O último brilho escrita por CherryMoon


Capítulo 5
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, acho que já agradeci pra vocês, mas pra mim ainda não é o bastante.
Obrigada mesmo minhas amoras. Por tudo.
Vocês são as melhores, e pras melhores, um bônus.
Depois da morte de Draco, Mione volta a tocar no assunto...



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Anos haviam se passado desde a morte de Draco. Aquela doninha quicante havia me deixado. Eu estava sozinha, de novo.

Me casei com Vítor Krum, sim, Vítor. Não tive coragem de olhar para Ron depois de tudo o que aconteceu no dia de nosso casamento. Ele diz não guardar mágoas, porém Gina me odeia agora.

Eu perdi meus dois melhores amigos, como já era previsto, mas isso me abalou muito, me abalou bem mais do que deveria. Eles cresceram comigo, me ajudaram a enfrentar coisas das quais, muitas vezes, eu não tinha conhecimento. Eles me abandonaram sem me dar a chance de explicar.

Após Malfoy ter morrido, Tink e eu o enterramos. Sim, apenas nós duas. O Ministro não liberou Lucius para o enterro do filho, e todos os seus amigos Sonserinos ou estavam mortos, ou em Azkaban.

Harry disse que apareceria em consideração, mas uma onda de Comensais resolveu que era hora de brincar e ele não pode ir.

Chuviscava lentamente naquela tarde. Tarde? Noite? Já não sabia mais. As nuvens cobriam o céu deixando o dia cinza, sem vida, sem graça, sem brilho.

Ah, brilho. Essa palavra me faz lembrar de como eu era infeliz e não sabia. Eu queria Malfoy o tempo todo, mas o destino me fez crer que Ron era a melhor escolha. Como eu fui burra.

Agora aqui estou eu, com uma rosa preta em minhas mãos na frente do túmulo de Draco. Sim, uma rosa preta. Eu não sou muito convencional e ele também não era, nada mais justo do que colorir a rosa de uma cor na qual ele ficava sexy. Preto também é a cor do luto e meu luto pelo meu Loiro será eterno.

Coloquei a rosa delicadamente em cima da pedra de mármore branco e fiquei olhando para o túmulo. Senti uma mão delicada me puxar, me virei e vi Aurora parada olhando para mim.

–Mãe, porque estamos aqui de novo? Temos mesmo que vir TODO ano aqui? Eu odeio cemitérios. –sim, ela era minha filha e de Vítor. Tinha cabelos lisos com cachos nas pontas, em um tom degrade de castanho. Seus olhos eram tempestuosos, iguais os de Draco. Nunca consegui explicar isso, já que ambos temos os olhos castanhos, talvez fosse uma falha genética, mas era a falha genética que me fazia amar aquela garotinha cada vez mais. Tinha pequenas sardas pelo rosto. E por incrível que pareça, ela já tinha 5 anos.

5 longos anos se passaram desde a morte de Draco. Eu visitava o túmulo todo mês. Mas apenas na data em que ele morreu Vítor e Aurora vinham comigo. Aurora nunca gostou daqui, dizia que quando voltava para casa ela via um homem loiro na porta do apartamento que sempre nos esperava.

Ah, queria eu ter a sorte de ver esse homem loiro. É Draco. Eu sei que é. Algumas vezes eu vejo vultos, outras vezes acordo e vejo ele ali, parado na porta do quarto me observando dormir. Vítor disse que nunca viu esse tal “homem loiro” pela casa, mas tenho certeza que é o MEU loiro.

Olhei para o túmulo e depois para Aurora. Ela estava com as bochechas rosadas do frio e me olhava impaciente pela resposta.

–Sabe quem foi esse homem filha? – ela balançou a cabeça negativamente– Ele foi o garoto de 17 anos mais corajoso que eu já conheci. Lembra-se da história que te contei sobre Hogwarts? Quando o Lord queria Harry?

–Lembro mãe– disse ela rolando os olhos– Mas o que eu não entendo é o porque de você continuar visitando ele depois de 5 anos.

Abaixei-me para ficar de sua altura, olho no olho. Ah, aqueles olhos. Me concentrei o máximo para não me deixar levar pelos devaneios e a calma que aqueles olhos já me deram.

–Ele tinha que lutar do lado Negro, mas preferia a Luz. Ele não tinha escolha. Era o Príncipe da Sonserina e assim seria até sua morte. Ele era meu melhor amigo Aurora. Ele deu a sua vida por mim. Não acha justo que eu venha visitar ele? Afinal, toda a família de Draco já se foi…

Ela parou pra pensar por um tempo, olhou para a neve em seus pés. Ela relutava para me dar a resposta, mesmo eu já sabendo que ela concordava. Então, finalmente, ela me olhou nos olhos e disse:

–Desculpa mãe, não sabia que ele era tão importante assim. Afinal, ele me disse que vocês brigavam muito.

Olhei para ela espantada. Ela falava com Draco? Como? Ela ficou me olhando, esperando que eu fizesse algo, parei para pensar a respeito mas as palavras pularam de minha boca rápido demais.

–Como… Como você… Como fala com ele Aurora?

Ela me olhou incrédula como se isso fosse a coisa mais óbvia.

–Mãe, ele vai no meu quarto todo ano, nesse mesmo dia. Ele me coloca pra dormir e me conta das aventuras suas com o Tio Harry e o Tio Ron pelo castelo. Ele se orgulha muito de vocês três, sabia?

Eu estava vidrada na história de Aurora. Draco a visitava e conversava com ela? E porque ele nunca se “revelou” para mim? Continuei a ouvir a pequena.

–Ele me pediu para dizer que sente muito pelo que houve entre vocês e que se arrepende de ter feito todas as coisas ruins que ele fez. Aliás, ele me pediu para te convidar para ouvir histórias hoje, você vem mamãe?

–Vou… É… Claro que vou amor. –eu estava pasma com toda essa história de “Draco fantasma”.

Vítor apareceu e disse que o cemitério já iria fechar e que era melhor irmos. Ele me ajudou a levantar, passou seu braço pela minha cintura e pegou na mão de Aurora nos conduzindo até a saída.

Olhei para trás e o vi.

Sentado, perfeito como sempre, com a minha rosa preta na mão. Seria uma longa noite…


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Notas finais do capítulo

Bom, agora sim acabou.
Mais uma vez obrigada a todos vocês amores da minha vida.
*Nox*



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