A Question escrita por Lacking World


Capítulo 2
Boredom and Homesickness




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Seria a saudade do sangue negro das batalhas? Do olhar morto do inimigo? Da expressão terrificada das adversárias? Da violência nas lutas? De sensação de ser a vencedora? De colocar a energia e raiva acumulada contra os ossos e juntas das “outro lado”? Afinal, o que era aquela insatisfação? Não havia muitas coisas além de campos de batalha naquele lugar, então por que estava tão difícil encontrar a resposta?

Black Rock Shooter iria encontrar a resposta. Preferia ficar com algumas costelas quebradas a ter aquela dúvida irritante martelando a cabeça o tempo inteiro. Decidida, levantou-se e pôs-se de pé. Os cabelos negros balançavam ao vento de uma forma bela, calma e controlada, enquanto caminhava pelo mundo monocromático.

Crânios voavam e tamborilavam pelo cenário escuro, passando pela neblina, correntes e por uma estranha fumaça esverdeada. Sentada obre a montanha de caveiras, estava uma garota segurando um crânio, fitando-o entediada e pensativa. Olhos maliciosos e um tanto perversos, com a íris de cor âmbar com um leve tom esverdeado; os cabelos escuros e lisos, repartido em duas mechas que caíam sobre os ombros; a pele pálida como leite e fria; o sorriso sádico e maldoso que sempre estampava a face de Dead Master estava substituído por uma expressão séria.

Ela sentia falta de lutas, sangue, desespero, raiva, angústia, violência, medo, gosto da vitória, superioridade. Era a natureza dela, foi para lutar e destruir que ela surgiu e essa vontade sempre a acompanharia. De vez em quando, Dead lutava com outras moradoras, como um passatempo, mas era inútil, ela nunca se sentia completamente saciada. Aqueles “brinquedos” eram muito frágeis e quebravam-se logo, e ela queria uma lutadora à altura. Uma que ela poderia passar horas batalhando sem descanso, sem ligar para os hematomas que surgiam aos montes, só querendo a vitória.

Sorriu com esse pensamento. Ela conhecia uma boa guerreira, uma que realmente valia pena ser adversária e lutar com força total. Levantou-se e ficou sobre um dos meios de transporte, as caveiras, e saiu do local sombrio. Era hora de matar as saudades.

–Yomi!- a morena surpreendeu a mais alta, abraçando-a e deixando-a sem jeito.

–B-bom-dia, Mato.- as palavras embaralhavam-se em sua língua. Já fazia um tempo que estava assim, com dificuldade de conversar calmamente com a amiga. Por sorte, isso não acontecia em todos os momentos, só em situações como esta, em que Yomi estava sendo enlaçada pelos braços de Mato.

–Vamos?- segurou a mão da outra, com delicadeza, e fitando os olhos verdes com um sorriso e a animação de sempre.

–Claro!- correspondeu a vivacidade da garota e dirigiram-se à escola, correndo para não chegarem atrasadas enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios.


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