Contrat D'amateurs escrita por Becca


Capítulo 3
Ciúme - capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que ia dar uma pausa, mas não que desistiria, então, espero que gostem, e não prometo nenhuma atualização pelos próximos dias e.e Talvez demore mais ainda, mas quem sabe?



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Ao sentarem-se à mesa, Kate já estava com um cardápio amarelado – talvez pelos anos passados – em mãos e já o observava atentamente. Rick pegou um também, passando a olhá-lo assim que um jovem garçom aproximou-se, com um bloquinho e caneta em mãos.

– Pois não, posso ajudá-los? – perguntou ele, olhando maliciosamente para Kate, que, inerte em seus devaneios, não percebeu a presença, e muito menos os olhares do jovem moço.

– Então, eu vou querer um filé, e... – ele começou.

– E você, moça? – o moço chamou – O que vai querer?

Os olhos do escritor já estavam em chamas, com gotículas de suor sendo formadas no topo de seu couro cabeludo.

Minha esposa vai querer uma salada. – ele respondeu por ela, antes que ela pudesse responder.

Kate levantou o rosto, olhando completamente assustada e desentendida para o escritor, que continuava olhando fixamente o menino.

– Jura que ela é sua esposa? – ele perguntou – Porque ela não usa aliança.

Rick levantou, seu rosto ficando a poucos centímetros do rosto do jovem, mostrando claramente sua raiva.

– Escute aqui: eu sou da polícia – mentira – e você não vai querer mexer comigo e nem com a minha parceira. – ele ameaçou.

– Pensei que tivesse dito que ela era sua esposa. – ele retrucou, voltando a olhá-la com malícia transbordante dos olhos.

Rick não tinha mais nenhum tipo de desculpa esfarrapada. E, por mais que ela estivesse adorando a discussão deles, achou que se pôr na desculpa de “minha esposa” seria divertido.

– É que, na verdade, somos parceiros em tudo – ela sorriu –, no trabalho, em casa, na cama... E, acredite – murmurou, mais baixo – Ele é muito bom em tudo o que faz... Principalmente nessa última parte... É de tirar o fôlego...– ela terminou, olhando fixamente para o menino.

O jovem não tentou argumentar. Coçou a garganta, voltando a anotar os pedidos. Depois, deu meia-volta e entrou na cozinha. O sorriso satisfeito de Richard quando se sentou a fez gargalhar.

– Por que começou isso? – ela perguntou num sussurro – Por que disse que eu era sua esposa?

– Ora, Beckett! – ele sorriu – Você não viu como o rapaz olhava-te? Parecia que a devorava viva!

Ela corou, mesmo que não quisesse mostrar. Seus olhos fixaram num ponto da mesa, onde havia uma pequena formiga. Novamente, o rapaz estava ali, com um prato de salada e um filé da casa. Novamente, ele puxou o bloquinho, olhando para o papel.

– O que vão querer para acompanhar? – ele perguntou, num tom mais baixo.

– Uma água sem gás para mim, e um expresso para ele. – respondeu ela, num tom ameaçador.

O menino rabiscou o papel, indo para o balcão novamente. Ela retirou os talheres do papel que os envolvia, estraçalhando uma folha de alface. Ele riu do som, retirando seus próprios talheres do papel amarronzado, começando a cortar sua carne.

Desta vez, não foi o jovem quem levou suas bebidas. Uma moça, lá pelos dezoito anos, entregou-lhes as bebidas, indo embora rapidamente. Talvez, eles pensaram, o menino tenha dito a ela sobre nós.

“Devem ser perturbados”.

A refeição foi rápida, e nenhum dos dois se sentiu realmente à vontade ali, já que os olhares eram sempre dirigidos aos dois.

Ao terminarem, Castle nem sequer pediu a conta. A única coisa que ele fez, foi deixar uma nota de sabe-se lá quanto em cima da mesa. Enroscando seu braço no dela, ele pôs-se a caminhar. Ela o seguiu, sem outra alternativa.

Ao chegarem ao carro, ele acariciou sua mão. Ela olhou para o local onde estavam conectados e sorriu, voltando seu olhar para ele.

– Obrigado. – ele disse.

– Pelo o quê? – ela sorriu.

– Por aceitar vir aqui comigo, por aceitar a proposta do Wolfe. – ele respondeu.

Os olhos dela, de repente, perderam todo aquele brilho que havia anteriormente. Ele, é claro, percebera.

– Castle, eu... – ela começou. – Nada. Esqueça.

Ela resolveu esquecer o que se passava em sua cabeça, resolveu apenas assentir, concordando com a afirmação do escritor. É, ela havia concordado. É, era só fingimento. É, não estava acontecendo nada, e nem ia acontecer.

°°

O telefone tocava insistentemente na mesinha de cabeceira, e ela bateu na madeira até achá-lo. O nome dele, junto com a foto formal, mostravam-se insistentes.

– Beckett. – ela atendeu, ainda meio grogue.

– Bom dia, detetive! – ele riu – Ou, devo dizer, minha namorada?

Ela revirou os olhos, olhando no relógio de pulso. Ao checar a hora, brigou:

– Castle! São cinco e meia da manhã, o que você quer? – ela perguntou, estressada.

– Queria levá-la para tomar café da manhã comigo. – ele sorriu. – Em quanto tempo estará pronta?

Ela pensou.

– Bem, sabendo-se que estou igual a um zumbi, completamente descabelada e sonolenta, mais de uma hora, garanto.

– Certo... – ele murmurou, digamos, até meio assustado – Ligarei quando chegar.

°°

Ela já vestia uma calça, não jeans, lycra, e uma blusa de alças. Já que não trabalharia, não havia motivo algum para colocar roupas completamente formais e/ou sociais, certo? Afinal, é só o Castle.

Deixaria as botas descansando a sola em casa também, já que seus pés precisavam de um descanso, e, por isso, pôs um converse. Os cabelos, normalmente presos em coques ou soltos, deixando os cachos caindo aos ombros, hoje estavam presos, num rabo de cavalo malfeito, porém, adorado por ela. Quando pegou o celular e o casaco, o aparelho começou a vibrar em sua mão. Ela sorriu, pondo-o na orelha.

– Oi, Castle. – ela riu das bobagens que ele falava sobre estar desconfortável no meio da rua – Estou descendo.

Ele assentiu, desligando antes que ela pudesse falar alguma coisa a mais. Ela revirou os olhos, pondo o celular entre a calça e a pele, já que não havia bolso. O casaco ficou pendurado no braço quando ela fechou a porta, e ela não se importou em descer pelo elevador, já que havia bastante gente de seu andar esperando-o. Desceu pelas escadas mesmo, aproveitando o relaxamento e o tempo de folga.

Assim que chegou ao lado de fora,havia um Castle impaciente olhando para ela, mas seu olhar era a mistura de mais alguma coisa. Era algo que ela queria saber.

– Você... – ele começou, engolindo em seco e piscando repetidas vezes – Acho que preciso de um beliscão. – ele ironizou – Ouch!

– Você que pediu. – ela sorriu, ajeitando os cabelos no prendedor.

– Sim, claro. – ele sorriu, dando-lhe o braço – Vamos, senhorita?

Ela entrelaçou seu braço no dele, sorrindo, olhando-o dentro dos olhos, o que apenas os fez sorrir mais ainda.

– Vamos... – ela murmurou, sorridente, enquanto punham-se a caminhar.


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Notas finais do capítulo

HAHAHA, AI COMO EU AMO O CASTLE COM CIÚMES