Solo Quedate En Silencio escrita por Tatti Rodriguez


Capítulo 1
Solo Quedate En Silêncio


Notas iniciais do capítulo

Solo Quedate En Silencio - RBD



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– Professor Snape - chamou a Sabe-Tudo-Granger - O senhor esta aqui?

Ela adentrou a Sala Precisa, era o último lugar de Hogwarts que o Príncipe Mestiço poderia estar. Ela já havia procurado-o por toda a escola, no Salão Comunal, na Sala de Poções, mas não o encontrou. A Sala Precisa era sua última opção, sua última esperança. Precisava ver o professor rude e perfeito. Acabara de começar o ano letivo em Hogwarts, a aulas começavam no dia seguinte, mas não conseguiria esperar até amanhã para vê-lo.

– Professor? - chamava com receio - Professor Snape?

– Senhorita Granger - a voz gélida do professor de poções se fez presente atrás da menina - O que faz aqui?

Ela se virou e se chocou com o peitoral forte do professor. Ela se afastou, corou e gaguejou um pouco.

– Eu... Bom... Eu estava c-com al-algumas dúvidas so-sobre a matéria.

Te encuentro, despierto

Me dices, lo siento

Con una lagrima derramas.

– A senhorita Sabe-Tudo-Granger com dúvidas? - perguntou o professor a olhando superior - E de uma aula que darei somente amanhã?

– Na verdade, - disse derrotada - eu queria conversar seriamente com o senhor.

– E sobre o que seria? - falou se encostando na parede.

– Eu gostaria de dizer uma coisa... - ela corou violentamente - De dizer...

– Ande logo senhorita Granger, não tenho todo o tempo do mundo para ouvi-la gaguejar e ficar rubra à toa.

– Não é à toa professor. Fico assim, por que estou... perto do senhor..

– Te dou tanto medo assim? - perguntou com um sorriso torto lindo.

– Não é isso senhor, sinto uma coisa estranha, sensações esquisitas, mas boas.

– Que tipo de coisas Granger? - perguntou olhando seus olhos castanhos.

O coração do Príncipe Mestiço acelerou, tinha receio de que ela pudesse escutá-lo. Aquela adolescente irritante e linda mexia com ele e o morcego não gostava disso. Se sentia atraído, hipnotizado, pela beleza, pela sua inteligência e sua lealdade. O sorriso, o jeito meigo dela o encantara. Deixando-o louco quando o "Weasley" a abraçava ou quando o verme "Potter" a fazia sorrir. Ele não entendia o motivo de ficar assim. Não entendia por que a queria impressionar mas quando tinha uma chance de fazê-lo era rude com ela.
Era melhor assim.

– Eu sinto minhas mãos tremerem e suando, meu coração dispara, minhas pernas ficam moles eu não sei bem como me sinto, sei que parece besteira para o senhor, mas é verdade. - ela o olhava aflita, ele olhava o chão, com certeza estava achando besteira tudo aquilo que estava expondo, mas não conseguia parar agora, não podia parar agora, não agora - E sinto isso por uma pessoa que jamais poderia imaginar.

– Quem seria Granger? - perguntou olhando o chão.

Ficou em silêncio. Passou-se algum empo.

– Quem senhorita Granger? - perguntou aflito.

Nada.

– Não tenho tempo para suas criancices senhorita Granger - disse derrotado, irritado e partido.

Snape se dirigia irritado para a saída da Sala Precisa, estava lhe dando aflição, um aperto no coração esmagado, mas algo dentro de si, lhe dizia que algo bom ainda poderia acontecer. Mas para quê acreditar? Não havia razão.

Enquanto andava com uma vontade de se esconder, sentiu seu corpo ser envolvido por pequenos braços. Seu andar parou e por um segundo seu coração também.

Me abrazas, me hielo.

– Professor, apenas.... apenas me beije por favor.

Ao escutar aquilo sua respiração parou. O ar foi banido de entrar e encontrar seu pulmão. Não sabia se virar, se saía da sala, não sabia se seguraria para não fazer o que pediu.

Me pides un beso

Y yo me quedo sin respirar.

– Apenas um beijo professor. - pediu a garota com uma lágrima nos olhos deslizando pela face.

Ele se virou e ela o soltou, e quando o fez, Snape reclamou mentalmente por ter parado aquele singelo abraço.

Os olhos negros com o chocolate se encontraram e se perderam um no outro procurando e encontrando a alma de cada um.

– Isso não é certo senhorita Granger. - falou se virando e indo em direção a saída com os olhos ardendo e o peito em chamas.

Sólo espera un momento

Sólo dime no es cierto

Severus saiu da Sala Precisa e encostou-se na parede, poderia cair a qualquer momento se não tomasse cuidado.

Estava com medo, sentiu medo, mas não sabia direito do que. Se era de beijá-la e ela não gostar, ou de que depois disso ela não olhasse mais para ele, de que ela estivesse sobre um feitiço ou de que ela não estivesse em seu juízo perfeito, medo de gostar de provar o beijo dela, o abraço dela e acabar viciando.

As vezes o Príncipe Mestiço se perguntava o que havia feito de tão errado, de tão mal para merecer passar por tantas coisas. E ele se perguntou isso naquele momento. O que ele fez de mal para merecer isso? Para estar apaixonado por uma adolescente melhor amiga de um Potter e que é sua aluna? O que fez para merecer não poder ficar com ela? O que fez para não ter sorte no amor? O que fez para não ter a beijado?

Tengo tanto miedo

Y es que no compreendo

¿Qué fue lo que yo he hecho mal?

A sensação que sentiu do ser abraçado meio sem jeito por ela... A forma como pediu um beijo à ele... Como o deixou sem respiração naquele momento. Como pode ter saído daquela sala sem entender seu pedido?

Naquele momento, estava decidido, não deixaria mais seus medos e incertezas atrapalharem não ali, não agora, não por alguns minutos ao menos.

Voltou para sala e encontrou uma Sabe-Tudo chorando encostada na parede. Aquilo fez seu coração doer mais que qualquer coisa.

Me abrazas, me hielo

Me pides un beso

Y yo me quedo sin respirar

Era por poucos segundos, seria rápido. Apenas um momento, não era certo fazer aquilo, nem ao menos se martirizar por isso.

Sólo espera un momento

Sólo dime no es cierto

– Senhorita Granger? - a chamou em um tom baixo.

Ela se virou com aqueles olhos brilhantes e chorar.

"Linda", dizia seu pensamento.

– Me desculpe professor, me perdoe por dito tudo aquilo. - falava com a voz embargada e rápida - Eu não devia tê-lo aborrecido com minhas histórias de amor. Me perdoe, não se preocupe eu vou parar de irritá-lo.

Ela falava sem parar, e ele não fazia ideia do que ela dizia. Somente via seus olhos brilharem e os lábios se mexendo. Carnudos, vermelhos e tentadores.

Ela reparou que não prestava atenção no que dizia, então se colou. Iria começar a falar mas ele a impediu.

– Fique em silêncio. - colocou uma mecha dos cachos atrás da orelha - Ao menos por cinco minutos.

Era o tempo que ele tinha, mas queria e precisava de mais minutos, horas e dias que isso para poder estar ao lado dela, para ser o suficiente. Mas ele sabia dentro dele que precisaria estar ao lado dela o resto da eternidade para se contentar ao menos um pouco.

A puxou para perto e lentamente foi aproximando seus lábios gélidos ao dela quentes. E quando se encontraram fora perfeito, lançado em pura sintonia, como se tivessem beijado-se por toda uma vida. E foi aprofundando mais e mais. Muito daquele toque era pouco para ambos. Muito pouco.

Sólo quédate en silencio, cinco minutos

Acaríciame un momento ven junto a mi

Te daré el ultimo beso

El más profundo

Guardaré mis sentimientos

Y me iré lejos de ti

O beijo durou mais alguns segundos. Precisavam de ar e Hermione descansar os pés já que teve que ficar na ponta deles para conseguir alcançar a boca de Severus já que ele é bem mais alto que ela. Muito mais.

Seus olhos abriram e viram os dos professor abrir lentamente. Suas mãos foram de encontro ao da garota que lhe dera o melhor beijo de sua vida. Seus dedos se entrelaçaram e assim ficaram.

Ambos com dificuldade de respirar, ofegantes e trêmulos. Ela o abraçou e disse o que ele mais quis ouvir.

– Eu te amo professor Snape.

Aquilo foi um choque para ele ao reparar no que ela tinha dito. A felicidade o consumia, mas a culpa também. Culpa por não poder lhe dizer o mesmo. Não que não a amasse, pelo contrário, mas não era tão simples.

– Não é certo Granger. Não pode. - falou com um corte no coração.

Dame tu mano

Devuélveme el aire

Di que me amas

Que no eres culpable

Por lo menos un momento

Dime que esto no es cierto

– Não pode.

– Silêncio. - pediu ela chorando.

E o beijou mais uma vez. O abraçou forte como se ele fosse se esvanescer de seus braços. O beijo acabou e ela ainda chorava.

– Eu te amo. - falou - E eu sei que é pra sempre. Por isso, entendo que não sente o mesmo. Então não se preocupe, eu vou guardar meus sentimentos, guardar o amor que eu sinto por você. E depois o deixarei em paz. Eu vou para longe de você, será difícil, mas eu vou.

Sólo quédate en silencio

Acarícia un momento

Te daré el último beso

Guardaré mis sentimientos

Y me iré lejos de ti

Ela o soltou e se virou para ir embora. Aquilo fez seu coração doer, fez seu peito explodir em dor.

Ele havia ganhado a chance de sentir e ter amor de uma pessoa especial como Hermione e ele não poderia desperdiçar a chance. Não iria.

Se aproximou dela o beijou.

– Não quero que fique longe de mim senhorita Granger. Não pode. Se o fizer... - falou sorrindo - tirarei 50 pontos da Gryffindor.

Ela sorriu e o abraço.

– Eu te amo. - disse ele a abraçando ainda mais forte.

– Eu te amo.

– Always.

– Always.


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Notas finais do capítulo

Obrigada quem leu.