Recíproco escrita por Andy Hoshi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, ultimamente venho shippando Shion e Alba e decidi escrever essa fic, sim é triste, mas eu acho que era como teria sido, ou tinha de ser, pelo menos aqui rsrs

Há antes que eu esqueça., a imagem de capa não é minha, não sei quem fez, porém quero dar créditos ao mesmo, já a edição fui eu quem fiz! ^^



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Os pássaros ainda não haviam começado a cantar e nem o fariam, pois no seu jardim não havia nada além de suas rosas vermelhas, nem uma erva daninha se atrevera a nascer naquele lugar, a noite estava indo embora dando espaço a madrugada, seu sono era inquietante e acaba despertando, se levanta, ainda em suas vestes de dormir senta na cadeira, arrumando um papel de carta sobre a mesa, mergulha a pena no tinteiro e com uma caligrafia elegante expõe seus sentimentos naquele singelo pedaço de papel...

Quero que saiba, o que se passou na minha mente todo esse tempo...

Sempre tive uma vida solitária, depois da morte de meu mestre, ao qual pensei que ficaríamos juntos sempre, esse o real motive de ter feito aquele laço de sangue, mas não foi como pensei que seria, e acabei por ficar sozinho, já estava acostumado com isso, até o dia que você me acolheu, ou pelo menos tentou, eu sempre tentava não deixar brechas, para que você não conseguisse entrar em minha vida.

Até hoje não entendo os motivos de ter sido tão gentil comigo, porém percebi que sempre fico feliz quando atravesso a casa de Áries, meus passos se tornam mais lentos quando adentro sua casa, só para ter um pouco mais de tempo com você.

Doce e gentil carneiro, porque insiste em estar tão próximo daquele cujo o sangue só sabe matar! Será que não entende, que só o fato de pode-lo machucá-lo, parte meu coração? Eu sou uma ameaça a você e a qualquer um que se atreva a chegar mais perto...

Eu estava bem, em meu mundo, o qual apenas me pertencia, até você entrar, invadindo-o por completo, sem a menor cerimônia, não consigo esquecer o dia que me tocou, foi nesse dia, que minha mente embaralhou-se de vez, me confundindo, me tornei prisioneiro desses sentimentos, por favor me diga como escapar, e viver sozinho novamente, sem tais desejos me atormentando, sem você, a vagar pelos meus sonhos, porque dói tanto quando tento tentar te esquecer?

Oh, maldito sejam os deuses, que me jogaram essa maldição! Será que é isso que chamam de amor? Não posso ver seus lábios que os desejo, quero que eles se recostem nos meus, mas um carneiro não pode amar um peixe, não existe essa possibilidade, ainda mais um peixe venenoso. Era assim que eu pensava até aquele dia, onde tudo se esclareceu, você sabe do que estou falando...

O pisciano interrompe a carta, fitando o vazio do fim da noite, aquela cujo não tinha nem uma missão a cumprir e lembranças invadem sua mente.

...

Tinha acabado de chegar de uma missão, passa pela casa de Áries, seus olhos procuram pelos dele, toma um susto ao ver que o outro o fitava.

–Te assustei Albáfica? -Pergunta Shion como se estivesse se desculpando.

–Não! -Disse tentando não puxar assunto com o outro, seguindo rumo aos aposentos do grande mestre, para detalhar sua missão.

–Boa noite Alba! - Falou, percebendo que o outro, iria dar noticias de sua missão ao grande mestre.

– Boa noite Shion. - Respondeu com suavidade na voz.

Shion o viu partir, e deu um leve sorriso. - Mas que peixe escorregadio! -Pensou em voz alta.

Após relatar ao grande mestre que tinha cumprido sua missão com êxito, seguiu retornando para sua casa, se deslocando até seus aposentos, retirando a armadura e tomando um banho para relaxar e logo adormecer, assim o fez, quando já trajava suas vestes de dormir, senti um cosmo que parecia estar bem fraco, não que o dono desse estivesse ferido, mas sim, como quisesse esconder sua presença, se não estivesse tão próximo da casa de peixes, nem mesmo Albáfica o sentiria, ficou esperando para ver se reconhecia tal cosmo, mais não se deu ao trabalho de sair de seus aposentos particulares, pois não sentia emanar perigo de tal cavaleiro, talvez estivesse só de passagem.

Para sua surpresa, o cavaleiro que já se encontrava dentro de sua casa era o ariano e este não seguiu a atravessar a casa, pois se deteve dentro dos aposentos particulares do pisciano, o encarando.

– Algum problema Shion? - Pergunta o holandês preocupado.

– Sim! - Afirma ainda encarando o menor.

Se aproxima do loiro. - Me diga de uma vez o que houve! - Parecia nervoso.

– Albáfica, não consigo parar de pensar em você! - Disse rápido, antes que lhe faltasse coragem, e antes de qualquer resposta do pisciano, o agarra pela cintura, invadindo seus lábios e lhe roubando um beijo, só podia ser um sonho, aquele ao qual desejava estava ali, realizando seus mais doces desejos.

– Me solte Shion! - Se desvencilhou com dificuldade daquele beijo urgente. - O que pensa que está fazendo? - Quer morrer?!

– Desde que seja em seus braços, não me importa! - Viu o olhar surpreso do outro e o agarrou novamente, sem permitir que ele fugisse novamente de seus braços e de suas caricias, Albáfica lentamente cedia, estava encurralado pelo desejo e desde que não houvesse contato com seu sangue, nem um perigo existia, o ariano continua a se deleitar daquela pele imaculada, seus beijos não se limitam até os lábios do outro, agora eles percorrem seu pescoço, com carinho o deita na cama, levantando devagar as vestes do rapaz de fios azuis, que mordia os lábios para conter os gemidos que queriam fugir de sua boca, boca essa que ora ou outra, era invadida pela língua de Shion, seu corpo já estava em cima do pisciano, que tinha a respiração descompassada e que chamava baixinho o nome do outro, seus corpos entravam em contato, seus desejos já eram demonstrados pela excitação de ambos, Shion da uma leve mordida nos mamilos de Alba, que geme de prazer e segura firme os fios loiros, começa a recostar sua ereção no belo cavaleiro de peixes. Mas em um rompante ambos se soltam ao mesmo tempo, pois sentiam uma presença na casa de peixes, Albáfica se cobre com o lençol, seu rosto estava bastante corado e o outro salta da cama arrumando suas vestes.

Pouco tempo depois um menino de cabelos roxos adentra o local, ainda com cara de sono. -Atlas? - Pergunta Shion espantado. -Aconteceu algo?

– Não sei mestre, acabei sendo acordado pelo Manigold, ele disse que sentiu um cosmo estranho emanando daqui, e pediu para eu vim ver o que acontecia, disse que o senhor poderia estar correndo perigo, ai eu vim o mais rápido que pude! - Disse o menino com toda inocência do mundo, Shion não era o único que desejava o pisciano, mas diferente do Mani, ele o amava, não apenas o desejava.

– Maldito seja o Manigold e suas brincadeiras sem graça! -Exclamou.

Albáfica estava atônito, sentado na cama e ainda com o rosto vermelho. - Está tudo bem Atlas. - Se dirigiu de maneira gentil ao menino. - Talvez tenha sido melhor assim. - Falava com o garoto, mas parecia estar falando consigo.

– Venha Atlas, vou te levar para a cama novamente, o Mani te pregou uma bela peça. - Saiu com o menino sonolento nos braços. - Eu volto Albáfica! - Afirmou para o outro.

– Não há necessidade Shion, eu vou dormir, foi uma noite longa e preciso descansar!

– Eu volto! - Balbuciou e saiu com o menino nos braços em direção a casa de Áries, evitando contato com Manigold, que parecia estar gargalhando quando Shion passa pela sua casa o ignorando.

Albáfica ainda estava trêmulo com o misto de sensações que sentira e sabia que o outro voltaria, se deitou na cama, pensou que talvez aquilo fosse um aviso do destino e decidiu fingir que estava dormindo e foi assim que Shion o encontrou quando voltou a sua casa, realmente pensou que ele estivesse adormecido, apenas sentou próximo de sua cama, passando alguns minutos sentindo seu cheiro de rosas, pensando em como poderia ter sido, se naquela noite não tivesse sido interrompido, porém sorriu feliz ao ver que seu amor era recíproco e antes de sair, deu um beijo na face do outro e disse baixinho em seu ouvido. - Eu te amo, meu querido peixe! - Logo depois se retirou da casa de peixes.

O coração de Albáfica batia descompassado pelo momento e pelo que acabara de ouvir, sua vontade era correr atrás do ariano e dizer que também o amava, mas se conteve ali, reprimindo seu amor e balbuciando baixinho, em um tom inaudível! - Eu também te amo! Seus olhos não se abriram e seus sonhos foram mais uma vez invadidos por um certo carneiro. Daquele dia em diante Albáfica fez questão de fingir que nada havia acontecido, se comportando da maneira que sempre fizera, podia enganar qualquer um, menos o seu coração.

...

Desperta da lembrança, com os olhos marejando e lágrimas ameaçando cair, continuou a escrever a sua carta.

Foi nesse dia que descobri que te amo, eu não estava dormindo, ouvi com clareza que você me amava, ou melhor, me ama, obrigado por me amar, queria poder compartilhar nosso amor e viver uma historia com você, mas creio que não será possível, hoje acordei com a sensação de que não nos veremos mais, esse é o motivo de estar escrevendo essa carta, a maneira que achei de pedir perdão por não ter prosseguido aquela noite, por ter matado o desejo e o amor de ambos, mas foi melhor assim, só iríamos sofrer ainda mais, eu desejo que você viva e atravesse essa guerra santa, que só nos faz sofrer, e peço aos mesmos deuses que amaldiçoei por me fazerem te amar, que façam que nos encontremos em outras vidas, e que possamos finalmente se amar, sem medo, sem guerra, sem dor!

Adeus carneirinho...

Eu te amo!

Albáfica

Após os primeiros raios de sol surgirem, Albáfica saiu de sua casa e fez com que aquela carta fosse entregue no momento certo, foi até o encontro do menino Atlas e o pediu para que lhe fizesse um grande favor, lhe entregou a carta em mãos, dizendo que entregasse a Shion só quando ele tivesse a certeza que o pisciano não voltaria mais, o menino se prontificou a cumprir aquela missão. - Não vou ler senhor Albáfica, eu prometo! - Disse o menino sério.

– Eu confio em você Atlas! - Disse sorrindo. - Muito obrigado.

Naquele dia, como Albáfica imaginou, ou pressentiu, ele não voltaria ao santuário, não com vida, sua última visão de shion foi na batalha com Minos, ao qual o levou a morte, junto com o Juiz do submundo, Albáfica foi carregado sem vida nos braços do cavaleiro de ouro ao santuário, o ariano fitava o rosto sereno do outro que parecia dormir em seus braços, apesar de sentir que seu coração estava dilacerado, tinha que ser forte, ainda era um cavaleiro de Atena e tinha suas obrigações, depois que retornou a sua casa, o menino com lágrimas nos olhos lhe entrega a carta, com pesar em saber que Albáfica estava certo com o que o havia dito mais cedo, disse ao seu mestre de quem era a correspondência, esse o fitou com surpresa e se prontificou a ir em outro lugar e ler a carta, enquanto lia, lágrimas escorriam de seus olhos, seus joelhos foram de encontro ao chão, e como acalento, um vento forte passava por ele, trazendo pétalas de rosas consigo.


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Notas finais do capítulo

Ps: Não foi betada, qualquer coisa podem me avisar! o/

Espero muitíssimo que tenham gostado, foi escrita de coração, estou com outros projetos de fics com o Albinha, simplesmente amo esse pisciano, muitooo mesmo ♥.

Boa leitura e comentários serão sempre bem vindos! kisses.