A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 8
Um Grego cuidadosamente fofo


Notas iniciais do capítulo

Oláa meninas,
Demorei um pouquinho pra postar, eu sei..
Me desculpeem...
Booa leituraa



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A viajem toda Isabella não consegue pensar em mais nada a não ser sobre a tal Tânia.

Perguntas e mais perguntas a atormentam.

Quem é ela?

Porque Edward foi ver ela?

O que Edward tem com ela?

Suspira com a cabeça encostada na poltrona do jatinho. Não que se importe com o fato de os dois serem mais que amigos. Não é isso, claro que não.

A unica coisa que a incomoda é o fato de pagar por chifruda. E isso ela não admite, não mesmo!

–Sua febre está alta.- o grego comenta, com o olhar fixo no termômetro em mãos. -102,2º F.- completa pensativo.

–Minhas febres sempre foram altas.- responde ainda de olhos fechados. Um crise de tosse a abate por um longo momento.

–Isso é normal?- após respirar bem fundo, Bella abre os olhos.

–Nunca procurei um médico pra saber.- dá de ombros. Os olhos lacrimejam de um modo irritantemente constante.

–Isso é negligência. Não pode descuidar da saúde Bella.- Edward a repreende, com a voz calma. -Mais agora saberemos o porque dessas febres altas. Meu tio é Pneumologista, e examinará você.-

–Não preciso de médico, Edward.- fala teimosa. -É só uma gripe boba, logo passa.- os olhos azuis do grego giram impacientes. Os dois colocam os cintos, quando o avião é pousado.

–Ele vai te examinar, Bella. Nem que eu precise te amarrar pra isso.- a determinação na voz do homem, a faz bufar.

–Mandão.- resmunga em um sussurro.

–Teimosa.- rebate divertido. -Não se esqueça de que além de nós, apenas Jéssica sabe sobre nosso "noivado".- os dedos compridos fazem aspas no ar.

A morena se põe de pé, com os membros latejando.

–Não tenho alzheimer, já me disse isso umas cinquenta vezes.- responde amarga.

A irritação de Bella é um ótimo divertimento para Edward.

–Você é tão doce quanto um jiló.- murmura o grego, enquanto os dois caminham pelo corredor do jatinho.

–Cale a boca!- manda com os dentes cerrados.

–Tóso ev̱genikós (tão educada).- sussurra em grego.

Com os olhos turvos a morena desce os dois degraus do jatinho. As luzes acima contornam a grande mansão de Edward.

Observando de baixo a mansão parece uma fortaleza. Um paraíso particular, rodeado de seguranças.

–Venha, o ángelós mou (meu anjo), esse sereno só vai te fazer mais mal.- a voz carinhosa, doce e preocupada causa arrepios em Bella.

Um sentimento confortável aquece seu peito, e o coração bate ligeiramente mais rápido.

Sem jeito, abre a boca uma, duas vezes e a fecha sem pronunciar nada coerente.

Edward percebe a indecisão da morena, e apoia uma das mãos nas costas planas dela a guiando até uma Mercedes preta reluzente.

O interior de couro branco é receptivo, e aquecido.

O corpo febril de Isabella se aconchega no banco traseiro macio. A cabeça que parece carregar toneladas, encostada no vidro.

Fecha os olhos quando a crise de tosse surge.

Com um suspiro toma fôlego, desesperada.

–Ai, ai!- souta o muxoxo, com o peito e as costas latejando.

–Sua gripe está muito forte, ainda bem que Eliezer já está nos esperando.- a voz aveludada de Edward enche seus ouvidos.

Permanece em silêncio, apenas respirando o mais profundo que consegue.

O caminho até a casa é rápido, coisa de cinco a seis minutos.

O automóvel estaciona no pátio de pedras em frente a fonte branca iluminada.

Como um bom cavalheiro, o grego sai do carro e dá a volta abrindo a porta para Bella se por para fora também.

–Obrigada.- no impulso agradece. A voz totalmente rouca.

–Disponha, prinkípissa(princesa).- sorri torto, com os brilhantes olhos azuis presos no seu.

Envergonhada, ela souta um pigarro e abaixa a cabeça.

–Vamos.- a mão grande do loiro, segura em seu pulso e de modo delicado a puxa em direção as escadas.

Debatendo o queixo de frio, o barulho dos dentes se colidindo é alto.

As pernas moles, se negam a fazer esforço físico o que a deixa ainda mais cansada e ofegante.

A única coisa que quer é poder deitar e dormir.

O hall de entrada iluminado e quente melhora a sensação de estar sendo congelada.

–Adeen, Eliezer,poú eínai? (Eliezer, onde está?)- em grego questiona a empregada que os encara profissionalmente.

–Sti̱ vivliothí̱ki̱ , kýrie. (Na biblioteca, senhor.)- responde séria.

Apenas com um aceno de cabeça, o grego reponde e já guia Bella até a escadaria.

Ela solta o ar pela boca, frustrada.

–Mais escadas?- o tom choroso, arranca um olhar piedoso de Edward.

–Não são muitas, mánkas mou (minha manhosa).- murmura de volta com a voz leve. A mão faz carícias na face quente de Bella, que por segundos se perde na imensidão daquelas safiras brilhosas.

–São sim.- ainda com os olhos conectados, ela resmunga manhosa. -Tem mais um lance de escadas ainda.- seu lábio inferior se curva em um leve beicinho, que parece adorável aos olhos de Edward.

–Vamos, eu ajudo você.- diz, as mãos fortes se apoiam na cintura de Bella, e a cada degrau a impulsionam para cima.

Com uma lentidão sôfrega logo o casal, chega ao terceiro andar.

Mesmo cansada não deixa de reparar no lugar amplo e realmente bem decorado. Os corredores largos e arejados, e no centro do salão principal uma abertura redonda de vidro possibilita a vista para o céu estrelado.

Bella espia pelo cantos dos olhos, as salas que as postas e cortinas se encontram abertas os cômodos escuros.

A curiosidade a atormenta, e chega a conclusão que precisa conhecer uma a uma das salas do terceiro andar.

–É aqui.- anuncia antes de entrelaçar os dedos nos de Isabella. A puxa para dentro da biblioteca, com calma.

Os olhos da Swan se arregalam ao ver o belíssimo espaço.

O teto de gesso claro com três lustres imponentes pendurados no centro.

A mobília escura com contornos vintage, a deixa fascinada. E as prateleiras de livros.

São gigantescas. Parecem não tem fim, correndo paralelamente para o fundo da sala, onde pode ver com dificuldade uma laleira grande com sofás chesterfield pretos em volta.

Um barzinho de madeira também escuro faz o contorno em um dos cantos da sala.

Uma parede totalmente de vidro reflete para o mar, que agitado deixa as ondas correrem

Cortinar douradas abrangem os vidros, e presa de modo elegante deixam o ambiente ainda mais luxuoso.

Assim como os tapetes de pelo, as almofadas com designer interessante, ou os enfeites de porcelana escura e cristais.

Sua atenção se concentra porém, em um homem parado em frente a prateleira esquerda.

A roupa social, preta destaca a pele branca e os cabelos mognos.

A cabeça baixa, presa em um livro de capa dura e tom verde escura.

–Theíos Eliezer(Tio Eliezer).- o grego o chama, com um certo tom animado. A face do homem se volta para eles.

Bella observa os traços marcantes no rosto. As sobrancelhas grossas, o olhar profundo junto do nariz achatado e a boca reta.

–Edward.- fecha o livro, e põe sob a mesa marrom escura ao seu lado. -Ani̱sýchi̱sa ótan kálesa(Fiquei preocupado quando me ligou).- diz, os passos vindo até eles vagarosamente. - Entáxei?(Tudo bem?).- o tom preocupado dele, não passa em branco para Isabella, mesmo suas palavras sendo gregas.

–Nai theíos , eímai mia chará(Sim tio, eu estou bem.)- sibila de volta. -Sti̱n pragmatikóti̱ta ekeínoi pou eínai árro̱stoi eínai Isabella , ti̱n arravo̱niastikiá mou. (Na verdade quem está doente é Isabella, minha noiva.)- a atenção do tal tio de Edward se volta para ela.

Um sorriso simpático ilustra seus lábios brancos.

–Agápi̱, este é meu Tio Eliezer!- com a mão o loiro gesticula. -Kai o theíos , af̱tí̱ eínai i̱ arravo̱niastikiá mou Isabella. (E tio, está é minha noiva Isabella.)-

O senhor estica a mão longa para a moça, que timidamente a segura.

–Pleasure Isabella.(Prazer Isabella).- sem entender ela olhar para Edward de modo piedoso. Ele sorri e deposita um leve beijo em sua testa.

–Ele disse que é um prazer.- sussurra na delicada orelha dela, os pelos da nuca se eriçam e vagarosamente o arrepio se espalha por seus membros.

A bochecha parece explodir de tanto queimor.

Grego provocador de uma figa!

–O prazer é meu, Senhor!- diz após um pigarro.

–Há perdão, querida achei que compreendesse grego.- o senhor se desculpa. -Pode me chamar apenas de Eliezer.- pede aprazante.

–Ok.- responde simplesmente.

–Então, o que está acontecendo com a senhorita?- questiona mais profissional.

–Bom, eu...- coça a cabeça sem jeito. -Estou meio resfriada e...-

–Não Tio, ela não está só resfriada.- o Cullen a corta, causando um leve irritamento na morena. -A febre dela, estava em 102,2º F, e a tosse, parece que tem algo dentro dela se arrebentando.- conta.

–Não seja exagerado, Edward.- rola os olhos emburrada.

–Não estou exagerando.- rebate. -Está feia sim Tio, parece até um cachorro tossindo.- com força e satisfação Isabella acerta uma cotovelada nas costelas do loiro que solta um muxoxo de dor.

–Au! Doeu Bella!- exclama, com a mão esfregando o local.

–Bem feito.- cruza os braços birrenta.

–Diávolos tou(Sua diabinha).- sussurra bicudo.

–Bom, acho melhor examinarmos você!- o doutor analisa, com um sorriso nos lábios. -Pode vir até aqui.-

[...]

–------------
–Tânia me disse que estiveram juntos a tarde toda hoje.- Eliezer comenta, enquanto preenche a receita médica.

–Sim, fui... Vê-la hoje.- o grego responde meio sem jeito.

–Sim ela me contou.- ri enquanto a cabeça chacoalha em assentimento. -Tânia só falou em você, na verdade.- murmura, o carimbo bate contra a folha de papel branca, sendo rabiscado por cima com a assinatura do Doutor. -Ela gosta muito de você.- se põe de pé, com a folha estendida a Edward.

Ele sorri, torto.

–Sim, eu também gosto muito dela.-

–-----------

As palavras se repetem na cabeça da morena que se remexe sob a cama.

Não intende o porque aquela cena, não abandona sua mente.

Não tem que se importar com o fato de Edward, aparentemente, ter passado a tarde toda com a tal "Tânia" e ter se esquecido dela. Não deve se sentir incomodada com aquilo.

Mais se sente. Na verdade, isso a incomoda e muito.

Solta o ar pela boca, e se coloca sentada com as costas apoiadas no monte de travesseiros macios.

Isso não está certo, não pode-se deixar envolver pelo charme, e beleza daquele grego chato.

Tem é que se lembrar sempre do que ele fizera com ela e seu pai. Não que Charlie é a grande vítima da história, mais mesmo assim, Edward o chantageou, e agora a mantém em um lugar onde não conhece nada nem ninguém.

Mais então porque, toda vez que o encara nos olhos, não consegue sentir raiva dele?

Por que sempre que ele faz algo bonitinho, o coração dela parece estar martelando dentro de seu peito?

E pior ainda, por que essas perguntas estranhas rondam sua cabeça?

Cobre a face com as mãos, e abana a cabeça rapidamente.

–Bella?- a voz rouca e arrepiantemente sedutora do loiro, invade seus ouvidos. Sem jeito ela cessa seu momento de retardadisse, e o encara envergonhada.

–Hum?-

–Se sente bem?- questiona, dando passos na direção da morena. As mãos grandes segurando, uma bandeja prata.

–Ér...- pigarra, com a garganta ardendo. -Sim, eu... Me sinto bem.- responde debilmente.

Ele sorri torto, e os batimentos cardíacos dela aceleram.

–Bom, eu trouxe uma sopa pra você. Precisa se alimentar bem, agora que está doente.- cuidadoso, estica os pés da bandeja antes de colocá-lo sob o colo de Isabella.

Com os olhos cerrados encara o prato a sua frente.

–O que é isso?- com a colher remexe o caldo vermelho.

–Kotópulo kokinistó me revíthia. - a morena bufa e arrancando uma gargalhada do grego. -

É sopa de grão be bico, com frango ao molho vermelho.- responde sorrindo.

–Hum...- entorta os lábios, beliscando o interior da bochecha com os dentes.

–Coma, você vai gostar.- murmura. Ainda desconfiada, Bella enche a colher de prata brilhante com o caldo espesso, e com certa restrição a leva aos lábios.

O líquido quente, deixa seu sabor ser apurado pelo paladar da Swan, que em segundos se delícia com o tempero levemente picante.

–E então, é bom?- indaga com expectativa. De um modo natural, Edward se senta ao lado dela. Perto, de mais até.

–Sim..- sussurra sem jeito pela aproximação. -É muito... Gostoso.- completa com um suspiro.

–Então se sente melhor?- as orbes avelãs dela giram.

–Não faz nem uma hora que eu tomei o remédio Edward.- resmunga a ele que ri roucamente.

–Tem razão.- concorda. -Mais me conte comprou muitas coisas com Alice?-

Engolindo a comida em sua boca, ela sorri triunfante.

–Sim, comprei muitas coisas.- dá de ombros. -E a propósito, eu estourei seu cartão.- tenta soar indiferente.

A espera de um ataque nervoso do grego, a morena se decepciona quando a risada escapa dele.

–Isso é um bom sinal.- indignada, volta seu olhar a ele que ainda sorri.

–Não está bravo?- pergunta já irritada, vendo seu 'brilhante' plano ir por água abaixo.

–Não. Sabe quantos cartões de créditos daquele eu tenho?- emburrada permanece em silêncio. -São incontáveis.- com os olhos conectados aos dela, o loiro aproxima seus rostos, inclinado para frente. -Se achou que ia conseguir me irritar com isso, mikró mou(minha pequena), creio que caiu do cavalo.- zomba.

–Você é tão irritante.- diz, após virar seu rosto. Edward gargalha divertido.

–Você é tão divertida.- contrapõe a fazendo bufar.

–Idiota.- sussurra revirando os olhos.

–Linda.- rebate. Um sorriso leve brinca nos lábios rosados de Bella, que ao perceber que estava se deixando levar por aquele maldito grego, o desfaz.

O rosto se transforma em uma careta, forçada.

–Eliezer é irmão da sua mãe, ou do seu pai?- muda de assunto com a pergunta.

–De nenhum dos dois.- responde. -Ele é cunhado da minha mãe, é casado com minha Tia Carmem, irmã de Esme.- processa as informações em sua mente, e morde os lábios receosa, entes de perguntar.

–O que.. O que a Tânia é dele?- gagueja miseravelmente sem graça.

–Filha.- o loiro se ajeita sob a cama folgadamente.

–Então, ela é sua prima.- conclui ainda curiosa.

–Não exatamente.- as safiras azuis de Edward se voltam para ela. -Eliezer foi casado uma vez antes de se casar com Carmem. Do primeiro casamento ele teve duas filhas Irina, e Tânia e depois junto de minha Tia tiveram a Kate.- conta. -Se for ver apenas Kate é minha prima, mais considero as três igualmente.-

Prima. Então a tal Tânia é prima de Edward.3

Respira fundo, a curiosidade ainda a roe por dentro. Mais prefere encerrar o assunto.

–Você ainda está quente.- Edward comenta a tirando de seus devaneios. A mão apoiada na volta de seu pescoço lhe causa sensações estranhamente boas. -É melhor eu ligar para Eliezer e avisá-lo que continua com febre.- Bella segura a mão do grego, e o impede de ficar em pé.

–Fique calmo Edward. Desde pequena,minhas febres sempre demoraram pra abaixar.- o tranquiliza.

–Mesmo assim, é melhor avisá-lo e...- ela leva um dedo aos lábios do grego, que se cala.
A conexão inquebrável de olhares entre eles é religada.

–Se acalme.- ri fraco, encantada pela preocupação dele. -Se não baixar em uma hora, você pode ligar pra ele, até me levar até ele. Mais pode confiar em mim, logo ela passa.-

Edward sorri torto, ainda preocupado, porém mais relaxado.

–Eu confio em você ómorfi̱ mou(minha linda), só não quero que piore.- ainda com a mão segurando a dele, Bella alisa a pele macia com os dedos.

–Não vou piorar.- garante, ao grego cuidadosamente fofo.

E então, com os olhos ainda fixos um no do outro, seus rostos se aproximam. Cada vez mais.

Bella sente, a respiração quente de Edward colidir contra sua face, e a boca vermelha cada vez mais perto da sua.

Instantaneamente, molha os lábios com a ponta da língua, com uma expectativa crescente dentro de si.....


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Notas finais do capítulo

Climãooo no quartoo..
Bella amolecendo o caração...
Tânia cada vez mais presente...
Festa chegando....
Tantas coisas...kk
Meninas, logo eu volto.. O mais rápido que der..PROMETOO
Nos vemos logo, logo..
Beijonhooos..
Ps.: Nem tudo que parece ser...é! As vezes as coisas mais banais, te mostram muuuitoo!!
hahaha
bjoos te mais