Não sei quanto tempo fiquei parada olhando para a carta, mais foi o suficiente pra Marlene me despertar do meu estado de choque.

– Lily, o que foi? Ficou parada aí,olhando pra carta como se tivesse recebido a notícia de que Merlin voltou. – Lene falou enquanto folheava uma revista sobre Quadribol.

– Eu estou totalmente ferrada. – falei entregando a carta para ela.

A cada linha que Marlene lia, sua sobrancelha se erguia mais. Quando terminou de ler, me olhou com pena e disse as palavras mais lindas de apoio que já ouvi na minha vida:

– É amiga, você está ferradamente ferrada.

Como eu disse, Marlene deveria ser uma filósofa.

– Pelas barbas de Merlin, que diabos eu vou fazer? – perguntei andando de um lado pro outro no dormitório. – Minha mãe enlouqueceu de vez! Ela quer que eu arranje um namorado perfeito em uma semana?

– Lils, calma!

– Como você espera que eu fique calma, Lene? – praticamente gritei. – C’mon, você sabe que isso é impossível.

Ela respirou fundo e me olhou bem nos olhos. O que significa que vai dar merda.

– Isso requer medidas drásticas.

– Como assim?

– Vamos ter que pedir ajuda aos marotos.

***

Merlin, como eu fui deixar a Marlene fazer isso? Minha vida já está uma merda, não preciso da ajuda dos Marotos pra piorar a situação, obrigada.

Porém cá estou eu, na frente de James Potter, Sirius Black e Remus Lupin, enquanto Marlene explicava a situação. Quando ela terminou, todos estavam pensativos.

– Então, o que faço? – perguntei receosa. Sirius e James se entreolharam, depois olharam para Remus, que deu de ombros. Depois olharam pra mim e Sirius deu um sorriso maroto. Oh shit.

– Você está no seu dia sorte, ruivinha! – Black falou esfregando as mãos.

– Er... isso quer dizer que vocês tem uma solução? – perguntei forçando um sorrisinho.

– Ginger, - Sirius começou novamente. – como você sabe, nosso Pontitas aqui vem de uma família muito respeitada no mundo bruxo. E a reputação de “pegador de Hogwarts” dele, chegou aos ouvidos do Sr. e Sra. Potter.

– E daí? – Marlene perguntou num tom de tédio.

– E daí que ele precisa apresentar uma namorada para os pais na festa de fim de ano, se não a honra da família dele será brutalmente manchada. - Não pode ser o que estou pensando, não pode. - Então, a solução mais fácil, é vocês dois se apresentarem como namorados para a família de cada um.

OH MY GOOD, MERLIN ME ODEIA.

Não que eu despreze James, muito pelo contrário. Depois que ele virou monitor-chefe comigo, até construímos uma pequena amizade. E de fato, ele é bem mais legal do que eu sempre imaginei.

Mais namorar ele? Não, valeu. Fora de cogitação.

– C’mon Evans, temos que fazer isso se quisermos sobreviver aos nossos parentes! – James falou sério.

Ele está certo. Se o preço de manter meu lindo pescoçinho lindo á salvo é namorar James Potter, então eu farei isso.