser vista na escuridão eram aqueles olhos verde-âmbar brilhantes, cruéis, maliciosos e terríficos. Assustadores e demoníacos, mas ainda sim, belos e sedutores, que tentavam lhe seduzir para as profundezas. Levantou-se, Black Rock Shooter estava vindo pelo jeito e, rapidamente. Conhecia aqueles dois olhos azul-escuros dela melhor do que ninguém. Com o manuseio das mãos, tamborilava a enorme foice pelos dedos, cobertos pelas luvas metálicas e afiadas. Com velocidade, as duas armas das rivais colidiam-se, iluminando os rostos com pequenas faíscas que surgiam do constante choque das lâminas.

Dead era rápida demais, até mesmo para Black, que estava se esforçando, mas pelo visto, devia estar um tanto “enferrujada”. A mais alta não abria brechas para a outra atacar, deixando-a sempre na defesa e recuando. As investidas pareciam ser inúteis, porém tinha certo receio em retribuir os ataques com toda a força que tinha. Mas por quê? Por que essa sensação de temor a dominava? Seria covardia? Não, não podia ser nenhuma dessas possibilidades, devia estar somente fora de forma.

A sensação de desapontamento estava alcançando a de olhos verde-âmbar. Por acaso a adversária estava zombando dela? Sabia que Black era muito mais do que “isso” que ela estava lutando. Black atacava com mais energia, sem medos e acovardamento, com determinação e com honra. Uma verdadeira guerreira. Não gostava de fitar aquele pálido rosto inexpressivo e aquele olhar distante. Aqueles olhos eram o próprio oceano, azuis e profundos, melancólicos e calmos, porém eram imprevisíveis e poderiam tornar-se assustadores e raivosos quando necessário. Ao invés de estarem sérios e enraivecidos, eram cansados e sem anseios, ainda que com graça e beleza.

A ceifadora não conseguia descobrir o que a espadachim estava pensando. Seu rosto foi sendo dominado por raiva e irritação, não suportava o fato de o pensamento de Black estivesse em outro lugar que não fosse a luta e ela. Faria a adversária pensar somente nela, mesmo que tivesse de sofrer.


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Notas finais do capítulo

"Larry, temos um problema."
Caros leitores, queridinhos da tia Vic (ixiii, agora sim vocês sabem que vem merda), neste momento estou bem, mas vou estar com uns probleminhas daqui uns dias.
Bem, eu vou viajar logo e não vou poder levar o computador. É isso.
Peço perdão, podem me vaiar e procurar pela minha cabeça, contudo eu não poderei escrever por uns tempos (um mês, mais ou menos). Novamente, desculpe.
Até logo! Eu não desistirei, só não sei se vocês farão o mesmo...



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