Loucas no AP escrita por VLic


Capítulo 27
Vinte e sete


Notas iniciais do capítulo

Fala galerinhaa!
To me sentindo bem hoje (deve ser efeito pós-lasanha haha), resolvi postar um capítulo...
Primeiro passo para o fim desse drama dramático e dramatizador (WHAT?)
Então 3 kisses procês

~Azula



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POV Anne

Ah! Como eu detesto isso. Observo, ao longe, Emily chegar até a escada e subir na varanda com o Beto logo atrás dela. Eu quero muito dar umas boas tapas nela, mas não posso porque o barco acabou de ‘’morrer’’ no meio do lago, meu pai já está remando e minha mãe tentando ajudá-lo. Posso estar sentada no banco e aparentar ser comportada, mas eu quero sair logo daqui. Sinceramente eu nunca fui fã de lerdeza, em minha opinião as coisas devem sempre ser rápidas.

Ouço Arthur praguejar e volto minha atenção para ele. O imbecil apenas enfiou o anzol no dedo, nada de mais. Porém meu pai tem sérios problemas com sangue e acaba desmaiando para desespero de minha mãe.

– Droga Arthur! Por que você não presta mais atenção, seu idiota? – Digo furiosa.

– Agora a culpa é minha?

– Sim, por não enxergar a porcaria do anzol e ser um imbecil com a Emi. – Argumento já pegando os remos, apesar de saber que a morena foi, ligeiramente, dramática – Pula logo na água e vai atrás dela, eu levo a mamãe e o papai para casa.

Ele não responde, apenas se atira na água e começa a nadar, enquanto eu remo o mais rápido que posso e tento acalmar a minha mãe.

Após dois minutos de remadas chego até a escada, em seguida me apresso para amarrar o barco e ajudar minha mãe a sair dele (Isso demorou mais que remar a uma longa distância).

Quando termino aquela missão quase impossível, começo a correr até o portão da casa. Vejo Arthur sair com uma moto e sem querer esbarro em um ser humano.

– Tom? O que faz aqui? – Indago.

– Oi! Eu vim fazer uma visita. – Fala passando a mão no ombro – O que ta acontecendo?

– A Emily fugiu. Aquela moto é sua? – Ele balança a cabeça afirmando. Olho de novo para o portão e me deparo com meu irmão correndo em minha direção.

‘’Só me faltava essa. ’’

– Anne, a Emi pegou a moto e foi embora. – Murmura ofegante – Deixou as roupas espalhadas na rua.

Ai eu vou matar aquela coisa morena e nanica chamada Emily. Mas tenho que manter a calma e resolver isso.

Respiro fundo e começo o meu pequeno discurso.

– Presta atenção! Arthur vai atrás do Beto e reúnam os pertences da Emily, ela provavelmente deixou o celular aqui então não tem como eu rastrear ela, mas vou dar um jeito. Depois você liga para a policia, os bombeiros, a aeronáutica... O que for, apenas peça ajuda. Fique em casa, não saia em circunstância alguma, e não deixe o Beto sair e acalme a mamãe sempre que puder. Eu vou atrás dela, entendeu?

– Entendi. Tenha cuidado. Ela foi pelo norte, em direção a montanha. – Avisa meu irmão, que já ia atrás do Beto.

– Anne, a minha moto tem rastreador. – Diz o lindo do Tom, já disse que amo esse garoto? – Eu posso rastrear pra você, é rápido.

– Seria ótimo Tom, você vai comigo. Esteja pronto em cinco minutos. – Falo já me apressando.

Lágrimas irritantes começam a aparecer. Eu não posso chorar agora, tenho que encontrar a Emily e socar ela até a raiva sumir. Contudo não vou poder nem dar um beliscão caso ela tenha sofrido um acidente e empacotado de vez. E do jeito que ela deve estar dirigindo é bem provável que isso aconteça.

Aquela dramática e tchonga.

Entro na casa e aviso, tranquilamente, a minha mãe que pegarei o Jipe do meu pai emprestado. Não acrescento detalhes.

Vou até a garagem, pego o Jipe branco e espero o Tom, que não demorou muito a chegar.

– Consegui. Ela está bem longe, mas dá para alcançar. – Diz o garoto me mostrando o pontinho vermelho no celular, ela estava bem longe mesmo, e depois mostrou um rádio-comunicador. – Peguei isso com o Arthur, vai nos ajudar a entrar em contato com ele e sabermos se a policia encontrou sua amiga.

– Tudo bem. Me oriente para onde devemos ir e, por favor, seja rápido nisso. – Murmuro deixando transparecer minha preocupação.

– Vá pela Avenida Williams e depois pela A148, uma ruazinha de terra que vai dar na estrada da montanha... Conhece? – Fala Tom. Apenas afirmo e piso no acelerador, seja o que Deus quiser.

[...]

Estou dirigindo faz três horas. Tom está dormindo no banco de trás, concordamos em revezar no volante, até encontrar a Emily. O rastreador não está mais funcionando há uma hora, mas há apenas um caminho que ela pode ter seguido, o que facilita muito. O ruim é que a estrada é esburacada e não permite que eu ultrapasse 50 km/h. Também tem o fator clima, vem tempestade por ai e quando chegar não será possível que continuemos a busca (a não ser que eu queira morrer).

Enquanto canto baixinho uma música do Coldplay, que está tocando no rádio, ouço um barulho irritante seguido pela voz de meu irmão.

– Maninha? Consegue me ouvir?

– Sim. Perfeitamente. – Respondo com o rádio-comunicador em uma das mãos – Nossa esse aparelhinho funciona bem.

– É verdade! – Arthur concorda – Mas mudando de assunto, como está indo a busca? Já conseguiu achar a Emily?

– Infelizmente não, o rastreador parou de funcionar, porém ainda podemos encontrar ela.

– Ok. – Suspira – Onde, mais ou menos, você está na estrada?

– Já devo ter dirigido por mais de 150 quilômetros. – Digo e depois solto o aparelhinho para poder desviar de mais um buraco.

– Anne, aqui já está chovendo muito forte. – Fala preocupado – Se essa tempestade te pegar não vai dar para prosseguir.

– Entendo... Você pode ver em um mapa se há alguma pousada por aqui?

– Só um minuto. – Após de uma longa pausa ele continua – Tem um bar há vinte quilômetros de você, mais ou menos. Fique nele até amanhã de manhã.

– Tudo bem. O papai já ta acordado?

– Ele acordou, mas a mamãe deu um calmante para ele e os dois foram dormir. – Suspira novamente – Anne, você já está ficando fora da área de alcance do comunicador. – Fico em silêncio e ele continua – Só acha logo a Emi e trás ela para casa ta? Cuidado Anne.

Depois da despedida tristonha do meu irmão, recomeço a cantar a música.

Após vinte minutos, avisto em meio à chuva fraca, as luzes do bar. Estaciono o carro, que parece ser o único dali, o resto eram apenas motos, desligo o motor e cutuco o meu companheiro de busca para que acordasse.

– Onde estamos? – Indaga sonolento.

– Em um bar. Vem vindo uma tempestade e temos que dar uma parada. – Explico.

Saímos do carro e fomos em direção ao bar. Ao abrir a porta sinto um choque de fumaça de cigarro, álcool e suor. Qualquer pessoa com TOC entraria em pânico nesse lugar. Tudo sujo e empoeirado, sem a menor higiene, além de ter apenas motoqueiros com ar de assassinos. Sinto Tom estremecer atrás de mim quando todos encaram a gente, realmente é um lugar assustador.

Começo a caminhar em direção ao balcão do bar, como se fosse a coisa mais normal do mundo (mesmo sentindo os olhares dos motoqueiros). Pigarreio ao chegar no balcão, para chamar a atenção do barman, uma cara velho com pele oleosa, uma barba grande grisalha e uma cicatriz na bochecha esquerda. Engulo seco.

– Olá! O senhor teria quartos para alugar?

– Sim. – Responde com uma voz grossa – A moça gostaria de um?

– Sim, por favor! Um com duas camas seria ótimo.

O homem me encara e sorri de canto.

– Claro! – Diz com sarcasmo.

Ele se vira e vasculha uma caixinha de madeira, provavelmente em busca de chaves. Sinto Tom se aproximar e sussurrar perto de mim.

– Anne eu to me cagando de medo. Esses caras não param de me olhar.

– Fica calmo, ta? Eu to resolvendo isso. – Sussurro de volta sorrindo.

O homem se vira para mim novamente e entrega as chaves do quarto. Olho em volta do estabelecimento e me deparo com um amontoado de motoqueiros, ao redor de uma das mesas. Caminho em direção a mesa, mesmo ouvindo Tom me chamar de louca, e empurro alguns brutamontes para o lado, para saber o que está acontecendo. Ao chegar a mesa percebo que é apenas uma queda de braço.

Olho para os competidores e... Eu não posso acreditar no que estou vendo...

– Emily?


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Notas finais do capítulo

*Anne ta afim de socar a Emi* Hahahaha
To com a Anne com 'cereja', Emily ta merecendo palmada ù-ú
Bjos, diga ai sua opinião sobre meu capítulo :P



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