Indignação.

Raiva.

Ciúmes.

Todos os sentimentos ruins pareciam me invadir de uma vez, eu já havia quebrado meia dúzia de copos e garrafas de uísque em minha sala, Meg já não me vinha ver quando ouvia algo se chocar contra a parede, eu sabia que falavam de mim ate Emmett veio me ver por dias ate que o expulsei de vez, eu não agüentava mais dar de caras com Bella e aquele idiota, não quando ele a fazia rir, quando ele podia pegar em sua cintura, sentir sua pele e tudo nela.

Batidas na porta me despertaram e antes que arremessasse mais um dos inúteis copos o coloquei na bancada do bar e fui destrancar a porta, meu coração perdeu uma batida, quando lindos e perfeitos olhos castanhos me fitaram seriamente.

–Bella – falei seu nome quase sem ar, ate o ar antes escasso parecia reinar soberano em meus pulmões, era como se estar longe dela tudo perdesse o sentindo.

–Precisamos conversar – disse seriamente.

–Entre – falei me afastando e como se quisesse se manter o mais longe possível, ela entrou respirei fundo e olhei para Meg que acaba de chegar próxima a sua mesa – Não me interrompa por nada – pedi e fechei a porta – O que...

–Você precisa parar com isso – a voz de Bella me interrompeu friamente a olhei e senti algo ruim, não havia brilho em seus olhos e sua voz quase morta entoava com as roupas escuras e a maquiagem totalmente negra, a deixando com um olhar extremamente sensual, mas frio, não mais aquela minha Bella que eu aprende a ....

–Eu não entendi – falei jogando os pensamentos de lado – Preciso parar como....

–Precisa parar de jogar copos, de quebrar garrafas por motivo nenhum – disse me fitando quase sem piscar – Meg é sua secretaria não empregada você esta levando sua empresa a falência por nada.

–Nunca será por nada – falei e me coloquei um passo mais próximo – Você nunca será por nada. Você é tudo, eu somente me dei conta tarde, mais sei que não é tarde demais.

–Você está louco – falou recuando, sua voz deu uma tremida o que me fez querer sorrir, mas me contive afinal ela me mataria se me visse sorrindo agora – Você esta apenas confuso, sabe disso, sabe que isso – disse apontando para nós dois – não é verdade nunca foi.

–Eu não sei, sabe por quê? – falei dando mais um passo a frente enquanto ela recuava – por que já estive com você em meus braços, já senti sua pele contra meus dedos, já senti o gostoso único de seus lábios, acha que isso seria possível esquecer? – perguntei chegando mais perto – Acha que sou frio a este ponto Bella? Eu já disse EU VI VOCÊ – gritei a ultima parte e quando ela parou contra a mesa e presa a mim, enlacei sua cintura sentindo todo meu corpo em alerta – eu vi você quando era invisível aos outros por que não pode acreditar em mim?

–Por que você não... – não a deixei terminar e alcancei sua boca, todo corpo de Bella tenso sobre mim, foi relaxando conforme explorava sua boca, quando suguei sua boca levemente Bella entreabriu os lábios me dando a permissão que eu queria, suas mãos fora, ate meus cabelos, os bagunçado, sua língua brincava com a minha e seu corpo quente sobre o meu me deu uma nova esperança eu não perderia essa mulher, não quando tudo em mim saia que eu não poderia jamais ser feliz sem ela.

Quando o ar nos fez falta trilhei beijos por suas bochechas e pescoço e dei leves selinhos em seus lábios vermelhos por nosso recente beijo.

–Feliz? –sua pergunta me pegou de surpresa e a olhei vendo dor em seus olhos.

–Eu vou ser quando aceitar que é minha – falei me doendo por ver tanta tristeza em seus olhos – Não me olhei assim eu não suporto – pedi e quando a vi respirar fundo soube que ela se segurava ao máximo para não chorar – Por favor Bella me perdoe eu disse que queria explicar tudo.

–Não posso, você não entende não é? – perguntou e saiu dos meus braços com certa força – eu dei a você o que eu tinha de mais valioso e você usou e jogou fora, não me importa mais saber o que aconteceu o não, eu preciso, eu quero que você me deixe em paz.

–Eu te...

–Não, você não sabe o que é isso, não ouse dizer algo que você não possa realmente sentir – disse e passou a mão no cabelo – Se sente algo, não importa o que seja, me deixe, quero viver sem ter de me preocupar com sua integridade física, afinal esses ataques poderão te machucar ou vazar na impressa, o nome da empresa estaria no lixo, pense nisso – quando ela estava pronta a abrir a porta, a chamei, demorou alguns segundos ate que ela finalmente se virou.

–Você abriu o presente? – perguntei me referindo ao pequeno baú que eu lhe dera há algumas semanas.

–Não vi necessidade, o que é que contenha dentro não mudará jamais nossa situação – disse friamente e saiu, coloquei a mão sobre a boca e mesmo que tudo tivesse acabado mal eu sabia que ela ainda gostava de mim, na verdade eu sentia seu amor e faria tudo para que isso viesse à tona, eu precisava tê-la novamente e não a deixaria ir jamais.

–Meg cancele tudo estou dando uma saída e volto amanha, peça para alguém limpar minha sala – falei passando por ela e apertei o botão do elevador.

–Senhor Cullen, só um momento – disse vindo rápido ate mim no momento que elevador chegou – A Senhorita Samantha acaba de mandar por email um pedido de confirmação de sua viajem a florida na próxima semana.

–Confirme e aproveite e avise ao piloto que prepare o avião para a sexta-feira as 16:00 irei viajar neste horário, resolva tudo e deixe reservado dois quartos lado a lado, irei com Bella – falei entrando no elevador e apertei a garagem, eu precisava sair um pouco espairecer e aceitar o que Bella falou, realmente eu não podia continuar daquele modo, as fofocas internas logo poderiam vazar e isso acabaria com um sonho de uma vida toda.

Enquanto fazia o caminho de casa avistei uma barraquinha e logo estacionei, uma senhora sorriu para mim quando com certeza dificuldade se levantou.

–Em que posso ajudá-lo querido – perguntou com a voz calma e um sorriso sincero.

–Gostaria de uma flor, simples talvez que expressa-se mais do que desculpas, seria perfeita uma que representasse ao amor e perdão – Falei e ela sorriu, se encaminhando lentamente ate a parte esquerda da barraquinha.

–Estas rosas azuis significam amor eterno, significam a conquista ou luta por aquilo que é considerado impossível – falou me mostrando um lindo arranjo com flores azuis – Tenho certeza que ela ira amar.

–Eu duvido, mas estou tentando, por ela eu tentarei ser alguém melhor – falei enquanto retirava o dinheiro da carteira e paguei as rosas.

–Meu querido, se me permite, quando estamos em idade avançada, vivemos e presenciamos coisas demais sabemos quando algo é verdadeiro, talvez ela possa não enxergá-lo agora, mas o que é regido pelo amor, não há nada que o faça morrer ou se perder – disse e sorriu se virando, a observei se sentar e acenar quando comecei a me afastar. Deixei o buque no banco ao lado e como se passava das 15h00min horas segui ate a casa onde Bella morava, toquei a campanhia e uma jovem pequena me atendeu seu semblante se fechou imediatamente, ela com certeza me conhecia.

–Boa Tarde – falei educado.

–Boa Tarde – respondeu seria – o que você quer aqui? – perguntou e depois fitou o buque em minhas mãos.

–Você poderia entregá-la – pedi e ela me olhou como se analisasse realmente minha alma.

–Bella esta na empresa por que você mesmo não entregou? – perguntou mais branda.

–Tive a vontade quando saia do escritório – responde, eu sabia o quanto ela e o marido eram protetores com Bella.

–Claro, entregarei então – disse e pegou o buque de minhas mãos.

–Obrigada Senhora... – deixei espaço para ela dizer seu nome.

–Halle, Alice Halle – disse enquanto ajeitava o buque nos braços.

–Obrigado Senhora Halle – disse e me virei saindo.

–Espere – me virei e ela me olhou seriamente – nem mesmo um cartão? - perguntou levantando a sobrancelha cinicamente, sorri e peguei um cartão de vistas e escrevi algo rapidamente.

–Creio que ela entenderá – sai e finalmente entrei no carro, vi o olhar de Alice sobre o cartão totalmente confuso, mas Bella entenderia disso eu sabia, mesmo que demorasse algum tempo para aceitar, por que saber, bem isso ela sabia, apenas não aceitava.

“Eu não sei como, mas ele é seu desde o inicio”