Alguns dias se passaram, e eu realmente entrei em uma crise existencial (já que a minha existência está comprometida), um dia antes da nossa viagem para Amsterdam, Hazel Grace foi para o Grupo de Apoio, e eu, fiquei deitado no sofá tentando pensar no resto da minha vida. Fiquei me perguntando, o que faria depois que morresse? Ficaria no céu, tocando Harpa. fui algumas vezes para a quimioterapia, e casa vez que ia tentava convencer o médico, que não mudaria nada eu fazer o raio da quimeo, se eu iria morrer de qualquer jeito. Minha mãe acabava chorando, meu pai chorava escondido e eu pensava em quanto estava atrapalhando a vida dos dois.

Li alguns livros católicos, Hindus, Budistas e espíritas, e cheguei a conclusão, que não conclui nada, apenas pensei na hipótese da reencarnação. Como estou perto da morte, preciso saber o que vai acontecer com a minha “pobre alma”. Então engolia os livros desesperadamente. Ultimamente fui a uma igreja e interroguei o padre (creio que depois da nossa conversa ele tenha desistido de ser padre) então voltei para casa sem uma resposta.

Vários amigos da escola me ligaram, perguntando como eu estava, e eu sempre respondia com o máximo de humor negro.

“Tirando o fato de estar sem perna, estou perfeitamente bem”.

A única coisa que me acalenta nesse momento, é que eu vou viajar com a Hazel Grace e enfim, passar os meus últimos dias ao seu lado.