A Mais Bela Tulipa escrita por MegamiAtena, Shaka Psico


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Encontro...


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa pessoal!
Venho trazer está fic para vocês, apenas para não ficar parado por aqui.

Essa fanfic aqui tem origem numa rp onde eu e a Line(Shaka Psico) estamos jogando (rpg) onde:

Regulus: MegamiAtena (Gabs)- Itálico
Mu: ShakaPsico (Line)- Normal

OBS: Toda vez que o Regulus cita ''ele'', se refere ao o Atla, um antigo namorado que morreu em um terrível acidente de trânsito e que extremamente parecido com Mu.( Os ''ele'' citado vou deixar em negrito ) As falas também estarão em negrito também. O Regulus está em POV.



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Venho aqui todos os dias para relaxar minha mente, por que esse parque é super legal. Porém ele me traz algumas lembranças horríveis, mas não é só por causa disso que eu vou para de vir aqui, não é? Bom... No começo eu pensava nisso, só que... Agora eu estou confuso.

Todos parecem animados quando vêm aqui, mas quando eu venho para este local, apenas penso em me derreter em lágrimas, todavia meu orgulho não deixa.


Sempre cochilo nesta arvore, onde eu deixei minha sigla ''R'', será que alguém pergunta algo sobre isso?

A brisa batia em meus cabelos castanhos puxados ao dourado, o clima não estava muito legal, mesmo assim eu permaneci naquele local. Em meus olhos não havia aquele brilho como antigamente, sim, ele estava morto.

- Eu acredito que isso é obra do destino, mas tenho certeza que vou mudá-lo. – Disse a si mesmo

Eu estava deitado com os olhos fechado, só que num breve relance ao abrir meus olhos vejo uma imagem belíssima. Uma flor? Poderia se dizer, né? Não, não era uma flor. Mas se fosse... seria uma bela tulipa lilás.

Passear pelo parque e cuidar das flores havia se tornado praticamente rotina... Algo que lhe era realmente prazeroso. Assim conseguia sentir-se mais perto de sua adorada terra, que faz um tempo havia deixado, em busca de um futuro melhor.

As saudades eram muitas... Mas os sonhos e anseios eram maiores... Conseguira uma bolsa de estudos numa boa universidade e não desperdiçaria essa chance. Muitos o amedrontaram, tentando mantê-lo unido a seu povo, mas não funcionou. Não foi porque aquele jovem sofreu um grave acidente em terras estrangeiras que aconteceria o mesmo consigo. Sua esperança era ainda maior.

Aquele jardim de tulipas especialmente o encantava. Havia um pequeno canteiro com algumas tão lilases como seus próprios cabelos. Cuidava delas com todo carinho e amor... Para espantar a saudade.

Distraidamente adubava e regava as plantinhas quando sentiu-se observado. Curioso olhou para a lateral e viu um belo rapaz, moreno de cabelos rebeldes a lhe observar. Sua face enrubesceu-se de imediato, desviando o olhar, tentando concentrar-se novamente nas flores, mas não pôde deixar de reparar na beleza máscula e forte do rapaz. De canto de olho continuou a disfarçadamente fita-lo, percebendo que ele não desgrudava os olhos de si... Pensou se o outro não tinha o confundido com uma mulher... Estaria mesmo interessado em si? Bem, esperaria para ver se ele se aproximava. Mas não podia negar a si mesmo que havia se encantado!

Nossa essa Tulipa é perfeita, eu quero tocá-la... Mas como eu vou chegar nessa flor? Tão delicada e eu tão bruto. Preciso ir ao encontro daqueles fios lilás. Meus olhos começaram a ter uma esperança de vida, será que era agora o momento?

Não, não posso ser apressado... Mas essa aparência lembra-me... Ele. Droga... Tenho que esquecê-lo, afinal ele se foi há muito tempo. Os momentos bons eu devo guardá-los, mas os ruins... Que foram muitos, eu deveria esquecer? Tsc... Não consigo. Sou muito rancoroso também. Mas porque eu estou tocando nesse assunto? Isso não faz sentido nenhum. Bom eu preciso ir falar com aquela bela tulipa.

Levanto-me do chão e começo a caminhar em direção da bela imagem que havia focado. Meus passos são lentos e ''delicados'', para que eu não assustasse as flores e os animais pequeninhos daquele local.

Droga... O que eu falo? Estou me aproximando cada vez mais. Meu coração está acelerado, estou nervoso. Socorro, Atena.

Ainda o observando de canto de olho, viu-o lenta e discretamente de aproximar. Sim, então ele realmente havia visto algo diferente em si, e isso o deixava nervoso e tímido, afinal nunca havia passado por essa situação.

Não que não tivesse sido assediado antes, mas nunca estivera realmente interessado no contato como agora. Sentia-se estúpido por estar tão ansioso. Tinha que fazer sua mente recordar-lhe que sua única prioridade no momento era os estudos, e nada mais... Mas ele era tão bonito...

Percebeu que ele se já estava bem perto, olhando-o intensamente. Passou a mão nervosamente pela franja, tentando coloca-la atrás da orelha, seu coração batendo a mil. Não, ele ainda não falara nada, talvez devesse quebrar esse gelo, mas estava corado de tanta timidez.

Respirou profundamente acariciando uma das flores, que tinham o exato tom de seus cabelos, e comentou sem fita-lo.

– São lindas, não acha? Fico admirado com as maravilhas da natureza... As cores, as formas delicadas, tudo tão perfeito... – Abriu um doce sorriso e fechou os olhos. Sua voz era doce e harmoniosa, demonstrando os sentimentos expressos nas palavras. Ficara abismado pela própria coragem, mas pelo menos descobriria o que o moreno queria...

Continuei a caminhar até a flor maior. Eu estava com medo de assustar aquela pessoa de cabelos lilás, hmm... Parece que a tulipa percebeu que eu estou me aproximando.

Por algum momento eu queria fugir daquele local. Não, é mentira, eu não queria fugir. Sua aparência é super bonita. Como querer fugir daqueles belos pares de olhos verdes? Agora que eu vejo, olhando de perto é muito bonito mesmo.

O perfume daquele local me fazia lembrar dele. Mas que droga, não devo pensar mais no passado. Afinal aquele tempo eu era muito criança. Tsc... Já disse que eu não quero mais me lembrar disso. Porque agora na minha frente eu vejo algo que pode acender a chama da minha vida.

Estou com medo de dizer algo de errado, pois não quero espantá-lo tão rápido assim. A forma doce e harmoniosa que ele falava era de ser uma pessoa muito ligada à natureza. O brilho do sol batia em meus olhos, porém eu conseguia ainda ver a imagem das tulipas.

– Realmente são muito lindas, mas eu acredito que tudo isso passa da perfeição. Se é que existe. –Respondo com um tom calmo. – Ainda mais o Lilás, que é uma cor tão vibrante que dá até vontade de viver. – Encosto numa tulipa e tento pegá-la, todavia ela se desfaz na minha mão. – O que eu fiz?

– As flores são como os corações das pessoas. Devem ser tomados com cuidado e delicadeza. Ao contrário as flores se desfazem e os corações se quebram... – Riu divertidamente do desespero de outro. – Essa flor é muito delicada, deve-se tocá-la de maneira muito suave, assim... – Acariciou uma bela flor, com muita ternura.

Já havia terminado de cuidar de suas flores, e ainda tinha um tempo sobrando, antes de começar seus estudos. Aquele rapaz parecia interessado, se aproximou timidamente, ele não sabia muito bem o que falar. Mas não podia negar que aquele jeito retraído e desajeitado o encantara.

– Vamos sentar e conversar? Tem uns bancos ali perto. – Puxou-o pela mão até um banco próximo, e sentou-se convidando o outro a fazer o mesmo. Colocou sua mochila no colo, segurando-a firmemente, ainda um pouco sem jeito. Era verdade que queria conhece-lo melhor.

Aquele rapaz tão jovem, tinha um olhar profundo, havia algo de melancolia neles. Como se tivesse uma grande dor que ainda o atingisse. Sentiu o ímpeto de aproximar-se, mas conteve-se. Mas seus grandes olhos verdes não se contiveram, mirando-o atentamente, inquiridor.

– Nunca o vi antes, você costuma frequentar esse parque? – indagou discretamente.

Eu senti muita angustia por aquela flor ter se desfeito em minha mão. Mas quando eu vi o jovem dos cabelos da cor daquelas flores, passei a aprender que eu não deveria ter pegado a tulipa daquele jeito. – Eu sinto muito. Eu... Realmente não queria fazer isso. –murmuro baixo.

Aquilo tinha me chocado um pouco. Após aquela cena, eu simplesmente tentei disfarçar meus olhares, mas não funcionou. Que babaca, não consigo disfarçar nada. Estou me sentido estranho com esse estilo despojado, perto de uma pessoal tão formal. É vergonhoso demais. Suas palavras ecoaram pelos meus ouvidos e respondi.

Claro! Parece ser interessante. –Senti-me ser puxado e logo me sento no local onde o Lemuriano tinha convidado. Lemuriano? Essa seria a raça que eu poderia dizer? Sim, afinal ele também era da mesma raça. “Seriam parentes?” penso.

Idênticos era o que eu poderia dizer. Não acredito, não posso mostrar esse olhar triste. Mas eu não consigo... Sabe de uma coisa, preciso saber seu nome... Isso é frustrante não ter perguntado seu nome. Ele deve está me achando mal-educado, além disso, ter destruído uma flor. Acho que ele me odeia.

Bom, eu frequento esse local faz uns três meses, sempre fico naquela árvore. – Aponto o local onde estive há alguns minutos antes de ir conhecê-lo. – Desculpe-me não ter perguntando antes, mas qual é o seu nome? – Abro um sorriso.

– Mu, meu nome é Mu! Significa o nome de nossa terra, já perdida. Hoje somos apenas uma pequena comunidade... – Toda vez que se lembrava dos seus, seu coração doía de saudades. Era difícil ficar longe de casa. – Bem, acho que é óbvio que sou estrangeiro né! – Riu descontraidamente.

Reparou que aquele olhar tão azul, tão vivo, tinha no fundo um traço de dor, de desesperança. Talvez ele carregasse alguma lembrança muito ruim, muito triste. Olhou-o com tal ternura que o percebeu constrangido.

– Me desculpe, mas não pude deixar de reparar... Seus olhos são tão bonitos, mas parecem carregar uma dor profunda... – Estava corado pela ousadia, mas seu olhar era tão doce e inocente que poderia encantar a qualquer um, assim como a voz das sirenas que iludiam e embriagavam seus marinheiros.

Escutou seu telefone tocar, assustou-se com o toque. Pediu licença e foi atender. Era um colega de faculdade, perguntando sobre um trabalho e se ele poderia chegar mais cedo. Justo agora que estava começando a conhecer aquele belo rapaz. Sentou-se novamente a seu lado.

– Desculpe, preciso ir pra faculdade agora! Mas me diga qual seu nome? – Pegou sua mochila aborrecido, querendo ficar mais. – Bem, a gente poderia continuar esse conversa depois?

Talvez seu atrevimento tivesse passado dos limites, mas não queria que tudo acabasse ali... Realmente precisava de um amigo, pois sua solidão naquela cidade já estava quase insuportável.

Apenas esperava uma resposta para poder ir...

Mu? Que nome lindo... Já ouvi falar sobre essa terra. Não é muito distante daqui. Seus olhos verdes e o lilás da cor de seu cabelo são realmente muito bonitos. Queria poder tocá-lo, mas seria muito atrevimento. Coloca atrevimento nisso... “Risos”

Mu, muito bonito o seu nome. – Abro um sorriso. – Não só o seu nome, mas você também é muito bonito. – Respondo sem graça, disfarçando o olhar. Droga eu não posso olhá-lo direito, ainda não posso mostrar meus olhos vazios. Eu realmente quero ele de volta. Idênticos... Isso está sendo sufocante, o que eu faço Atena? Droga, maldito destino. Necessito mudar essa história.

O olhar e a voz suave de Mu é o que me faz me sentir melhor, quero conhecê-lo melhor, mas o telefone dele está tocando. Será o namorado ou a namorada dele? Afinal,ele não é um cara que possa ficar sozinho, de tão bonito... Ah não, é da faculdade, então ele veio para cá por causa de estudos, realmente ficar longe de alguém deve ser doloroso demais.

Sinto-me feliz, a companhia dele realmente é muito boa, mas ele precisa ir embora. Como eu irei ficar? Solitário novamente? Estou ficando maluco? Eu mal o conheci e já o quero próximo de mim? Sim, estou pirando. – Meu nome? Regulus, ou Pequeno Rei. Meu nome veio da mais brilhante constelação de Leão. – Respondo sorridente, observo o movimento rápido dele. – Claro, sem problema. – Entristeço. – Estarei sempre no mesmo local.– Abro um pequeno sorriso.

Será mesmo que ele irá voltar? Será mesmo que eu devo esperar? Ou ele nunca mais virá aqui por minha causa? Ah, eu estou muito confuso. Eu não quero que a Tulipa vá embora, se ele for embora ficarei solitário novamente nesse mundo. Sinto meu jardim vazio, mas se essa tulipa voltar, será a única que completara muito bem o meu jardim e tudo ficará perfeito.

Partiu como coração apertado, querendo ficar! A resposta do outro fora tão indiferente... Talvez não quisesse mais vê-lo, não tinha realmente se interessado... Mas porque tantas coisas repassando assim em sua mente? Tudo isso por uma conversa de 10 minutos? O que havia de tão especial naquele rapaz, para que não abandonasse seus pensamentos?

Na faculdade, não conseguiu se concentrar nem no trabalho, nem na aula. Passara o tempo todo imaginando como seria se tivesse ficado mais tempo com ele, lembrando o brilho azul entristecido daqueles olhos, daquele sorriso encantador...

Adormeceu abraçado à seu travesseiro, imaginando como seria poder estar abraçado a alguém para aquecer sua noites tristes e solitárias... Imaginou como seria estar abraçado ao corpo forte dele... O “pequeno Rei”, como seria seu cheiro... Seus carinhos ... Seus beijos...

No dia seguinte trabalhou o mais eficientemente possível, para poder sair no horário. Tinha que ir ao parque vê-lo, pelo menos mais uma vez... Conseguiu dispensa antecipada e chegou junto às suas tulipas... Ele não estava lá, não havia chegado ainda... Talvez nem fosse...

Não pôde esconder a decepção. Seus olhos logo se apagaram, e entristecido resolveu cuidar de suas flores, para que pelo menos elas, não murchassem, assim como se se sentia murchar...

– Porque será que ele não veio? Será que ele não gostou de mim, lindas flores? Talvez se eu fosse tão gracioso como vocês, ele teria gostado de mim... – Após se revelar as flores, sentiu uma estranha sensação... Como se alguém estivesse ali, ouvindo suas palavras...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tem gostado, que tal deixar reviews ?