Thalico - Rebel Love Song escrita por Cel di Angelo, Cel di Angelo


Capítulo 1
Rebel Love Song


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas! Eu estava querendo escrever uma one-shot Thalico à muito tempo, e então eu vejo o vídeo da música "Rebel Love Song" da banda Black Veil Brides e pensei "Que Thalico!!!". A história é quase a mesma do clipe. E aqui está. Espero que gostem.



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Pov Thalia

Olá. Meu nome é Thalia Grace. Tenho 16 anos, cabelos pretos, olhos azuis elétricos e no momento estou com uma blusa do System Of A Down, um jeans escuro rasgado e all-star preto.

Eu estava saindo da escola depois de um dia tediosamente chato. Fiquei muito tempo ali na calçada esperando o meu pai. Que estava atrasado. De novo.
Um conversível preto parou na minha frente. O rapaz que ocupava o banco do motorista era pálido, com cabelos negros como a noite e usava óculos escuros. Usava também uma camiseta do Falling In Reverse e jeans escuros.

– Então, o que o seu namorado vai dizer se ele descobrir que você vai dar uma volta comigo? – ele perguntou tirando os óculos e revelando olhos negros espetaculares.

– Eu não tenho namorado – respondi.

– Então quem você está esperando? – insistiu ele.

– Meu... pai vir me buscar – respondi.

– Qual é o seu nome? – ele perguntou. Ele me olhava como se entendesse o que era ter um pai que não se importava com você.

– Thalia. Thalia Grace – respondi.

– Você gosta de ficar esperando alguém aqui, Thalia? – perguntou ele.

– Não realmente – respondi.

– Gosta de filmes? – perguntou animado.

– Ta me chamando pra sair? – perguntei.

– To – respondeu ele.

– Agora?

– É.

Fiquei indecisa. Por um lado, eu não teria que esperar mais. Por outro, eu mal conhecia o cara.

Resolvi ir. Pulei pra dentro do conversível. Ele me observou por uns segundos e deu partida no carro.

– Esse carro consegue ir muito rápido? – perguntei olhando. Era um modelo bem legal.

– Oh yeah – disse ele. – Com certeza.

*******

– Isso foi muito legal! – eu disse enquanto saíamos do cinema. Tínhamos visto Footlose. – Eu gostaria de poder viver assim... apenas... deixar tudo para trás. Só... ir. Sabe? – perguntei.

– Yeah – disse ele com as mãos nos bolsos. Paramos na frente do carro dele. – Então, posso te perguntar?

– Perguntar o que? – eu disse.

– Se você sabe o meu nome – ele respondeu.

– Não... ainda não – respondi. – Quero ver com outras garotas antes.

– É mesmo? – perguntou ele com sarcasmo enquanto eu me encostava em seu carro.

– Yeah – respondi.

– Gosto do que vejo – ele disse me olhando de cima à baixo depois de alguns minutos.

– Eu também – respondi me desencostando do carro e me inclinando em sua direção, lhe dando um pequeno beijo. Não foi bem um selinho, mas também não foi um beijo de verdade.

Sorrimos um para o outro e entramos no carro.

– Eu moro depois do parque – apontei. Ele assentiu. – Eu poderia só andar até lá – refleti. – Meu pai provavelmente vai esfregar na minha cara que eu deveria estar em casa às seis. – suspirei. – Tchau – eu lhe dei um beijo. Seu gosto, uma mistura de menta com chocolate, me embriagava tanto que eu tive que fazer muita força para me soltar. – Vejo você depois.– eu ri e ele me acompanhou.

Saí do carro e comecei a atravessar o parque. Quando estava quase do outro lado, vi três garotos de uns 19 anos com garrafas de vodka na mão sentados em um dos bancos. Continuei andando, sem olhar para eles. Até que um deles jogou uma garrafa na minha direção. Ela se espatifou aos meus pés. Parei de andar.

– Olha só isso, caras – disse o mais alto se levantando. Ele era loiro e usava uma jaqueta de time por cima de uma blusa branca. Os outros se levantaram também, bloqueando o meu caminho – Olha só quem vai transar com a gente aqui no parque a noite toda.

– Vocês não parecem ser pessoas que precisam de ajuda com isso – respondi insolente. Não me culpem, é apenas o meu jeito. – Apenas façam um com o outro.

– Palavras sujas, gatinha – disse o moreno ao lado dele. Ele tinha cabelos pretos e também estava com uma jaqueta de time, com uma blusa social cinza por baixo. – Vindas de alguém com uma linda boca.

– Vamos ver o que ela quer conhecer – disse o último. Ele tinha cabelos escuros e era moreno, com uma jaqueta vermelha fechada. Veio até mim e rasgou o ombro da minha blusa. Me assustei e dei um passo para trás, tropeçando e caindo no chão ao mesmo tempo em que uma garrafa acertava a cabeça do garoto.

Me levantei e vi quem estava brigando contra os três agora. O garoto que eu saíra à alguns minutos estava dando uma surra nos três, sem nem ao menos suar. Saí correndo até a minha casa. Bati na porta com força. A porta foi aberta, revelando um homem gordo com uma garrafa de cerveja nas mãos. Meu pai. Ele começara a beber desde que minha mãe se fora quando eu tinha sete anos, me assustando até a morte quando ele estava bêbado. Era o que parecia estar acontecendo agora. Ele bloqueara minha passagem.

– Quer alguma coisa? – perguntou. – Huh?

– O que? – perguntei.

– Acha que pode ficar fora a noite inteira? Voltar apenas quando quer? E ter um bebê com um qualquer que tira a sua blusa, huh? – disse ele pegando um pedaço da manga rasgada da minha blusa. – Talvez eu devesse deixar você usar essas roupas de puta que você insiste em usar, porque qualquer um vai tirar.

– Pai, não é o que você está pensando – eu disse tentando conter a minha raiva. Eu sabia que não era bom discutir com ele quando ele estava naquele estado.

Nesse momento, um carro parou na porta da garagem. Me virei e vi o garoto sem nenhum arranhão. Então eu senti minha bochecha arder. Olhei incrédula para o meu pai. Ele tinha acabado de me dar um tapa.

– ENTRA EM CASA. ENTRA EM CASA AGORA – ele disse e eu entrei sem discutir enquanto ele começou a falar com o garoto.

Tomei uma decisão. Não iria mais ficar ali. Não mesmo.
Escutei meu pai gritando com o garoto enquanto juntava correndo um monte de roupas e mais algumas coisas numa mochila.

– EI! – ele gritou. – SIM, VOCÊ! COMO FOI A MINHA FILHA? ELA FOI BOA? – ele riu sarcástico. Minha raiva aumentou e eu fechei a mochila. – Venha aqui agora! – percebi que ele tinha fechado a porta e estava falando comigo. Peguei a mochila e pulei a janela.

Ele ainda me esperava do lado de fora. Ligou o carro e eu pulei dentro dele. Saímos cantando pneu.

Fomos à 120km/h passando pelo túnel. Era bom sentir o vento em meus cabelos. Dava uma sensação de liberdade. Joguei os braços para cima. Ele sorriu.

– Agora posso perguntar seu nome – eu disse à ele.

– Sou Nico. Nico di Angelo.

Me deitei em seu ombro.

– Eu te amo, Nico.

– Também te amo, Thalia.

Viajamos a noite toda. Pela manhã, nos hospedamos num hotel. Foi ali que minha vida começou.

Eu não consigo ocultar o que há em minha mente
Eu sinto isso queimando profundamente lá dentro

Ele me jogou na cama e me atirou um travesseiro.

– É guerra, é? – perguntei atirando outro travesseiro nele.

– É – ele disse e começamos uma furiosa guerra de travesseiros.

Um crime de paixão para pegar o que é meu

Ele tomou o travesseiro de minhas mãos e nos beijamos, nos jogando, exaustos, na cama. Dei mais um beijo nele e deitei em seu peito. Assim, adormeci rapidamente.

Deixe nós começarmos vivendo por hoje

Acordei nos braços dele. Ele já estava acordado, bagunçando os cabelos na frente do espelho que tinha no quarto. Me levantei e ele me encostou na cômoda, me beijando.

– Bom dia.

– Bom dia – respondi.

Nunca mudarão minha mente

Nós podemos deixar tudo isso pra trás

Nada vai nos parar

Não, não desta vez

– Vamos tomar um banho? – perguntou ele.

– Vamos – respondi.

Então coloque sua mão na minha

Essa é nossa noite

Nos beijamos no chuveiro.

Isto é uma Canção de Amor Rebelde

Corações vão se sacrificar

É fazer ou morrer

Depois do banho, fomos até o centro da cidade. Entramos no shopping e ele me levou à uma estande de tiro.
Me entregou uma arma vermelha.

– Duvido que acerte o quinze – desafiou.

– Acerto – eu disse e atirei.

Acertei.

Isto é uma Canção de Amor Rebelde

Ele me entregou uma das bolas de golfe.

– Tenta com essas agora.

Eu atirei e acertei de novo.

– Se dá por vencido? – perguntei.

– Sim – ele disse. – Aonde quer ir agora?

– À um tatuador.

Sim, eu iria fazer uma tatuagem.

Meus olhos bandidos viram as mentiras deles

Eu sufoquei cada palavra que eles tinham a dizer

– Vai ser do que? – o tatuador me perguntou.

– Desenha o nome dele – apontei para Nico. – Com uma caveira no lugar do "o". E embaixo escreve "Rebel Love".

– Ok – disse o tatuador tirando o cabelo da minha nuca.

Quando mundos colidem o que sobrou por dentro

Eu seguro-a apertado e ouço você rezar

Saímos do lugar e Nico me beijou.

– Doeu? – perguntou ele.

– Um pouco – eu disse. – Mas você tem várias tatuagens – eu disse apontando para seus braços, ambos tatuados totalmente. – Acho que consigo fazer mais algumas.

Ele riu.

Nunca mudarão minha mente

Nós podemos deixar tudo isso pra trás

Ficamos andando abraçados pelo centro. Olhando as lojas.

Nada vai nos parar

Não, não desta vez

Paramos em frente à um prédio.

– Sabe, tem uma coisa que eu quero te mostrar – disse Nico.

– O que? – perguntei.

Ele sorriu.

– Vem.

Então, coloque sua mão na minha

Essa é nossa noite

Isto é uma Canção de Amor Rebelde

Corações vão se sacrificar

É fazer ou morrer

Isto uma Canção de Amor Rebelde

Entramos no prédio. Nico cumprimentou o porteiro e subiu, sem nem precisar mostrar identificação.

Selvagens e correndo por uma razão

Eles não podem impedir nossa liberdade

Subimos até o telhado e me surpreendi. Tinha uma vista fantástica daqui de cima.

(Selvagens e correndo por uma razão

Eles não podem impedir nossa liberdade)

Nos beijamos no telhado. Sinceramente, pareceu uma cena de filme. Eu sentia todos os meus medos, tudo que eu sofri nesses últimos dez anos, desaparecer enquanto eu o beijava.

–Sabe onde tem um lugar legal aqui? – perguntou ele.

– Onde? – eu disse.

– Piscina lá em baixo.

– Não trouxe biquíni.

– Quem disse que precisa?

– Como as... – comecei mas ele já me pegara no colo. Desceu as escadas e pulamos uma pequena cerca de arame. Ele me jogou na piscina.

Ficamos lá brincando na água até tarde.

– Vamos no cinema? – perguntou ele.

– Vamos.

Nunca mudarão minha mente

Paramos na porta. Um boneco oferecia biscoitos da sorte e eu peguei um.

– "Use o que a vida te dá" – li. – Já uso à muito tempo – rasguei o bilhete.

Nico riu e passou o braço pelos meus ombros.

Nós podemos deixar tudo isso pra trás

Nada vai nos parar

Não, não desta vez

– Vamos voltar pro hotel? – ele perguntou.

– Só tem mais uma coisa que eu quero fazer – respondi.
Uma ideia se formava em minha mente. Uma vingança contra meu pai.Ele não ia ter controle sobre mim.

Não mesmo.

Então coloque sua mão na minha

Essa é nossa noite

Isto é uma Canção de Amor Rebelde

Corações vão se sacrificar

É fazer ou morrer

Fomos até uma cabine de fotos. Batemos várias e eu escolhi a perfeita.

– Vamos até os correios.

– Pra quem você vai mandar isso? – perguntou Nico.

– Para o meu pai.

Isto uma Canção de Amor Rebelde

Coloque sua mão na minha

Essa é nossa noite

Isto é uma Canção de Amor Rebelde

Andávamos de mãos dadas enquanto saíamos dos correios.

Eu estava mais feliz do que estivera em anos. E nada ia me tirar essa felicidade, que se devia, em grande parte, à pessoa que estava ao meu lado.

Corações vão se sacrificar

É fazer ou morrer

Isto uma Canção de Amor Rebelde

Até poderia imaginar a reação do meu pai ao receber aquela carta, contendo uma foto minha beijando o rosto do Nico enquanto ele olhava para a câmera e mostrava o dedo do meio para a foto.

*****

Rebel Love Song

I cannot hide what's on my mind
I feel it burning deep inside
A passion crime to take what's mine
Let us start living for today

Never gonna change my mind
We can leave it all behind
Nothing's gonna stop us
No, not this time

So take your hand in mine
It's ours tonight
This is a rebel love song
Hearts will sacrifice
It's do or die
This is a rebel love song

My outlaw eyes have seen their lies
I choke on all they had to say
When worlds collide what's left inside
I hold on tight and hear you pray

Never gonna change my mind
We can leave it all behind
Nothing's gonna stop us
No, not this time

So take your hand in mine
It's ours tonight
This is a rebel love song
Hearts will sacrifice
It's do or die
This is a rebel love song

Wild and running for one reason
They can't stop us from our freedom
(Wild and running for one reason
They can't stop us from our freedom)

Never gonna change my mind
We can leave it all behind
Nothing's gonna stop us
No, not this time

So take your hand in mine
It's ours tonight
This is a rebel love song
Hearts will sacrifice
It's do or die
This is a rebel love song

Take your hand in mine
It's ours tonight
This is a rebel love song
Hearts will sacrifice
It's do or die
This is a rebel love song


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Mereço rewiews? Recomendações? Tiros na testa? Declarações de amor? Planos para dominar o mundo? Talvez planos terroristas? Bombas nuclares?
~beijos com gostinho de Andy "Sixx" Biersack *OMFGs*